google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): eficiência
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A evolução nem sempre gera uma revolução, mas em alguns casos, a revolução vem na forma da evolução. Este é um dos princípios do projeto Delta Wing, o carro experimental que vai correr em Le Mans este ano, e está sendo a notícia do momento no mundo do automobilismo. Em grande parte das discussões, o grande ponto a ser clareado é o "será que vai dar certo?"
  
O Automobile Club de l'Ouest (ACO), organização responsável pelas 24 Horas de Le Mans, liberou a inscrição deste novo projeto para competir não oficialmente na prova deste ano. O carro experimental, que ocupará a garagem 56 dos boxes de Le Mans, famosa por ser o espaço destinado aos veículos especiais que não se enquadrem nos regulamentos vigentes, correrá com o número 0, mantendo a tradição de incentivo à novas tecnologias e idéias.
  
O Delta Wing nasceu da vontade de Ben Bowlby, diretor técnico da equipe americana Ganassi, e também trabalhou em empresas de desenvolvimento como a Lola Cars. Ben diz que estava vendo o automobilismo muito amarrado a regulamentos rigorosos, e os carros estavam com pouca diferença entre eles. Um novo projeto, completamente fora dos regulamentos atuais, poderia ser uma saída para a mesmice que ele via.

Hoje em dia, a pressão por menor consumo vem de todos os lados. Seja por causa do crescente preço do petróleo nos últimos anos, seja por causa de ambientalistas alarmados com o aquecimento global, seja pelas ameaças do fim do petróleo, a ordem do dia é reduzir o consumo dos veículos.

A Europa está encontrando a sua solução no diesel e, para os carros a gasolina, na utilização de motores menores equipados com turbocompressores, chamado de "downsizing". A idéia no primeiro caso é aproveitar o melhor rendimento térmico inerente ao ciclo Diesel, enquanto que no segundo é aumentar o rendimento térmico fazendo o motor trabalhar em cargas mais altas por ter menor deslocamento volumétrico mantendo a reserva de torque e potência através do turbocompressor. Na prática, troca-se um motor de 2 litros de aspiração natural por um de 1,4 litro turbocomprimido. Durante o uso normal ele será econômico como um 1,4 litro, mas na hora de "chamar no pé" o turbocompressor lhe dá o desempenho digno de um 2 litros.

Talvez convenha aqui uma pequena explicação sobre a expressão "rendimento térmico": Motores a combustão interna, como é o caso dos nossos conhecidos motores ciclo Otto (ignição por centelha, que caracteriza os atuais motores 4-tempos movidos a gasolina e/ou etanol), são máquinas térmicas que extraem energia do calor e da expansão de gases produzidos pela queima do combustível. Ao queimar gasolina ou etanol, as moléculas são quebradas e uma grande quantidade de energia é liberada com esta queima, sobrando assim compostos de menor energia (gás carbônico e água). Grande parte desta energia é liberada sob a forma de calor, (óbvio, a queima de qualquer coisa gera calor) por isso os motores esquentam e precisam ser arrefecidos. O fato de se necessitar arrefecer um motor demonstra que parte da energia do combustível teve que ser jogada fora sob a forma de calor.