google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 maio 2013 - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Charge publicada no Diário de Pernambuco

A frase do título é de autoria desconhecida, mas no assunto trânsito tem sua validade mais uma vez confirmada.

Quem já não se sentiu injustiçado por uma multa que aparenta ser absurda, ou indignado com alterações feitas pelos departamentos de trânsito Brasil afora que contribuem para piorar o fluxo de veículos ?

Como será que a horrenda situação atual, onde somos filmados e fotografados a todo instante surgiu e se desenvolveu? Por que será que há muita tecnologia empregada para fazer valer limites de velocidade e comportamentos dentro das leis de boa conduta do trânsito?

Essas poucas perguntas e muitas outras me atormentam, e acredito que incomodem o amigo que gosta de dirigir seu veículo nas ruas, avenidas e estradas, seja em duas, três, quatro ou mais rodas.





End eletrônico:edita@rnasser.com.br                                    Fax: (61) 3225-5511  Coluna 2213  29.maio.2013

Começar de novo. Os motores com três cilindros
Quarenta e cinco anos e muitos meses após findar a produção dos motores 1,0 com três cilindros, a Volkswagen volta a fazê-los. Os de boa memória e os versados em indústria automobilística nacional lembrar-se-ão dos engenhos de origem DKW aqui lançados pela Vemag, assumida e fechada pela Volkswagen. Mas a semelhança aí se encerra. Os pioneiros, resistentes, simples, operavam no ciclo de dois tempos. Os atuais, em 4T, apesar da mesma cilindrada, tem 4 válvulas por cilindro – os anteriores as dispensavam –, injeção direta de combustível, e produzem aproximados 80 cv. Os outros, em torno de 60 cv. Em torque, respectivos 8,5 e 9,6 kgfm – tremendo ganho.
Novo ciclo
No atual ciclo da indústria automobilística, quando os advogados das ONG e das áreas de governo ligadas à ecologia e ao planejamento definem regras para consumo e emissões dos combustíveis, obrigam a engenharia interpretá-las e dar solução. Motor de três cilindros é a resposta física às normas legais.
A VW iniciou fazê-los em sua fábrica em São Carlos, SP, em projeto de ascensão institucional, e para tracionar seu produto de começar de novo, o Up! Mas os 3 cilindros estão no mercado há algum tempo: o Kia Picanto e sua releitura, o Hyundai HB20 os utilizam tais deslocando 1 litro.
A demarragem vwana é no Fox. Tem porte adequado, veste-o bem, dá-lhe empurrão e sobrevida. No Up! ao final do ano.
No geral
VW larga na frente – com seguidores. Ford testa-os para produzir a curto prazo. Em longo, franceses PSA Peugeot Citroën, e Renault, revisaram os atuais para delongar sua vida útil. Fiat, no extremo, com dois cilindros.
Não é restrita ao Mercosul. Nos EUA, GM aplica US$ 332M para novos 3 e 4 cilindros, base da nova família Ecotec – e diz, para o mítico e luxuoso Cadillac; Ford o produz com EcoBoost – nos EUA é o turbo – e o aplica ao Fiesta e tenta no Focus. Mercedes negocia acordo de cooperação com a Ford: recebe a tecnologia do motor 3-cilindros, em troca da aplicada em seus motores da Classe E, da combustão estratificada, redutora de  consumo.
Desenvolve motor para o Smart no acordo com Renault e Nissan. Na prática estas marcas te-lo-ão operacionais a curto prazo. Será uma ONU – ou uma babel – mecânica, coisa à altura do Roberto Azevêdo nosso respeitado embaixador na OMC: alemães da Daimler, franceses da Renault, japoneses Nissan, estadunidenses Ford, falando alguma língua estabelecida como comum e todas as perdas de tradução – que sorte não haver chineses nesta mesa...




O título do post pode parecer alguma coisa ligada a aperto financeiro, mas não é nada disso e nem se trata de pegadinha. É sobre aperto de porcas e parafusos. Aliás, falando de aperto, isso me lembra o que avô de amigo leitor lhe ensinou sobre com que força se deve segurar o volante de direção: considere-o um passarinho, em que se apertá-lo pouco, escapa e sai voando, se apertá-lo demais machuca-o ou mesmo mata-o.

O aperto de peças rosqueadas está em praticamente tudo à nossa volta. Faz parte da nossa vida. Outro dia meu dentista estava me explicando o processo de implante dentário, em que é colocada uma bucha no osso da arcada. Depois de aberta rosca com um macho, a bucha é rosqueada e apertada – com um torquímetro em kgf·cm (e não kgf·m), portanto um torque de aperto e um torquímetro bem pequeno. Nem mais nem menos, tem de ser um torque preestabelecido, ou o trabalho fica arruinado.

Outro dia minha mulher não conseguia tirar a tampa de uma garrafa de PET de Coca-Cola: torque de aperto excessivo na fábrica.

Às vezes determinadas tampas vêm com aperto excessivo

O Ford New Fiesta com motor 1.6 Sigma TiVCT é o carro nacional cujo conjunto mais me agradou. Para o meu gosto ele é o que tem o melhor chão, boa ergonomia e uma das melhores relações entre peso e potência, alguns dos atributos que dou, pela ordem, mais valor em um automóvel. Além do mais gosto do tamanho dele: compacto, pero no mucho. Seu único porém fica para o aperto e o desconforto para quem vai no banco traseiro, mas até aí tudo bem, já que o Mustang, quando foi lançado em 1964, também tinha esse problema e mesmo assim foi um tremendo sucesso. O mesmo ocorreu com o Maverick aqui.

Único defeito: pouco conforto e espaço no banco traseiro
Vamos, caro leitor, sair juntos no carro; seguindo o passo a passo da coisa. Primeiro você tem que se ajeitar ao volante. O banco do motorista tem regulagem de altura, é anatômico e suporta toda as nossas costas. O volante tem ampla regulagem de distância e altura. Sobre os pedais pouco posso dizer, pois o New Fiesta que me veio tem câmbio roborizado, portanto, tem só dois pedais, e com ele não há necessidade, nem há como, de fazer punta-tacco. Pedais, OK, portanto. O volante tem boa empunhadura e há um encaixe para as mãos quando o seguramos na posição “15 pras 3”. E pronto! Não sei quanto ao leitor, mas eu ajeitei muito bem meus 1,80 m e 73 kg ali e me senti confortável. Viajei com ele e nem pensei em mudar a posição de encosto etc, e isso é bom sinal, pois quando a gente fica toda hora mudando a posição é porque nenhuma delas é boa.

Entre os dias 19 e 20 de maio, o circuito de Nürburgring recebeu mais de 170 carros. Todos estes aventureiros estavam inscritos no evento oficial mais esperado do ano na Alemanha, s 24 Horas de Nürburgring. O nome oficial da prova é ADAC 24Hs Rennen Nürburgring, onde ADAC (Allgemeiner Deutscher Automobil-Club) representa o autoclube europeu de maior importância, e organizador da prova.

Este ano, quem levou o troféu para casa foi um Mercedes-Benz SLS AMG, similar aos modelos da GT3 que correm aqui no Brasil. Por incrível que pareça, esta foi a primeira vitória de um Mercedes no evento que carrega anos de tradição.

Provas de longa duração não são novidade alguma, este próprio evento alemão tem sua história, mas podemos dizer que é um caso à parte, diferente de todas as outras corridas similares.
 
O Mercedes-Benz vencedor de 2013


Outro dia precisei analisar alguns grandes-prêmios de F-1 para um trabalho que estou fazendo e fiquei surpreso com a quantidade de abandonos por quebra de motor. Havia até me esquecido disso. Logo me veio à lembrança a imagem de motores quebrados, "explodidos", quase sempre acompanhados sempre de fogo e muita fumaça de óleo, como na foto acima. Ainda ontem tivemos no GP de Mônaco uma dessas cenas, mas foi quebra do câmbio, não do motor, no Catherham-Renault do francês Charles Pic. Nas reportagens sobre Le Mans que eu, adolescente, lia, era comum a causa de carros deixarem a prova "piston cassé", pistão quebrado.

Era comum se ver carros começarem a fumacear pelo escapamento, prenúncio de iminente quebra, duas ou três voltas mais tarde, dependendo da extensão da volta. Outra constatação da saúde dos motores atuais é raramente ser exibida a bandeira de pista escorregadia por motivo de óleo derramado. Óleo na pista é o maior inimigo do piloto, tanto que há décadas, por força do regulamento técnico de todas as categorias, os respiros do sistema de lubrificação do motor e do transeixo devem levar os vapores de óleo a um reservatório existente para essa finalidade, bem como durante a corrida o reabastecimento de óleo é proibido.
Foto: grandsiena.blog.br 


Uma das coisas que me incomoda é ler ou ouvir "o consumo do carro tal é de tantos quilômetros por litro”. Embora todos saibamos o que isso significa exatamente, temos noção exata do que seja, na verdade não é correto. Pensando bem, dizer que o consumo é, digamos, de 12 km/L é errado porque não se trata de quanto o carro consome, mas o quanto ele roda com 1 litro.

Americanos falam em fuel economy, economia de combustível, o que, convenhamos, não tem nada a ver. E aqui no Brasil já li até “autonomia” em algum lugar.

Fuel economy, milhas por galão, mpg
Os europeus usam a forma correta de volume de combustível gasto para percorrer determinada distância, tendo-se convencionado que essa distância é de 100 quilômetros, no caso, litros por 100 km. A noção de consumo é imediata para eles, tanto quanto para nós são os km/L, embora sem exprimir a realidade. O padrão L/100 km é usado também em países sul-americanos como Argentina e Chile.


Acho que mesmo o mais isento dos jornalistas pode ter suas preferências, desde esclareça que esse é um gosto pessoal, e que não fique, através de subterfúgios, tentando fazer a cabeça do leitor. 

Pois então, a Triumph Bonneville T100 é a minha moto preferida. Gosto de todas a motos. Moto é moto. Moto é montar numa máquina e sair por aí tendo um momento só meu, passeando e tomando vento a céu aberto. É isso o que eu gosto e isso toda moto proporciona. Tenho moto desde os 11 anos e nunca fiquei sem uma.

Nesses 45 anos tive um bocado de motos diferentes, de fracas a fortes, de novas a escangalhadas, e todas me trouxeram essa brisa que desanuvia o cérebro e me é necessária. Toda moto me faz bem, portanto, mas estou aqui falando da moto que mais me fez bem, da que melhor casou com o que desejo desse tipo de máquina. Não estou aqui preconizando que a Bonneville é a melhor moto do mundo, mesmo porque não há uma melhor. Só estou dizendo que achei a minha.




O Spadaconcept é um estúdio de estilo (ou de design, como muitos preferem) italiano. Apesar da grande experiência em indústria automobilística dos proprietários da empresa, não haviam feito um carro próprio com seu nome, e em 2008 resolveram essa pendência com eles mesmos ao apresentarem ao mundo automobilístico o Codatronca TS, um carro insanamente impressionante, com mecânica Corvette. Em 2011 a versão aberta, roadster, foi apresentada e batizada de Codatronca Monza.

O interessante aqui, além do carro, é que os donos da empresa são pai e filho. O filho é Paolo Spada, o estilista do Smart, o mundialmente simpático carrinho-miniatura, um brinquedo para bolsos abonados no Brasil, mas uma alternativa de transporte de preço razoável em lugares do mundo onde o cidadão é mais bem remunerado, menos roubado pelo governo ou ambos simultaneamente. Paolo também trabalhou na Honda, para constar.

Mas o TS Codatronca foi em grande parte idealizado pelo pai de Paolo, Ercole Spada, que trabalhou no estúdio Zagato em dois períodos, na Ghia, no I.DE.A Institute e na  BMW.

End. eletrônico:edita@rnasser.com.br                                   Fax: (61) 3225-5511  Coluna 2113  22.maio.2013

Inovar-auto. Outra regulagem
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, apertou uma volta num parafuso e fez o contrário em outro. No hipotético carburador oficial: ao mexer na mistura líquido-ar, teve que acertar a marcha-lenta. Por aí.
O aperto aumentou o número de etapas industriais. Cumprindo, as empresas aderentes ao projeto oficial ficarão livres da imposição de 30 pontos percentuais sobre o IPI dos veículos importados, tendo maior chance de competição no mercado. A volta solta é o aumento de prazo para habilitação ao projeto, de 31 de maio, esticado a 31 de julho.
Outras regulagens: só o MDIC bota a mão no negócio. O Ministério da Ciência e Tecnologia recebeu agradecimentos pela parceria, e foi excluído. Também, importação favorecida apenas por empresa com vínculo formal com o fabricante. E, força a adesão das fabricantes ao programa de etiquetagem aferidora de consumo. Há fabricantes que não se inscrevem, boicotando o programa, uma referência para o consumidor.
Pontualmente automóveis deverão atingir, ainda este ano oito das doze etapas produtivas. Caminhões, nove entre catorze.
O governo se assustou ao receber informações que o Brasil vinha se desindustrializando, comprando, por exemplo, latas estampadas no exterior, apenas para soldá-las localmente, montando produtos com motores e transmissões importados. Dávamos empregos aos coreanos. Daí cobrar maior nacionalização nos processos.
A medida forçará as marcas indecisas a se pronunciar. Caso da Land Rover/Jaguar.

Para isentar o adicional do IPI, governo exige maior nacionalização



Este não é um post comum. Resolvi escrevê-lo depois que alguns leitores pediram, em razão do post sobre os meus três Fuscas. É um post muito longo, sei disso, mas acho-o importante dentro do contexto histórico da Gurgel.

BS

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ANATOMIA DE UM DESASTRE – OU MEUS DIAS NA GURGEL

Estava na minha sala na Ala Zero da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, onde ficava o departamento de competições automobilísticas que eu comandava, quando vejo pela janela o João do Amaral Gurgel estacionar, havia ido lá falar com alguém. Havia tempo que eu o admirava, tanto pela coragem peito de ter fundado uma fábrica de automóveis, inclusive estar lançando um carro nacional, o BR-800, quanto pela sua cruzada contra o álcool, com a qual eu compartilhava.

Eu havia mandado fazer um adesivo que dava a mensagem "Comida do solo, energia do subsolo. Use gasolina." e vi naquele momento a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente e também lhe dar um adesivo. Saí da sala e fui cumprimentá-lo, dando-lhe um adesivo. Vi que ficou feliz em receber aquilo que era sintonizado com suas idéias e na breve conversa me convidou para ir conhecer a fábrica em Rio Claro, no interior do estado. Pressenti alguma coisa no convite.

Eram meados de novembro de 1988, já estávamos em plena fase Autolatina e minha atividade na Volkswagen estava praticamente encerrada, não tínhamos mais o empenho em pista e rali iniciado com força total em 1984. A minha equipe de mecânicos e técnicos estava ociosa, tanto que ela foi utilizada para a manutenção de cerca de 30 Santana 2000 (motor 2-litros, não o ano-modelo) engajados numa operação chamada internamente de VIP, que era emprestar o carro a personalidades para que o experimentassem. Era nossa função revisar os carros metódica e minuciosamente após terem sido devolvidos, indo ao detalhe de, por exemplo, pré-sintonizar as melhores emissoras de rádio AM e FM, e de cuidar da logística de entregar e apanhar os carros.
Foto: bestsellincarsblog.com


Parece incrível que depois do post do MAO de ontem sobre os BMW Alpina, o de hoje seja sobre um carro russo de um segmento totalmente diferente. Mas é que um leitor pediu, após o post sobre os meus três Fuscas, e como sempre, dentro do possível, gosto de atender tais pedidos.

Sim, o leitor pediu que eu falasse do Lada Samara que tive, mas é bom explicar por que tive um, para a história ter sentido.

Muitos devem se lembrar que tivemos uma grande operação Lada no Brasil em 1990, parte do processo de reabertura das importações ocorrida no governo Collor. A fabricante, a VAZ (sigla de Fábrica de Automóveis do Volga, Volshskij Automobilnyj Zavod), estatal russa formada em 1966 com tecnologia Fiat, já tinha presença na Europa Oriental e alguma coisa na região do Caribe, onde havia um grande importador e distribuidor da marca no Panamá. Juntaram-se os interesses dos russos com a do distribuidor e se estabeleceu uma grande operação de importação para o Brasil. Curiosamente, a Renault detém 25% do capital da Lada desde 2008.

Estilo tem "assinatura" de Giorgetto Giugiaro
Fotos: Alpina



“Com a aprovação oficial da BMW, adaptamos a nossa gama de automóveis para as demandas dos conhecedores de carros esportivos – pilotos altamente experientes, que combinam o desejo de potência e desempenho com um gosto pelo luxo e qualidade de vida. Muitas vezes, ao se graduar como dono de ALPINA, depois de uma sucessão de outros carros emocionantes e famosos, esta minoria privilegiada – menos de 2.000 Alpinas são produzidas anualmente – descobre que requinte, conforto, linhas deslumbrantes e velocidade podem sim ser combinados com toda a praticidade no uso diário. Na maioria das vezes, estamos felizes em dizer, é um caminho sem volta, e estas pessoas se tornam nossos amigos para uma vida inteira. ” - (Literatura de divulgação da marca)

Não há como negar que uma tradição seguida com afinco, ainda mais nos dias de hoje, é algo extremamente reconfortante. Esta pequena empresa perdida em uma vilazinha bávara chamada Buchloe permanece fiel a seus princípios por quase 50 anos, feliz em manter seu tamanho e seu volume de negócio inalterado, para não comprometer uma tradição. Parece algo simples dito assim, mas hoje em dia, onde qualquer empresa que não cresça anualmente é tabu, é uma raridade. Que diferença faz um dono mais preocupado com o que construiu, e na sua continuidade, do que em aumentar sua fortuna. E Burkard Bovensiepen, o fundador da Alpina, é este tipo de pessoa.

Herr Bovensiepen parece ser uma pessoa no mínimo interessante. No porão da instalação industrial que produz seus carros está uma das mais famosas adegas de vinho da Europa; um hobby que se tornou um negócio altamente lucrativo. A Alpina Wein é o maior distribuidor de vinhos de qualidade para os restaurantes alemães, e para os amigos de Baco daquele país, claro.

Apesar de bávaro, Bovensiepen não fala o dialeto da região (que os alemães do norte descrevem como sendo “uma doença de garganta, não uma língua”), e sim apenas o rigoroso Hochdeutsch. Além de manter o controle, e um profundo conhecimento de todos os aspectos da sua empresa, ainda tem tempo de perseguir seus outros interesses em um nível quase profissional: a fotografia e a cozinha gourmet. Obviamente uma pessoa que sabe apreciar as coisas boas da vida, e de um viés mais artístico que industrial.

E assim é, como seu fundador, já há quase 50 anos, esta maravilhosa casa bávara, este verdadeiro ateliê de alta costura para gente que entende e gosta tudo que faz os BMW tão especiais, mas tem os meios financeiros para poder levar esta experiência até seu ápice. Uma empresa que consegue melhorar todas as qualidades dos BMW, aparentemente sem compromissos visíveis.

O logotipo da Alpina parece adequadamente heráldico, mas de perto pode-se ver um virabrequim e um carburador
Mais que uma empresa de preparação, a Alpina é reconhecida pelo governo alemão (desde 1983) como um produtor de automóveis, e os carros têm número de chassis (VIN) próprio, diferente dos BMW. Desenvolvidos profissionalmente, as alterações dos carros funcionam como um todo coeso. Um exemplo é a cooperação com a Michelin, que desde o fim dos anos 1980 desenvolve pneus exclusivos para as especificações da marca, garantindo exclusividade desses pneus por dois anos depois do lançamento dos carros.

Hoje, a cooperação que sempre existiu entre a Alpina e a BMW é muito mais estreita, com os engenheiros da Alpina tendo acesso aos novos desenvolvimentos da BMW muito antes deles aparecerem nas ruas, e muitos componentes Alpina sendo montados nos veículos doadores na linha de montagem da BMW. Mas no âmago, apesar das várias fases que a BMW e por consequência a Alpina passaram nesse tempo todo, os objetivos e a personalidade de seus carros permanece, visível desde o primeiro BMW 1500 com kit Alpina, até um moderno B3 Biturbo de 400 cv. E como isso aconteceu é essa história que vamos contar hoje.


Desde que surgiu a Terceira Espécie de câmbio, o robotizado, precedido do manual e do automático, no começo com uma só embreagem e depois passando a duas, vem a dúvida para muitos que escrevem sobre automóveis: robotizado ou automatizado? É claro que qualquer das formas leva o leitor ao entendimento pleno da questão, mas, em nome da precisão, da compreensão correta do sistema, devemos dizer robotizado. É fácil entender por quê.

Um mecanismo que faça as marchas serem passadas sem o movimento de mão do motorista acionando garfos, luvas e sincronizadores  não o faz necessariamente de maneira automática. Esta função é acessória do dito mecanismo, portanto o automatismo por si só não deve definir o tipo de câmbio. Essa é a razão de dever ser dada preferência pelo termo robotizado.

Em outras palavras, um câmbio pode ser robotizado sem ser automatizado (função automática), mas um automatizado não pode prescindir da robotização.

Quadrante de seleção de marchas BMW

foto: thesamba.com



Nos meus onze anos de concessionário Volkswagen, no Rio de Janeiro, de maio de 1967 a julho de 1978, tive vários carros da marca, entre os de motores “a ar” e “a água”, mas três Volkswagen sedã, ou Fusca, me cativaram. Na realidade, a concessão era DKW-Vemag, ainda não havia completado um ano de inaugurada, mas a produção do DKW logo terminou com a absorção da Vemag pela Volkswagen e quase automaticamente passamos a representá-la, recebendo os primeiros carros em abril de 1968.

Vemaguet 63 (flaviogomes.warmup.com.br)
Mas mesmo no período Volkswagen continuei com minha Vemaguet 1963, com modificações como a colocação do dosador automático de óleo Lubrimat, o escapamento primário Wallig/Eberspaecher e, claro, pneus radiais Pirelli Cinturato CF67 155SR15, fora outros detalhes que qualquer dia conto quais. Mas era 1970 e era mais do que hora de passar à nova marca que representávamos. Resolvi partir para um Fusca, o mais lógico, mas havia um problema: cismei que tinha de ter teto solar e a opção no Brasil havia terminado em 1966. A solução foi procurar um Fusca importado.



Historicamente, os carros da alemã BMW são as referências no mercado de sedãs, tanto em qualidade e confiabilidade quanto desempenho. O modelo de maior volume da empresa, o Série 3, cada vez mais recebe melhorias e novas tecnologias que tornam seus modelos muito atraentes para todos os públicos.

A geração atual da Série 3, agora chamada F30, é a mais nova evolução de uma bem-sucedida seqüência de projetos de automóveis reconhecidos mundialmente pelas suas características dinâmicas. Os modelos vão desde o básico quatro-cilindros a gasolina 320i, passando pelos equipados com motores Diesel (não disponíveis para o nosso mercado, obviamente), até o topo de linha, o 335i seis-cilindros turbo.

Com preço de Porsche Boxster, quase R$ 300.000,00, o 335i não é exatamente barato por ser um Série 3. Em contrapartida, oferece ótimo desempenho e as comodidades de um sedã, como banco traseiro e porta-malas que carrega toda a tralha de uma familia em viagem. Ainda assim é um carro caro, verdade. Um BMW 535i com preço similar é mais espaçoso e requintado.

Hayes no centro, agachado, na companhia de Chapman, Hill e  Clark

Mencionei Walter Hayes (1924–2000) nesse post sobre o Ford RS200, e nosso editor rapidamente me lembrou que esse personagem era muito digno de um texto a seu respeito. Como não estou aqui para esquecer de pessoas importantes e principalmente entusiastas de automóveis, finalmente decidi pesquisar um pouco. 

O inglês Walter Leopold Arthur Hayes começou sua carreira no mundo do automóvel como jornalista e teve papel importante tanto na Ford, onde trabalhou por décadas, quanto na Lotus e na própria razão de ser da Cosworth.

Seu trabalho tem uma extensão notável mesmo após seu passamento um dia depois do Natal do ano 2000.

Ele foi, entre outras coisas, responsável pelo contrato de Jackie Stewart para animar um motor que ele sabia ser fabuloso, e pela concretização do mesmo Cosworth DFV como produto digno de patrocínio de um dos maiores fabricantes de carros de rua, a Ford Motor Company. O V-8 que dominou a Fórmula 1 por muitos anos, além de ter sido usado, em suas variações, até mesmo em provas de longa duração, se mostrou provavelmente o maior legado de Hayes na qualidade de executivo não técnico.

Como acontece comumente no mundo automobilístico, pessoas tem suas vidas e carreiras naturalmente cruzadas, e sempre que se busca algo sobre um personagem, nos deparamos com outros também muito conhecidos. Com Walter Hayes não é diferente. Sua associação com Colin Chapman começou quando convidou este para escrever uma coluna sobre automobilismo inovadora, com uma visão de construtor, no jornal Sunday Dispatch, onde Hayes era editor.





End eletrônico:edita@rnasser.com.br                     Fax: (61) 3225-5511                 Coluna 2013  15.maio.2013

Novo chinês, novo nível
Se lhe perguntarem opinião sobre o Lifan, SUV chino-mercosulino finalizado no Uruguai, responda que está num patamar evolutivo. É sintética porém correta visão, nesta quadra de tempo e de mercado onde convivemos com enorme leque de novas marcas e procedências. No caso, a poderosa e vária tropa chinesa vem apresentando marcas e modelos absolutamente desconhecidos, misto de curiosidade, preço, conteúdo, mas com ponto comum: em construção ainda não atingiram os níveis dos fabricantes tradicionais.
O Lifan X60 está nesta categoria evolutiva. Mantém as instigações, em especial conteúdo, equipamento e preço. Entrega a conformação sugerindo valentia, o posto de condução superior, a fortaleza com auto noção assumida pelo usuário. Complementa-a com leque das facilidades oferecidas pela eletrônica – chave não usada como chave, apenas como presença, piscas nos espelhos, faróis acesos 30 s pós desligamento do carro, TV, sensor de ré, e mais o arroz com feijão atual: ABS+EBD, ar-condicionado, direção hidráulica, vidros elétricos. O motor é de quatro cilindros, transversal, 16v com acionamento variável. Desloca 1,8 litro e produz 128 cv e 16,8 kgfm de torque. Suspensões independentes e freios a disco nas 4 rodas. Câmbio manual, com 5 marchas, tração dianteira.
Diferenças
Segue a receita traçada pelos JAC quando chegaram ao Brasil: completos, sem opções, a preço de concorrentes menos dotados. Os chineses, todos, não querem se submeter ao raciocínio que a origem os obriga a ser baratos. Lenta, mas inexoravelmente, aproximam-se dos carros de fabricantes tradicionais – e o preço vem junto. Preferem esculpir a imagem do carro completo a preço agradável. No caso, R$ 52.777.
Gol Rallye, em quarta versão, e a novidade Track

A Volkswagen termina de atualizar sua linha Gol lançando o modelo “aventureiro”, o Rallye (acima, à esquerda), agora em sua quarta versão. Só que ele chega acompanhado do Track (idem, à direita), que pretende atrair pela simplicidade e menor preço. Enquanto o Rallye parte de R$ 45.850 e tem apenas motor 1,6, o Track traz motor 1,0, “decoração” mais simples e preço a partir de R$ 33.060. Como quase todos os “aventureiros”, a inspiração vem mais do marketing do que da engenharia. 

Tecnicamente, os dois novos Gol só diferem dos modelos convencionais devido a sua maior altura do solo. Enquanto o novo Track tem 23 mm a mais de vão livre do solo (vem com aros de 14 pol. pneus de perfil 70), o Rallye é ainda mais elevado (28 mm a mais de altura) devido a suas rodas maiores, de aro 16-pol com pneus 195/50R16. Curiosamente, o novo Track traz pneus de uso misto (algo como 60% asfalto e 40% terra), enquanto o Rallye tem pneus para asfalto. Ou seja, como se trata de uma versão mais acessível, a Volkswagen acredita que o Track será mais ferramenta de trabalho ou terá real uso em estradas de terra, o que raramente ocorre com os “aventureiros urbanos” e até com os utlitários esporte. 


Fotos: autor

O motor de seis cilindros em linha, transversal, desloca 1.649 cm³ e rende 160 cv. Quando fiquei sabendo desses primeiros dados do motor, logo me veio a imagem das antigas italianas Laverda e Benelli, e também da japonesa Honda CBX 1000, motos de grande potência para a época, anos 1970, mas cujo motor pesado e com centro de gravidade alto tornavam-nas ruins de ciclística. Portanto, com esse meu antigo preconceito, e olhando para a K 1600 GTL, tive a impressão de que a moto seria pesada e desajeitada para a pilotagem. Mas bastaram alguns metros rodando para sentir que ela é bem mais maneira do que eu esperava; e bastaram algumas centenas de metros para sentir que ela acelera feito as mais fortes speed do momento. Vamos então saber por quê.

Mais uma obra-prima de tecnologia

O Ka prata parado é de um casal, ela enfermeira, que prestou os primeiros socorros ao motociclista

Acabou de acontecer, colisão de carro (o Kia Sorento preto, com sacos de lixo nos vidros laterais) contra moto ou vice-versa. A foto foi tirada do meu apartmento no 18º andar e o local é Alameda dos Maracatins com Av. Jamaris, bairro de Moema, em São Paulo. Nesse momento em que escrevo chegaram dois motociclistas-bombeiros para o primeiro atendimento à vítima. Passaram-se mais de 20 minutos e ambulância, nada. Muito menos polícia. Já passa de 17h00.

Vamos ao porquê do título.

Irresponsabilidade da CET no sentido de o semáforo deste cruzamento estar com defeito há mais de 30 dias! Entra em amarelo piscante nas duas direções. Aí vem um(a) marronzinho(a), abre a caixa de controle e zera o sistema em poucos segundos, voltando o semáforo a funcionar corretamente. Às vezes fica bom um dia ou dois e volta o problema. Em outras ocasiões, mal o(a) fiscal se vai, dá-se o defeito.

O mais incrível é que agentes da CET são clientes habituais da padaria Boston Bakery dessa esquina (parte do teto é visível na foto, embaixo), sabem do problema e poderiam de alguma forma contribuir para resolvê-lo.

Duas vezes na semana passada precisei ajudar senhoras idosas a atravessar a rua. Inclusive ontem um idiota não nos viu na faixa e houve certo perigo.

A burrice fica por conta do motorista brasileiro, que vê um semáforo em piscante e pensa "Oba! Não está vermelho, não tenho que parar, viva!!"

Aprendi numa viagem aos EUA que quando os semáforos entram nessa condição, eles passam a valer como placa "Pare" em quatro-sentidos. Mas nem precisa chegar a tanto, basta um mínimo de inteligência, algo que anda bem em baixa nesta terra brasilis ultimamente.

Está explicado o título?

BS

Atualização 17h35: a ambulância só chegou 40 minutos depois do acidente. A polícia, meia hora.

Acessórios melhoraram a traseira, que parecia o Grilo Falante

O Daihatsu Charade simplesmente apareceu, obedecendo ao velho ditado: “Carro velho, quando tem de ser seu, cai no colo”. Estava vendendo uma Parati 2001, uma G3 completa e ótima. Descobri que era um mico. Ninguém queria por um simples detalhe, o seguro. Carrinho de pouco mais de R$ 20 mil, o seguro fica em mais de R$ 4 mil. Conforme o perfil do cristão passava dos R$ 5 mil. Apareceu um negócio que pareceu justo. O comprador mandou: “Vou levar uma Parati mico e você fica com outro mico. O “outro” era esse Daihatsu Charade 1994, um sedã com motorzinho 1,5-litro, boa aparência, carroceria íntegra sem porradas significativas, mas fumando mais que o dono. 

Gosto de mico e já tinham passado pelas minhas mãos um Charade hatch 1,3 (até hoje com meu filho) e um Cuore 0,85, que continua prestando bons serviços para o meu mecânico, o Renato Gaeta, de Tatuí City (SP). 

Resolvi encarar o mico japonês, ainda que ele se arrastasse numa nuvem de fumaça. Mesmo doente, ele teimava em rodar, com luz de injeção acesa, suspensão batendo e outras desgraças. No painel, pouco mais de 60 mil km rodados, enquanto a etiqueta de óleo na porta indicava a ultima troca com 110 mil km. Entrou por R$ 8 mil no rolo. 
Foto: phmailynews.net
 


O título deste post não é meu, mas de uma matéria que li numa revista Quattroruote décadas atrás, chamada apropriadamente "La maledetta nebbia", da qual não esqueço. Dirigir na neblina é talvez a condição mais crítica que existe ao volante de um carro, por isso mesmo extremamente perigosa – até para motoristas experientes, o que dirá quem está dando os primeiros passos ao volante. Maldita no sentido estrito.

A neblina é um fenômeno meteorológico entre tantos e se caracteriza pela condensação da umidade do ar junto ao solo. Ocorre quando o ar está frio, sendo por isso uma ocorrência típica do inverno, embora possa ocorrer fora dele. Estamos no outono do hemisfério sul e no mês que vem será inverno. E virá a neblina, especialmente nas regiões sudeste e sul.

Com a neblina – ou nevoeiro, mesmo efeito mas de origem diferente – a visibilidade fica seriamente comprometida. Além de não se enxergar a via à frente senão por alguns metros nos casos mais extremos, à noite se junta o efeito da luz dos faróis do nosso carro refletir nas gotículas d'água que constituem a neblina, piorando a situação.

Pode-se dirigir na pior neblina com  razoável segurança tomando-se certos cuidados:
Foto: r7.com

fatalidade
 
fa.ta.li.da.de 
sf (lat fatalitate) 1 Qualidade do que é fatal. 2 Acontecimento funesto, imprevisível, inevitável, marcado pelo destino ou fado. 3 Sucesso desastroso; desgraça.


Aquele meteoro que caiu na região da Rússia em fevereiro foi uma fatalidade, pois era imprevisível, inevitável. Acidentes de trânsito, quase sempre, não são fatalidades, são resultado de imprudência, principalmente, mas também de imperícia e negligência. Mas parece que virou moda, um ônibus sobe a calçada, atropela e mata pedestres e, adivinhem...foi uma fatalidade.
                                                               
Posso falar do Rio de Janeiro, que é a cidade onde resido. Aqui os coletivos transitam de forma totalmente irresponsável, e nenhuma providência por parte das autoridades é tomada, é como se fosse normal. A velocidade em si, como bem sabemos, não é o problema, mas o excesso de velocidade em local inadequado é combustível para tragédias.




Em julho de 1982 surgiu a Volkswagen Saveiro (ao lado), a picape derivada do Gol pioneiro, de 1980, e, como ele, dotada do clássico motor boxer refrigerado a ar emprestado do Fusca. De cara conquistou boa parcela de mercado, agradando quem queria um veículo de trabalho  e também atendendo a então nascente/crescente cliente de picapes como veículos de lazer ou uso cotidiano.

Nestas três décadas a Saveiro enfrentou o bom e o mau tempo, e nos seus primeiros vinte aninhos (!!!) de vida soube ser uma espécie de queridinha do segmento. Quando chegou, enfrentava Fiat City e Ford Pampa, derivadas respectivamente de antigos 147/Panorama e Corcel, mas logo ganharia concorrência mais desenvolvida – a Fiorino derivada do Uno. A GM entrou na briga no ano seguinte, com a Chevy 500 derivada do Chevette. Assim que recebeu o motor dito "a água" em 1985, a Saveiro decolou definitivamente nas vendas e foi líder do mercado até a entrada do século 21, quando a Fiat Strada, surgida em 1998 da "costela" dos Palio, lhe tomou o lugar.
Nova Saveiro Trooper













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Coluna 1913  8.maio.2013

Prefeitos, corram
És prefeito de cidade no Sudeste, Sul? Tens interesse em implantar fábrica de automóveis em seu município? Acha que será bom para todos, incluindo para as próximas eleições? Então, prezado alcaide, corra.
A Mercedes-Benz iniciou tabular dados para escolher local para sua próxima usina, e produzir a nova família Classe A. Foca na região Sudeste e Sul considerando logística, facilidades de transporte, rapidez para instalação – mas, naturalmente, considera incentivos.
Rio de Janeiro não quer perder a vez de ampliar o pólo automobilístico de Resende e Porto Real e acena, sugerindo se instale ao lado da fábrica da Nissan, em implantação. O governo de Minas, onde em Juiz de Fora está a antiga fábrica do Classe A e agora de caminhões, idem, sugerindo Montes Claros. Mas a Mercedes não quer ir para o norte, preferindo menor distância de portos.
Fosse eu prefeito de Joinville, SC, exumaria a proposta feita há década e meia, quando a cidade estava cotadíssima para receber a fábrica, perdendo-a, na mesa de decisão, para os mineiros. Alemães da Mercedes estão cismadíssimos com a decisão da BMW, seu competidor frontal em automóveis, em instalar-se em Araquari, onde o governo federal prometeu fazer aeroporto intermodal, para passageiros e carga, e estrada direta ao porto de São Francisco do Sul.
Não será apenas uma fábrica, mas a fábrica de automóveis Mercedes na América Latina. Considere-se o presidente mundial, de mandato renovado para retomar a liderança em vendas de automóveis, e o novo presidente local, um homem de automóveis, ex-diretor mundial de marketing do setor. Não virá a passeio, nem para encerrar carreira.
Assim, prefeitos, aviem-se, pois decisão é em máximos três meses.

Mercedes Classe A procura local para fábrica

Bastante chamativo para um Volvo

O desenvolvimento na área de sistemas elétricos para auxílio e segurança ao condutor de um carro moderno fica maior a cada ano, até em carros meio comuns, não apenas em um Mercedes Classe S.

Eu tive a oportunidade de dirigir o novo Volvo V40 por alguns dias, e como o carro está sendo lançado no mundo inteiro agora, eu gostaria de entender mais sobre ele, principalmente por que ele é cheio desse tipo de equipamento. 

Veja a lista abaixo, com certeza muito maior do que os equipamentos que se pode ter num Fiat Mille agora em 2013. Daqui a alguns anos, eu acho que vamos ter mais e mais coisas assim nos carros comuns.

Por aqui já dá para perceber que o carro tem muita eletrônica
Cardã típico (www.jefflilly.com)

Hoje, com a esmagadora maioria dos carros utilizando tração dianteira, o velho cardã, ou árvore de transmissão, ficou meio esquecido. Mas quem tem algum carro antigo na garagem provavelmente conhece esse componente da transmissão, já que no passado o comum era as rodas de trás tracionarem.

O que muita gente não lembra é que a árvores de transmissão, por trabalhar em rotação elevada, também necessita de balanceamento. Lembrei disso no fim de semana passado ao viajar com um amigo em seu Mustang, equipado com um 302 stroker, cilindrada aumentada para 347 polegadas cúbicas (5,7 litros) e um bocado de veneno, com estimados 400 cv, acoplado a uma caixa Tremec T-5 com 5ª marcha bem longa para compensar o diferencial curto, que quando engatada, à menor pressão do pedal do prazer levava o Mustang a 140 km/h. E nessa velocidade surgia bastante vibração, que parecia vir do cardã.
Foto: Época

O leitor Lucas dos Santos me alertou ontem sobre matéria exibida no G1 que fala da nova crise de inteligência da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo: bolsão para motocicletas e bicicletas. A foto explica: passa a haver duas faixas de retenção nas paradas por semáforo. Veículos de duas rodas, motorizados ou de tração humana, param na primeira; todo o resto pára na segunda.

Dizem que é "idéia" importada dos EUA e da Europa, lá chamada de "bike-box", mas isso não vem ao caso, pois na minha visão é uma idéia completamente desprovida de bom senso, venha de onde venha. Motivos:

Fotos: Arnaldo Keller


Quando da apresentação da linha Volkswagen nacional 2014, na fábrica 3, em São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, vi alguns Golf e me ocorreu de andar num, ver como estava desde que os dirigi no lançamento da "quarta geração e meia" em março de 2007, quando eu ainda escrevia para o Best Cars. Assim, solicitei um à fábrica e peguei um Sportline 1,6, cujo preço básico é R$ 56.070. Eu tinha curiosidade de ver, pelos parâmetros atuais, como era o carro de 1.227 kg propulsionado por um motor 1,6-litro de apenas 104 cv (melhor hipótese, com álcool, 101 cv com gasolina).

Para lembrar, o Golf surgiu na Alemanha em 1974, portanto completará 40 anos em 2014. Até o final do ano passado mais de 29 milhões haviam sido produzidos, ficando à sua frente apenas o Toyota Corolla, mas o japonês de hoje não tem a mesma arquitetura de motor dianteiro-tração traseira do começo de sua vida em 1966, ao contrário do Golf, de motor e tração dianteiros desde o início. Até o final de 2012 mais de 39 milhões de Corollas haviam sido produzidos, ajudado pela dianteira de oito anos de lançamento.

Mesmo sem o logotipo no volante sabe-se qual é a marca



A direção, com seu volante de grossa empunhadura e revestido de couro, com regulagem elétrica de altura e distância – regulagem esta de ampla movimentação –, tem três graus de assistência e resposta: Comfort, Sport e Super Sport. O modo Comfort, claro, é o mais leve, para rodarmos sossegados pela cidade, manobrar etc., e sua resposta é a mais lenta. No Super Sport ela endurece para valer e fica bastante rápida – a relaçào é variável – ideal para tocada de pista. Mesmo no modo Comfort ela vai endurecendo com o aumento da velocidade. Na estrada a assistência praticamente deixa de atuar.

O Série 5 "normal" tem assistência elétrica, mas no M5 usaram a hidráulica. Segundo a BMW, para o M5 escolheram o sistema hidráulico ao elétrico porque ele dá um melhor road feeling ao motorista. Com ele, o motorista sente melhor o chão em suas mãos, sente melhor a quantas vai a aderência dos pneus, por sentir melhor a textura e as ondulações de onde o carro está "pisando". E essa fonte de informação é muito importante quando estamos na lenha, buscando o limite da velocidade possível das curvas. Ela precisa ser instantânea e clara para que tomemos decisões rápidas e corretas.