google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 setembro 2011 - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)


A sobrealimentação é uma das formas mais conhecidas de se extrair mais potência de um determinado motor. O aumento da pressão na admissão - em vez de depressão - e consequentemente a pressão efetiva no cilindro, faz com que os valores de rendimento sejam alterados.

Tanto para extrair mais potência visando o desempenho, como para otimizar o consumo de combustível nos mais recentes casos, em especial o downsizing (redução do deslocamento volumétrico do motor e adição de sobrealimentação para compensar a menor área de pistão), a sobrealimentação está presente desde os primórdios do automóvel.
Foto: vejasp.abril.com.br

Trânsito normal em São Paulo: perfeitamente possível, desde que se cuide do assunto com seriedade

Ontem, numa bela manhã de quinta-feira, fui devolver o BMW. Era por volta de 10h30. Fiz o trajeto habitual - para os paulistanos visualizarem, alameda dos Maracatins, avenida dos Bandeirantes, marginal do Pinheiros, retorno na ponte Cidade Jardim, marginal novamente sentido inverso, passar sob a ponte do Morumbi e acessar o conjunto de prédios de escritórios onde fica a BMW do Brasil.

Trânsito absoutamente normal, nenhum tipo de congestionamento, livre solto. Não era feriado e tampouco havia motivo para as pessoas ficarem em casa. Qual a explicação? Só pode ser uma: não havia acidentes e nem carros enguiçados - quebrados, como se diz em São Paulo.

Por aí se vê que tudo o que se diz a respeito do automóvel, que não dá mais, que as ruas não suportam mais tanto carro, é balela pura, coisa de ecochato e daqueles que acham que a bicicleta é a solução mágica para a mobilidade urbana (não sou contra bicicleta, um veículo simples e prático, mas ela, como tudo, tem seu lugar). E foi por isso que fiz, pela terceiro ano, o meu protesto contra o Dia Mundial Sem Carro usando esse espaço.


Toda vez que alguém critica o design de um Jaguar criado enquanto Sir William Lyons dirigia a empresa (até 1972), tenho a mania de responder, meio brincando, meio falando sério, que não é permitido a nós, meros mortais, criticar o desenho de um Jaguar. O resto do carro pode, mas o desenho não. Somos todos tão inferiores a Sir William nesse sentido que qualquer crítica faz o mesmo efeito que sopro de gato asmático no furacão Katrina: irrelevante. Em alguns assuntos, é melhor nos recolhermos a nossa insignificância.

O SS1 Airline, um dos primeiros carros de Lyons

Isto porque julgar o desenho de um carro é o que Lyons sabia fazer melhor, e o que trouxe ele a fama e glória, e que transformou uma fabriqueta de sidecars numa marca reverenciada mundo afora. Sir William nunca desenhou nada. Apenas mantinha uma equipe de funcionários pequena que batia chapas para ele, e criava direto em escala 1:1, carrocerias inteiras em metal. Hoje o processo de desenho de qualquer carro é longo e enfadonho, e passa de desenhos a mão para modelos em escala, para arquivos matemáticos e mais modelos em escala, depois para modelos em barro escala real, depois mais arquivos eletrônicos modificações, usinagem de barro, avaliações, mais arquivos, mais comitês, mais discussão... Um monte de gente dá pitacos e discute demais, quando Lyons apenas olhava e decidia. Em tamanho natural, direto em metal, e quando estava pronto, estava pronto e pronto. Nada criado por comitês intermináveis pode ser comparado a qualquer criação de Lyons.


PRECISO DE MAIS SÁBADOS COMO ESSE

Há cerca de duas ou três semanas o Bob convocou parte da equipe do blog para um programa agradabilíssimo: um delicioso almoço numa cantina em Joanópolis, a Provincia di Lucca. A pequena cidade (12.000 habitantes) é mundialmente conhecida como a "terra do lobisomem". Digo que foi uma convocação, pois o Bob não costuma nos enfiar em roubadas: muito além da massa fresca e da licantropia, teríamos a oportunidade de colher impressões sobre a última geração do BMW Série 7, denominada F01.



Confesso aos amigos e leitores que eu não estava nem um pouco animado com o programa: ando um tanto atarefado resolvendo questões particulares e profissionais, incluindo a curtição da minha filha caçula e a conclusão de alguns trabalhos pendentes para a Quatro Rodas. Mesmo sem tempo sobrando, acabei aceitando a idéia de que um momento sabático com meus amigos ajudaria a reorganizar as idéias, tornando tudo mais fácil na semana vindoura.

O leitor Vitor gentilmente nos enviou o link para um vídeo que mostra como os agentes de trânsito de todo o País deveriam proceder. Vale a pena ver.






BS
Nada a ver com montadora

Já falei bastante a respeito disso aqui no AE, mas nem por isso deixo de ficar impressionado como o termo 'montadora', usado no lugar fábrica ou fabricante de automóveis, se dissemina por toda parte. É na imprensa e nas informações dos fabricantes, até mesmo na Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Em compensação, em todo o texto do polêmico Decreto n° 7.567, que trata do IPI que atingiu os carros importados, não existe 'montadora'. Tampouco nas resoluções do Contran. Realmente é intrigante por que esse hábito enraizou-se no Brasil. Já vi até escreverem "na fábrica da montadora".

Nos dias pós-promulgação do decreto nunca vi tanto a palavra toda a imprensa. Verdadeira inflação de 'montadora'.


BMW 750i: O GIGANTE GENTIL

O primo Paulo, no seu post de segunda-feira sobre o BMW 750i, disse que eu não estava lá muito empolgado para guiar esse sedã topo de linha da BMW. Não é totalmente verdade. É que eu já sabia o que pegaria pela frente, a perfeita doma da enorme potência do V-8 biturbo. Chassi, suspensão, pneus, freios, câmbio automático, controles eletrônicos, tudo isso, profundamente pensado e competentemente resolvido pela BMW, faz dele um gigante gentil, e muita gentileza não é coisa que faça meu sangue ferver, pelo menos não em estradas brasileiras.



O carro é tremendamente poderoso, anda barbaridade e faz curva barbaridade. É incrivelmente ágil para o tamanho e massa. Neutro nas curvas, vai certeiro e obediente pra onde se aponta, entra nas curvas já equilibrado, freia forte e suave. Acelera de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos, o que é uma arrancada para esportivo dos bons, e faz isso sem quebrar o pescoço de ninguém, progressivamente, suavemente, sem assustar ninguém a bordo. Em suma, é um carro para colocar a rainha da Inglaterra no banco traseiro e sair numa perseguição policial e, se ela tiver bom estômago, coisa que certamente tem porque é rija feito pau de aroeira, nem vai perceber o rolo que está rolando.



O País está sem rumo, como um navio com leme avariado.

Notícias de hoje apontam aumento do número de homicídios no Estado de São Paulo da ordem de 10,5% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. Só na capital subiram 24%. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública e foram divulgados na imprensa.

Dias atrás um amigo estava no supermercado Extra da via Anchieta e viu um bandido atirar num cliente numa tentativa de assalto e fugir. Felizmente o tiro atingiu um ombro.



FEITO POR QUEM ENTENDE DO ASSUNTO


A primeira impressão ao chegar perto é de um carro enorme. E é, mede 5.072 mm de comprimento por 1.902 mm de largura. Sua altura é boa para o comprimento e para o entra e sai, 1.479 mm. Pesa 1.945 kg, apesar do teto, portas, capô, que é bem longo e tem dois fechos, painéis laterais dianteiros e apoio das molas dianteiras feitos de alumínio. As proporções da carroceria, linha de cintura e área envidraçada são corretas. Aquilo de que faço questão em todo carro é atendido: sentado ao volante toco o pára-brisa facilmente.

Visual  elegante e equilibrado

O visual impressiona. Grandes rodas de 19 polegadas, de tala 8,5 pol. na frente e 9,5 pol. atrás são combinadas com pneus Dunlop SP Sport Maxx GT assimétricos 245/45R19Y e 275/45R19Y que podem rodar vazios sem destalonar (sair do aro). São alemães e previstos para velocidade contínua de 270 km/h.


Posição de dirigir irrepreensível, visão à frente livre, nem sinal dos limpadores de pára-brisa. Não tem faixa degrade no vidro, mas nesse caso não faz falta, o pára-brisa avança pouco sobre a cabine. Mesmo assim o coeficiente de arrasto aerodinâmico é baixo, 0,31.

Ambiente interno clássico porém atraente

Foto: Wikipedia
Fernando Alonso/Renault, primeiro vencedor; atrás, Heikki Kovalainen/McLaren

O GP de Cingapura é antigo, o primeiro foi em 1966, num circuito chamado Thomson Road e era aberto a carros de Fórmula Libre, um regulamento da FIA. Foi assim até 1973 e depois acabou. Só ressurgiu em 2008, no circuito Marina Bay, como etapa do campeonato mundial de F-1 e trouxe junto a novidade de a prova ser noturna, a primeira da Fórmula 1 à luz de refletores.

Venceu o primeiro GP de Cingapura de F-1 Fernando Alonso, com Renault, numa corrida problemática, em que o companheiro de equipe Nélson Ângelo Piquet, filho tricampeão Nélson Piquet, em combinação com o chefe de equpe Flavio Briatore, teria provocado uma batida contra o muro para o carro de segurança entrar na pista e, desse modo, favorecer o espanhol.

Neste último sábado, eu, Bob Sharp, Arnaldo Keller e Felipe Bitu tivemos a oportunidade de avaliar um BMW 750i para um post feito a oito mãos. No entanto, para não termos que esperar que os quatro terminem seus textos e também para o post não ficar muito longo, dessa vez vamos dividir o post em partes.

Como eu acabei primeiro aqui segue minhas impressões sobre esse carro incrível.

Acompanhem os próximos posts ao longo dessa semana.


 Foto: www1.folha.uol.com.br
Carros parados na faixa devido a congestionamento: incômodo sim, perigo não

Faixas foi o post de estréia do colunista Carlos Maurício Farjoun. Quase em seguida escrevi sobre o assunto, focando a falta delas nas minirrotatórias. Agora quero falar sobre a nova "caixa registradora" de Companhia de Engenharia de Tráfego, a quem cabe o controle do trânsito de São Paulo: multas por desrespeito à faixa de pedestres. No começo, a fiscalização pelos fiscais se restringia à pequena área central e imediações da Av. Paulista. Mas não passou muito tempo, coisa de 1 mês, agora a "caça" é na cidade toda.

O xis de questão é que as regras relativas à faixa de pedestres são as mesma até no código de trânsito anterior, de 1966 (chamava-se Código Nacional de Trânsito). Elas são claras e não deixam dúvidas. O que acontecia era um desrespeito sistemático, pelos motoristas, a essas regras. Para reverter o quadro de desobediência a autoridade de trânsito de São Paulo resolveu multar. Até aí compreende-se, mas aumentar a área de fiscalização tem um motivo óbvio: olho grande de Prefeitura paulistana no bolso do cidadão.

Fossem os vendedores de concessionárias pessoas que não dependem de suas palavras para ganhar seu dia, essa afirmação seria possível de ser ouvida uma ou outra vez. Eles vendem carros velhos sim, que ficam por anos e anos no mercado, com vários face lifts ao longo do caminho, alguns mais profundos que outros. Carroças?

Que tal começarmos a análise observando o panorama do mercado atual, setembro de 2011, dez principais marcas, produzidos no Mercosul? Veja o ano de início de produção de cada um:

Chevrolet
Citroën
Fiat
Ford
Honda
Classic, 1994
Picasso, 2001
Mille, 1984
Ranger, 1998
Civic, 2006
S10, 1995
C3, 2003
Palio, 1996
Fiesta, 2002
Fit, 2008
Astra, 1998
C4, 2007
Idea, 2003
EcoSport, 2003
City, 2009
Celta, 2000
C3 Picasso, 2011
Punto, 2007
Ka, 2008
Zafira, 2001
Linea, 2009
Focus II, 2008
Corsa, 2002
N. Uno, 2010
Meriva, 2002
Bravo, 2010
Agile, 2009
Cruze, 2011

Nissan
Peugeot
Renault
Toyota
VW
Frontier, 2008
206, 1999
Clio, 1999
Hilux, 2005
Kombi, 1976
Livina, 2007
307, 2006
Mégane, 2006
Corolla, 2008
Gol, 1994
March, 2011
408, 2011
Logan, 2008
Golf, 1998
Fluence, 2011
Polo, 2002
Fox, 2003
Gol G5, 2008

Fonte: Wikipedia


Tive de fazer algumas escolhas para compor essa análise, de modo dar algum sentido lógico ao post. Ano de face lift não conta, new body skin (nova carroceria sobre plataforma antiga) sim, com a data do mais recente. Sei que essa escolha é controversa, Ka é de 1997 e a nova carroceria aproveita muito da anterior; Agile tem base no Corsa de 1994, mas com muitas mudanças, derivações não entram; Sandero, SpaceFox, utilitários Partner, Kangoo, Doblò também ficaram de fora, por sua pouca representatividade.

Fotos: C&D e GMC


“Quando os freios da caminhonete são soltos, uma enxurrada de torque é despejada em todas as quatro rodas. Elas quase não fazem barulho, apenas um pequeno “chirp”. A aceleração começa com um impulso tão grande, que o motorista sente o café da manhã indo parar na caçamba. Num piscar de olhos, o Ferrari está olhando para a tampa da tal caçamba. E a tampa está ficando cada vez menor. Meio carro de distância, um carro, dois carros de distância separa os dois antes do Ferrari sair da primeira marcha. A corrida apenas começou, mas já parece um massacre...” – Pat Bedard

Parece incrível que já se passaram 20 anos, mas o texto acima, publicado no primeiro teste da picape, na Car and Driver americana de setembro de 1991, não deixa dúvidas disso. Mas mesmo 20 anos depois, a GMC Syclone ainda está firme no posto da melhor caminhonete esportiva já criada.

Banda marcial não falta em Indianápolis


O post de ontem falando de música me lembrou da questão música-ambiente no cenário das corridas. Durante boa parte da minha adolescência nos anos 1950 e inÍcio dos 1960 Predominavam as marchas militares nas corridas. Um dos melhores exemplos foi o idealizador da Mil Milhas Brasileiras, Wilson Fittipaldi, pai de Wilson Jr. e Emerson, junto com o presidente do Centauro Motor Clube, a entidade que organizou a prova, terem mandado compor o "Hino das Mil Milhas Brasileiras", que ecoava por todo o autódromo de Interlagos, dos espaços para o público - espaços mesmo, uma espécie de baias, sem ter onde sentar, não havia arquibancadas - ao paddock, a parte de trás dos boxes.

A taça das Mil Milhas Brasileiras, oferecida pela Bardhal

Esse post é totalmente fora do padrão do habitual. Só resolvi colocá-lo porque acho que merece ser compartilhado, por considerá-lo belíssimo. Um amigo, Antônio Ferreira, um dos primeiros engenheiros da Volkswagen do Brasil, hoje aposentado, me mandou.

Alte Kameraden (assistir adiante) é uma marcha militar composta na Prússia em 1889, cujo título traduzido significa Velhos Camaradas. A marcha é executada tradicionalmente no juramento à bandeira de muitos países e é também comum ouvi-la nas universidades européias e americanas, e também sul-americanas, na conclusão dos cursos. É interpretada também nas academias militares, entre elas a de West Point, nos Estados Unidos. É uma peça verdadeiramente internacional.

Saturn V, o mais potente veículo da história.

Lendo o livro que narra a história de Wernher von Braun, me deparei com uma passagem interessante e totalmente fora dos padrões atuais.

Esse alemão naturalizado americano foi o principal líder da Nasa durante a época mais rica da corrida espacial. Engenheiro com grandes habilidades administrativas, era, antes de tudo, uma pessoa que sabia lidar com outras pessoas.

Como líder de verdade, era capaz de tomar decisões de bom senso, algo que hoje, no mundo das empresas privadas,  públicas e governos, está cada vez mais raro.

Imaginem a cena.

Uma reunião técnica com seus engenheiros. O assunto discutido é a quantidade de motores no primeiro estágio do foguete Saturn V, que levaria os 3 primeiros humanos para a Lua em 1969.

O jornalista Roberto Nasser, 65 anos, é antes de tudo um grande autoentusiasta e um dos nomes mais respeitados. Pertence ao time da velha guarda É desses que vivem automóvel desde a adolescência. Formou-se em Direito e exerce a profissão dividindo-a com o jornalismo especializado. Tem uma cultura automobilística invejável. Esse perfil levou-o a idealizar e criar o Museu Nacional do Automóvel na cidade onde vive desde 1961, Brasília, depois de passar os primeiros anos da sua vida na sua cidade natal, o Rio de Janeiro.

O museu está localizado no Setor de Garagens Oficiais Norte, Quadra 1, n° 205, próximo ao Eixo Monumental, na altura do Memorial JK. Ocupa desde 2004 dois galpões numa área total de 1.800 metros quadrados e o espaço abriga carros antigos, relíquias automobilísticas e biblioteca. Mas o museu corre o risco de fechar as portas.

Isso porque por ordem judicial a área deverá ser devolvida ao Ministério dos Transportes, que quer os dois galpões para estocar o arquivo morto da extinta Rede Ferroviária Federal, um reinvidicação do ministério desde 2009. Em setembro de 2010, portanto há um ano, o órgão entrou com pedido de reintegração de posse na Advocacia-Geral da União. A Justiça concedeu 30 dias de prazo para devolução do espaço.

Foto: Paulo Fessel


É mesmo coisa de quem não tem o que fazer, o Dia Mundial Sem Carro. Ou de gente que odeia automóvel, o que por si mostra desequilíbrio. Por isso o AUTOentusiastas, pelo terceiro ano, repudia com veemência esta iniciativa nojenta e conclama todos, mesmo quem não usa o carro para ir trabalhar, a tirar o carro da garagem e mostrar a essa gente de pensamento torto que isso tudo não passa de uma grande palhaçada.

Querem provar o quê com isso, que automóvel é inimigo? Se nem cigarro é  - há também o Dia Mundial Sem Tabaco, idiotice igual - como é possível pensar em tirar o automóvel das nossas vidas, um dia que seja?

Por Rex Parker, direto de Huntington Beach, Califórnia, EUA
Fotos: autor


De vez em quando fico pensando: se eu morasse no Brasil, que carro compraria para uso diário? Um importado? Nem pensar!  Talvez um sedã como o Linea? Já dirigi vários exemplares do Linea em São Paulo e BH e ele é cômodo, confortável e ótimo na estrada. Mas, acho que não, pois ele é um pouco comprido para uso urbano, e especialmente para estacionar. 

Bons bancos e muito conforto
Sou barbeiro. Preciso de um carro bem curto e com excelente visibilidade. Afinal, para mim acho que seria um Idea da Fiat. OK, entendo que muitos consideram-no mais como carro de praça do que carro de entusiasta, mas para mim o tamanho é ideal, e ele tem bancos ideais também, oferecendo grande conforto e visibilidade ótima.  Muito versátil também, em termos de carregar passageiros ou volumes, ou ambos.

Com isso, decidi pedir emprestado um Idea da Fiat em Betim (agradeço ao João Veloso e à Carolina Alves, do departamento de imprensa, por sua ajuda nesse aspecto) na última vez que estive no Brasil, mês passado. Essa viagem foi de férias com as nossas três filhas. Ou seja, éramos quatro adultos com quatro malonas e quatro mochilas bem grandes. A viagem começou em Belo Horizonte, a nossa terra materna (minha mãe é mineira). De lá fomos com o Idea a Ouro Preto e Mariana para fazer um turismo de um dia.  E com isso fizemos um espécie de road test do carro.

Por Rex Parker, de Huntington Beach, Califórnia, EUA
Fotos: autor/arquivo pessoal


Alguns meses atrás, no canto de um escuro galpão no leste de Los Angeles, descobri um carro raro e interessante. Um carro com nome tão comprido - “Crown Imperial Ghia Landau Limousine” - quanto ele próprio. Preto por fora, com a cabine do motorista estofada em couro preto, e a dos passageiros num tecido aveludado cinza, com aparência, toque e cheiro de puro luxo. No espaço traseiro, frisos cromados com apliques de uma madeira bem exótica. Uma sensação de qualidade, suntuosidade e exclusividade por fora e por dentro.

Encontrado num galpão em Los Angeles

Na foto de cima, a cabine do motorista; para os ilustres passageiros, o melhor em conforto
Mas será que a Chrysler – a nossa querida Chrysler – poderia ter fabricado um carro tão requintado, tão luxuoso e tão caro assim?  Bem, sim e não. A Chrysler fabricou a carroceria básica e todos os aspectos mecânicos em Detroit, mas precisou da ajuda da Ghia na Itália para montar a carroceria, instalar o interior e efetivamente fornecer o carro completo. 


A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) reuniu a imprensa ontem (19) para falar da recente medida que eleva o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados. Para tanto, o presidente Cledorvino Belini, que também é o executivo-chefe da Fiat, falou aos jornalistas coadjuvado por membros da diretoria da entidade mais ligados ao assunto, Rogélio Golfarb (Ford) e Luiz Moan Yabiku Júnior (GM), juntamente com o diretor técnico Aurélio Santana.

Obviamente, a Anfavea defende as medidas visando próprios interesses das associadas, como dito no meu posts de 7/9 e 17/9, mas fala em “interesse nacional” que, numa primeira análise, vendo-se o lado dela, tem fundamento.

A indústria automobilística aqui instalada tem 55 anos, de 1980 a 2010 foram investidos US$ 70 bilhões, ela representa hoje 22,5% do Produto Industrial do País e 5,2% do Produto Interno Bruto. Já produziu 63 milhões de veículos, tem hoje capacidade instalada para fabricar 4,5 milhões de veículos por ano.

O Jaguar E-Type e Sir William Lyons, em frente de sua casa, Wappenbury Hall

O recente lançamento do Cruze detonou o início de mais um round do esporte preferido dos brasileiros interessados por automóveis: determinar o preço que seria ideal para o carro. Eu realmente não tenho paciência alguma para isso. Chega a me irritar esse papo todo de que fulano tem isso e tem aquilo e custa mais ou menos, sicrano vende a tanto e tem 325 cortinas infláveis anabólicas, e o aquele outro tem dente azul e acesso a internet 325G, et cetera, et cetera, ad infinitum.

Irrita-me porque considera que tudo é igual, e impede as pessoas de ver os carros como as coisas únicas e diferentes que são. Até as revistas especializadas nacionais, infelizmente, dedicam-se de corpo e alma a esta atividade de comparação fria, sem impressão alguma sobre o carro, sobre como ele é andando, carregando gente. Sem dirigir, a maioria das pessoas já decide quem é melhor ou pior. Nada mais lógico, pois lendo o que diz a imprensa, é só o que interessa...

Mas apesar disso, preço é sim algo importante. Muito importante. Crucial para o negócio, diria até. Mas o que muita gente ainda não entendeu é que preço não tem nada a ver com conteúdo, tamanho ou desempenho de um carro. O que faz o preço é o quanto as pessoas estão dispostas a pagar por aquele carro, no volume de produção para qual foi programado o investimento nele.

Tudo isso me fez lembrar de alguém que colocava preços em seus carros de forma diferente. Me fez lembrar de Sir William Lyons.

Foto: Werher Santana/Agência Estado

A dor de Rafael Baltresca no velório da mãe e da única irmã: estupidez evitável

Mais um atropelamento sobre a calçada matando mãe e filha, Míriam Afif José Baltresca, 55 anos, e Bruna Baltresca, 28. Pelas primeiras informações, o motorista Marcos Alexandre Martins, de 33 anos, estava com sinais de embriguês, segundo os policiais militares que atenderam a ocorrência, e se recusou a fazer o teste do etilômetro. O acidente foi no último sábado por volta de 22 horas.

Não se deve beber em excesso e dirigir, desnecessário dizer. Até a promulgação da "lei seca" em junho de 2008 não era considerado alcoolizado – e não está realmente – quem estivesse com até 0,6 grama de álcool por litro de sangue. Agora o limite é 0,2 g/L.

Mas há quem beba e saia dirigindo com alcoolemia bem superior mesmo ao limite anterior e é a estes que me dirijo neste momento, em especial os e as jovens.