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E lá se vai 2013! Bem-vindo, 2014!
Foi um ano como outros, teve coisas boas, teve coisas ruins. A melhor, em termos mundiais, acreditamos ter sido a escolha do novo Papa, Francisco, não apenas pelo lado da Igreja Católica, mas, principalmente, pelo que ele trouxe de renovação e compreensão acerca dos problemas do mundo, com uma clareza de raciocínio admirável. Em assuntos nacionais, a atuação do Ministro Joaquim Barbosa, no comando do Supremo Tribunal Federal desde 22 de novembro — no órgão desde 25 de junho de 2003 — cujos resultados são amplamente conhecidos e comemorados por quem não perdeu a esperança de ver um Brasil decente.
Na esfera municipal, a posse — pelo voto, o que é lamentável e mostra como a democracia é suicida — de Fernando Haddad como prefeito de São Paulo, dono de uma administração abaixo da crítica em vários aspectos, como no anúncio da elevação dos preços das passagens de ônibus, em junho, ter mostrado desprezo pelos que o elegeram ao aparecer nas telas dos televisores dizendo que era isso mesmo e ponto final. Depois veio a demonização do automóvel particular — "as pessoas vão pensar duas vezes antes de tirar o carro da garagem", disse — para mais para o final do ano propor aumento abusivo e imoral do IPTU — mantido sem efeito pelo STF de Joaquim Barbosa — e que havia até sido aprovado pela Câmara Municipal, num ato irresponsável do bando que vive às nossas custas, os vereadores.
No automóvel, vimos a chegada do primeiro motor de 3 cilindros (Fox BlueMotion), em junho, e em setembro, a chegada do primeiro motor de injeção direta, o Focus, embora fabricado na Argentina. No parque industrial, anúncio e construção de novas fábricas: Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP), BMW em Araquari (SC), Audi em São José dos Pinhais (PR). Prossegue a construção da fábrica da Fiat em Goiana (PE), da Nissan em Resende (RJ) e da JAC, em Camaçari (BA).
O ano marcou também o fim da linha — por decreto, algo totalmente insano e sobretudo triste — de dois veículos icônicos do nosso mercado, o Fiat Uno e a Volkswagen Kombi, sem substitutos, a não ser o derivado do Uno, o Fiorino, cujo novo modelo foi lançado recentemente.
Tristeza também com o passamento de pessoas ligadas de uma forma ou de outra ao autoentusiasmo. No começo do ano em 15/2, Júlio Ott, pioneiro da Escola Mecânica Ford; em 29/4, Wolfgang Sauer, tanto anos à frente da Volkswagen do Brasil; em 15/6, José Froilán Gonzalez, piloto F-1, argentino, e Roberto Scaringella, nome fortemente ligado a assuntos de trânsito no Brasil; também em junho, Werner Lang, o engenheiro pai do Trabant; em 2/8, Mihaly Hidasi, húngaro de coração brasileiro atuante na Confederação Brasileira de Automobilismo e por vários anos diretor do GP do Brasil de F-1; em 30/7, Uwe Bahnsen, estlista da Ford criador das linhas Kinectic (Cinética); em 30/11, Paul Walker, o astro principal de série de filmes "Velozes e furiosos".
Na área da imprensa automobilística, nos deixaram os jornalistas Eduardo Hiroshi (6/5, prematuramente, uma decisão sem explicação até hoje), Marcus Zamponi (15/7) e Wilson Libório de Medeiros (15/8), os três do relacionamento pessoal do editor-chefe do AE.
O AUTOentusiastas deseja aos leitores e leitoras e às suas famílias e amigos um 2014 repleto de realizações, felicidade e saúde.
Com o nosso abraço,
André Dantas, Arnaldo Keller, Bob Sharp, Carlos Maurício Farjoun, Felipe
Madeira, Josias Silveira, Juvenal Jorge, Marco Antônio Oliveira, Milton Belli, Paulo
Keller, Portuga Tavares, Roberto Agresti, Roberto Nasser e
Wagner Gonzalez