google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): LMS
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A evolução nem sempre gera uma revolução, mas em alguns casos, a revolução vem na forma da evolução. Este é um dos princípios do projeto Delta Wing, o carro experimental que vai correr em Le Mans este ano, e está sendo a notícia do momento no mundo do automobilismo. Em grande parte das discussões, o grande ponto a ser clareado é o "será que vai dar certo?"
  
O Automobile Club de l'Ouest (ACO), organização responsável pelas 24 Horas de Le Mans, liberou a inscrição deste novo projeto para competir não oficialmente na prova deste ano. O carro experimental, que ocupará a garagem 56 dos boxes de Le Mans, famosa por ser o espaço destinado aos veículos especiais que não se enquadrem nos regulamentos vigentes, correrá com o número 0, mantendo a tradição de incentivo à novas tecnologias e idéias.
  
O Delta Wing nasceu da vontade de Ben Bowlby, diretor técnico da equipe americana Ganassi, e também trabalhou em empresas de desenvolvimento como a Lola Cars. Ben diz que estava vendo o automobilismo muito amarrado a regulamentos rigorosos, e os carros estavam com pouca diferença entre eles. Um novo projeto, completamente fora dos regulamentos atuais, poderia ser uma saída para a mesmice que ele via.


Depois dos anúncios de Toyota e Porsche retornarem para disputar as 24 Horas de Le Mans, uma facada dolorida para a mais importante e emblemática corrida de longa duração. A Peugeot anunciou oficialmente o encerramento do programa de competições de endurance.

Foi uma disputa muito acirrada entre os franceses da Peugeot e os alemães da Audi na última etapa da série Intercontinental Le Mans Cup, em Zuhai, em uma batalha ao longo dos 1.000 km da corrida.

Nos últimos minutos, o 908 HDi FAP de Sarrazin e Montagny garantiu a vitória (terceira do campeonato) e o título para a equipe francesa. Em segundo e terceiro estavam os Audi R15+, que neste ano tiveram dificuldades em acompanhar os bons resultados do 908.



Mais algumas imagens interessantes da corrida de Castellet da Le Mans Series. Acima o Spyker da categoria GT tomando volta do Audi diesel.


No caso dos carros GT, notamos que há poucas aberturas (entradas de ar) na carroceria, diferente dos protótipos, todos recortados e estilosos. Isso é normal, pois em um carro GT como o 430 e o 911 da foto, muitas aberturas só geram arrasto, pois a parte interna dos carros GT não é projetada para otimizar fluxo de ar. As aberturas são projetadas de acordo com a necessidade de ar a ser captado, tanto para radiadores, qiamto para refrigeração de freios.
Mas podemos pensar no seguinte: se há poucas aberturas, o carro fica mais com cara de "parede", certo? Sim, de certa forma isto está correto, mas por outro lado, esta "parede" é modelada para que o ar passe por ela da forma mais suave possível, e em locais que não é possível ter uma forma aerodinâmica para reduzir arrasto, os engenheiros criam formas de se aproveitar essas "paredes" para extrair mais downforce, ou aprimorar o escoamento de ar para partes críticas, como retirar o ar quente de trás dos radiadores.
Os protótipos, de alguns anos para cá, passaram a usar o centro do assoalho mais alto, bem visível no Audi R15+ e no Peugeot 908. Assim, o direcionamento do ar por baixo do carro gera um efeito de alteração da sua velocidade, e como o assoalho é todo trabalhado, com aletas, dutos e direcionadores de ar, os engenheiros conseguem aproveitar o máximo da aerodinâmica.
No caso do Audi é mais visível a preocupação com o que agora chamam de "fluxo interno de ar", que seriam as aberturas na carroceria, entre o assoalho e o topo da carroceria. Juntamente com o assoalho, este fluxo é atualmente o grande segredo da boa performance destes carros, pois um projeto bem realizado permite elevar o downforce sem gerar muito arrasto aerodinâmico, o grande vilão da velocidade máxima.
Vemos que a carroceria do 908 não é apenas uma simples cobertura da estrutura mecânica, contínua e fechada. Logo atrás da roda dianteira vemos a divisão do para-lama para o núcleo central do carro. Por esta passagem passa o ar admitido pelo bico do carro, canalizado por ali para trabalhar em conjunto com a aerodinâmica do assoalho e gerar o máximo de downforce possível com o mínimo arrasto colateral.
A terminação da carroceria também é bem elaborada, com praticamente toda a traseira aberta para permitir fluxo de ar da região do cofre do motor, trabalhando em conjunto com o extrator e o aerofólio traseiro. Nota-se que a carroceria não termina suave e contínua, mas sim abruptamente e dobrada para cima. É na verdade um "flap Gurney" em toda sua extensão, que gera perturbação no escoamento do ar e altera as zonas de pressão, e assim é possível também gerar downforce com pouco arrasto.
MB


O circuito de Paul Ricard foi o palco da primeira vitória, logo na sua estreia diga-se de passagem, do novo Audi TDi R15 Plus, carro que compete na categoria LMP1 da Le Mans Series.

O R15 atualizado sofreu modificações principalmente na parte aerodinâmica, com um novo bico que lembra uma arraia, e novos detalhes pouco visíveis mas muito importantes no assoalho e no fluxo de ar pelas passagens internas da carroceria.


Um único carro foi inscrito, pilotado por Allan McNish e "Dindo" Capello, e venceu com cinco voltas de vantagem sobre o Lola-Aston Martin 009.


O principal rival do R15 esperava-se ser o Peugeot 908 particular da equipe Oreca (nenhum carro foi inscrito pela equipe oficial da Peugeot), mas teve problemas nos macacos pneumáticos e perderam quase vinte minutos nos boxes.

Pela GT2, o Porsche 911 da equipe Felbermayr Proton venceu com certa folga.


Novamente parece que a briga na LMP1 vai ser boa entre Audi e Peugeot com os carros movidos a diesel, e o Lola-Aston Martin vem chegando junto na disputa. Quem será que leva a taça de Le Mans esse ano?