google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): industria das multas
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Todos nós já ouvimos falar em indústria da multa. Sempre prontamente negado pelas autoridades de plantão, o termo foi criado para designar uma atitude do poder público de usar a multa de trânsito como meio de arrecadação, em vez de um instrumento de segurança no trânsito, de educação e de desestímulo ao cometimento de infrações. Quanto mais disciplinado o trânsito, menos multas precisariam ser lavradas. E todos poderíamos desfrutar de um trânsito civilizado, cortês e fluindo da melhor maneira possível. Porém, em vez de ser o sonho, um quadro desses seria o pesadelo dos governantes. Por que? Porque estes passaram a incluir multas como forma de aumentar a arrecadação.

Esta intenção fica clara quando se colocam radares de forma não a promover a redução de velocidade em trechos perigosos, mas sim em pontos onde é mais provável o motorista se distrair e ultrapassar o limite, exatamente por estar em uma condição que oferece menos risco e por isso ele se sente confortável com a maior velocidade.

A arrecadação de um município advém basicamente dos tributos arrecadados e dos repasses dos governos federal e estadual. Porém, não é incomum que um município gaste mais do que arrecada e pelos mais variados motivos, alguns nobres, mas a maioria deles infelizmente nada nobres. A arrecadação de tributos é difícil de ser aumentada, pois esbarra em limites constitucionais, é a Constituição Federal que determina quais são os tributos de competência municipal. Sendo assim, a arrecadação tributária é eminentemente rígida, variando ao sabor da temperatura da atividade econômica. Os repasses federais e estaduais também não podem ser mexidos com facilidade. Resta ao município buscar outras formas de fechar as contas — e muitas vezes é mais fácil buscar mais arrecadação do que cortar as despesas.


Charge publicada no Diário de Pernambuco

A frase do título é de autoria desconhecida, mas no assunto trânsito tem sua validade mais uma vez confirmada.

Quem já não se sentiu injustiçado por uma multa que aparenta ser absurda, ou indignado com alterações feitas pelos departamentos de trânsito Brasil afora que contribuem para piorar o fluxo de veículos ?

Como será que a horrenda situação atual, onde somos filmados e fotografados a todo instante surgiu e se desenvolveu? Por que será que há muita tecnologia empregada para fazer valer limites de velocidade e comportamentos dentro das leis de boa conduta do trânsito?

Essas poucas perguntas e muitas outras me atormentam, e acredito que incomodem o amigo que gosta de dirigir seu veículo nas ruas, avenidas e estradas, seja em duas, três, quatro ou mais rodas.

Foto Intelog.net

Antes que os politicamente corretos de plantão comecem a atirar suas pedras por acharem que eu estou incitando os leitores ao excesso de velocidade, explico que a velocidade máxima a que me refiro é a velocidade máxima DA VIA. Podem largar as pedras, não será desta vez.

Sim, mas por que um post para fazer um pedido que à primeira vista parece óbvio? Porque na verdade a  coisa não parece ser tão óbvia assim, pelo que observo no dia a dia.

Atualmente vemos um enorme frenesi do poder público em torno da limitação da velocidade nas vias em nome de uma suposta segurança, como se esta fosse a grande vilã de todos os acidentes. De tempos em tempos, as “otoridades” de plantão vêm com a brilhante ideia de reduzir a velocidade de 70 para 60 km/h sob os mais variados pretextos, desde “uniformizar a velocidade no corredor” até “reduzir o número de acidentes”.




Repare bem na foto acima: É a foto de uma rodovia do Distrito Federal chamada EPTG – Estrada Parque Taguatinga (Seria "Estrada Parque" uma tradução ao pé da letra de "Parkway", um dos termos usados nos EUA para vias expressas?).

Recentemente ampliada, ela conta com 4 largas faixas de tráfego, asfalto bem liso e bom escoamento de água para os dias chuvosos. Conta ainda com uma pista marginal de duas faixas para acesso aos bairros que ficam às suas margens, de forma que suas entradas e saídas são todas oblíquas, para que os carros tenham um bom espaço para aceleração e desaceleração. Seu limite de velocidade é 80 km/h, que considero baixo para uma via com estas características, pois 100 km/h seria perfeitamente seguro ali, talvez até 110 km/h pudesse ser adotado com total segurança.

O ponto onde a foto foi tirada (15º49'36"S, 48º1'47"O) é o início de uma descida. Esta descida se estende por 1,6 km, com uma declividade média de 5%. A curva que pode-se ver ao fundo está a 2,2 km adiante de onde a foto foi tirada. Como se nota, tirei a foto a partir do acostamento, por segurança.
foto: g1.globo.com


post de Bob Sharp a respeito da indústria das multas, me recordou uma matéria de José Luiz Vieira, na Motor 3 de março de 1981, exatamente há 30 anos, que busquei na mais bagunçada biblioteca do mundo para recordar a lembrança turva que tinha.

Em um claríssimo texto sobre a história dos limites de velocidade, JLV mostrava o uso dos radares de microondas eletromagnéticas cada vez mais difundidos nos Estados Unidos, e terminava com informações sobre a incerteza do futuro desses aparelhos, baseado em fatos da engenharia dos automóveis.