Para tentar de minha parte esgotar tudo que queria falar sobre a Opel, depois dos dois posts da semana passada, seguem aqui fotos comentadas de alguns Opel daquela que, em minha opinião, foi a época de ouro da empresa: o período de 1965 a 1986.
Primeiro, um modelo de grande sucesso e influência: o Ascona. Lançado em 1970 (acima), o carro foi adotado imediatamente pelos entusiastas alemães, por seu comportamento esportivo e a tração traseira. Foi base para outro Opel amado pelos brasileiros pelos mesmos motivos: o Kadett C, aqui Chevrolet Chevette. O Kadett C era praticamente uma versão reduzida em tamanho do Ascona. Muito tempo depois, em 1981, o Ascona se tornaria um moderno carro de tração dianteira, mas se tornaria muito menos esportivo em comportamento. Este Ascona de tração dianteiro veio ao Brasil com o nome de Chevrolet Monza.
Como não poderia deixar de ser falando de Opel, vão aqui alguns “Opalas” alemães: primeiro, uma perua Rekord, portanto quatro cilindros, de quatro portas. Aqui a perua Caravan era somente duas-portas; lá duas e quatro portas. Mundo confuso...
Um Commodore cupê, abaixo, “O seis cilindros esportivo da Opel”, acompanhado de um gigantesco cachorro que nunca caberia dentro dele. Que linhas maravilhosas esses cupês têm.
Um Commodore GS/E vermelho com teto de vinil, o mais esportivo dos "Opalas" alemães, equipado com o seis em linha OHC de 2,5 litros e injeção multiponto Bosch, para 150 cv e 200 km/h de final.
O carro abaixo, lindo em vermelho e parecendo um Corvette em miniatura, é o Opel GT, corrente de 1968 a 1973. Sua versão mais interessante era equipada com o quatro em linha OHC da Opel, com 1,9 litro e injeção de combustível Bosch, o que fazia o pequeno carro esporte de tração traseira uma delícia para se tocar à moda.
Quando a Opel lançou seu motor de quatro cilindros Diesel para automóveis de passeio em 1972, fez o carro abaixo para promovê-lo. Derivado do GT, bateu 20 recordes internacionais de velocidade até 10 mil km. Entre os pilotos na foto abaixo, é fácil reconhecer o famosíssimo piloto/jornalista Paul Frère, o segundo da esquerda para a direita.
Em 1970, a empresa de Rüsselsheim apresentava um cupê esportivo baseado no Ascona: o Opel Manta. De novo, toda a linha de quatro cilindros em linha da empresa era disponível, o mais potente sendo o 1,9 litro na versão GT/E.
Ainda falando do primeiro Manta, a propaganda abaixo não podia ter vindo de outra época senão os anos 70. Só naquela época o vestido da linda alemãzinha da foto, e sua pantera negra, não seriam motivo de risadas.
Em 1975, a Opel lançava um novo Manta, mais largo e baixo que o antecessor, e ainda melhor em comportamento, mesmo que com linhas menos elegantes. Reparem no logotipo no para-lama, uma arraia (Manta em várias línguas) estilizada.
Este Manta teve vida longa, e em 1981 aparecia uma versão do carro que ainda é um dos Opel mais cobiçados em todos os tempos: O Manta 400.
O carro era uma homologação especial para rali, e toda esta cara de mau vinha acompanhada de um quatro em linha com 2,4 litros, duplo comando de válvulas no cabeçote e 149cv. Pode não parecer muito hoje em dia, mas ainda assim um balde de diversão. As versões de pista deste motor chegavam a quase 300 cv.
Vejam a carinha de felicidade do alemãozinho na última foto. O sujeito pode parecer o filho bastardo alemão de Carlos Santana, mas obviamente está se divertindo!
MAO
Seu duvida a Opel tem uma riquissima história. Parabéns ao MAO e ao Autoentusiastas pela homenagem. E o Manta é lindo!!!
ResponderExcluirMAO, ja deu para perceber de onde veio Comodoro e Diplomata. AG cogitou uma vez um 3-litros de Omega em um Opala cupe.Ficaria sensacional.
ResponderExcluirAlexandre Cruvinel
ResponderExcluirFicaria mesmo...mas com suspensão traseira independente!
O que me deixa triste é que cada vez mais a GM Brasil se afasta do Opel e dificilmente lançara um mito como esses ai foram...
ResponderExcluircomparar a importãncia um Vectra ou Agile com um Chevette ou Opala me parece uam paida de mal gosto.
Um dos carros mais bonitos do Brasil: o Comodoro cupê 79, marrom metálico, com aqueles cromados e os filetes duplos bem finos, ressaltando a linha de cintura.
ResponderExcluirPraticamente a minha lista de Opels fávoritos!
ResponderExcluirJá tive a oportunidade de andar em uma opel caravan 4 portas bem parecida com essa da foto do post, mas bege ao invés de vermelha.
ResponderExcluirO carro era de um almirante que serviu muito tempo como adido militar na embaixada inglesa e usava uma caravan igual a essa que eu andei, mas com direção na direita. Ao voltar para cá, foi na Alemanha, comprou o carro com direção na esquerda, um monte de peças sobressalentes e colocou o carro no conteiner. Ficou com o carro vários anos, e o pai de um amigo comprou, após o falecimento deste almirante.
O carro havia sido cuidadosamente mantido, tanto que ainda era original (se não me engano, o carro era 68 ou 69) e não havia passado por nenhuma restauração.
Como o carro era gostoso de andar! Silencioso, suave, mal se escutava o motor trabalhar. A suspensão era macia, absorvia bem as irregularidades. O motor 4 cilindros (não lembro se 1.7 ou 1.9) era suficiente. Não empolgava, mas também não enchia o saco ao empurrar a barca pra frente, fora que era mais econômico e rendia mais que o 2.5 do seu contemporâneo brasileiro.
As portas fechavam fácil, sem ser necessário batê-las com vontade para que elas travassem, o painel não batia nada, os 2 sofás tinham bom acabamento, os vidros subiam e desciam sem maiores esforços.
Me lembro de ir de carona com esse meu amigo e nossas namoradas pra um barzinho aqui pra poder jogar conversa fora e tomar umas cervejas. Nós 2 íamos de maneira parecida, sentados, com nossas respectivas devidamente "aninhadas" na altura de nosso peito, o braço passando pelo ombro delas. Os vidros abaixados, andando na velocidade da via, só curtindo o passeio.
Pena que quando eles decidiram vender esse carro, nem se eu vendesse meu gol bola véio de guerra conseguiria comprar a caravan (apesar do preço não estar proibitivo). Ainda tentei convencer meu pai a entrar no mundo do antigomobilismo, mas desse hobby ele só gosta de contemplar o carro dos outros...hehehehehe.
Foi um passeio curto, mas deveras divertido. Só me arrependo de não ter pedido pra guiar aquele carro!
OPEL é o PODER e a GM é uma BESTA. Pior ainda nos dias de hoje!!!
ResponderExcluirHa ha ha...o filho alemão do Carlos Santana foi boa!
ResponderExcluirBela lista!
ResponderExcluirApenas acrescentaria o Omega original de 1986!
MAO,
ResponderExcluirExcelente lista, só carros que marcaram época.
Carlos Eduardo,
Se não me engano, no ano passado, havia um Rekord Caravan bege à venda no Webmotors ou Portal Maxicar. Lembro-me que no anúncio dizia ser o único no Brasil.
Road Runner,
ResponderExcluirSe for 4 portas e tiver um amassadinho perto de uma das lanternas traseiras (não me lembro o lado), era ela.
Esse amassadinho ela ganhou no transporte da Inglaterra pra cá (o véio almirante comprou na alemanha, foi guiando até a inglaterra e de lá ele embarcou o carro de navio) e nunca foi reparado, pois era pequeno e não havia danificado a pintura.
Inclusive ela ganhou prêmio em Águas de Lindóia ou Araxá assim que trocou de mãos. Era um carro impecável e até hj não me esqueço daquele passeio despretensioso numa sexta à noite dessas.
Um pouco sobre a Rekord Caravan a que vcs se referem:
ResponderExcluirhttp://antigomoveis.blogspot.com/2008/07/artigo-opel-rekord-c-caravan.html
Imagina um Ascona desse de primeira geração fabricado no Brasil com motor 151-S,seria um carro antigo extremamente desejado nos dias de hoje...
ResponderExcluirNA LINDA FOTO DO "BLACK MAGIC" COM OS TRÊS EU METERIA O PAU!!!
ResponderExcluirNO CARRO, METERIA O PAU NA ESTRADA E NA PISTA...
NA PANTERA, METERIA O PAU PRA ENXOTAR O BICHO, SAI PRALÁ SEU GATO DANADO!
NA LOURINHA, MERETIA O PAU, DENTRO DO CARRO MESMO, NO QUARTO, NA MATA, NA ESTRADA...
E SE PEGASSE BARRIGA METERIA O PÉ...
Se colocarmos um Chevette, um Monza e um Opala num liquidificador, sairia um carro desses...
ResponderExcluirAdoro opala, mas, reconheço que já nos anos oitenta estava bastante defasado.
É fato que os fabricantes e o governo brasileiro pensam realmente na população... dos outros países...
Para nós, sobram raspas e restos...
Opala é com o Zullino, o resto é macaco de auditório
ResponderExcluirbom dia
ResponderExcluirEm relação a materia sobre a opel,fiquei muito satisfeito. Pois possuo um Kadett opel ls 1968. com algumas transformaçoes.MOTOR AP 1.8
rodas 17 etc...
QUERO POSTAR FOTOS MAIS NAÕ CONSEGUI
OBRIGADO
Tive um Manta SR 72 aqui no Brasil. Quando achei o carro, estava sem motor e câmbio... Coloquei o 151 com um câmbio de 5 marchas do Chevette.
ResponderExcluirO carro é muito gostoso de dirigir e me arrependo de ter vendido.
Sobre a Rekord C Caravan de 4 portas, realmente ela é muito de como a nossa Caravan deveria ter sido. Fico imaginando como seria uma Caravan brasileira com essa carroceria. Somaria a praticidade dessa versão alemã às linhas mais belas da nossa barca.
ResponderExcluirA frente dos Rekord C é feia e pesada comparada à leve e harmoniosa de nossos Opalas, mas a traseira cheia de chanfros da alemã é muito mais feia que a correta solução de linhas lisas atrás que adotamos por aqui.
De minha parte, imagino que iria se dar muito bem por aqui e resistiria muito bem à chegada da Quantum e da Elba 4p, que mostraram que o Brasil queria sim peruas com quatro acessos aos passageiros.
Sobre o dogue alemão na propaganda do Commodore A, talvez ele coubesse sim, pois haveria boa largura no banco traseiro para ele. Obviamente ele teria de ficar deitado, pois sentado correria o risco de bater a cabeça no teto à AMC Marlin (sim, meus caros, essa queda de traseira dessa carroceria é mais inspirada no Marlin do que nos Chevrolets americanos, bastando comparar).
Sobre o GS/E vermelho, tem uma cena muito legal dele no filme "Cold Sweat", com o Charles Bronson:
http://www.youtube.com/watch?v=IFOAdKRJU_s
Falou-se bastante aqui dos motores CIH da Opel, que conhecemos aqui no cofre do Omega 3.0. Fica a sugestão para o pessoal do AE fazer uma postagem só sobre eles, até pelo fato de, a exemplo dos motores de 4 e 6 cilindros do Opala, terem alto grau de modularidade. Sim, os 1.5 a 1.9 compartilhavam componentes com as unidades maiores e de mais cilindros (2.5 e 3.0). Portanto, havia um belo grau de peças intercambiáveis entre Rekord C, Commodore A, Opel GT, Ascona A e Manta. E pelo que já li, os CIH eram superiores aos motores BMW e Mercedes contemporâneos a eles (e olha que o último CIH saiu de linha no começo dos anos 1990).
Sobre o Opel GT, realmente não é preciso falar muito. Simplesmente ser um "Corvette de pobre" é uma honraria e tanto. E era carro muito bem executado, a ponto de, sendo todo de aço, ser mais leve que um Vette contemporâneo e sua fibra de vidro.
Vejo na Opel dos dias de hoje uma situação parecida àquela pré-reviravolta no fim dos anos 1960. Os carros dela são bons, mas não empolgam (a ponto de poderem se encaixar bem na gama Buick, como vemos no Regal, que nada mais é que um Insignia). Isso sem falar que desprezaram por completo a tração traseira em disposição clássica (motor à frente), que tanto marcou e diferenciou essa marca de sua eterna arquirrival VW (que sempre foi na base do "tudo em uma extremidade").
Se poderemos ver um renascimento da Opel? O ambiente a favorece se pensarmos que a GM se livrou da SAAB, o que significa possibilidade de não mais ter algo a limitando muito (pode em tese subir a um degrau abaixo da Cadillac, pois a Chevrolet na Europa faz as vezes do básico). Ela precisa também se diferenciar suficientemente bem da Chevrolet, até para não sofrer com ela. Há também a possibilidade de expansão ultramarina e fala-se inclusive de vendê-la em um belo número de países (talvez até Brasil). E dentro da prateleira da GM, há uma série de peças que podem ser combinadas para gerar bons produtos. Portanto, é mais do que urgente que ela diferencie seus produtos, tanto para gerar bons Buicks básicos como também para sair do risco de ser acossada pela Chevrolet.
PS: em tempos, outra sugestão de postagem seria uma sobre certos titubeios da GMB que a impediram de fazer muitas coisas legais. Quem lê as revistas do passado vê que chegou-se a cogitar a fabricação do Ascona por aqui, muito antes daquele Ascona C que viemos a conhecer por Monza. E isso é só um exemplo.
anonimo, 13/04/11, 4:34
ResponderExcluirJá li também sobre a possibilidade da Opel vender no Brasil. Espero mesmo que isso aconteça, pois, à depender da GMB, a marca morre de vêz.
Ao ver a foto do Ascona A, fica-me a impressão de que a Opel resolveu de alguma forma inspirar suas linhas naquelas que os Opalas tiveram aqui até 1973, e que eram mais harmônicas que as pesadonas do Rekord C.
ResponderExcluirNotem o formato da frente, a posição dos faróis e o formato dos para-choques.
Se formos pensar que àquela época o Relord C já estava em fim de ciclo, ficou a impressão de que o pessoal da Opel quis aplicar linhas mais leves no que quer que fosse ser lançado, já levando em conta que pequenas sutilezas são capazes de fazer isso sem maiores esforços.
Aliás, bons tempos em que a GMB era capaz de adaptar desenhos vindos do exterior de maneira ao mesmo tempo sutil e capaz de fazer uma bela diferença. Externamente, entre o Opala e o Rekord C só mesmo as extremidades, mudança mais do que suficiente para deixar o Opala agradável e fazer o Rekord C parecer ainda mais pesadão.
Talento parecido vimos na S10 e na Blazer vendidas entre 1995 e 2000, em que puseram aquela bela frente e abaularam ligeiramente os para-lamas traseiros, de maneira a deixar as linhas bem mais agradáveis do que as aplicadas nos EUA.
Pena que hoje em dia estão muito na base de querer meter um monte de riscos e vincos que mais enfeiam do que acrescentam. Talvez fosse uma boa olharem para o que de bom fizeram no passado para saber que caminho seguir. Fica-me a impressão de que a multidão de recursos que hoje existe e que não existiam anteriormente acabou por deixar o pessoal do projeto desnorteado e querendo meter um monte de detalhes que seriam igualmente desnecessários tanto para um carro desenhado na base do esquadro e compasso como para um desenhado no computador.
Uma dúvida de quem se lembra mais de programas de televisão do que de carros antigos: seria o Opel GT um dos carros do Agente 86, a série original, junto do charmoso conversível vermelho e do Karmann Ghia?
ResponderExcluirtenho um raro opel rekord olympia B de 1966 para desocupar.Modelo raro dos 4 farolins redondos na traseira (tipo manta)...motor 1700cm 4 cilindros...banco corrido de 6 lugares conta km de fita e mudanças ao volante..inspeccionado a circular completo..3250 euros...pedrodias@inbox.com
ResponderExcluir