Desenho da época de Interlagos, anos 1960, com os nomes das curvas |
Vamos dar uma volta em Interlagos, mas no circuito antigo, de 7.960 metros a volta, não o atual “kartódromo” de 4.309 metros, resultado da mutilação ocorrida em 1989. A imagem abaixo mostra bem como era e como ficou.
Vê-se bem as a diferença entre o antigo e o novo traçado (desenho Wikipedia) |
Note como as curvas Subida do Lago (que agora é descida) e Junção tiveram os raios drasticamente diminuídos, o que vai ao encontro do que eu disse sobre a Curva do Café, chegar-se mais devagar nela hoje do que no tempo do traçado antigo da pista.
Sente-se ao meu lado no Ford Maverick Divisão 3 da Equipe Mercantil Finasa-Motorcraft, a representante oficial da Ford em competições de 1973 a 1977.
O Maverick Divisão 3 no primeiro dia em que andei nele (foto: arquivo pessoal do autor) |
O motor era um 302 V-8 (4.942 cm³) com cabeçotes de alumínio Weslake e quatro carburadores Weber IDA 48. Produzia 450 cv a 6.200 rpm com torque de aproximadamente 55 mkgf a 4.500 rpm. O câmbio era Clark de Corvette quatro-marchas, opcional na época para o carro esporte da Chevrolet, de relações 2,02,:1 1,60:1, 1,23:1 e 1,00:1 (direta), com diferencial 3,08:1, autobloqueante.
O carro pesava pouco mais de 1.100 kg e os pneus eram Goodyear Blue Streak, slicks, medidas 225/50-15 dianteiros e 245/50-15 (salvo engano). O alcance das marchas, a 6.200 rpm, era 117, 148, 193 e em quarta, no fim do retão, o carro chegava a 240 km/h. Os freios consistiam de duas pinças por roda na dianteira e uma por roda atrás, sem servofreio. Como a suspensão traseira do Maverick era por molas semi-elíticas, esta foram bem reforçadas para evitar o enrolamento (wind up) do eixo, ou seja, sua reação ao torque. Os amortecedores eram Koni e havia barra estabilizadora atrás também.
O carro pesava pouco mais de 1.100 kg e os pneus eram Goodyear Blue Streak, slicks, medidas 225/50-15 dianteiros e 245/50-15 (salvo engano). O alcance das marchas, a 6.200 rpm, era 117, 148, 193 e em quarta, no fim do retão, o carro chegava a 240 km/h. Os freios consistiam de duas pinças por roda na dianteira e uma por roda atrás, sem servofreio. Como a suspensão traseira do Maverick era por molas semi-elíticas, esta foram bem reforçadas para evitar o enrolamento (wind up) do eixo, ou seja, sua reação ao torque. Os amortecedores eram Koni e havia barra estabilizadora atrás também.
Quando fui andar com o carro pela primeira vez, em fevereiro de 1976, o volante de direção era um Fórmula 1 Fittipaldi de 28 centímetros de diâmetro. Para mim era impossível guiar com volante tão pequeno – não sei como o Paulo Gomes, que guiou o carro no ano anterior, conseguia – e colocaram um de 36 centímetros.
Vamos agora iniciar uma volta já lançada, passando pela linha de partida/chegada. Lembre-se que isso que vou contar ocorreu há trinta e quatro anos, e pode haver alguma diferença. Convém acompanhar pelo mapa do início deste post, para melhor compreensão.
A linha é cruzada em quarta a 5.900 rpm, 225 km/h. Chega a Curva Um, uns 100 giros mais, quase 230 km/h. Uma levantada de pé é suficiente. A curva é iniciada e é dada potência, mas não toda. O conta-giros mostra 5.400 rpm no início, 205 km/h. No terço final, todo acelerador. A Curva Dois requer atenção maior, pois é mais fechada que a Um. Como o carro perdeu um pouco de velocidade na Um, a Dois pode ser atacada de pé em baixo. É uma curva importante por anteceder a reta principal de 850 metros, que é iniciada a algo menos que 6.000 rpm, cerca de 220 km/h.
No retão, que é em ligeira descida, o Maverick atinge velocidade máxima, 240 km/h, conta-giros a quase 6.300 rpm.. Na placa de 200 metros, freio e redução para terceira para entrar na Curva Três, que tem grande superelevação, mas praticamente não é usada. É mais rápido usar raio máximo e meio acelerador. A Curva Três e a seguinte, a Quatro, são uma curva só, o volante não muda de posição. Ao longo das duas o conta-giros indica 5.000 rpm em terceira, 155 km/h. No terço final da Quatro, todo acelerador e entra-se na reta da Ferradura, ainda em terceira, e antes da pequena quebrada para a direita, quarta. O giro cai para 5.000 rpm, motor cheio e o carro continua a acelerar em direção à Curva da Ferradura.
A Ferradura, para a esquerda, é desafiante, pois antes dela há uma quebrada para direita. O truque é retardar a quebrada para poder apontar para a Ferradura já reto, hora em que se freia forte e se reduz para segunda pulando a terceira. O carro dá um leve salto porque após a quebrada a pista desce um pouco. Muito cuidado aqui para o motor não exceder rotação ao acoplar a embreagem. Como a Ferradura é curva de 180 graus, não é preciso tomá-la por fora, fica-se por dentro. É contornada com o conta-giros a 4.500 rpm, 110 km/h. Não é preciso esperar que acabe para acelerar tudo, pois no final ela abre ligeiramente. Agora a próxima curva é a Subida do Lago.
Chega-se nela em terceira no fim do giro (192 km/h) e basta uma tirada de pé ou um leve toque no freio para iniciar a curva, também por dentro, pois é longa. Pode ser dado acelerador todo no meio dela, pois o raio aumenta um pouco do meio para o fim. Sai-se bem na esquerda da Reta Oposta a cerca de 5.000 rpm,155 km/h. Acelera-se e mais ou menos no meio da reta em frente passa-se a quarta. Vem agora outra curva que demanda muito dos pilotos, a Curva do Sol.
Ao chegar nela o conta-giros indica 5.600 rpm em quarta, 214 km/h. Tira-se o pé e capricha-se bem na entrada, pois fecha bastante nesse ponto e precisa-se manter a maior a velocidade possível para a seção seguinte, de raio maior. Na parte inicial mais lenta está-se a cerca de 5.100 rpm em quarta, 195 km/h. Acelera-se para a parte de raio maior e o giro sobe para 5.300 rpm, 202 km/h.
Agora vem a segunda seção, segundo ponto mais complicado da pista (o primeiro é a Ferradura). O raio volta a diminuir, mas em dois estágios, o segundo um pouco mais fechado. Entre eles, alguns metros de reta, em que o carro se afasta ligeiramente da margem e volta, sem ser preciso mexer no volante. No final da curva, o desafio de sair rápido e rente à borda externa, sem muito espaço. Sai-se em quarta com o mesmo giro, 5.300 rpm, 202 km/h. Agora vem a Curva do Sargento, depois de o carro chegar a 5.500 rpm, 210 km/h.
É a maior diferença entre reta e curva do circuito, pois a Curva do Sargento é feita em segunda a 4.500 rpm, 110 km/h. Aqui o freio faz realmente diferença, aplicando-os pouco depois da placa de 100 metros e reduzindo para segunda. É uma curva longa porém fácil. Acelera-se na saída dela e passa-se a terceira um pouco antes da próxima curva, a do Laranja. Ao chegar nela em terceira a cerca de 6.000 rpm, 185 km/h, alivia-se o acelerador apenas, caindo o giro para 5.500 rpm, 170 km/h (seu raio era bem maior que agora), contornando-a mantendo aceleração, para no terço final acelerar rumo ao “S”, sem passar a quarta.
Chega-se ao “S” em terceira a quase 6.000 rpm, 185 km/h, freando forte e reduzindo para segunda. A primeira perna do “S” é feita a cerca de 4.000 rpm, dá-se ligeira acelerada saindo por dentro para preparar a segunda perna, dá-se rápida tirada de pé e entra-se segunda perna, também chamada de Pinheirinho, que uma vez terminada estica-se a segunda e passa-se a terceira rumo ao Bico de Pato, a curva mais fechada do circuito. Essa aceleração em terceira é bem curta e logo tem-se que frear e reduzir para primeira, pulando a segunda. O Bico de Pato é contornado a 4.500 rpm, 85 km/h e a segunda logo é passada. logo após a saída. Acelera-se em terceira e agora vem .a Curva do Mergulho (muitos chamam só Mergulho), feita em terceira a 5.000 rpm, 160 km/h, acelerando-se para a pequena reta antes da Curva da Junção.
Chega-se à Junção a.5.800 rpm, 180 km/h, freia-se reduz-se para segunda, contornando-a a 5.500 rpm, 130 km/h, acelerando logo após concluía-la e trocando para terceira. Chega-se à Curva do Café a 6.000 rpm, 185 km/h, e logo que termina passa-se a quarta, motor caindo para 5.000 rpm. Dali até à linha de partida/chegada o giro chega a 5.900 rpm, como vimos no início da nossa volta lançada.
O tempo de volta típico do carro era 3min15seg. Para comparação, James Hunt, com McLaren-Ford, fez o melhor tempo da classificação do GP com 2min32,50s.
O tempo de volta típico do carro era 3min15seg. Para comparação, James Hunt, com McLaren-Ford, fez o melhor tempo da classificação do GP com 2min32,50s.
Outra volta?
O Maverick Divisão 3 acelerando após a Curva de 90° em Brasília (foto: arquivo pessoal do autor) |
BS
Nota: Este post foi sugestão do leitor Marcelo Alvarenga, a quem o AE agradece a ideia.
(Atualizado em 15/04/11 às 9h00 com a informação do tempo de volta)
Nota: Este post foi sugestão do leitor Marcelo Alvarenga, a quem o AE agradece a ideia.
(Atualizado em 15/04/11 às 9h00 com a informação do tempo de volta)
Uau!
ResponderExcluirBob,
ResponderExcluirÉ um privilégio te-lo como amigo, companheiro e consultor. Parabens pelo texto. Muito bom mesmo...Quem pode, pode...
Bird Clemente
Bob!
ResponderExcluirSem palavras!
Parabéns por mais um magnífico post.
Abraço!
Bob;
ResponderExcluirArrepiante ler...
Corridas com carros comuns apenas modificados, pilotagem com "feeling"...
Isso sim é que era emoção!
Um grande Abraço
Ah! Usando o "gancho" do Daniel, como faz falta uma categoria nesses moldes hoje em dia...
ResponderExcluirPena que o nosso automobilismo está indo em direção à pasteurização total... É lamentável.
Nossa!!!! Bob!.. eu me senti dentro do cockpit! Os relatos bem vivos e detalhados, nos fazem transportar aos comandos do Maverick!. Uma coisa é certa, para domar uma máquina deste calibre, é necessário muito mais doque talento, é preciso ter ''Bolas de Aço''!
ResponderExcluirObs: O grande Bird clemente por aqui?!..opa! já está mais doque na hora de contarmos com outro grande mestre aqui no AUTOentusiastas!
Grande Abraço!
Henrique
Excelente post, Bob!
ResponderExcluirSeria muito bom se estes tempos pudessem voltar...
Me senti no banco do passageiro!
ResponderExcluirObrigado Bob!
Nossa! Como já disseram aqui, a sua descrição, detalhada e minunciosa nos colocou dentro do Mavecão.
ResponderExcluirA cadeira onde eu estava sentado vibrou muito, foi dificil segurar a cabeça no lugar, nas curvas e freiadas e cheguei a sentir o cheiro do combustivel e da borracha queimada.
Fora as saudades dos 7.960 mts.
Pára Bob...
Romeu
Mas que post sensacional!!! Meu deus!!! Como já comentado, me senti a bordo do Maverick!
ResponderExcluirParabéns, melhor que isso, só se houvesse uma chance de fazer essa volta no banco do carona.
Belo, extraordinário Post.
GiovanniF.
Absolutamente magnífico!
ResponderExcluirReflexos precisos...movimentos quase imperceptíveis, finíssimos...e capazes de conduzir uma máquina bruta e voraz através de um giro perfeito!!
Não tem como não se inspirar!
Parabéns, e obrigado, Bob!
O mais engraçado da mutilação é que ela poderia ser feita de forma ser reversível, pq não a fizeram?
ResponderExcluirBob,
ResponderExcluirQue belo relato, me fez voltar no tempo, da época em que os carros de corrida eram realmente carros. A onda de bolha não para. Agora estão lançando uma categoria com bolhas do Clio.
Bom que temos na retina os grandes dias das divisões 3 e 4.
Abraço,
Danilo Kravchychyn
Ponta Grossa - PR
Sensacional!
ResponderExcluirPessoal da Armaroli bem que podia colocar à disposição um dos seus simuladores com Interlagos antigo e o PK fazer um belo vídeo captando a tocada do Mestre Bob.
Aproveitem e levem o Bird também. :-)
Eita post bom demais da conta, sô!
ResponderExcluirE olha só quem frequenta o blog: Bird Clemente. Para mim é uma honra comentar no mesmo espaço deste senhor.
FGV e todos
ResponderExcluirAcabei de convidar o Bird para escrever aqui e ele topou (somos amigos há décadas). Aguardem.
Bob,
ResponderExcluirNo final você nos convida para outra volta.
Estamos aí para quantas voltas você quiser nos levar.
Suei na cadeira.
Muito bom o texto.
ResponderExcluirSeria o traçado original de Interlagos a melhor pista do mundo???
Afonso Sousa
Afonso
ResponderExcluirNão posso garantir que seja a melhor, mas certamente está no pódio. Temos Nürburgring antigo e SPA-Francorchamps, pistas fantásticas, mas Interlagos é único no sentido de numa área relativamente pequena haver um circuito de oito quilômetros e ser uma bacia, em que se enxergava praticamente a volta toda. Isso antes de serem construídos os novos boxes, heliponto, posto médico etc., que limitam muito a visão do circuito. Uma curiosidade: quando andei pela primeira vez o circuito curto, me avisaram que o Lago e a Junção haviam ficado lentos demais. Entrei na pista e freiei bastante nessas duas curvas, baseado no que haviam-me dito. Pois não foi redução de velocidade suficiente, tinha que ter freado ainda mais. Não bati, mas passei apertado. Acabaram com Interlagos.
Que post Maravilhoso !
ResponderExcluirObrigado Bob e obrigado Marcelo !
Hoje ao chegar do serviço em casa, e pegar o Maveco para trocar um amortecedor danificado em um TD no multilado circuito, nem vou lembrar o quão chato e desagradável é tocá-lo em tão terríveis e populosas ruas, vou apenas mentalizar esta deliciosa experiência, segurar meu walrod em 1:50, e seguir pelas curvas do templo !!
Novamente, parabéns !!
Ao fim da volta, senti o cheiro de pneu queimado, de gasolina no carburador, e uma nostalgia imensa de um tempo que não vivi.
ResponderExcluirParabéns, Bob! Fantástico!
Bob,
ResponderExcluirPost fantastico! Realmente deu pra me sentir na montanha russa
Sensacional!
ResponderExcluirÉ uma pena que tenham piorado o circuito.
Tem um vídeo no Youtube com o Emerson Fittipaldi dando essa volta em Interlagos, por coincidência também com um Maverick, mas um modelo normal de rua. Para matar a saudade do circuito:
http://youtu.be/7-acaCrB_P0
Bob,
ResponderExcluirSeu relato é muito mais preciso e entusiasmante do que qualquer video de câmera on board! Me considero um felizardo por lê-lo, meus parabéns e muito obrigado!
A preparação para fazer o Bico de Pato é de suar frio: reduzir, frear e ainda domar o eixo rígido atrás, passando pelo pequeno salto, uau! Com o volante de menor diâmetro então...
E as relações do câmbio casando direitinho com a pista e o motor.
Um grande abraço
E grande Bird Clemente, aguardamos anciosos seus textos!
Que delícia Bob..
ResponderExcluirE vc viveu td isso...
Magnífico, vibrante, inspirador!
Épico. Me senti dentro do carro, senti cada troca de marcha, senti o leve salto do carro antes da ferradura e a frenagem forte para contorna-la.... Caramba Muito bom o texto! Estou com o barulho do mavecão na cabeça!
ResponderExcluirParabéns!
Fantástico, Bob!
ResponderExcluirSó faltou o ronco do V8 de trilha sonora. Os punta-taccos, as traseiradas.... Fantástico.
Abraço!!!
Que post, Bob! Que post! Tô arrepiado até agora. Melhor que isso, só mesmo andando de verdade a seu lado. E que memória a sua, hein? Lembrar das rotações e velocidades a cada curva mais de 30 anos depois, não é para qualquer um...
ResponderExcluirE, depois de uma maravilhosa leitura dessa, encontrar nos comentários nada menos que outro mestre, Bird Clemente, foi demais!
Bob, perfeita a explicação! Pra ficar ainda mais perfeito, só mesmo se você colocasse algum vídeo da época!
ResponderExcluirNo mais, por que o Bird já não veio antes escrever aqui? Boas-vindas a ele!
BS,
ResponderExcluirCaramba vcs nao eram de brincadeira mesmo! Imagino a Curva 1 a 230km/h , nao teria coragem nem em sonho.
Dizem que o cirquito antigo de Interlagos era muito tecnico e foi responsavel por forjar e vingar uma geracao de eximios pilotos brasileiros (incluindo vc!)
Esse Maverick com o V8 de 450cv com certeza separava os homens dos meninos..
Barrabas!
Arrá!!! Quem falou que eu nunca andei de Maverick em Interlagos? Acabei de dar uma volta. Putz, quero dar mais uma, vou ler de novo.
ResponderExcluirQueria muito ver um vídeo da Divisão 3, dos Mavericks correndo!!
ResponderExcluirSerá que ninguém filmava? Não tem nada no youtube...
Um dos posts mais legais já escritos neste blog!!!!
ResponderExcluirE encontrar o Bird Clemente por aqui comentando foi melhor ainda!
A presença do Bird escrevendo aqui tornará este blog ainda mais honorável!
Bob, uma dúvida: esta última foto de você contornando uma curva para a esquerda em Brasília, por um acaso é a "curva da bruxa" (ver fotos abaixo)? Se sim, é a curva mais gostosa de se fazer nesse autódromo, que é um dos traçados mais difíceis e divertidos do Brasil. Daquelas que separam os homens dos meninos.
http://4.bp.blogspot.com/_WX32Kn1Z4uA/TSriyp0hIBI/AAAAAAAABnc/JJf85NXi2RI/s400/ATgAAAB_GBRX2NbeS_R_NYRR5QWLndZl8vIQI1s-91A1ALsTOtjnTWEznfH6cA9ghgj9-k9TMYm6jbFwO6CXNzO3L04TAJtU9VBTr2qsYmOYhn7n1YW9clpwDCAJTA%255B1%255D.jpg
http://farm6.static.flickr.com/5088/5347616474_b41f19dd19_o.jpg
Muito bacana, adorei este post. Bob Sharp, muito obrigado mesmo por contribuições como esta aos entusiastas. Torço muito para que publique seu livro (tenho seu "Dicionário do Carro", que sempre me ajuda). No momento estou lendo o novo livro do Dr. Paulo Sandler sobre Porsche (ótimo!), mas aguardo o seu livro com historias como esta.
ResponderExcluirUm abraço deste humilde autoentusiasta e admirador.
Que otima noticia, aguardo ansioso o 1º post do Bird Clemente!!!
ResponderExcluirReynaldo e todos
ResponderExcluirEntra amanhã às 9:00 post do Bird. A história é incrível.
Bob, não imagina o quanto fiquei Feliz por ter sugerido um post e você ter gostado da idéia. Mais feliz ainda ao ler uma descrição tão detalhada e rica do circuito. Melhor que todos os vídeos de Interlagos que já vi.
ResponderExcluirAh, e meu nome e Marcos, não Marcelo. Devo ter escrito errado nos comentários do post sobre a curva do café.
Forte abraço e obrigado mais uma vez,
Não se fazem mais autódromos como antigamente!
ResponderExcluirBob, me permita a gíria...
Paguei um pau, pilotei o Maverick da cadeira do computador!
SENSACIONAL BOB SHARP!
Parabéns e obrigado!
Pra que cinema 3D ou simuladores??? Basta ler um post do Bob que todas as sensações aparecem!
ResponderExcluirGrato Bob por mais compartilhar uma época que não vivi. Isso é HISTÓRIA!
Amanhã, 9h, encontro marcado com o grande Bird.
Corrigindo:
ResponderExcluirPra que cinema 3D ou simuladores??? Basta ler um post do Bob que todas as sensações aparecem!
Grato Bob por compartilhar uma época que não vivi. Isso é HISTÓRIA!
Amanhã, 9h, encontro marcado com o grande Bird.
A gente fica tão avariado com essas coisas que acaba se batendo todo nas teclas :)
Opa! Estou ancioso para ver o post do Bird.
ResponderExcluir450 cv a apenas 6200 rpm. Acredito que esse motor aceitava beirar os 600 cv numa boa.
Diz-se que quem lê viaja. Fomos todos viajar por uma volta no tempo e em um circuito fantástico neste post épico.
ResponderExcluirGosto de jogar um game em que há vários circuitos reais. De longe meu favorito é o antigo traçado de nurburgring. Mas agora queria que tivesse Interlagos antigo. Mas nunca conseguiria conduzir com tanta maestria.
Muitíssimo grato Bob
Roberto Dallabarba
Junior Antonini,
ResponderExcluirPensei que fosse somente em mim que houvesse dado "PT" no cérebro após ler este post. Estava no serviço e, depois da leitura, fiquei viajando tanto que copiei dados todos errados numa planilha de Excel... Foi uma bagunça só, tive que recomeçar tudo do zero!
Ainda terei o prazer de dirigir nessa pista algum dia, em algum track day, deve ser inesquecível...
ResponderExcluirBob,
ResponderExcluirAdorei estar com vc e o Mutti nesta noite. Altos papos ! Adorei o post mas como disse, faltou o tempo da volta. Creio que uns 3min 20seg baseado na minha parca experiencia com o Chevette-Lotus a 3.25 e pelas velocidades era mais lento. Veja aí o que pode fazer.
Abração, Luiz
Sensacional, Bob. Não tive a felicidade de vê-lo pilotando ao vivo, mas vi teus olhos darem uma viajada no tempo qdo entrou no Maveco MFG. Atual "kartódromo" foi ótimo.
ResponderExcluirMinha primeira volta em Interlagos, de carona no Maverick de Bob Sharp, com ele no volante. Deleite inesperado, e haja emoção!
ResponderExcluirDe quebra a notícia o Sr. Bird Clemente escrevendo no AE. Quem disse que não dava para melhorar?
Blz pura!
Saudades das corridas de F1 nesta pista....
ResponderExcluirRelato deste piloto é sensacional, para quem assistiu corridas neste circuito é como se estivéssemos vendo as imagens... Fantástico!
Caríssimo,
ResponderExcluirIsto que voce relatou é a essência do esporte a motor. De carro, de preparação, de pista, de pilotagem e etc, etc, Nada mais, nada menos.
Bons tempos que nao voltam mais!
Parabens Bob
Fernando RD
Bob,
ResponderExcluirSimplesmente fantástico! Me senti ao seu lado no Maverick!
Me diga uma coisa, esses 450 cavalos correspondem ao atual padrão de medidas DIN/ABNT?
Se não me engano, um Ford Cosworth de F1, nos idos de 1976 tinha mais ou menos essa potência aí, talvez uns 480/490 cavalos! Esse Maveco andava muito!
Outro detalhe, achava que vocês usavam o carburador Holley do Maverick Quadrijet.
Grande abraço e muito obrigado pelo relato!
Fantástico o post, Bob.
ResponderExcluirO detalhamento da aproximação para a Ferradura e a feitura do Sol então!!! Puxa!
Perguntaram a potência ( era gasolina azul?), acredito serem CV SAE conforme padrão Brasil à época, uns 380 cv líquidos,seria isso?
Caro Bob,é só impressão minha ou teria alguma relação realmente;pois após a mutilação da pista transformando-a nesta pistinha muito sem graça,bem mediucre mesmo nunca mais surgiu um piloto que fosse acima da média dos demais pilotos que competem nas categorias top.Os que correm ou correram com os melhores F1,simplismente não brilharam,foram sempre ofuscado por seus companheiros de equipe.
ResponderExcluirLuiz Alberto. CPV
Saudades das corridas de F1 nesta pista....
ResponderExcluirRelato deste piloto é sensacional, para quem assistiu corridas neste circuito é como se estivéssemos vendo as imagens... Fantástico!
Bob me esqueci de dizer: Parabéns por este post, simplesmente incrível! Também parabéns pelos outros que sempre chegam aos nossos micros.
ResponderExcluirGostaria de perguntar se o Marcos Alvarenga por um acaso não é o pai de Vinicius Alvarenga? Grande Vini! Tenho certeza que este garoto vai longe...
Magnífico post Bob!
ResponderExcluirMate uma curiosidade minha, vc conheceu o Luiz Alberto Oncken que pilotou e também foi chefe de equipe? Não me recordo a categoria.
Abs
Olha ai, tão vendo !
ResponderExcluirAcidentes acontecem em qualquer lugar.
Os feras daquela época corriam mais rápido e em trajetos mais longos e tudo ainda por cima, era gostoso de se ver e ouvir.
Quando digo que antigamente muitas coisas eram bem melhores, a maioria das pessoa torcem o nariz.
Bob,
ResponderExcluirque emocionante!!!
Esses posts me fazem entender o post do PK (link aqui) sobre você.
Abraço!
Adorei!!!!!!! Qta saudades de tudo e todos....bjus amado bob
ResponderExcluirVelho, mas limpinho
ResponderExcluirNão conheci. Aqui em São Paulo?
Ornella,
ResponderExcluirEssa matéria vai ser repetida na revista Racing de maio, com foto do seu pai e tudo. Realmente um tempo de dar saudade!
Luiz Alberto, CPV
ResponderExcluirA correlação faz sentido. Interlagos antigo era o melhor palco de desenvolvimento que um piloto podia ter. Em seguida vem Tarumã, muito desafiante também. O resto é sem-graça.
Alexei,
ResponderExcluir450 cv líquidos. Usava-se Avgas. Hoje seria a Podium e acredito que viéssem alguns cavalinhos a mais. Informei a potência no texto.
harerton
ResponderExcluirPotência líquida. O carro andava mesmo muito. As oito cornetas saindo do capô são visíveis.
Luiz Dranger
ResponderExcluirNo dia seguinte ao grande papo com o Mutti descobri o tempo e o coloquei no final, o texto foi atualizado. O padrão do cerro era 3min15seg.
Fernando RD
ResponderExcluirHoje tudo mudou para pior, aqueles tempos só voltam se alguém da CBA impuser o bom senso na marra. Não me passa pela cabeça pilotar numa posição que é praticamente a região do banco traseiro, como nos Stock e nas "Montana". Eu dirigia o Maverick perfeitamente bem, no lugar normal.
Bruno,
ResponderExcluirNão esqueça que o motor era "vareteiro" e não se usava válvulas de titânio como as dos Corvettes atuais, que vão a 7.000 rpm. O risco de flutuação de válvula era grande.
Shimomoto
ResponderExcluirExato! Quando cessou a produção do Omega em 1998, em vez de importar Holdens V-8 preparados (como este Maverick) a US$ 50 mil cada, prontos para pista, resolveram partir para as bolhas a US$ 100 mil. Muy espertos...
Uma vida entre carros e miniaturaa:
ResponderExcluirO que se comenta no meio é que a FIA e a FOCA estavam sentindo o crescimento do interesse pela Fórmula Indy, que já vinha rivalizando com a F-1 em audiência de tevê no mundo inteiro, e convenceram a Prefeitura (Luiza Erundina)a reduzir o circuito sob o argumento de segurança (rapidez no atendimento em acidentes) e facilidade para as transmissões de tevê. Acabando o circuito antigo acabava o anel externo, o ideal para a F-Indy. Faz todo sentido.
Junior-Big
ResponderExcluirNão se fazem mesmo mais autódromos como antigamente e estão estragando os existentes. Aqui mesmo, em Interlagos, vão criar uma área de escape na Curva do Café, como se ninguém mais pudesse ser acertado no meio em outros pontos do circuito. A Tamburello em Imola não existe mais só por causa do acidente do Ayrton. Aquela curva era uma reta até no molhado, pé cravado sem problema algum. O Piquet disse isso. A reta de Mulsanne, ou Hunadières, em Le Mans, quase seis quilômetos, há alguns anos tem duas chicanes. Perdeu toda a graça. Os Porsche 917 cauda-longa chegavam a 380 km/h lá. Agora é história. Um filme como "Le Mans" não teria sentido hoje.
Danilo Kravchychyn
ResponderExcluirA Divisão 4, bipostos de competição, era outra categoria sensacional. É inadmissível que a tenha deixado cair tanto.
Incrível... Avgás e 8 cornetas num cabeçote de alumínio: 450 cv líquidos.. Para baixo peso e pneuzão.. Tudo frágil se passados os limites.. É guardar a Racing de Maio para ter impresso e reler sempre
ResponderExcluirTio Bob, show de narrativa, são tempos antigos que ou tinha braço ou tinha braço, chorar não resolvia,era calça de veludo ou rabo de fora, o automobilismo brasileiro está sendo estragado há tempos.....
ResponderExcluirBob, dá uma olhada como anda um dos Mavericks da equipe Greco.
ResponderExcluirReconhece?
http://hurbanos.wordpress.com/2011/05/07/salvem-o-finasa/
Grande abraço!!
Bob, lenda do automobilismo brasileiro! Faça uma versão dessas para o SS de 153 cv, nós opaleiros agradecemos !!
ResponderExcluir