google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): salão do automóvel
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A cada dois anos, uma manifestação em massa de seres curiosos e apressados concentra-se sob uma enorme proteção artificial que os abriga do sol e da chuva, enquanto olham para objetos estranhos e alguns além da imaginação.

Este estranho ritual chama-se Salão Internacional do Automóvel de São Paulo e em 2012, o ano do fim do mundo, teve mais uma edição.

“O Salão”, como é carinhosamente abreviado, reúne a maioria dos principais fabricantes mundiais de automóveis para mostrar ao público as novidades e tendências do mercado e do futuro.


Tenho certeza de que os entusiastas que foram ao Salão de Veículos Antigos neste último final de semana gostaram bastante. Para os que não puderam ir, conforme prometido aqui estão as fotos. Como são mais de 250 fotos não houve jeito de colocar legendas. Mas acho que a maioria dos leitores pode identificar facilmente todos os modelos.

O Bob Sharp esteve lá no sábado para assistir à palestra do Rex Parker, que fez uma interessante apresentação sobre gente famosa e seus carros. O Rex vive em Huntington Beach, uma cidade vizinha a Hollywood e Beverly Hills e conhece muta gente e muita história, como os 200 Cadillacs de Elvis Presley ou os vários Duesenbergs de Clark Gable. Ou os Rolls-Royces dos Beatles.

Rex Parker (à direita) na sua apresentação no II Salão de Veículos Antigos

Quem estava na platéia era ninguém menos que o vigilante rodoviário em pessoa, Carlos Miranda, um raro caso que a vida imita a arte: ter sido ator do famoso e homônimo seriado, o primeiro da televisão brasileira, iniciado em 3 de janeiro de 1962 pela TV Tupi, levou-o a se tornar um policial no mundo real, atividade que exerceu até se aposentar.

O vigilante rodiviário Carlos Mirando assiste à palestra de Rex Parker

Conforme eu havia avisado no post do dia 25, o Rex comprou recentemente, na Califórnia, um certo carro, produzido no país que ele ama, o Brasil, e revelou qual:

Willys Interlagos berilineta

Pois o Rex encontrou, nos Estados Unidos, um dos três Willys Interlagos que estão em solo americano e está feliz e orgulhoso de sua nova jóia. Não é esse da foto que fiz e que saiu numa reportagem do primo Arnaldo Keller para a Car and Driver brasileira algum tempo atrás, mas foi lendo a edição da revista que o Rex se apaixonou à primeira vista pelo belo cupê desenhado por Michelotti e saiu à procura de um nos EUA. E achou, um 1966 azul, totalmente original e em muito bom estado.

O Rex prometeu ao Bob que, ao voltar para casa, fará um post dedicado ao seu Interlagos contando todo o processo de procurar e compra e falando mais do carro.

A seguir, alguns dos vários carros expostos no Salão.

Abraço,

PK


Quem gosta de antigos por aí?

Se você é um desses uma boa dica para o próximo final de semana é o II Salão Internacional de Veículos Antigos, que vai até o próximo domingo, dia 27 de novembro. 

A convite do Ricardo Oppi (que já apareceu aqui no blog) eu e o primo Arnaldo estivemos lá na abertura para prestigiar o evento. Tive a impressão de estar em um encontro de antigos de Águas de Lindóia, só que feito no coração da cidade de São Paulo. Quem não tem o hábito de viajar todo ano para o evento do interior paulista vai se deleitar com esse salão.


Acabei de voltar do Salão do Automóvel. A pergunta que todos fazem, mesmo que a si próprios, é o que mais gostamos no Salão. Fizeram-me essa pergunta na saída e eu não soube responder de primeira.

Refleti sobre esse fato e pensei em possíveis razões pela minha falta de resposta. A primeira delas é que talvez pelo fato de ter visto muitos carros de diferentes marcas tudo acabou se embolando. Mas aí lembrei do Mercedes-Benz/AMG SLS GT3 cromado e seu ronco ensurdecedor. Lembrei dos Lamborghinis, do Pagani, do Koenigsegg, do Veyron e de alguns outros. Mas mesmo assim não achei um destaque. Algo que tivesse marcado minha memória.

Em uma cobertura amadora mas exclusiva, em breve, minha visita ao Salão do Automóvel do Canadá 2010.


Carros como o Mercedes SLS AMG, uma enorme área em homenagem a Carroll Shelby (com inúmeros carros antigos e também os novos e superpotentes Mustangs em versões que levam seu nome), os queridinhos dos entusiastas praticamente lado a lado (Ford Mustang, Dodge Challenger e Chevrolet Camaro), picapes e SUVs (não, a crise mudou muito pouco os hábitos de consumo deles), muitos híbridos e umas esquisitices...


Espero ter tudo pronto para o final de semana. Até lá!

MM






Este Saab 900 foi exposto no Salão do Automóvel de São Paulo em 1990, no estande da General Motors.

Prosseguimos perguntando a nossos amigos leitores sobre o paradeiro desse carro, do qual guardamos muitas perguntas a serem feitas ao proprietário.

A única dica boa que tive a respeito é que foi visto no bairro paulistano de Moema há cerca de 3 anos.

Um de nossos amigos possui um carro idêntico, na versão hatch 3 portas, e tem muito o que conversar com o dono dessa maravilha vermelha.

Contatos via Juvenal Jorge ou Autoentusiastas.
Muito obrigado.
Não sei se por teimosia ou por falta do que fazer, ontem (sábado) fui ao Salão do Automóvel novamente com um amigo. Durante a semana já havia passado por lá com Egan para ver como estava o evento, e nada mudou.

Como já dito pelo companheiro Bob Sharp em postagem anterior, um belo desrespeito com o público. Chegamos relativamente cedo, algo próximo das 10h20 da manhã, mas só paramos o carro às 11h em um terreno barrento improvisado de estacionamento, uma vez que o oficial do Anhembi estava fechado. Sim, fechado, cara pálida. Odeio colocar o carro no barro...

Dentro do Salão, diversos carros cobertos, já com o público todo dentro das instalações. Andamos por um tempo, até mais tarde tudo se "normalizar", com os carros descobertos, alguns trancados, e com a densidade populacional maior que da Cidade do México.

Não fosse por uma imensa quantidade de carros que era possível contar nos dedos de uma mão, e algumas ótimas pessoas que encontramos lá, teria sido um desperdício de sábado. Mas no fundo, como sei que não regulamos muito bem da marcha-lenta, no final das contas foi até interessante. Daqui a dois anos tudo se repete e lá vamos nós de novo.
Como prometido, hoje anuncio aqui o vencedor do troféu do carro que eu mais gostaria de dirigir, dentre aqueles expostos no Salão. To tell you guys the truth, fiquei pensando nisso desde quarta-feira e, de acordo com o que achei desse Salão, já escrito em algum outro post por aqui, o troféu vai para:


Sim, amigos, a bela morena ao lado do Shelby GT500KR (e não o carro). Admito que minha escolha ao vivo era outra, também no estande da Ford Models, porém, através das lentes do Paulo Keller essa aí se tornou irresistível.

E não, esse não é um post machista e off-topic. Em matéria de carro, nada ali realmente me atraiu. Nem o Lotus que a segunda colocada no troféu acompanhava, pois o danado hoje é equipado com um insípido (as in bullet-proof, unbreakable) motor Toyota.

E, como tenho que escolher, fico com a bela morena do estande da Ford. Alguém discorda?

P.S.: o troféu não é piada (só é fictício, virtual, por assim dizer, já que o ganhador não leva pra casa nada a não ser a honra), e será nomeado em todo evento automobilístico em que eu comparecer em nome do Blog. Quem viver, verá!

Sim, sim, não é Autoshow e sim, Salão do Automóvel. E não, não repetirei (muito) aqui o que o MAO disse uns dias atrás, após nossa visita àquele inferninho.

O fato é que ontem, depois de sair do trabalho, não resisti e voltei ao pavilhão, dessa vez acompanhado do sumido Belli, também colunista por aqui. Voltei, and this time with a vengeance. Mesmo decepcionado com as poucas novidades, estandes fracos (para ser polido e não dizer ruins - Hey, GM, Chrysler and Toyota, yeah, I´m looking at you...) e o calor e a bagunça, voltei, pois tinha esquecido, ignorado, ou talvez bebido one too many chope, alguns carros, e vários deles importantes. Não para mim, mas para meu day-job. Justamente o que devia ter feito naquele primeiro dia e não fiz.

Ok, dizendo a verdade, também voltei pelo belo e muito bem equipado estande da Ford Models, onde pude ver que aproveitaram a ligação do nome e expuseram alguns veículos da marca americana.

Mas vamos às constatações, que são algo deveras tristes:

A internet definitivamente está acabando com a graça do "Salão" e todo o conceito por trás dele. Quando eu era garoto (not a long time ago), eu ia ao Salão e sempre via alguma novidade, algo especial, algo que eu lembrava pelo resto do mês (ou do ano!). Lembro de carros nem tão especiais, mas que me marcaram pelo fator novidade. E dessa vez, nada. Quero dizer, nada de novo, já tinha visto tudo na telinha do meu notebook, deitado no conforto da minha cama. Uma pena. Uma tristeza. Mais uma vítima do progresso.

Idiotas espalhados pelo Salão. Sim, Idiotas. Desculpem pela franqueza, mas que raios de pessoa vai ao Salão para tirar uma foto sua, com seu próprio celular, held at an arm´s length (e o braço lá, visível na foto, exposta no Orkut com todo orgulho), "ao lado" de um Ferrari num cercadinho a 10 ou 15 metros de distância? Ou pior, falando baboseiras da pior espécie para as meninas ao lado dos carros? Depois reclamam de que elas estão de mal-humor... tsc tsc... Fora outros tantos comportamentos deploráveis e que geram coisas existentes só em nossa terra...

As meninas realmente são maravilhosas. Todas. Algumas mais, outras menos. Umas para se levar pra casa, outras pra exibir pros amigos, outras para....Melhor deixar pra lá, depois do papo do MAO esse blog anda ficando meio sujo. Mas todas de uma beleza comum, apelando para artifícios nada elegantes e roupas diretamente proporcionais ao budget ou à área do estande das companhias que representam. Sim, sim, muito agradável, mas há lugares menos cheios, com menos marmanjos tirando fotos, mais confortáveis (e alguns bem mais baratos, pra não dizer melhor localizados) para ver cenas semelhantes (por favor, não me entendam mal - não insinuo nada sobre as meninas, mas sim sobre a exploração de tudo isso).

E não vou dizer aqui que não volto lá jamais. Daqui a dois anos tem mais, e mais fila, mais trânsito, mais risadas, e mais jantar bom e merecido na saída.

Ah, e fiquem antenados, amanhã ou depois estreio um pequeno quadrinho, cópia de uma ótima revista que assino. É cópia descarada mesmo: "The AutoEntusiastas trophy of the car we´d most like to drive", concedido a cada evento que visitaremos.


Fui ao Salão Internacional do Automóvel de São Paulo na quinta-feira passada.

Sempre compareci religiosamente ao evento bienal, desde 1984, mas no ano de 2002 passei a ignorá-lo por motivos óbvios, alguns dos quais mencionados pelo Bob neste espaço: muita gente, muito calor, alguns carros inacessíveis.

Este ano, persuadido por alguns colegas aqui do blog (o Egan foi o principal culpado), consegui vencer minha rabugice e resolvi visitá-lo novamente. Aqui seguem, em nenhuma ordem particular, minhas impressões:

Continua quente demais, e cheio demais. Os organizadores deveriam tentar tomar alguma atitude a respeito disso. Sobre o calor, não há muito que fazer sem uma reforma enorme no Anhembi: o prédio não foi criado com ar-condicionado em mente. Mas um dia este problema terá que ser resolvido de alguma forma.

Já a multidão é mais fácil de acomodar. Basta começar a exposição mais cedo e aumentar o número de dias. Como no Salão de Paris, aberto ao público durante 16 dias, contra 11 do nosso.

Mas na verdade o que precisamos mesmo é de um prédio maior, erguido no mesmo lugar. Algo moderno, maior, mais lógico e capaz de manter uma temperatura ambiente razoável.

Tirando isso, devo dizer que pouca coisa mexeu comigo lá dentro. Ao lado do estande da Ferrari, onde os carros eram mantidos inacessíveis ao público (supostamente mantendo nós, os indígenas, indignos da viatura sagrada, a uma distância segura) podia-se ver a única coisa que realmente chegou perto de me abalar: o Nissan GT-R. Não é bonito, mas sabendo o que pode fazer, sua aparência ameaçadora era quase palpável. Pude sentir o poder de Godzilla em latência, transpirando pela grade e por todas as outras incontáveis aberturas de admissão e exaustão em seu corpo.

Sem nenhum Corvette no pavilhão para lhe fazer frente, Godzilla reinou como mais sério veículo presente, pronto para atacar e destruir qualquer coisa que chegasse perto, e portanto foi bom que os extravagantes mas frívolos e alegrinhos carros vermelhos no estande em frente a ele estavam protegidos por uma cerca e por uma multidão de curiosos....Se não fosse isso, Godzilla ia devorá-los sem piedade, como se fosse uma rosquinha no café da manhã de Wilza Carla. Como todos sabem, o que ele adora é comida alemã, mas pude sentir que estava pronto para abrir uma exceção para a culinária italiana e todos os seus incautos discípulos que se encontravam atarracados à tal cerquinha. Posso até jurar que senti o monstro bufar de impaciência.

No mais, eu que sou fã dos Ford Focus (tenho um 2005), fiquei decepcionado com o novo. Quero o velho de volta. E a Citroën continua impressionando com a criatividade, modernidade e originalidade de seus carros. O C5 para mim é a estrela do salão, e o C4 Picasso, em sua segunda aparição no Anhembi, foi novamente o carro mais original do pavilhão.

Outra coisa que notei: a qualidade dos carros coreanos (sul-coreanos) aumenta a olhos vistos. Estarão os chineses, hoje motivo de piada, muito atrás?

Os brasileiros adoram fazer piada sobre carros chineses (como faziam dos coreanos um tempo atrás), mas pelo menos eles tem uma indústria local real, não apenas filiais de empresas estrangeiras. E os coreanos e chineses têm um hábito desconhecido dos brasileiros: seus produtos evoluem.

Passei em frente ao estande da BMW, mas vendo que a empresa colocou o X6 num pedestal bem no meio de seu espaço, como que sendo o ápice do que tinha para mostrar ali, declinei de visitá-lo.

Como vocês devem ter percebido, o mundo de hoje continua a me deprimir um pouco mais a cada dia. O progresso é visível, a perfeição de execução, nas especificações e na qualidade geral dos carros é irrefutável, mas não posso deixar de achar, como já disse aqui, que perdemos algo mágico em troca. E talvez o exemplo mais ilustrativo disso esteja em algo que percebi não nos veículos, mas visível pelos generosos decotes das meninas que decoravam os estandes. Todos perfeitos, fartos na medida correta, mas infelizmente todos da mesma forma, como se todos tivessem saído da mesma fôrma, o que sabemos não estar longe da realidade. Não me entendam mal, tudo belíssimo, mas depois de um tempo, enfadonho em sua repetição. Viu-se um, viu-se todos.

Como nos carros, trocamos a diversidade e variedade, a beleza simples da imperfeição, pela estéril perfeição repetida mil vezes infalivelmente. Não é à toa que a Toyota está fadada a dominar o mundo.

MAO