google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 abril 2011 - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: atc.org.br

Certos hábitos são difíceis de entender. Comprar carro na feira é um deles..

Até onde minha memória alcança, os chamados feirões começaram perto do fim de década de 1990. Feirão de fábrica nos fins de semana de repente começou a ser a maneira de vender automóvel.

Anúncios na tevê tipo “A GM abre os portões da sua fábrica”, acrescido de “condições especiais” passaram a ser comuns. Estratagemas como “O sucesso do feirão no fim de semana passado foi tão grande que resolvemos continuar no próximo” repetem-se à exaustão.

Dia de feira na GM de São Caetano do Sul (foto maxpressnet.com.br)

Junto com os feirões de fábrica vieram os feirões simplesmente, organizados em grandes áreas como os estacionamentos de shoppings e não demorou para que parte das redes de concessionárias engajassem em feirões de fim de semana.

Foto: billdodgeautogroup.com


Muito se fala em reduzir consumo de combustível e emissões de CO2, mas costumamos nos esquecer de um detalhe importante relacionado a esses dois pontos: a pressão de enchimento dos pneus.

Um estudo da Bridgestone envolvendo 38.000 carros em nove países europeus revelou que 71 por cento dos carros (27.000) estavam rodando com pressão abaixo da recomendada.

Fotos: Fiat//StudioCerri/Pedro Brito
Um interessante exercício de estilo, é como pode ser chamado o Uno Cabrio. Apresentado no último Salão do Automóvel de São Paulo como carro de show, ganhou vida tornando-se um conceito que anda –  concetto marciante em italiano. A carroceria que serviu de base é a do recém-lançado Uno duas-portas e o trabalho da engenharia experimental, capitaneado por Fabrício Cardinali, envolveu as áreas de Chassi, Motor e Transmissão, Elétrica e Interior. 

Segundo Fabrício, a remoção do teto exigiu reforços em toda a estrutura que chegam a 150 kg, o carro pesando 1.153 kg mas ainda 70 kg menos que o Punto T-Jet, de quem o Cabrio tomou emprestado o trem de força completo, começando pelo motor 1,4-litro turbo 16V de 152 cv a 5.500 rpm

Foto: jorgeluizfiqueinformado.blogspot.com

Foi daqui que foi dado o golpe na maldição energética
Ainda no dia 26 falei sobre etanol e flex, como a indústria do etanol enfiou descaradamente a mão no bolso do consumidor com aumentos abusivos e o que o governo estava pensando em fazer, deixando os usineiros preocupados. Pois ontem a noite saiu a notícia mais alvissareira que se poderia ouvir, a de que o etanol deixa de ser considerado produto agrícola e passa a ser combustível, por isso ficando de rédeas curtas. 

Conforme publicado hoje no Diário Oficial da União, agora cabe à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) o controle do etanol, literalmente acabando com a farra da sua indústria. O controle abrange comercialização, estocagem e exportação, de modo a garantir abastecimento e estabilidade de preços e, mais, fiscalizar e controlar as metas das usinas. Está vendo o que dá ir com muita sede ao pote? Aplausos para a Medida Provisória do Executivo e a certeza de que os usineiros vão chiar. Mas não vai adiantar.



Os leitores mais assíduos vão lembrar que a Carreata da Solidadiedade de Moema, em São Paulo, é um evento sempre prestigiado pela turma que faz este blog. Este ano ela é especial: é a décima edição do evento. Uma década é muito tempo, e a carreata já se tornou conhecida tradição nas ruas de Moema.

Este ano, se tudo der certo, devo acompanhar meu amigo Valter em seu Saab 900 preto, que já esteve aqui nas páginas do blog. Vários amigos já confirmaram presença, e a edição de 10 anos do evento realmente promete.


Depois que começou a inspeção veicular de emissões para motores ciclo Otto em São Paulo em 2009, volta e meia se lê ou se ouve que o catalisador tem vida útil de 80.000 quilômetros, deve ser trocado e por isso tem gente que está fazendo isso para não ter surpresas no momento da inspeção.

Isso é totalmente falso. O que existe é durabilidade mínima de 80.000 quilômetros ou 5 anos assegurada pelo fabricante do veículo ou do item. Caso o catalisador não atinja um desses mínimos o consumidor tem direito a substituição em garantia desde que a peça não tenha sido danificada por pancada ou submetida a funcionamento não previsto, como mistura ar-combustível fora do padrão ou escorrimento de combustível não queimado, como ao tentar fazer o motor pegar empurrado se este deixou de funcionar devido a problema no sistema de ignição.

Sábado passado, um dos meus carros, fabricado no final de 2001 e com 120.000 km rodados, com catalisador original de fábrica, passou com folga pela inspeção.

Todas as famílias nutrem pelo menos um hábito (ou mania) em comum com outras: umas gostam de acampar, outras gostam de frequentar o encontro semanal de carros antigos da sua cidade, outras fazem questão de ir ao estádio asssistir aos jogos do time do coração etc.

A minha família (e muitas outras, tenho certeza disso) tem o hábito de juntar pequenas moedas num pote, até não caber mais moeda alguma. Juntamos as moedas não com o intuito de poupar, mas apenas para ter o prazer de perder alguns minutos empilhando moedas iguais e somando os valores para ver o quanto juntamos naquele período.

O esclarecedor artigo do André Dantas sobre juros compostos tratou o assunto sob um ponto de vista mais sombrio, onde dinheiro emprestado a juros seria sinônimo de dinheiro mal empregado. No que tenho que concordar em se tratando de valores altos, prazos longos e taxas de juros abusivas. Resolvi então olhar por outro prisma, abordar outra situação e apresentar aqui meu ponto de vista.

Entendo que a utilização de uma taxa de 10% ao mês nos primeiros cálculos do artigo dele foi com o objetivo de facilitar a compreensão, já que sempre que extrapolamos um exemplo, a compreensão acaba ficando mais fácil. Utilizarei em meus cálculos 2,5% ao mês, já que para financiamento de veículos as taxas não costumam ser acima de 3% ao mês, e podemos encontrar taxas abaixo de 2% ao mês pesquisando bem.

 Foto: klickeducacao.com.br
 

No final de março falamos aqui no AE sobre flex (Alexandre Cruvinel) e etanol (eu). Pois nesse quase um mês que decorreu a coisa evoluiu para pior. O preço do etanol disparou, o da gasolina subiu não na mesma proporção mas subiu. A nossa maldição energética continua mais firme do que nunca.

Tudo vinha relativamente bem na questão de preços. Coisa de seis meses atrás, os placares nos postos de São Paulo indicavam, em sua maioria, gasolina comum R$ 2,40, etanol R$ 1,40, vantagem de cerca de 15 por cento no custo/quilômetro ao usar etanol nos carros flex.

Por volta de novembro o preço do etanol começou a subir sem motivo. E foi subindo sem parar, chegando hoje a se ver R$ 2,20.




Lembrando o assunto dos câmbios automatizados, vale contar um pouco dos primórdios da tecnologia das trocas de marchas sem a total interferência do motorista.

Como foi comentado aqui sobre as caixas automatizadas do Idea e do Meriva, o sistema basicamente é uma caixa convencional com o acionamento das hastes de comando da troca de marcha feito por meios indiretos ao motorista.


Propaganda da Arsmstrong Siddeley com caixa Wilson, 1928

Fotos: Ervin Moretti
Área de boxes repleta de Volkswagen


Foi em Interlagos (Autódromo Municipal José Carlos Pace) o 19° Encontro do Fusca,  no dia 21, feriado de Tiradentes. promovido pelo Fusca Clube do Brasil. Seu conselheiro, o atuante Ervin Moretti, estava radiante. “A bela manhã de sol do outono ajudou na festa que é de todos nós, apreciadores do Fusca e seus derivados dele”, disse. Claro, ele não poderia ter deixado de levar o Horácio, seu Fusca 1974 assim "batizado" devido à cor verde Hippie, original de fábrica mas rara. O apelido é uma alusão ao simpático dinossauro filhote de Tiranossauro Rex criado por Maurício de Souza para suas tiras em quadrinhos.
Donos entusiastas se reúnem no autódromo

Todo sócio do clube podia entrar na pista e rodar o quanto quisesse. Todo o circuito de 4.309 metros ficou repleto de tudo que tivesse motor arrefecido a ar, exceto por alguns New Beetles. Cena realmente admirável, reflexo perfeito da paixão dos brasileiros pelo carro desenhado por Ferdinand Porsche em 1934.


Cravada no oceano entre o Reino Unido e a Irlanda, exite uma pequena ilha de 570 km² chamada Man (ou Mann, pela sua derivação) onde não muita coisa acontece, exceto por uma época do ano em que um grupo de aficcionados se reúne para andar de moto por um percurso pré-determinado.

"Andar" talvez não seja bem a melhor forma de expressar exatamente o que acontece, pois a média de velocidade do percurso de aproximadamente 60 quilômetros é de algo perto dos 210 km/h.


Em resumo, trata-se do mais antigo, mais prestigiado, perigoso e famoso evento de motovelocidade do mundo, o International Tourist Trophy. O evento começou em 1907 e se estende até hoje. O formato da corrida é do tipo Time Attack, ou seja, corrida contra o relógio. Os pilotos andam juntos mas cada um contra seu próprio tempo.

O adjetivo pátrio da Ilha de Man, em inglês, é Manx, e uma das motocicletas de competição mais famosas da história foi justamente a Norton Manx, com ligações óbvias com o Tourist Trophy na ilha. Foi produzida de 1947 a 1962 e se caracterizava pelo motor monocilindrico DOHC de 497,9 cm³ (79,62 x 100 mm), 52 cv a 6.500 rpm. Houve versão de curso curto, 86 x 85,6 mm (497,2 cm³), 54 cv a 7.200 rpm. Chegava a 230 km/h.

Norton Manx 1954 (Wikipedia)

A prova é um dos poucos eventos do esporte a motor que não sofreu grandes mudanças desde sua criação. A tradição é mantida sempre, mesmo com todas as mudanças no mundo do esporte hoje. Uma das marcas registradas do TT é o perigoso percurso, que passa por vilas, cidades e montanhas ao longo de vias públicas. Mais de 200 pilotos perderam a vida tentando vencer os perigos da Ilha. A cada problema com federações e órgãos preocupadas com a segurança do evento, a solução é simples, muda-se de organização.

Correto ou não, a prova é o reflexo da paixão dos pilotos pelo desafio, e cada um sabe bem onde está se metendo. Este é um dos últimos eventos do mundo onde a politicagem e a sujeira dos organizadores e interessados não enterrou seu passado. Por mais louco que seja, é algo a se pensar.


MB


Um dos motivos pelo qual eu ando participando pouco no blog ultimamente é que eu tenho viajado bastante. Uma dessas viagens foi para um destino inesperado, Bangalore, na Índia.

Bangalore fica bem ao sul do país e é a terceira cidade mais populosa da Índia, logo atrás de Deli e Bombaim. Para os entusiastas, a cidade de Nova Deli, que fica em Deli, é conhecida pelo salão internacional do automóvel que se realiza a cada dois anos. Mas é em Bangalore que fica o “Vale do Silício” indiano, um polo de tecnologia que abriga empresas e instituições de pesquisa no campo da tecnologia da informação. Bangalore também é um dos polos econômicos e culturais da Índia.

foto: Wikipedia
Foto: carrofacil.org
O medidor de transmitância luminosa Translux II: leitura rápida

Em 26 de outubro de 2007 o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) baixou a Resolução 253 estabelecendo os critérios de medição da transmitância luminosa dos conjuntos vidro mais película  (e não só da película) aplicados aos vidros dos veículos. Diz o Art. 3° da resolução: a autoridade executiva de trânsito ou seus agentes somente efetuarão o registro de autuação se a medição constatada pelo instrumento (medidor de transmitância luminosa) for inferior a: 26% no caso de limite 28% (vidros laterais traseiros e vigia); 65% quando o limite permitido for 70% (vidros laterais dianteiros) e 70% quando o limite permitido for 75% (para-brisa).

Na ocasião ocorreu mudança nos mínimos de transmitância, cancelando os valores expressos na Resolução 78 do Contran de 19 de novembro de 1998, que eram 75% para o para-brisa, 70% para os vidros laterais dianteiros e 50% para os demais.

 Foto: Paulo Keller/AE

Há vários carros que nos fazem pensar a fundo o que significa a motorização humana, esse acontecimento que nasceu no começo do século 20 e conquistou uma boa parte da população mundial, que não consegue mais viver sem carro. Seja por necessidade, seja apenas por entusiasmo.

Acho que não é possível um entusiasta se sentir satisfeito antes de andar em alguns modelos que moldaram a história do automóvel. Não há muitos realmente importantes.
Ford modelo T, Fusca, Mini, Tucker, Jaguar E-Type, Ford Mustang, Chevrolet Corvette, Audi Quattro, Porsche 356/911, Citroën 11 Légère e DS, Mercedes-Benz SL e alguns outros.

O Lotus Seven tem história, mas vai além de uma herança de fabricante, ou de marca registrada do criador. Mais do que um carro, ele é o próprio conceito de carro esporte simples e básico. 

Praticamente todos os brasileiros conhecem a cena acima: trata-se do infeliz resultado causado pelo ex-deputado Fernando Ribas Carli Filho no dia 7 de maio de 2009, em Curitiba, após colher um Honda Fit em um cruzamento do bairro Mossunguê. Duas vidas ceifadas pela irresponsabilidade de um político, que justamente por ser um homem público deveria ser exemplo de continência para toda a sociedade.

O que chamou a atenção neste caso é que os familiares das vítimas solicitaram uma perícia independente que concluiu que o Passat Variant conduzido pelo ex-deputado estava a uma velocidade superior a 190 km/h. A velocidade era tão alta que o veículo chegou a decolar no cruzamento das ruas Ivo Zanlorenzi e Paulo Gorski, colhendo o Fit por trás, acima da altura do assoalho.
Nesta semana dos feriados de Tiradentes e Paixão haverá um post por dia apenas, entrando às 13 horas.

Na segunda-feira 25 de abril o AUTOentusiastas volta à frequência de dois posts diários, às 9h00 e 16h00.

Feliz Páscoa a todos!

Bob Sharp
Editor
Holden GTR-X

Os australianos sempre foram criativos em se tratando de carros. Imaginem que, antes de transporte por aviões a jato e internet existirem, eles estavam há alguns dias de distância dos principais centros civilizados do mundo.

Mesmo assim, conseguiram proezas como construir motores campeões na Fórmula 1, os Repco, usados por Jack Brabham, que formou sua própria equipe, e foi o único piloto até hoje a ser campeão com o próprio carro. Essa mesma mentalidade criativa e de relativa independência fez os entusiastas daquela grande ilha,trazer à vida alguns carros especiais interessantes.
 
Alguns dos melhores modelos desenvolvidos por lá estão nessa pequena lista, encontrada em uma perdida revista australiana que ganhei há muito tempo.

Holden GTR-X





A Holden é a General Motors australiana. Em um tempo recente, 1970, foi mostrado esse cupê com carroceria em plástio reforçado com fibra de vidro, motor seis-cilindros de 3,1 litros e 164 cv do Torana, velocidade máxima de 210 km/h e 0-100 km/h em 8,5 segundos.

Foi um sucesso, e a GM aprovou o carro para produção. Veio, porém, a ADR (Australian Design Rules), as normas para construção de veículos, que abrangem segurança, emissões e outros, o que faria o GTR-X inviável.

Fotos: autor


Não estou brincando. Acho mesmo que todos os fabricantes de carros médios e grandes deveriam copiar a modulação dos comandos dos modelos da Mercedes. Muitos se restringem a copiar suas linhas, enquanto que, para mim, o que os modelos da marca têm de melhor é a sensação de prazer que temos ao dirigi-los.

A direção tem o peso e a resposta corretos. O pedal do freio tem peso e progressividade corretos. O pedal do acelerador tem a progressividade correta. Não posso falar sobre o pedal de embreagem nem sobre o trambulador de câmbio dos Mercedes modernos, pois todos os modernos que guiei eram automáticos, porém os antigos os tinham dentre os melhores de suas respectivas épocas. Os caras são mestres nisso.

Comandos perfeitos, leves e precisos
Isso significa que logo na primeira saída com o carro sentimos que ele responderá sem surpresas desagradáveis aos nossos comandos. Não temos que ir gravando pequenos alarmes em nosso subconsciente, do tipo “fique alerta com os freios, eles são muito repentinos, pise maciozinho senão ele estanca”, “fique alerta com a resposta do volante, ela é muito lenta”, ou “ela é muito rápida”, “muito leve”etc. Com os Mercedes tudo acontece como naturalmente esperamos. Então, esse acerto perfeito imediatamente nos deixa à vontade para guiarmos sem incômodos, sem pedrinhas no sapato.

Os quadranes do seletor de marchas, Dualogic (esquerda) e Easytronic (direita)
A tecnologia dos câmbios com trocas de marcha automatizadas está se expandindo para o mercado dos carros de grande produção, já com volumes de vendas representativos. A vantagem do sistema ser cerca de 40 por cento mais barato que uma caixa automática favorece bem a imagem do sistema.

O sistema é simples em teoria. No lugar da alavanca de trocas de marcha e dos cabos de acionamento, há um sistema controlado por computador que aciona as hastes de engate e seleção das marchas. no interior do câmbio. A caixa é a mesma de um sistema manual convencional, com o mesmo tipo de engrenagens, garfos, seus eixos e sincronizadores. A embreagem existe, e no lugar do pedal acionar mecânica ou hidraulicamente o atuador, outro sistema computadorizado faz este papel.

Fotos: VW
Um desenho feliz que até leva jeito de Porsche

Depois de especulações na internet durante alguns meses, o Volkswagen Beetle foi  finalmente revelado.  A sina do besouro é mesmo nome. Volkswagen não era nome, mas expressão que significa carro do povo em alemãoe só virou marca depois da Segunda Guerra Mundial. Em 1998 o besouro foi recriado e lhe foi dado nome de New Beettle, e seu sucessor se chama simplesmente Beetle. Aí o velho Beetle é o New.. Muito estranho, mas está no DNA da marca, fazer o quê? É mais ou menos como na nossa História, o jovem  (D. Pedro I) é o pai e o filho (D. Pedro II) é que tem o visual de senhor de idade...Seja como for, mesmo com  certa confusão de nome, a Volkswagen parece ter acertado em cheio com o seu mais novo produto, o Bettle.

Sua primeira aparição em palco próprio, um salão do automóvel, será no 14º. Salão de Xangai, China, que abre suas portas amanhã (20). Seu calendário de lançamento é América do Norte em outubro, Europa em novembro, Ásia em fevereiro de 2012 e América do Sul, final de 2012/início de 2013. Pena que fiquemos por último. Vindo do México pode ser que tenha preço atraente.Ou fazê-lo aqui, por que não? A fábrica de São José dos Pinhais, PR, ainda produz o Golf de quarta geração. Então...

Mas a Volkswagen ainda não revelou se o "Fusca" continuará sendo feito no México ou se será fabricado na nova fábrica em Chattanooga, estado do Tennessee, nos Estado Unidos.


Desde que foi firmado o acordo comercial com o México isentando os automóveis fabricados lá do imposto de importação, apareceram em nosso mercado alguns modelos com preços mais atraentes se comparados aos nacionais. Um dos primeiros a mostrar bons números de vendas foi o Ford Fusion, com preço ligeiramente superior às versões mais caras do Ford Focus, fabricado na Argentina.

Atualmente, um modelo que chama a atenção é o Dodge Journey SE, que nos EUA custa a partir de 22 mil dólares e aqui é oferecido a 82 mil reais. Longe de ser uma pechincha, mas custando pouco mais do que um Corolla XEi, o crossover americano oferece bom espaço interno e motorização V-6 acoplada a uma caixa automática de 6 marchas, além de bolsas infláveis frontais, laterais e tipo cortina.


“Dromos” em grego significa local de corrida, daí as palavras que conhecemos com esse radical: autódromo, hipódromo (hipo é radical grego, cavalo), velódromo (vélo é abreviação de vélocipède, sinônimo de bicicleta em francês), kartódromo, aeródromo e até sambódromo.

Tendo autódromo, por que correr na rua? Fechar trânsito, perturbar a vida da cidade, a troco de quê?

Este é um post extremamente longo. Teve de ser assim para ser possível explicar tudo o que de perverso  e ardiloso existe na "indústria" do financiamento, do que infelizmente poucos se dão conta. Recomendo sua leitura  até o final por um motivo óbvio: proteger o seu bolso e melhorar a sua vida.

O dinheiro que evapora
Quem já não ouviu a velha ladainha, "Não sei o que acontece. Ganho bem, mas não sei pra onde vai o dinheiro."?  Sabe qual a mágica que faz todo esse dinheiro "evaporar"? A nova classe média possui diferentes graus de endividamento e enfrenta esse tipo de questão, porém ainda sem entender o porquê desta discrepância. É o que esta matéria pretente explicar, bem como explorar algumas alternativas para que uma boa parte do que se ganha são seja perdida.

Este fenômeno misterioso do "dinheiro evaporante" vem do crescimento exponencial das dívidas causado pelos juros compostos, que no Brasil é agravado por aqui haver uma das taxas de juros mais altas do mundo, combinado com a depreciação do carro usado.

Para comprar uma mercadoria ou precisar do serviço, precisamos ter o dinheiro em mãos. A primeira opção é juntar o dinheiro e comprar, ou seja primeiro trabalhamos e depois usufruimos. A segunda opção é obter um crédito e depois saldá-lo. Usufruimos primeiro e pagamos depois, porém pagamos pelo uso de um dinheiro que não era nosso na forma de juros a quem nos fez o empréstimo. O juros são o preço que pagamos por esta facilidade de usar agora o dinheiro alheio.

Manhã de sábado, pulo cedo da cama para tentar terminar um bota-fora iniciado na quarta-feira. Muito além de uma simples faxina, foi uma operação destinada a sumir com o maior número de papéis e tralhas inúteis acumuladas dentro (e fora) de casa ao longo dos anos. Uma infinidade de pequenas peças de carros, peças de bicicletas, ferramentas enferrujadas, materiais de press-release e é claro, muito pó e mofo.

Justo ontem que eu pensei que iria terminar o telefone toca: era o Chico Mahoney, um grande amigo de Campo Mourão que durante muitos anos empesteou as ruas de São Bernardo do Campo com aquela fragrância de gasolina e borracha típica do Charger R/T, seu carro de uso diário durante a época em que morou no ABC paulista. O Mahoney me convocou para um almoço, junto de outros amigos da "velha guarda" entusiástica de São Bernardo do Campo.

Fotos: Divulgação fabricante


Sabe aquele carro que você gosta só de ver e gosta mais ainda quando anda? Pois esse carro é a Jetta Variant. Eu diria que é a síntese do carro alemão, do carro só poderia ter sido desenhado por alemães. Tem jeito de carro alemão até no cheiro. Custa 86 mil reais, mas com todos os opcionais chega 103.125, mais 17.125 reais.

Fotos: divulgação da prova

Luís Cezar Ramos e seu Volvo Amazon 122 1967 no Rallye Monte-Carlo Historique do ano passado

O I Rallye Mil Milhas Históricas Brasileiras será realizado entre os dias 1 e 5 de junho deste ano, com largada e chegada no Shopping Iguatemi, em São Paulo.


Será de regularidade, terá ao redor de 1.700 km e passará – fazendo 3.248 curvas – por 17 cidades paulistas, cariocas e mineiras. O asfalto, pelo levantamento feito, está bom.

foto:copa2014.org.br


As dificuldades que enfrentamos todos os dias, a todos os instantes em que nos deslocamos com nossos carros, são algo de profundidade filosófica.

Não é possível que o cidadão que possui ou apenas utiliza um carro deva ter tantas dificuldades. Não há motivo para tanta maldade.

Deve ser uma maldição que provém do termo "automóvel de passeio". Algo tão absurdo como chamar um participante do Big Brother de "herói".


Escrever sobre a história da situação precária da Intermeccanica no Salão de Frankfurt de 1969 me fez lembrar de uma situação parecida envolvendo outra empresa italiana e um milionário americano, no Salão de Turim em 1952. É outra história fantástica, que me dá a oportunidade de falar um pouco também da recém-falecida Bristol inglesa.

Stanley Harold “Wacky” Arnolt II (ao lado) é um estereótipo tão perfeito do milionário americano do pós-guerra que parece ter sido inventado. Ex-jogador de futebol americano no segundo grau, e portanto alto e corpulento, Wacky ficou rico muito rapidamente durante a Segunda Guerra Mundial. No pós-guerra, como muitos americanos da classe mais alta, se apaixonou pelos carros esporte que invadiam aquele país. Em 1950, Arnolt monta em Chicago uma empresa, a SH Arnolt, Inc., para importar carros ingleses.


A lenda que conta como Arnolt começou a empresa, contada por Mike McCarthy na Classic and Sportscar inglesa de maio de 1990, é emblemática da personalidade de Wacky Arnolt:
Fotos: autor

O Bob já avaliou o Citroën Aircross aqui no AUTOentusiastas e eu, por um lapso, não o havia lido. Foi bom não ter lido, porque agora, após uma semana com o carro, li, e assim reforcei minhas impressões.

Não discordo em nada do que o Bob disse, e já que ele dissecou perfeitamente o Aircross, só me resta citar algumas coisas.


Um texto de Bird Clemente, especial para o AE


Minha memória das fases da minha carreira: 1ª- Obsessão para ser um corredor de automóvel; 2ª - Me achar imortal e arriscar até o último fio de cabelo; 3ª - Ter que matar um leão por dia; e 4ª - Finalmente confesso que foi natural para mim, e deve ser para outros, o cansaço de se arriscar tanto.

Quando eu pensei que já havia parado, fui incentivado e acompanhado pelo meu irmão Nilson na aspiração de participar da 24 Horas de Interlagos de 1970,  no 16 de maio, o que topei, mas cobrei de mim mesmo, com anuência do meu irmão, que dispuséssemos do melhor carro, que não me envolvesse naquele sacrifício do cotidiano da minha vida, no reflexo da história Davi contra Golias.

E que também, para sair da rotina, queria trocar de macacão, tomar um banho e jantar bem, como nunca, no meio da corrida.

Vai ter gente aqui me chamando de maricas, mas confesso que acho meio assustador uma moto de 200 kg e 200 cv. Não que seja novidade, mas a última que tinha me chamado a atenção tinha sido a Suzuki Hayabusa e seu motor 1300 de 185 cv. Aí recebo um e-mail da Kawasaki do Brasil anunciando a linha 2011 da Ninja ZX-10R, com um 4-cilindros de 1 litro e 200 cv, que pode chegar a 210 cv com o ram air, que nada mais é do que aproveitar a pressão do ar em alta velocidade para alimentar melhor o motor. Mas eu passo. Alguém encara ?


Um quilograma para cada cavalo. Mas a moto não anda a controle remoto. Mesmo assim, botando um piloto de uns 80 kg e alguma gasolina, fazendo umas continhas e comparando com carros, para facilitar o entendimento, seria algo como um Palio de 750 cv. É mole ? Eu acho meu Uno Turbo com uns 140 cv bem esperto, imagino que um com uns 300 cv já seja quase perigoso. Mas 750 cv?

É isso aí, no caso da moto é um exagero assim mesmo, sem tirar nem por. Claro que a moto em questão é projetada para alto desempenho, tudo nela acompanha a potência do motor. E está ao alcance de qualquer um que tenha o dinheiro equivalente a um Ford Ecosport. Isso aí, pelo mesmo dinheiro dele, você compra um demônio de duas rodas que anda na frente de praticamente tudo que pode andar legalmente pelas ruas.

AC


Este foi o título de uma reportagem da revista Quatro Rodas do começo dos anos 1970, referindo-se aos problemas de trânsito da capital paulista. Mal sabiam os editores da revista que estavam antevendo o futuro quarenta anos adiante, sem saber que um órgão chamado CET – Companhia de Engenharia de Tráfego ou, mais apropriadamente, Companhia de Engarrafamento de Tráfego – iria promover o caos para os paulistanos e para aqueles que nos visitam. E não só a CET, mas o Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo também.

A CET vem diminuindo a velocidade máxima permitida nas vias da cidade na base do achismo, argumentando que a medida contribuirá para reduzir acidentes. Mas todos sabemos o real motivo: faturar com multas por excesso de velocidade. Afinal, multas de trânsito estão no orçamento da Prefeitura, não estão?
Desenho: www.autodromodeinterlagos.com.br

Desenho da época de Interlagos, anos 1960, com os nomes das curvas

Vamos dar uma volta em Interlagos, mas no circuito antigo, de 7.960 metros a volta, não o atual “kartódromo” de 4.309 metros, resultado da mutilação ocorrida em 1989. A imagem abaixo mostra bem como era e como ficou.

Vê-se bem as a diferença entre o antigo e o novo traçado (desenho Wikipedia)

Note como as curvas Subida do Lago (que agora é descida) e Junção tiveram os raios drasticamente diminuídos, o que vai ao encontro do que eu disse sobre a Curva do Café, chegar-se mais devagar nela hoje do que no tempo do traçado antigo da pista.
Sente-se ao meu lado no Ford Maverick Divisão 3 da Equipe Mercantil Finasa-Motorcraft, a representante oficial da Ford em competições de 1973 a 1977.

O Maverick Divisão 3 no primeiro dia em que andei nele (foto: arquivo pessoal do autor)
O motor era um 302 V-8 (4.942 cm³) com cabeçotes de alumínio Weslake e quatro carburadores Weber IDA 48. Produzia 450 cv a 6.200 rpm com torque de aproximadamente 55 mkgf a 4.500 rpm. O câmbio era Clark de Corvette quatro-marchas, opcional na época para o carro esporte da Chevrolet, de relações 2,02,:1 1,60:1, 1,23:1 e 1,00:1 (direta), com diferencial 3,08:1, autobloqueante.



Sempre discutimos sobre a pesada carga de impostos em nosso país, particularmente sobre os automóveis, já que quase metade do valor do carro novo vai direto para os cofres dos governos federal e estaduais. Mas ainda tem outro, que pagamos todo ano e só lembramos dele no início de cada ano.

O IPVA, Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, é de 4% do valor do carro no Estado de São Paulo, mesmo percentual no Rio de Janeiro para carros a gasolina, carros flex pagam alíquota de carro a álcool, de 3%


Depois que Anthony Colin Bruce Chapman desenhou e construiu o Lotus Seven em  1957, estava inaugurada a era do brinquedo de gente grande. A receita é típica do astuto e competente inglês: pouca massa e configuração motor dianteiro-tração traseira.

Décadas se passaram e dezenas, ou centenas, de “Lotus Seven” se multiplicaram mundo afora, produzidos tanto por empresas de porte médio como a inglesa Caterham quanto pequenos construtores, amadores até, no mundo todo. É caso do paulistano Ricardo Poladian, 40 anos, formado em Desenho Industrial, que produziu não um, mas dois Sevens em sua garagem na Granja Viana, em Cotia, região da Grande São Paulo.


O Bob já falou aqui sobre a Curva do Café, onde o triste acidente com o Gustavo ocorrido no outro final de semana, praticamente igual ao do Sperafico tempos atrás, vem levantando muitos culpados. A CBA, o carro, os pilotos, a chuva, os pneus e muitos outros estão na lista de ataques. Digo que não há um culpado, mas uma sequência de fatalidades. Como o Bob disse no post dele sobre as Montanas da Stock Car, é coisa de corrida e não há como escapar de todos os riscos.

Mas uma coisa que não é aceitável é culpar a Curva do Café pelos dois acidentes. Não é uma curva assassina, um risco à segurança nacional como se tornou ao longo da semana, divulgado por inúmeras fontes de informação como sendo um ponto de alto risco, pois não é.

 

Para tentar de minha parte esgotar tudo que queria falar sobre a Opel, depois dos dois posts da semana passada, seguem aqui fotos comentadas de alguns Opel daquela que, em minha opinião, foi a época de ouro da empresa: o período de 1965 a 1986.

Primeiro, um modelo de grande sucesso e influência: o Ascona. Lançado em 1970 (acima), o carro foi adotado imediatamente pelos entusiastas alemães, por seu comportamento esportivo e a tração traseira. Foi base para outro Opel amado pelos brasileiros pelos mesmos motivos: o Kadett C, aqui Chevrolet Chevette. O Kadett C era praticamente uma versão reduzida em tamanho do Ascona. Muito tempo depois, em 1981, o Ascona se tornaria um moderno carro de tração dianteira, mas se tornaria muito menos esportivo em comportamento. Este Ascona de tração dianteiro veio ao Brasil com o nome de Chevrolet Monza.

Como não poderia deixar de ser falando de Opel, vão aqui alguns “Opalas” alemães: primeiro, uma perua Rekord, portanto quatro cilindros, de quatro portas. Aqui a perua Caravan era somente duas-portas; lá duas e quatro portas. Mundo confuso...


Um Commodore cupê, abaixo, “O seis cilindros esportivo da Opel”, acompanhado de um gigantesco cachorro que nunca caberia dentro dele. Que linhas maravilhosas esses cupês têm.