O Fiat 500 mexicano |
O novo Beetle |
O alemão não tinha nome, só sua descrição em alemão, carro do povo ou, em melhor tradução, carro popular. Sua descrição viraria nome, mas só depois de terminada a Segunda Guerra Mundial na Europa, ainda em 1945, quando a guerra no Pacífico ainda estava a alguns meses de terminar. Seu batismo foi natural, os ingleses que ocuparam a fábrica e reiniciaram sua produção apenas trataram de chamá-lo como os alemães o chamavam, Volkswagen. lembrando que a inicial maiúscula deve-se ao fato de se grafar assim os substantivos em alemão. O italiano tinha marca, evidentemente, e o nome de modelo veio da sua cilindrada de 569 cm³ arredondada para baixo; sua potência era de apenas 13 cv. O alemão, 985 cm³ e 20 cv, mas a produção em 1945 já começou com motor de 1.131 cm³ e 25 cv..
Os dois fabricantes existem até hoje e ambos têm fábrica no Brasil, mas os italianos levariam.23 anos para chegar (1953 x 1976), embora já começassem direto com uma fábrica em Betim, no Estado de Minas Gerais..Os alemães começaram com operação de montagem num galpão alugado em São Paulo e só quatro anos depois inciariam a produção na fábrica construída em São Bernardo do Campo.
As duas fabricantes disputam pescoço a pescoço o mercado brasileiro, mas os italianos têm levado a melhor nos últimos nove anos, embora o modelo mais vendido seja dos alemães, o Gol, e há 24 anos.
No mundo, são as duas únicas fábricas que lançaram modelos retrô de produção em grande série baseados em antigos produtos, embora só a VW tenha partido da primeira geração e, curiosamente, com esta ainda em produção no México - a Fiat partiu da segunda geração do 500 para o seu retrô atual.
Nenhum dos modelos retrô - VW New Beetle e agora o Beetle, e o Fiat 500 - foi produzido no país de origem, mas no México (VW) e Polônia (Fiat). Só o New Beetle teve versão conversível. E só o 500 é fabricado em dois países, Polônia e agora México.
Abaixo, pontos em comum e não dos dois nostálgicos modelos :
Nascimento: Ambos nasceram nos regimes totalitários de Adolf Hitler e Benito Mussolini, Fusca em 1934 e Cinquecento, em 1936, respectivamente
Configuração, 1ª geração: O alemão, motor longitudinal boxer de quatro cilindros e tração traseiros, arrefecimento por ar, suspensão independente nas quatro rodas e cinco lugares. O italiano, motor longitudinal dianteiro de quatro cilindros em linha e tração traseira, arrefecimento por água, suspensão independente só dianteira e dois lugares.
Configuração, 2ª geração: O alemão, motor transversal de 4 ou 5 cilindros em linha e tração dianteiros, arrefecimento por água, suspensão dianteira independente e traseira por eixo de torção e 4 lugares. O italiano, motor longitudinal de 2 cilindros em linha e tração traseiros, arrefecimento por ar, suspensão independente nas quatro rodas e 4 lugares.
Configuração, 3ª geração: O alemão, motor transversal de 4 ou 5 cilindros em linha e tração dianteiros, arrefecimento por água, suspensão dianteira independente e traseira por eixo de torção ou multibraço (Turbo) e 4 lugares. O italiano, motor transversal de 4 cilindros em linha e tração dianteiros, arrefecimento por água, suspensão dianteira independente e traseira por eixo de torção e 4 lugares.
Construção: O alemão e o italiano, ambos com carroceria e chassi separados na 1ª geração e unitária (monobloco) na 2ª e 3ª gerações.
Período de fabricação: VW, 1ª geração de 1945 a 2003, 2ª geração de 1998 a 2010 e 3ª, a partir de 2011. Fiat, 1ª geração de 1936 a 1955, 2ª geração de 1957 a 1975, 3ª geração a partir de 2007.
Produção: VW, 1ª geração, 23.500.000, 2ª geração 1.100.000. Fiat, 1ª geração 520.000, 2ª geração 3.400.000, 3ª geração já chegou a 700.000.
Carroceria: VW, 1ª geração sedã 2-portas, 2ª e 3ª gerações sedã 2-portas hatchback. Fiat, 1ª e 2ª gerações sedã duas portas, 3ª geração sedã 2-portas hatchback.
Semelhança visual: VW, nas 3 gerações. Fiat, na 2ª e 3ª gerações.
Comando de válvulas: VW de 1a geração, comando no bloco, válvulas no cabeçote; 2ª e 3ª gerações, comando e válvulas no cabeçote. Fiat, 1ª geração com comando e válvulas no bloco até 1949, a partir daí com válvulas no cabeçote; o mesmo na 2ª geração; 3ª geração com um ou dois comandos no cabeçote.
Pelas suas respectivas características, esses dois retrôs atuais terão vida longa como a dos seus antecessores.
BS
Pelas suas respectivas características, esses dois retrôs atuais terão vida longa como a dos seus antecessores.
BS
Bob,
ResponderExcluirO New Beetle também possuiu uma versão limitada a 250 unidades com o famoso motor VR6 e tração nas quatro rodas, denominada RSI.
César,
ResponderExcluirO New Beetle (antigo) ou o Beetle (novo)?
Olá Bob.
ResponderExcluirRecentemente tivemos uma competição de design com o tema do renault 4.
Então acho que mais alguns carrinhos retrôs virão por ai.
Veja o link com os resultados e algumas propostas:
http://www.designboom.com/contest/winner.php?contest_pk=43
Bob
ResponderExcluirO fiat tem a versão cabriolet o 500C nas segundas e terceiras gerações.O fiat teve aianda uma versão perua na segunda geração.
Uma pena os preços não serem tão populares como antigamente
ResponderExcluirVieram com um propósito de dar transporte ao povo e hoje às grifes kkk
ResponderExcluirInteressante que o Fiat 500 passou por todas as configurações de posição de motor e tração: motor dianteiro-tração traseira, motor e tração traseiros e, agora, motor e tração dianteiros.
ResponderExcluirSempre admirei os produtos surgidos com a onda retrô, em especial o trio V-8 americano, Mustang, Camaro, e Challenger. Entre os pequenos, fiquei fascinado pelo 500 assim que o vi ainda em foto, e li sobre ele. Os vindos da Polônia não cabiam no meu bolso (embora pequenininhos, he, he), mas agora, o mais simples (e já muito bem equipado) cabe. Estou numa tentação que vocês não podem imaginar, e logo vou a um concessionário "como quem não quer nada", he, he! Será?
ResponderExcluirInteressante também é a nossa Kombi: De primeira geração até 1975, 'híbrida' até 1997 (frente e traseira da segunda com parte central da primeira)e só a partir daí assumindo definitivamente a 'roupagem' da segunda geração, com janelas panorâmicas e porta lateral corrediça. Será que vai ter air bags e ABS até 2014 ou se aposenta?
ResponderExcluirBob,
ResponderExcluirO New Beetle (antigo).
Aqui, uma matéria da Road&Track de 2001 sobre: http://www.roadandtrack.com/tests/drives/volkswagen-new-beetle-rsi
O sexto parágrafo fala sobre motorização e transmissão.
É que é menos comum pelo Brasil, mas o Mini também entraria nessa de retrô sucesso de mercado. Mais até que o Beetle revivido...
ResponderExcluirSó falta a Citroën soltar um 2CV...
- Osmar Fipi
Bob,
ResponderExcluirO 500 atual foi baseado na "Nuova 500", lançada em 1957 (e cuja nova versão foi lançada 50 anos depois na Europa) e não no Topolino pré-segunda guerra. Sugiro trocar a foto...
[]´s
Sérgio
Haaa, teria o New New Fusca fácil fácil...SFi, 200cv, DSG, cor preta...
ResponderExcluirO resto não me enche os olhos, só um pouco o Mini JCW clubman cor a British racing green e teto prata, ai sim !
Bob
ResponderExcluirApenas para lembrar o FIAT 500 é uma releitura do modelo feito de 1960 em diante e não do FIAT "pulga" dos anos 30/40 como na foto
Só sei que tenho um 500 polonês e até hoje não entendo como não comprei esse carro antes. Eita carrinho bom!
ResponderExcluirSeria interessante se tivesse um Opala, ou um corcel retrô...
ResponderExcluirOpala retrô é bacana!
ResponderExcluirBob, você não considera o Fusca alemão dos anos 70, com nova suspensão dianteira e novo painel como a 2a geração?
ResponderExcluirA propósito, qual era a versão do Fusca feita no México? A nossa ou a alemã?
Aliás, essa versão do Fusca possuia o parabrisas mais a frente, bem como janelas maiores e, não tenho certeza, uma frente mais comprida.
ExcluirHareton,
ExcluirSim, os Fuscas mexicanos tiveram uma "atualização" (seguindo a européia) que os nossos não tiveram. Os vidros de todas as janelas são maiores e o capô tem um 'corte' diferenciado na ponta. Para atender a então legislação americana, os pára-choques também tinham suportes amortecidos.
Salvo engano a suspensão também era melhor que a nossa.
Leo-RJ
Caro Bob,
ExcluirQuando você comenta que, no mundo, estas são as duas únicas fábricas que lançaram modelos 'retrô' de produção em grande escala, você não considera o Mini?
Abç!
Leo-RJ
Leo
ExcluirO MIINI não é um retrô, mas evolução do primeiro Mini.
Leo
ExcluirA suspensão do Fusca mexicano era igual à do nosso. O México não chegou a produzir os 1302/1302S, que tinham suspensão dianteira McPherson e traseira por braço semiarrastado. A diferença, como você bem disse, era a carroceria de vidros maiores surgida na Alemanha em 1965, evolução importante que nuncachegou ao Brasil.