Conta a história que a escritora inglesa Mary Shelley, em uma das suas viagens, ficou hospedada durante o verão de 1816 em uma casa perto de Genebra, na companhia de Lord Byron, entre outros convidados. A cada noite, para se entreterem, cada convidado contava uma história de terror que deveria assustar os demais o suficiente para não deixá-los dormir. A pequena história contada por Mary Shelley viria a ser a semente para sua obra-prima: Frankenstein.
Frankenstein não foi só uma das mais memoráveis obras-primas do terror, mas também é o livro que inaugura um novo gênero literário: a ficção científica. Em seu âmago, conta a história da criatura que se rebela contra seu criador.
Espera aí, o que tem isso a ver com automóvel e autontusiastas? É só prosseguir com a leitura para saber.
"Frankenstein" é uma obra tão marcante que se iguala às obras de William Shakespeare como fonte de inspiração para outras obras seguintes, e que ainda hoje faz parte do imaginário popular sobre as possíveis conseqüências da capacidade humana ser um dia capaz de imitar seu criador.
A ciência do século XX não aprendeu a criar uma criatura viva a partir de partes de cadáveres, mas criou uma nova entidade que logo seria tingida pela imagem do monstro de Mary Shelley: o computador.
Não demoraria muito, e o cinema, outra forma popular de cultura característico do século XX, iria explorar o filão do Frankenstein tecnológico. Filmes como "O Exterminador do Futuro" tiveram seu sucesso bebendo desta fonte.
Entretanto, o cinema possui dois expoentes significativos que seguem por esta linha, e em muitos sentidos vem se mostrando proféticos em algumas de suas previsões: “Metrópolis”, de Fritz Lang e “2001 – Uma Odisséia no Espaço”, de Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke.