google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): MB
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Corvette C7.R e Ferrari 458 Italia

O primeiro Corvette, o original de 1953, com seu anêmico motor seis-cilindros Blue Flame de 150 cv de potência bruta, não era mesmo grande coisa em termos de desempenho. Quando Zora Arkus-Duntov tomou as rédeas do programa, logo colocou um V-8 no pequeno esportivo e o sucesso foi meteórico.

Não demorou para que o Corvette emplacasse também nas pistas, com carros espetaculares e resultados que até os europeus se surpreenderam. Vendo os últimos anos, um dos grandes representantes da dinastia foi o C6.R, modelo que até o ano passado competia de igual para igual com Ferrari, Aston Martin e Porsche.

Vencedor na sua classe em Le Mans e campeão da categoria em 2012, o C6.R além de rápido mostrou-se resistente, com a confiabilidade de um V-8 Chevrolet mais do que conhecida e renomada. Criado pela Pratt & Miller, empresa americana de preparações e projetos especiais, o modelo não deixava nada a desejar em termos de tecnologia frente aos concorrentes europeus.

O Corvette C6.R da Larbre Competition em Interlagos

O V-8 de um único comando alojado no meio do "V" e válvulas acionadas por varetas e balancins é a prova de que a simplicidade ainda é o forte para provas de longa duração. Quanto mais complicados, mais peças, maior a chance de um problema ocorrer. Nos primeiros modelos de 2005, o motor era um 7-litros derivado do LS7 para a categoria GT1, depois passou para 6 litros e até o 5,5-litros da última geração, já no que era a GT2.

Neste ano, com o lançamento da nova geração do Corvette Stingray de rua, o carro de corrida também tinha que ser atualizado, e nasceu o C7.R com a nova carroceria que remete ao carro de produção. O motor manteve-se similar ao do carro anterior, 5,5-litros “varetado”, mas agora com injeção direta de combustível e sem o sistema de comando variável disponível no carro de produção.




Os carros feitos exclusivamente para entusiastas costumam ser péssimos pelo ponto de vista comum. Um Lotus Elise é mal acabado, apertado e sem espaço para carregar nada. Um Caterham Seven é primitivo e sem recurso nenhum. Mas todos eles são os ótimos em colocar um grande sorriso no rosto do motorista.

Podemos dizer que tudo começou com Colin Chapman, ao lançar o Lotus Seven. O conceito do Seven é usado até hoje. Simplicidade e baixo peso, ou apenas “add lightness” (adicione leveza) como dizia o próprio Chapman. O MAO já contou sobre esta pequena maravilha da engenharia aqui. Em resumo, quanto mais leve for o carro, menos motor ele precisa para ser rápido, e o Seven traduz este lema muito bem.

Ao longo dos anos, diversos carros chamados de minimalistas foram feitos, até chegar no pequeno Ariel Atom, um pequeno carro para dois ocupantes com motor 1,8-litros e chassi exposto. É uma versão moderna do que o Seven foi o passado. Um pequeno motor em um carro bem leve e o resultado é espetacular.

Entretanto, o Atom teve um parente muitas vezes esquecido no tempo, mais precisamente, nos anos 1990. Em uma época repleta de carros magníficos como o Jaguar XJ220, o Vector M12 e o McLaren F1. O McLaren, para mim, é um dos maiores carros já feitos na história e Gordon Murray, seu criador, não começou por ele.

Desde os tempos da F-1, Murray se destaca como um dos maiores engenheiros do ramo

Justamente pela grandeza dos feitos do F1, um dos projetos anteriores de Murray não teve as mesmas proporções de público e divulgação, mas foi tão sensacional quanto o próprio F1. Em 1992, juntamente com seu colega Chris Craft, ex-piloto de Formula-1 e de carros esporte, Murray projetou o que viria a ser chamado de Rocket. Pelo nome, dá para ter uma idéia do que se trata.



Os grandes astros e celebridades conhecidos mundialmente, em sua maioria, são pessoas “do bem”. Politicamente corretos, defensores dos oprimidos e do meio ambiente, bem relacionados e sempre em alta na mídia e sociedade. Quem não gosta de uma figura dessas?

As vezes, um ou outro ponto fora da curva mudam este cenário. Pessoas que em teoria não deveriam ser apreciadas também ficam famosas e atraem muitos seguidores. Bonnie e Clyde, o famoso casal de bandidos americanos dos anos 1930, são lembrados até hoje.

Quem não simpatiza com o pirata Jack Sparrow? Ele é um bandido, ladrão e saqueador, mas todo mundo gosta dele, mesmo sendo profundamente ilegal.

O Ferrari 250 GTO é um caso de ilegalidade fora dos critérios de aceitação. Não poderia ter sido usada em competição, mas deram um jeito e o fizeram. E assim devemos agradecer, pois senão nunca o veríamos em ação.
Nos anos 1960, os campeonatos de endurance e corridas de curta duração (sprint) eram tão ou mais importantes que a própria F-1, pois os fabricantes estavam começando a ver que o automobilismo refletia em vendas. Tanto os carros de corrida que eram disponibilizados para pilotos e equipes particulares eram mais vendidos, como os de uso civil para o público normal.

Ferrari TR59, carro usado por Phil Hill em 1959, dominantes nas categorias do Mundial de Carros Esporte



 
Criar carros de corrida cada vez mais modernos, rápidos e econômicos é um objetivo essencial para qualquer equipe sobreviver no ambiente mais competitivo do mundo automobilístico. Às vezes a própria evolução precisa ser barrada por diversos motivos, como custos e segurança.

O Grupo B foi o ápice da insanidade automobilística no mundo do rali. Carros rápidos e extremamente potentes, em uma época de poucas preocupações com segurança. Nigel Mansell pilotou um Peugeot 205 T16 e ficou surpreso com o potencial do carro, dizendo até que seria mais rápido que um F-1 na aceleração.

Segurança, ou falta dela, foi o que matou o Grupo B do Campeonato Mundial de Rali nos anos 1980. Com carros cada vez mais potentes, os acidentes tornaram-se mais sérios, envolvendo tanto pilotos quanto espectadores. Foi quando ao final de 1986 a FIA assinou o atestado de óbito da categoria, e os monstros de mais de 600 cv que voavam sobre castalho tiveram seus dias de glória encerrados. Já vimos um pouco da história do Grupo B aqui.

A proposta da FIA foi o Grupo S, limitando a potência dos carros em 300 cv e abrindo as normas do regulamento para que carros mais modernos e seguros fossem criados. No Grupo B era exigido 200 exemplares do mesmo modelo fabricados dentro de 12 meses para que ele pudesse ser homologado, enquanto que no Grupo S, apenas dez. Isto permitia que carros não convencionais fossem projetados, pois a pequena quantidade permitia.

A Lancia, italiana, era um dos grandes nomes do rali da época. Seus carros e pilotos eram extremamente competentes. Desde os tempos do Lancia Stratos, passando pelo 037 até o genial Delta Integrale, os carros da Lancia surpreenderam o mundo.

Lancia Delta S4, um dos maiores carros de rali de todos os tempos



Gumball. Todos os entusiastas por carros devem conhecer este nome, ou ter ouvido falar pelo menos uma vez. Não conhece? Quem sabe pela descrição, um rali em vias públicas repleto de supercarros de todos os tipos, passando por diversos países a alta velocidade.

O nome oficial deste evento é Gumball 3000, uma corrida que começou em 1999 e teve algumas edições desde então. Milionários de todos os cantos do mundo participam de um verdadeiro desfile de luxo sobre rodas, com carros modificados e edições limitadas de tudo o que se pode imaginar. Para se ter uma idéia de quanto o evento é restrito aos ricos, a taxa de inscrição é de quase R$ 100.000.

Obviamente, em muitas edições não deu muito certo. Carros andando a mais de 200 km/h em vias comuns e cidades habitadas não costumam combinar. Um acidente fatal entre um Porsche TechArt e um Golf de passeio em 2007 condenou o Gumball na Itália e em diversos outros lugares.

Ferrari 458 Italia com a temática camuflada, a cada ano a temática muda



A corrida de resistência mais esperada do ano está cada vez mais próxima. A 24 Horas de Le Mans, prevista para os dias 14 e 15 de junho, terá muitas novidades nesta edição de 2014. Novos carros, novo regulamento, mas o desafio continua sempre o mesmo: vencer a Audi, que já tem doze vitórias desde o ano 2000.

Assim como no novo regulamento da F-1, este ano os modelos híbridos cada vez mais indicam o caminho do futuro. A economia de combustível é mandatória e a forma de se limitar o desempenho dos carros foi limitar o quanto de combustível ele pode consumir. Bem simples.

Já falamos anteriormente sobre o regulamento deste ano aqui no Ae. O que queremos mesmo é ver como ficaram os novos carros. A grande novidade é a volta da Porsche para a categoria principal, a LMP1, com um protótipo híbrido que nasceu para vencer os Audis. A Toyota também reformulou seu carro para ser compatível com o regulamento.

Interessante é ver que cada uma das marcas adotou uma estratégia de conceito do carro. Há diversas formas de se utilizar a motorização elétrica, bem como qual é seu funcionamento e características de armazenamento de energia.
 
Novo Audi R18 nas cores da sua apresentação


A cultura japonesa de carros preparados passou pela terra brasilis nos anos 1990 e 2000, muito disso graças aos filmes da série "Velozes e Furiosos". Foi a chamada onda do tuning, com carros rebaixados, muitos adesivos gritantes, aerofólios desproporcionais, luzes neon fixadas ao assoalho e, geralmente, muito mau gosto.

Ainda bem que esta fase está acabando. Era duro ver na rua um carro todo desfigurado, com escapamento furado para parecer som de motorzão e com grandes chances de ter um motor completamente manco. Longe de como os japoneses fazem por lá.

O problema é que esta fase vitimou muitos carros legais que existiam por aqui, como o Mitsubishi Eclipse, os Golf GTI e os Civic VTi. Deste último é praticamente impossível encontrar um totalmente original, ou mesmo com alguma modificação leve que possa ser revertida sem muitos problemas.

Quando falamos hoje em dia de hot hatches, temos poucos exemplos no mercado local. Nos anos 1990, o VTi era vendido aqui como uma das melhores opções. Até hoje é um dos carros convencionais com motor de aspiração natural com uma das maiores potências específicas disponíveis. O pequeno 1,6-litro tinha 162 cv, um pouquinho a mais do marco de 100 cv/l. Tudo graças ao comando de válvulas VTEC, herança do grande Honda NSX.


Uma das formas mais puras de competição automobilística é o rali. Terreno sem preparação e carros não muito diferentes do que encontramos nas concessionárias e que podemos comprar formam uma ótima combinação para um evento sensacional.

Quando falamos de rali, existem diversos tipos. Um dos mais conhecidos é o de regularidade. Ao longo de um traçado determinado, alguns pontos de controle são posicionados e os carros devem passar por eles em um tempo/horário determinado. Nem antes, nem depois, o fator determinante de vitória é a regularidade. Particularmente, não acho muito interessante, mas requer uma grande habilidade e raciocínio rápido em contas.

Já o rali de velocidade, em que o fator determinante de vitória é a a própria velocidade, este sim, é um espetáculo à parte. Nada além de “corra o mais possível”. Volto a dizer, nada contra o rali de regularidade, que também é um esporte muito interessante, apenas não é o que mais me agrada.

Desde os primórdios, estradas vazias tanto de asfalto quanto de terra, ou mesmo cobertas de neve, são usadas como palco para as mais emocionantes e desafiadoras corridas de automóvel. Desde os anos 1930, muitos ralis de velocidade são disputados em todos os cantos do mundo, onde quer que haja pilotos dispostos a desafiar os limites do carro e de suas habilidades.


Vamos direto ao ponto. Acho ótima a idéia de uma categoria de corrida de carros elétricos, e um carro tipo fórmula foi uma excelente escolha para o primeiro campeonato oficial da FIA. Mas fizeram uma besteira enorme no regulamento desportivo e ficou parecendo uma gincana.

Com a enorme quantidade de carros elétricos urbanos no mercado global, inclusive esportivos, como o Tesla Roadster, o novo Mercedes-Benz SLS Electric Drive e versões convertidas do genial Ariel Atom, era de se esperar que uma categoria de competição surgisse. Era uma questão de tempo.

A velha discussão sobre o que será do automóvel no futuro não pára, e nem vai parar. Fato é que dificilmente os carros serão todos elétricos em um curto espaço de tempo. O carro que queima combustível deve continuar existindo, em paralelo com os elétricos. E assim deve ser o automobilismo.

Os carros de corrida mais avançados que existem hoje em dia já são híbridos. Fórmula-1, como falamos recentemente aqui e os protótipos da categoria P1 de Le Mans são híbridos. O caminho dos motores elétricos, sendo como fonte auxiliar ou principal de propulsão, já está traçado e não voltará atrás tão cedo. Então nada mais lógico que uma categoria com carros 100% elétricos. Um dos principais pontos deste campeonato é manter o baixo custo. Diversas limitações de quantidade de testes e até jogos de pneu por corrida vão forçar as equipes a ter gastos mais controlados.



O dia 16 de março deste ano será, no mínimo, curioso. A data será a da primeira etapa do Mundial de Fórmula 1 com o novo regulamento, se dará em terras australianas e ainda não sabemos o que pode acontecer. Este deve ser o ano em que as alterações de regulamento são as mais drásticas.

Salvo alguns detalhes mais básicos, como o fato dos carros terem quatro rodas e um só piloto, basicamente mudou tudo. Mas vamos com calma, os carros ainda terão o mesmo formato, asas dianteiras e traseiras, rodas expostas, motor a gasolina etc, certo? Nem tanto.

Para um carro de competição tão preciso e avançado como um F-1, as mudanças técnicas do regulamento de 2014 praticamente fazem com que o projeto seja um carro novo, mesmo que por fora pareça ser a mesma coisa. O nível de refinamento e precisão é tão grande, as novas características dos carros afetam tanto o projeto, que dificilmente alguma coisa é aproveitada.

Quando falamos “aproveitada” não quer dizer que tudo é jogado fora e refeito do zero, em termos de construção. O material do habitáculo e a forma de construção pouco mudam, o tipo de braços de suspensão também, a tecnologia das rodas, dos pneus, do sistema de direção, o básico do ciclo Otto dos motores, tudo é quase igual ao ano anterior. O que muda mesmo é a forma de colocar todos estes componentes funcionando em conjunto.



No final dos anos 1960 e princípio dos 1970, a indústria automobilística estava muito focada em novas tecnologias. Como a era de ouro dos carros americanos já tinha passado, quando basicamente a cada ano um novo design era apresentado, mas sempre usando o mesmo conceito mecânico de motor e chassi, as novidades agora teriam que ser esta área.

Os americanos, em especial, concentraram muito dinheiro e tempo em conceitos arrojados de motores não convencionais, como as turbinas a gás e os motores de ciclo Wankel.

A Chevrolet foi uma delas, apostou no Wankel como opção para seus carros, a princípio, no Vega. Ed Cole, então presidente da GM, estava em um momento de fascinação pelo projeto do alemão Felix Wankel, visto que os japoneses da Mazda já estavam vendendo carros com os motores de rotores triangulares. A suavidade e potência deste tipo de motor fez a cabeça de Cole, assim ele conseguiu liberar alguns milhões de dólares da empresa para o desenvolvimento de uma unidade própria.

Em paralelo, a GM estava no auge com o Corvette, seu carro esporte, que já estava ganhando fama em função das competições internacionais e regionais. Seria um caminho relativamente natural que o Corvette recebesse, nem que fosse apenas para estudo, uma proposta com o motor rotativo. E foi exatamente o que aconteceu. 


A indústria automobilística brasileira é atualmente uma das maiores do mundo. Muitas marcas possuem fábricas no nosso território, exportando para vários países diversos modelos de praticamente todas as categorias.

Mesmo tendo uma história automobilística relativamente recente — 57 anos —, se compararmos com países com mais de 100 anos de indústrias e fabricantes de automóveis, o Brasil possui uma cultura muito rica neste ramo.  Além de grandes marcas como Chevrolet, Chrysler, Fiat, Ford e Volkswagen, o Brasil contou com os pequenos fabricantes locais.

Puma e Gurgel podem ser citados como alguns dos mais bem-sucedidos fabricantes independentes na nossa história. Outras marcas menores criaram carros que são lembrados até hoje, como a Brasinca com o famoso e raro 4200 GT, depois renomeado Uirapuru.

Brasinca 4200 GT, depois Uirapuru, foi obra do professor Soler (foto: Quatro Rodas)

Um dos principais nomes por trás do Brasinca 4200 GT é o de Rigoberto Soler (foto abaixo), engenheiro espanhol que chegou ao Brasil nos anos 1950. Soler também foi professor do curso de engenharia mecânica na FEI (Faculdade de Engenharia Industrial, atualmente Fundação Educacional Inaciana), em São Bernardo do Campo. 

Rigoberto Soler (1926-2004)

Para criar uma indústria sólida, é preciso de mão de obra competente e de boa formação. Para o mercado automobilístico, a FEI sempre foi referência em se tratando de engenharia. O curso de engenharia mecânica automobilística é muito bem conceituado, e há anos tem por tradição colocar na prática o que se aprende nas salas de aula.


Praticamente todos os carros que vemos hoje no mercado nasceram de algum carro-conceito, podendo ou não terem sido mostrados ao público. Os carros-conceitos que ficam conhecidos são os que vão para exposições e salões. Há conceitos que apenas os membros do alto escalão das empresas podem ver, e tomar decisões.

A função de um carro-conceito é mostrar tendências ao público e ver sua aceitação, quase sempre de novos designs. Desta forma, o fabricante pode decidir se seguirá com algo parecido para produção em série ou não. Funciona como um teste de carisma para a proposta.

Muitos carros conceitos são apenas estáticos, não possuem motor. Às vezes, nem mesmo um interior funcional é feito, pois o que interessa apenas é a carroceria, a parte exterior. Estes são chamados de mock-ups pelos termos da indústria.

A Mazda, famosa pelo seu motor rotativo de ciclo Wankel, ficou anos sem grandes lançamentos no que diz respeito a designs arrojados. Com uma renovação na sua linha do ano 2000 para frente, o visual de seus modelos mudou bastante. Diversos carros-conceitos foram apresentados, e entre eles, um chamado Furai.


Nos tempos modernos, a imagem de uma empresa, pessoa ou corporação, é tudo. Fortunas são feitas em cima de imagem. As pessoas lembram das marcas por seus maiores (ou piores) destaques.

Stanley Kubric é o homem do filme "Laranja Mecânica"; Ian Fleming é o pai do James Bond; a Porsche é o reflexo do 911; e a Nissan é a marca do Skyline.

Mas, o que é um Skyline? É o nome usado no Japão para as dinastias dos modelos anteriores do atual GT-R. Hoje pouco vemos o nome Skyline nos produtos correntes da marca, pois a sigla GT-R foi o destaque do carro criado sob o olhar cuidadoso de Carlos Ghosn, para trazer de volta o ícone japonês dos anos oitenta e noventa. E ainda mais, espalhar pelo mundo o poder do Godzilla.

O Nissan GT-R atual nasceu por ordem direta do presidente da empresa. A equipe de projetos deveria entregar um carro que fosse não apenas competitivo, mas referência no mercado. Leia-se “o GT-R tem que acabar com o 911 Turbo, e ser mais barato”.

Nissan GT-R da geração atual




Um dos principais materiais utilizados na fabricação de componentes estruturais de carros de competição e superesportivos é a fibra de carbono, mais precisamente o compósito de fibra de carbono, oplástico reforçado com fibra de carbono (em inglês, carbon fiber-reinforced plastic, CFRP). Sua leveza e resistência excepcionais revolucionaram a forma de construir carros de alto desempenho.

Quem mostrou ao mundo a real capacidade deste material foi a McLaren. Tanto no automobilismo como nos carros de rua, eles foram pioneiros na aplicação do carbono como material principal na construção do chassi.

Nos primórdios do século 20, pouco mais de cem anos atrás, uma empresa americana chamada Hercules produzia diversos materiais, entre componentes químicos, explosivos e armamentos, ligada ao forte nome DuPont, já conhecida no mercado por diversos produtos em diversos ramos, inclusive no automobilístico.

A Hercules passou pelas duas guerras mundiais fornecendo pólvora, explosivos e outros materiais bélicos para o governo americano. Nos anos sessenta, entrou no ramo de combustíveis sólidos para foguetes, algo que o governo dos EUA tinha grande interesse, pois a corrida espacial contra os soviéticos estava em alta. Seu campo de pesquisa era extenso, e a área de novos materiais também estava em constante crescimento.

Tecido de fibra de carbono, é possível ver os fios nas extremidades


A F-1 é a categoria mais desenvolvida do automobilismo mundial, seus carros são o estado da arte da engenharia e seus engenheiros, os artistas de cada uma das maravilhas mecânicas que movimentam milhões e milhões de dólares.

Cada centésimo de segundo mais rápido que um carro pode conseguir por volta é o resultado de horas e horas de engenharia, estudos e testes. Muitas soluções são simples, outras complicadas, e outras ainda muito mais complicadas porque devem contornar as brechas do regulamento técnico da categoria.

Não é de hoje que o controle de tração é um recurso discutível, não apenas na F-1. Eventos recentes com a equipe Red Bull trouxeram à tona a discussão sobre este recurso que pode dar uma enorme vantagem ao piloto.




Mais uma vez os paulistanos tiveram a oportunidade de ver de perto as incríveis máquinas de Le Mans. Os mais sofisticados carros de corridas de longa duração estiveram em Interlagos no fim de semana 31/8-1/9 para a segunda edição da "6 Horas de São Paulo", corrida que é parte do calendário oficial do WEC (World Endurance Championship – Campeonato Mundial de Longa Duração), uma parceria da FIA (Federação Internacional do Automóvel) e do ACO (Automobile Club de L'Ouest), esta a entidade promotora e detentora dos direitos da 24 Horas de Le Mans.

Émerson Fittipaldi foi novamente o promotor do evento, uma alternativa aos costumeiros eventos do nosso automobilismo como Stock Car e Fórmula Truck, os únicos que atraem algum público. A estrutura montada foi maior que a do ano passado, com mais atrações para quem não estava muito focado com o que acontecia na pista. Le Mans possui um grande parque para entretenimento durante todo o evento. É tradicional e faz parte da corrida, e foi tentado fazer algo parecido em Interlagos.

As corridas preliminares de motovelocidade e da Porsche Cup completaram a gama de atrações na pista. Infelizmente alguns acidentes nestas duas categorias deixaram pilotos feridos. Já na 6 Horas, a corrida não teve acidentes sérios, mesmo tendo sido necessárias diversas intervenções do carro de segurança. 

O Audi R-18 e-tron, destaque da prova pela velocidade e silêncio





Alguns circuitos de corrida são verdadeiros templos do automobilismo. Indianápolis e as 500 Milhas estão na história desde 1911, é um patrimônio americano. As ruas do Principado de Mônaco recebem a mais glamurosa etapa do campeonato desde os tempos de ouro da F-1. Le Mans é um lendário circuito na França que recebe a mais tradicional corrida de endurance do mundo. E Nürburgring é o orgulho alemão.

Localizado no oeste do país, perto da fronteira com a Bélgica, Nürburgring tem o mais desafiador traçado de todos, com centenas de curvas, todas muito parecidas, que desde 1927 separa os garotos dos homens. A pista já teve diversas configurações, a mais famosa com mais de 20 km de extensão e é usada até hoje. Um pouco desta história foi contada
aqui no AE.


Uma das grandes qualidades do esporte conhecido como automobilismo é a evolução dos projetos, as histórias e lendas que nascem, seus sucessos e fracassos. Como uma revolução geralmente é menos garantida que uma evolução técnica, a seqüência de projetos aumenta as chances de uma equipe chegar ao sucesso.

Já contamos aqui a saga do herói francês de Le Mans, Jean Rondeau e seus carros, e também a história do GT40 e dos Mirage M1, em especial o carro que foi o primeiro vencedor nas cores da Gulf Oil e também foi o camera-car do filme "Le Mans", de Steve McQueen, aqui.

A história dos Mirage e da J.W. Engineering não parou nos GT40 modificados. Após alguns anos de trabalho nos carros da linha M1 e as mudanças de regulamento que restringiram a cilindrada dos motores, John Wyer focou seus esforços em novos projetos na categoria dos protótipos.


Ao longo dos últimos anos, diversas novas tecnologias foram aplicadas aos veículos convencionais de uso “civil”. Praticamente todos os carros novos possuem, pelo menos como opcionais, ABS no sistema de freio e airbags. Itens de segurança cada vez mais obrigatórios em todo o volume produtivo do fabricante.

Além de itens classificados como de segurança, outros recursos como a direção com assistência elétrica também está crescendo mundo afora, inclusive no nosso mercado de carros mais acessíveis. Os veículos híbridos também já estão no mercado com preços mais razoáveis, tecnologia antes restrita aos carros de alto valor.

Algumas novidades no campo da assistência ao motorista também já estão disponíveis em nosso mercado, ainda em modelos mais caros, na faixa dos R$ 100.000,00. mas que até então também eram exclusivos dos carros de luxo. Sensoriamento de mudança de faixa, assistência de manobra e controle de velocidade adaptativo são os que chamaram a atenção.