google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): V-8
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Corvette C7.R e Ferrari 458 Italia

O primeiro Corvette, o original de 1953, com seu anêmico motor seis-cilindros Blue Flame de 150 cv de potência bruta, não era mesmo grande coisa em termos de desempenho. Quando Zora Arkus-Duntov tomou as rédeas do programa, logo colocou um V-8 no pequeno esportivo e o sucesso foi meteórico.

Não demorou para que o Corvette emplacasse também nas pistas, com carros espetaculares e resultados que até os europeus se surpreenderam. Vendo os últimos anos, um dos grandes representantes da dinastia foi o C6.R, modelo que até o ano passado competia de igual para igual com Ferrari, Aston Martin e Porsche.

Vencedor na sua classe em Le Mans e campeão da categoria em 2012, o C6.R além de rápido mostrou-se resistente, com a confiabilidade de um V-8 Chevrolet mais do que conhecida e renomada. Criado pela Pratt & Miller, empresa americana de preparações e projetos especiais, o modelo não deixava nada a desejar em termos de tecnologia frente aos concorrentes europeus.

O Corvette C6.R da Larbre Competition em Interlagos

O V-8 de um único comando alojado no meio do "V" e válvulas acionadas por varetas e balancins é a prova de que a simplicidade ainda é o forte para provas de longa duração. Quanto mais complicados, mais peças, maior a chance de um problema ocorrer. Nos primeiros modelos de 2005, o motor era um 7-litros derivado do LS7 para a categoria GT1, depois passou para 6 litros e até o 5,5-litros da última geração, já no que era a GT2.

Neste ano, com o lançamento da nova geração do Corvette Stingray de rua, o carro de corrida também tinha que ser atualizado, e nasceu o C7.R com a nova carroceria que remete ao carro de produção. O motor manteve-se similar ao do carro anterior, 5,5-litros “varetado”, mas agora com injeção direta de combustível e sem o sistema de comando variável disponível no carro de produção.



A indústria automobilística brasileira é atualmente uma das maiores do mundo. Muitas marcas possuem fábricas no nosso território, exportando para vários países diversos modelos de praticamente todas as categorias.

Mesmo tendo uma história automobilística relativamente recente — 57 anos —, se compararmos com países com mais de 100 anos de indústrias e fabricantes de automóveis, o Brasil possui uma cultura muito rica neste ramo.  Além de grandes marcas como Chevrolet, Chrysler, Fiat, Ford e Volkswagen, o Brasil contou com os pequenos fabricantes locais.

Puma e Gurgel podem ser citados como alguns dos mais bem-sucedidos fabricantes independentes na nossa história. Outras marcas menores criaram carros que são lembrados até hoje, como a Brasinca com o famoso e raro 4200 GT, depois renomeado Uirapuru.

Brasinca 4200 GT, depois Uirapuru, foi obra do professor Soler (foto: Quatro Rodas)

Um dos principais nomes por trás do Brasinca 4200 GT é o de Rigoberto Soler (foto abaixo), engenheiro espanhol que chegou ao Brasil nos anos 1950. Soler também foi professor do curso de engenharia mecânica na FEI (Faculdade de Engenharia Industrial, atualmente Fundação Educacional Inaciana), em São Bernardo do Campo. 

Rigoberto Soler (1926-2004)

Para criar uma indústria sólida, é preciso de mão de obra competente e de boa formação. Para o mercado automobilístico, a FEI sempre foi referência em se tratando de engenharia. O curso de engenharia mecânica automobilística é muito bem conceituado, e há anos tem por tradição colocar na prática o que se aprende nas salas de aula.

Uma das grandes qualidades do esporte conhecido como automobilismo é a evolução dos projetos, as histórias e lendas que nascem, seus sucessos e fracassos. Como uma revolução geralmente é menos garantida que uma evolução técnica, a seqüência de projetos aumenta as chances de uma equipe chegar ao sucesso.

Já contamos aqui a saga do herói francês de Le Mans, Jean Rondeau e seus carros, e também a história do GT40 e dos Mirage M1, em especial o carro que foi o primeiro vencedor nas cores da Gulf Oil e também foi o camera-car do filme "Le Mans", de Steve McQueen, aqui.

A história dos Mirage e da J.W. Engineering não parou nos GT40 modificados. Após alguns anos de trabalho nos carros da linha M1 e as mudanças de regulamento que restringiram a cilindrada dos motores, John Wyer focou seus esforços em novos projetos na categoria dos protótipos.


 



Após cinco anos, os melhores carros de corrida de longa duração do mundo voltaram a Interlagos. Com o apoio e o nome de Emerson Fittipaldi, o WEC (World Endurance Championship, ou Campeonato Mundial de Endurance), instituído pela Fédération Internationale de L'Automobile (FIA) e pelo Automobile Club de L'Ouest (ACO), o organizador das 24 Horas de Le Mans, exibiu seus bólidos em terras brasileiras.

Em 2007, a categoria veio correr aqui como última etapa do campeonato europeu da Le Mans Series, hoje extinta, mas não teve muita repercussão, pois parte das grandes equipes não participaram da prova. Dos carros de ponta, apenas o Peugeot 908 HDi diesel participou e venceu. Desta vez, a corrida foi colocada no meio do calendário do campeonato mundial, e o AE esteve lá para acompanhar.


Os japoneses voltaram com força total este ano para combater os poderosos Audi em Le Mans. A única vitória de um carro oriental foi em 1991 com o Mazda 787B (já contada aqui), mas tentativas não foram poucas. Fora da elite da categoria há mais de dez anos, a Toyota surpreendeu a todos com o bom desempenho do seu novo carro, o modelo TS030.  



Tempos atrás, escrevi aqui sobre a possível morte dos supercarros por causa das normas mundiais de emissões de poluentes cada vez mais rígidas, os crescentes esforços para a redução do consumo de combustível e o aumento da segurança ativa e passiva nos automóveis, esta cada vez mais neurótica. Estes são tópicos que poderiam facilmente acabar com os carros de alto desempenho como os conhecemos. Estavam sendo marcados como carros desnecessários, irrelevantes e não adequados ao quadro mundial, se não ofensas ao planeta.

A possível solução seriam os híbridos, com a renegeração de energia e melhor aproveitamento do combustível e a energia de frenagem. Tudo muito bonito e parecia mesmo que era um caminho sem volta. De fato, não há como negar os esforços em redução de consumo de combustível e índices de emissões de poluentes, mas ainda não tivemos o assassinato dos grandes motores de alta potência como imaginado.

Era tido quase como certo que o Veyron seria o último grande carro de alta potência movido exclusivamente a gasolina, como foram todos os carros esporte até hoje. Mas, o tempo passou e novos carros surgiram para contrariar esta hipótese, novas versões do Veyron com ainda mais potência, inclusive.


Se por um lado estou trabalhando feito um camelo, apesar dos camelos não reclamarem, decidi que a preguiça não vai me impedir de aproveitar algumas oportunidades para eu fazer o que mais gosto: pegar um carro (de preferência bacana) e sair em viagem meio sem destino, descobrindo o mundo, carregando minha câmera. Idealmente sozinho, mas se a companhia estiver disposta a não me atrapalhar ou tiver predisposição acrescentar algo nessa experiência, também é bem-vinda — o primo AK é um exemplo de parceiro bom pra isso, estar com ele é sempre uma troca. Se for para reclamar ou não entrar em sintonia completa, prefiro que se manque. 

Acabei de pensar que meu prazer estaria uma combinação de entusiasta com fotógrafo da National Geographic. Um bom plano B para minha aposentadoria. 

Então, caiu no meu colo uma viagem para Los Angeles, dois dias e meio com programação intensa e sem tempo para nada além de fazer reuniões e relatórios. Isso vindo de duas semanas insanas e sem tempo para sonhar ou preparar essa viagem com mais calma. 

Fotos: Ultima Sports Ltd.



Como já foi comentado aqui certa vez sobre o carro de testes do motor do Ferrari Enzo, os protótipos de teste dos carros de produção geralmente são veículos existentes com muitas modificações.

Mas o que não é tão comum assim é utilizar carros de outros fabricantes. E justamente desta estranha atitude nasceu o emblemático McLaren F1 de Gordon Murray. O projeto era único, nunca nada foi feito como o F1, desde a concepção do monocoque até a posição central de pilotar com dois bancos laterais. O F1 era um projeto inovador e de desempenho extremo, e para ser concebido, precisava de protótipos de alta qualidade e versatilidade.

É de praxe a utilização de mais de um carro de testes, geralmente cada unidade é designada para testes específicos, ou de componentes específicos. No caso do McLaren, era necessário um veículo leve e que comportasse o motor central-longitudinal. Como o F1 seria o primeiro carro da empresa neste segmento, não havia uma "versão anterior" para ser modificada. A solução foi partir para um carro de outro fornecedor. Entre as opções, Murray optou pelos carros da empresa Ultima Sports, um pequeno fabricante de carros esporte de alto desempenho.

A alta qualidade e considerável nível de projeto fizeram com que dois exemplares fossem encomendados para serem modificados e receber os componentes do que seria o mais rápido carro do mundo. O modelo Mk.3 foi o escolhido, na verdade os dois últimos chassis da produção desta série foram fabricados pela Noble.