google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): 24 Horas
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A corrida de resistência mais esperada do ano está cada vez mais próxima. A 24 Horas de Le Mans, prevista para os dias 14 e 15 de junho, terá muitas novidades nesta edição de 2014. Novos carros, novo regulamento, mas o desafio continua sempre o mesmo: vencer a Audi, que já tem doze vitórias desde o ano 2000.

Assim como no novo regulamento da F-1, este ano os modelos híbridos cada vez mais indicam o caminho do futuro. A economia de combustível é mandatória e a forma de se limitar o desempenho dos carros foi limitar o quanto de combustível ele pode consumir. Bem simples.

Já falamos anteriormente sobre o regulamento deste ano aqui no Ae. O que queremos mesmo é ver como ficaram os novos carros. A grande novidade é a volta da Porsche para a categoria principal, a LMP1, com um protótipo híbrido que nasceu para vencer os Audis. A Toyota também reformulou seu carro para ser compatível com o regulamento.

Interessante é ver que cada uma das marcas adotou uma estratégia de conceito do carro. Há diversas formas de se utilizar a motorização elétrica, bem como qual é seu funcionamento e características de armazenamento de energia.
 
Novo Audi R18 nas cores da sua apresentação

Entre os dias 19 e 20 de maio, o circuito de Nürburgring recebeu mais de 170 carros. Todos estes aventureiros estavam inscritos no evento oficial mais esperado do ano na Alemanha, s 24 Horas de Nürburgring. O nome oficial da prova é ADAC 24Hs Rennen Nürburgring, onde ADAC (Allgemeiner Deutscher Automobil-Club) representa o autoclube europeu de maior importância, e organizador da prova.

Este ano, quem levou o troféu para casa foi um Mercedes-Benz SLS AMG, similar aos modelos da GT3 que correm aqui no Brasil. Por incrível que pareça, esta foi a primeira vitória de um Mercedes no evento que carrega anos de tradição.

Provas de longa duração não são novidade alguma, este próprio evento alemão tem sua história, mas podemos dizer que é um caso à parte, diferente de todas as outras corridas similares.
 
O Mercedes-Benz vencedor de 2013



Entre todas as categorias do automobilismo mundial, o Campeonato Mundial de Endurance é provavelmente o mais interessante de todos, pelo menos ao meu ver. A grande variedade de competidores, com diversas categorias, disputando provas com horas e horas de duração, exige muito preparo das equipes e projetos extremamente bem feitos. A referência para esta categoria é a 24 Horas de Le Mans.

Desde os primórdios desta corrida, a evolução técnica e o desenvolvimento de novas tecnologias estão diretamente ligados à própria existência do evento. A liberdade de criação e a preocupação com a eficiência energética dos carros existem há anos. Para se ter uma idéia da importância da eficiência nos carros que competem, paralelamente à corrida em si existe uma competição que premia o carro mais eficiente em termos de consumo de energia.

A Audi é a equipe a ser batida há mais de uma década. Trouxe para as pistas os motores Diesel competitivos, e agora os híbridos. Agora para 2014, o regulamento da categoria principal, a LMP1, vai sofrer uma modificação considerável para incentivar mais o desenvolvimento de tecnologias limpas, sem perder o charme da corrida e as disputas na pista, o bom e velho “mano a mano” entre os pilotos.

Os japoneses voltaram com força total este ano para combater os poderosos Audi em Le Mans. A única vitória de um carro oriental foi em 1991 com o Mazda 787B (já contada aqui), mas tentativas não foram poucas. Fora da elite da categoria há mais de dez anos, a Toyota surpreendeu a todos com o bom desempenho do seu novo carro, o modelo TS030.  



Oitenta edições da corrida mais desafiadora e tradicional do mundo do automobilismo. Vinte e quatro horas sem interrupção de trabalho árduo de centenas de pessoas, talvez milhares, para que às 15h00 do domingo um carro seja coroado o vencedor de Le Mans.

Das oitenta edições, a Audi ganhou onze das últimas treze, que na verdade poderia ser considerado doze pois uma delas em que um Bentley venceu, era praticamente a equipe da Audi (a Bentley pertence à Volkswagen desde 1998). Isso sim, podemos chamar de domínio.

Este ano a grande novidade foram os modelo híbridos, tanto os Audi e-tron R18 quattro quanto os Toyota TS030. A diferença entre eles está no conceito do sistema, pois o Audi utiliza o motor turbodiesel com tração elétrica dianteira, enquanto que o TS030 correu com motor a gasolina de aspiração natural e tração elétrica complementar na traseira. Na qualificação os Audi já começaram a escrever a nova página do livro de Le Mans, quando foram os primeiros a conseguir a pole com um carro híbrido, e agora terminaram a obra com uma incontestável vitória.





A evolução nem sempre gera uma revolução, mas em alguns casos, a revolução vem na forma da evolução. Este é um dos princípios do projeto Delta Wing, o carro experimental que vai correr em Le Mans este ano, e está sendo a notícia do momento no mundo do automobilismo. Em grande parte das discussões, o grande ponto a ser clareado é o "será que vai dar certo?"
  
O Automobile Club de l'Ouest (ACO), organização responsável pelas 24 Horas de Le Mans, liberou a inscrição deste novo projeto para competir não oficialmente na prova deste ano. O carro experimental, que ocupará a garagem 56 dos boxes de Le Mans, famosa por ser o espaço destinado aos veículos especiais que não se enquadrem nos regulamentos vigentes, correrá com o número 0, mantendo a tradição de incentivo à novas tecnologias e idéias.
  
O Delta Wing nasceu da vontade de Ben Bowlby, diretor técnico da equipe americana Ganassi, e também trabalhou em empresas de desenvolvimento como a Lola Cars. Ben diz que estava vendo o automobilismo muito amarrado a regulamentos rigorosos, e os carros estavam com pouca diferença entre eles. Um novo projeto, completamente fora dos regulamentos atuais, poderia ser uma saída para a mesmice que ele via.


Vencer as 24 Horas de Le Mans, este é um dos prêmios máximos do esporte a motor mundial, que por si só já é um grande desafio. Ser o projetista ou dono de equipe vencedor das 24 Horas de Le Mans também é um grande mérito, mas vencer as 24 Horas pilotando um carro concebido por você mesmo, isso é praticamente impossível. Imagine então se este cidadão fosse um francês, seria a experiência máxima e euforia total para um país todo.

Praticamente impossível, mas não totalmente, tanto é que somente uma pessoa conseguiu este feito e, ainda por cima, um francês nativo da região do circuito de La Sarthe. Este homem é Jean Rondeau.


Jean Rondeau

Jean nasceu na vila próxima ao circuito em 1946, e desde pequeno conviveu com o automobilismo e as 24 Horas. Tornou-se piloto cedo, participou de diversas categorias de jovens pilotos e tornou-se piloto profissional de sucesso. Nos anos 60 fez nome das provas locais de Turismo, correndo com os R8 Gordini e depois com os famosos Alpine (a versão original dos nossos conhecidosWillys Interlagos). Participou também de provas de subida de montanha a bordo dos Alpine, onde conquistou mais vitórias.

Já nos anos 70, com boa experiência adquirida e vontade de sobra, partiu para o sonho de Le Mans em 1972, pilotando um Chevron-Ford. Jean não tinha como bancar uma estrutura adequada para a corrida, fez o que pôde, liderou os treinos da sua categoria mas na corrida foi forçado a abandonar por falta de peças necessárias para fazer os consertos no carro. 



Depois de cinco anos, a Audi consegue a pole para a mais tradicional prova de longa duração do mundo, as 24 Horas de Le Mans, desbancando a série de conquistas dos franceses da Peugeot. O novo R18 alemão mostrou-se consistente nos treinos, sempre brigando de igual para igual com o rival 908, ambos movidos a motores diesel, estes ainda disparados os mais rápidos do grid.

Desta vez a pole foi para o carro número 2 de Bénoit Tréluyer, Marcel Fässler e André Lotterer, e o segundo lugar ficou com outro R18, o de numeral 1 dos vencedores do ano passado (Romain Dumas, Timo Bernhard e Mike Rockenfeller). Em terceiro e quarto lugares, dois Peugeot 908, depois outro R18, este de Tom Kristensen, e em sexto outro Peugeot.

Pela categoria GT, o BMW M3 de Augusto Farfus, Jörg Müller e Dirk Werner ficaram em primeiro (29° na geral), seguido pelo Ferrari 458 em uma boa disputa.

Mais detalhes sobre a corrida ao longo do fim de semana. A largada será neste sábado, tradicionalmente às 15h no horário local (10h horário de Brasília).


MB