Foto: revista Quatro Rodas, dezembro de 1969
Acho que já citei neste espaço a memória de uma pessoa muito querida e que faz muita falta: trata-se do meu tio Vicente Alves Bitu (1937 - 2008), engenheiro agrimensor e grande entusiasta dos automóveis fabricados pela General Motors do Brasil.
Nunca vi o tio Vicente possuindo qualquer outro carro que não um Chevrolet. É certo que havia na garagem um VW Gol dos anos 80 refrigerado a água, mas o tio quase não colocava as mãos nele, ficava mais com os meus primos. O "Vicentão" era fã mesmo dos carros que ostentavam a gravatinha azul, uma história que começou com o lançamento da linha Opala, no final dos anos 60.
Como dito antes, o tio era engenheiro agrimensor da Prefeitura de São Bernardo do Campo, emprego que dava a ele e sua família um pouco de conforto, mas sem muitos caprichos. Logo que o Opala foi lançado ele adquiriu um, com o bom e velho motor de seis cilindros em linha e 3,8 litros de cilindrada. Um carro confortável, possante e seguro para viajar com a esposa e dois filhos.
Além da disposição do grande motor, o saudoso tio fazia questão de evidenciar o esforço da General Motors para consolidar o seu produto e cativar sua clientela. E não estou falando da ampla campanha publicitária milionária que antecedeu o lançamento do carro: mesmo com poucas opções no mercado, os candidatos a proprietário de Opala eram tratados como reis. Do primeiro passo dentro do concessionário ao pós-venda, a satisfação dos clientes era tratada com a devida importância.
Um exemplo que ele gostava de citar foi o lançamento do motor de 4,1 litros, há pouco mais de 40 anos. Ele ainda estava no primeiro Opala 3800 quando recebeu um telefonema em horário comercial, convidando-o para conhecer a linha 1971 com a nova motorização. Era sexta-feira e ao telefone estava o gerente da igualmente saudosa Baralt, concessionária Chevrolet em São Bernardo do Campo.
Para ele, não fazia sentido algum ir a um showroom para conhecer apenas um motor novo. Mas como todo bom entusiasta ele acabou cedendo àquela tentação besta de ver Opalas ainda quentes no finzinho de uma sexta-feira, com aquele aroma inebriante dos Chevrolets antigos. Coisa que só quem vivenciou sabe.
Para o concessionário, o "Senhor Vicente" não era apenas mais um: era uma pessoa importante, digna de atenção e mimos (como um singelo telefonema numa tarde de sexta-feira). E era também um dos brasileiros mais importantes para a General Motors do Brasil: da sua satisfação dependiam os salários de uma indústria e de toda a sua cadeia de fornecedores.
Opala quatro e cem apresentado, era hora de dar uma voltinha: o "test drive" ainda era uma coisa informal, sem divulgação alguma. O gerente simplesmente deu as chaves do Opalão para o meu tio e lá foi ele (sozinho, sem vendedor perturbando) dar uma voltinha no centro de Sâo Bernardo do Campo. Voltou depois de uns 20 minutos, com uma boa impressão sobre o novo motor.
O gerente percebeu o interesse do meu tio e foi categórico: "Sr. Vicente, deixe o seu Opala aqui conosco e passe o final de semana com o modelo 71. Rode com ele o quanto quiser e continuamos o nosso papo na próxima segunda-feira. Combinado?"
É óbvio que meu tio aceitou e acabou voltando para casa com o Opala emprestado. A programação do final de semana previa uma esticada até São Sebastião e permaneceu inalterada, pois ele queria sentir a força do novo motor na subida de serra.
Dizia o tio que a experiência havia sido ótima: o novo motor realmente oferecia mais potência em baixas rotações, permitindo uma subida de serra tranquila e quase sem troca de marchas, sem qualquer sinal de superaquecimento ou batida de pino. O quatro e cem estava aprovado e logo passou a ocupar sua garagem.
E o melhor de tudo é que a Baralt jamais baixava a guarda: dois anos depois voltaram a ligar para o Vicentão oferecendo um final de semana com o Chevette, o lançamento da GMB para o ano de 1973. Ele repetiu a viagem a São Sebastião e devolveu o carro dizendo "É muito fraco, quase não consegui subir a serra. Outro Opala por favor!"
O test-drive foi repetido em 1975, quando surgiu a Caravan, só que desta vez o lançamento foi aprovado com louvor. Mais versátil que o Opala, foi o carro escolhido pelo meu tio para visitar a família no distante Ceará, numa viagem de aproximadamente 9.000 km. A peruona foi e voltou sem apresentar grandes problemas mecânicos.
Tamanha preocupação com a satisfação do cliente rendeu bons frutos: depois dos Opalas e Caravans vieram os Monzas, substituídos pelos Astras (mais adequado a um casal idoso, com filhos já criados) e logo depois por um pequeno Corsa sedã 4200 com motor 1,0 (motivo de muitas piadas, mas ele justificava dizendo temer os malditos radares).
O fato é que foram 40 anos de lealdade a uma marca que há muito perdeu o seu prestígio. Foi-se o tempo em que as pessoas estufavam o peito para dizer que haviam comprado "um Chevrolet", aquela coisa de botar banca dizendo "carro pra mim, só se for da Gê-Eme!".
O Vicentão era um "die hard fan", mas a grande maioria da clientela entusiasmada da GM simplesmente ficou órfã, sendo preterida em favor de uma massa de consumidores que se contentava com produtos anacrônicos. Pessoas incapazes de estabelecer um vínculo pessoal com a marca e que hoje se batem desesperadas por um carro japonês, coreano ou mesmo chinês.
A General Motors precisa reconquistar esses consumidores. A diferença é que o padrão de sedã familiar brasileiro estabelecido pelo Opala e herdado pelo Monza, Omega e Vectra é dominado hoje pelos orientais, com destaque para o Honda Civic e o Toyota Corolla. O Hyundai Elantra está a caminho e se vier com um preço bom repetirá o sucesso dos coreanos em outros segmentos.
Agora é aguardar para ver se o Cruze consegue resgatar o orgulho de ter um Chevrolet na garagem. Eu particularmente fiquei muito desapontado com o resultado final: o desenho é muito conservador e está prestes a completar três anos. E o motor não tem nada demais, é o velho Ecotec que deveria ter sido oferecido já no Vectra 2006. E com os preços anunciados para o Cruze a General Motors deverá fazer com que cada empregado passe a valer ao menos o sal que come, no empenho de convencer o mercado de que o carro é realmente um bom negócio.
Será que o Vicentão teria o Cruze como seu primeiro Chevrolet hoje? Seria o Cruze capaz de cativar uma legião de consumidores como o Opala fez há mais de 40 anos? Eu realmente tenho minhas dúvidas, mas desejo muito que a General Motors do Brasil seja feliz nessa reconquista.
E que venha a reconquista.
FB
Acho que já citei neste espaço a memória de uma pessoa muito querida e que faz muita falta: trata-se do meu tio Vicente Alves Bitu (1937 - 2008), engenheiro agrimensor e grande entusiasta dos automóveis fabricados pela General Motors do Brasil.
Nunca vi o tio Vicente possuindo qualquer outro carro que não um Chevrolet. É certo que havia na garagem um VW Gol dos anos 80 refrigerado a água, mas o tio quase não colocava as mãos nele, ficava mais com os meus primos. O "Vicentão" era fã mesmo dos carros que ostentavam a gravatinha azul, uma história que começou com o lançamento da linha Opala, no final dos anos 60.
Como dito antes, o tio era engenheiro agrimensor da Prefeitura de São Bernardo do Campo, emprego que dava a ele e sua família um pouco de conforto, mas sem muitos caprichos. Logo que o Opala foi lançado ele adquiriu um, com o bom e velho motor de seis cilindros em linha e 3,8 litros de cilindrada. Um carro confortável, possante e seguro para viajar com a esposa e dois filhos.
Além da disposição do grande motor, o saudoso tio fazia questão de evidenciar o esforço da General Motors para consolidar o seu produto e cativar sua clientela. E não estou falando da ampla campanha publicitária milionária que antecedeu o lançamento do carro: mesmo com poucas opções no mercado, os candidatos a proprietário de Opala eram tratados como reis. Do primeiro passo dentro do concessionário ao pós-venda, a satisfação dos clientes era tratada com a devida importância.
Um exemplo que ele gostava de citar foi o lançamento do motor de 4,1 litros, há pouco mais de 40 anos. Ele ainda estava no primeiro Opala 3800 quando recebeu um telefonema em horário comercial, convidando-o para conhecer a linha 1971 com a nova motorização. Era sexta-feira e ao telefone estava o gerente da igualmente saudosa Baralt, concessionária Chevrolet em São Bernardo do Campo.
Para ele, não fazia sentido algum ir a um showroom para conhecer apenas um motor novo. Mas como todo bom entusiasta ele acabou cedendo àquela tentação besta de ver Opalas ainda quentes no finzinho de uma sexta-feira, com aquele aroma inebriante dos Chevrolets antigos. Coisa que só quem vivenciou sabe.
Para o concessionário, o "Senhor Vicente" não era apenas mais um: era uma pessoa importante, digna de atenção e mimos (como um singelo telefonema numa tarde de sexta-feira). E era também um dos brasileiros mais importantes para a General Motors do Brasil: da sua satisfação dependiam os salários de uma indústria e de toda a sua cadeia de fornecedores.
Opala quatro e cem apresentado, era hora de dar uma voltinha: o "test drive" ainda era uma coisa informal, sem divulgação alguma. O gerente simplesmente deu as chaves do Opalão para o meu tio e lá foi ele (sozinho, sem vendedor perturbando) dar uma voltinha no centro de Sâo Bernardo do Campo. Voltou depois de uns 20 minutos, com uma boa impressão sobre o novo motor.
O gerente percebeu o interesse do meu tio e foi categórico: "Sr. Vicente, deixe o seu Opala aqui conosco e passe o final de semana com o modelo 71. Rode com ele o quanto quiser e continuamos o nosso papo na próxima segunda-feira. Combinado?"
É óbvio que meu tio aceitou e acabou voltando para casa com o Opala emprestado. A programação do final de semana previa uma esticada até São Sebastião e permaneceu inalterada, pois ele queria sentir a força do novo motor na subida de serra.
Dizia o tio que a experiência havia sido ótima: o novo motor realmente oferecia mais potência em baixas rotações, permitindo uma subida de serra tranquila e quase sem troca de marchas, sem qualquer sinal de superaquecimento ou batida de pino. O quatro e cem estava aprovado e logo passou a ocupar sua garagem.
E o melhor de tudo é que a Baralt jamais baixava a guarda: dois anos depois voltaram a ligar para o Vicentão oferecendo um final de semana com o Chevette, o lançamento da GMB para o ano de 1973. Ele repetiu a viagem a São Sebastião e devolveu o carro dizendo "É muito fraco, quase não consegui subir a serra. Outro Opala por favor!"
O test-drive foi repetido em 1975, quando surgiu a Caravan, só que desta vez o lançamento foi aprovado com louvor. Mais versátil que o Opala, foi o carro escolhido pelo meu tio para visitar a família no distante Ceará, numa viagem de aproximadamente 9.000 km. A peruona foi e voltou sem apresentar grandes problemas mecânicos.
Tamanha preocupação com a satisfação do cliente rendeu bons frutos: depois dos Opalas e Caravans vieram os Monzas, substituídos pelos Astras (mais adequado a um casal idoso, com filhos já criados) e logo depois por um pequeno Corsa sedã 4200 com motor 1,0 (motivo de muitas piadas, mas ele justificava dizendo temer os malditos radares).
O fato é que foram 40 anos de lealdade a uma marca que há muito perdeu o seu prestígio. Foi-se o tempo em que as pessoas estufavam o peito para dizer que haviam comprado "um Chevrolet", aquela coisa de botar banca dizendo "carro pra mim, só se for da Gê-Eme!".
O Vicentão era um "die hard fan", mas a grande maioria da clientela entusiasmada da GM simplesmente ficou órfã, sendo preterida em favor de uma massa de consumidores que se contentava com produtos anacrônicos. Pessoas incapazes de estabelecer um vínculo pessoal com a marca e que hoje se batem desesperadas por um carro japonês, coreano ou mesmo chinês.
A General Motors precisa reconquistar esses consumidores. A diferença é que o padrão de sedã familiar brasileiro estabelecido pelo Opala e herdado pelo Monza, Omega e Vectra é dominado hoje pelos orientais, com destaque para o Honda Civic e o Toyota Corolla. O Hyundai Elantra está a caminho e se vier com um preço bom repetirá o sucesso dos coreanos em outros segmentos.
Agora é aguardar para ver se o Cruze consegue resgatar o orgulho de ter um Chevrolet na garagem. Eu particularmente fiquei muito desapontado com o resultado final: o desenho é muito conservador e está prestes a completar três anos. E o motor não tem nada demais, é o velho Ecotec que deveria ter sido oferecido já no Vectra 2006. E com os preços anunciados para o Cruze a General Motors deverá fazer com que cada empregado passe a valer ao menos o sal que come, no empenho de convencer o mercado de que o carro é realmente um bom negócio.
Será que o Vicentão teria o Cruze como seu primeiro Chevrolet hoje? Seria o Cruze capaz de cativar uma legião de consumidores como o Opala fez há mais de 40 anos? Eu realmente tenho minhas dúvidas, mas desejo muito que a General Motors do Brasil seja feliz nessa reconquista.
E que venha a reconquista.
FB
Bela reflexão!
ResponderExcluirFB;
ResponderExcluirVocê disse tudo: tratar o cliente como rei.
Nesse mundo cada vez mais impessoal, como manter fidelidade a uma marca que não tem respeito por você?
Meu pai teve 3 opalas, 1 cupê 77 branco, 1 Comodoro cupê 78 branco e um Comodoro 86 4p bege, e 1 chevette 79 sl marrom.
Hoje mesmo contava para a patroa sobre uma viagem que fizemos nesse comomodoro 78. Muitas saudades.
Tive 2 chevrolets na minha vida, um corsa 1.6 e um celta, pra nunca mais. Perderam a personalidade
A aura, o encanto pela marca, no nosso país se perdeu ao longo dos anos.
Tentei dar mais uma chance com o Meriva da patroa, mas enterrou de vez meu entusiasmo pela marca.
Hoje meu coração é francês. Pelo respeito e interesse que me trataram quando fui olhar o carro na concessionária, por me deixarem entrar na oficina e poder acompanhar qualquer serviço que façam no meu carro. Virei amigo.
Já na chevrolet, sou tratado como um desconhecido.
Torço pelo sucesso da Gm, que venham novos carros que nos encantem como aqueles Opalas e Chevettes.
Bitu,
ResponderExcluirGeneral Motors do México ou do Brasil?
Consumidor tratado como rei? Só se for aí. Morei em Salvador nos anos 70 e na minha família tivemos 2 casos de carros que enferrujaram no primeiro ano de uso (1 Brasília e 1 Passat) e as autorizadas VW de Salvador não trataram seus donos como "reis": um teve que vender o Passat às pressas, o outro apelou p/ a diretoria da VW aí de São Paulo. Naquele tempo não tinha PROCON nem juizado especial.
ResponderExcluirFB,
ResponderExcluirAssim como o pai do Alessio Marinho, o meu também era "die hard fan" da GM. Lembro dos Monzas e Vectras que ele teve, sempre dois de cada vez, um automático e outro manual, para as viagens. Só que o atendimento foi ficando cada vez pior e em 2005 houve o rompimento da relação. Com o lançamento do, então, novo Vectra meu pai não teve dúvidas, trocou os Vectras por dois Focus. O atendimento era ruim igual só que os carro eram melhores, e acabaram se mostrando mais robustos, já que um deles ainda está conosco (com quase 7 anos e boa saúde), com dois anos os Vectras já reclamavam bastante.
Com todos os carros parecidos, e bons,como hoje eles são, um bom pós-venda transforma-se num diferencial marcante, que agrega valor à marca e chama a atenção de possíveis compradores. Não é a toa que muita gente paga cem mil reais por uma BMW 118i, junto com ela vem um pós-venda forte com carro reserva, convites para teatro, cinema, presentes no aniversário do cliente, no natal, etc. As pessoas estão dispostas a pagar por isso, não por um carro de oitenta mil reais que não tem faróis de dupla parábola de uma marca com um pós-venda ridículo.
Era outra época: só 4 marcas, poucos clientes, olho no olho e o peso da palavra dada. Negocios eram fechados e cumpridos apenas na confiança recíproca. Qual é a chance hoje de algum cliente ficar com carro num fim de semana, como teste drive ?
ResponderExcluirVivi esta época que deixou muita saudade, pela honestidade de quem vendia e pela confiança de quem comprava.
Ótimo post FB!
ResponderExcluirEu lembro de uma foto da minha família reunida no começo dos anos oitenta, e como a foto foi tirada em um pátio, só se via opalas e caravans emoldurando a imagem...carros esses, todos "nossos"!
Era opala duas portas, Caravan bege, prateada, opalas de quatro portas...um pequeno festival chevrolet em suma. Quando meu pai trocou de cidade e montou seu negócio, a segunda providência foi comprar um Opala (íncio dos anos setenta) para demonstrar uma imagem mais poderosa e de "sucesso"...o orgulho de poder ter um chevrolet era sinônimo de bons ventos, competência e mais um monte de coisas boas associadas. Chevrolet era algo muito especial.
Ele teve vários Opalas, Caravans,depois Monzas, Chevette Jeans como segundo carro, Chevrolet C10... e eu praticamente aprendi a dirigir em um comodoro zero km - ano 88 - dando pequenas escapadas (e barbeiradas) com ele.
Tenho parte do DNA chevrolet no meu sangue e uma das minhas poucas frustrações em relação ao mundo dos carros é nunca ter dirigido um diplomata "legitimamente" seis cilindros. A aura de suavidade, de torque, de coisa bem feita e durável, de potência e status que um chevrolet oferecia era coisa séria.
Por isso, vejo com bons olhos o novo Cruze, ele não oferece tanto a mais, mas nem a menos que os concorrentes mais laureados...de longe, na concessionária, parecia um Omega Fittipaldi em orgulhosa exposição; os consultores de vendas se apressaram em me mostar como o carro é uma franca evolucão em relação ao Vectra. E sim, o acabamento interno é realmente muito caprichado, e tudo parece transpirar qualidade...algo que você sente quando entra em um Corolla Altis por exemplo.
É caro sim, poderia estar numa faixa mais baixa, mas acho que é algo mais honesto do que o Jetta que não tem vergonha nenhuma e cobrar quase 70 mil reais por aquele pacotão genérico de carroceria e motor...A primeira vista gostei, não é revolucinário como o antigo Vectra de 1997, mas já é um novo alento para a GM.
Bitu,
ResponderExcluirMuito boa a sua reflexão e a oportunidade de compartilha-la conosco! Como já discutido por aqui muitas vezes, a GM Brasil começou a perder o brilho após a fase Celta(2000), em que deu início a lançamentos com plataformas e motores "requentados", se arrastando até os dias de hoje. Em parte,acredito que o grande sucesso do Celta incentivou o fabricante a aumentar seus lucros com esse expediente, haja vista a ótimo receptividade do mercado ao repaginado Corsa Wind depenado, mas com estilo bonito e que chamava a atenção.Antes Chevrolet era requinte, conforto, desempenho e vanguarda tecnológica. Hoje, apenas mais um fabricante vendendo preço baixo com carros bons, mas medíocres e em grande monta defasados. Abraços
Claro, hoje em dia não daria pra entregar um carro para um cliente, entre outras coisas.
ResponderExcluirMas é nítido que a GM meio que desaprendeu a fazer carros e as revendas desaprenderam a os vender como outrora.
Ah, e outra coisa: Será que com o lançamento do Cruze vão chamar o Best Cars Web Site para o evento, ou, continuarão o "boicote" ao ótimo site que tem coragem de criticar e também elogiar com precisão. Em outros tempos, os veículos GM já foram bem apreciados pelo mesmo site... A quem souber maiores detalhes ou quiser comentar, que nos esclareça a falta dos últimos lançamentos do Agile, Montana e demais atualizações de modelos GM.
ResponderExcluirA GMB infelizmente tem essa mania de boicote. Há um jornal de relativa circulação em BH que também está na lista negra do fabricante por críticas ao "Novo" Celta.
ResponderExcluirEu penso como o Bitu. Tomara que a Chevrolet volte a ser o que era antes e que o Cruze faça sucesso (se merecer).
ResponderExcluirTenho uma grande simpatia pela VW, mas o fato é que decidimos "renovar a frota" aqui em casa. Vendemos dois carros que estavam na família a anos e compramos dois 0Km. Os dois carros que ocupam a garagem de casa hoje são Chevrolet, um Astra 2011 automático e uma Montana 2011/12.
Ao menos a mim, na hora do vamos ver mesmo, a Chevrolet convenceu.
Sei bem como é isso.. Hoje em dia eu fico recebendo chaves de meia tigela para promoções do Clio da Renault. E ainda tenho que me dar como felizardo!
ResponderExcluirTexto legal, mas fala de um tempo que não existe mais e de um comportamento que acabou deixando sequelas, onde as pessoas ainda compram os carros pelas marcas e não pelos produtos, permitindo uma diminuição da qualidade com o passar dos anos.
ResponderExcluirIsso que fez com que as "4 grandes" oferececem produtos piores e mesmo assim continuassem vendendo bem, causando um ciclo em um mercado que parece ter vivido seu ápice nos anos 90 com lançamentos a par com o resto do mundo.
Atualmente somos tratados com importância menor que outros mercados periféricos menores e menos lucrativos. Já que não se precisa de um bom produto e sim os anos de mercado apenas.
Excelente relato! Gostaria de fazer um também. Cresci dentro dos Monzas do meu pai na década de 80 e 90. Foram quase 10. Depois vieram Omega, Vectra, Astra Belga, Suprema e meus dois Corsas Wind (que tenho muita saudade). Aprendi a dirigir em um Monza 94 duas portas.
ResponderExcluirMeu pai hoje tem um Corsa 1.4 que acabou de fazer 100 mil km na última viagem deste final de semana. Ele estava decido a trocá-lo, mas depois de ver a saúde do carro com esta kilometragem, resolveu arrumar 'algumas coisinhas" e continuar com ele.
Eu logo estarei trocando meu Focus por um Astra... infelizmente não achei nenhum mecânico ou concessionária que saiba mexer em Ford. Muitos irão dizer que o Astra é jurássico. Eu até concordo, mas para mim é um carro honesto, de mecânica confiável. Mas ainda vou ter meu Omega 3.0 ou 4.1 hehehe.
Não acho que o Cruze irá resgatar a "aura GM", principalmente porque ele foi um carro feito para custar barato (alguém já citou os farois de parábola simples), não para ser um grande carro. Sedã bom da GM nesta faixa de preço só mesmo o finado Vectra (o verdadeiro, não o "Astrão") de 96 a 2005.
*Feito para custar barato para a fábrica, não para o consumidor brasileiro.
ResponderExcluirJá adquiri 4 carros da Chevrolet na mesma revenda. Dias atrás fui até lá devido a uma promoção, até com a intenção de trocar de carro, mas não me deram muita atenção.
ResponderExcluirTudo mudou, inclusive a GM. Fazer o que...
Nós também podemos mudar...De marca!
Esses caras da GM são uns brincalhões, um carro desses por R$ 68 mil... Não vi nada nele que supere a concorrência, espero que depois não reclamem que o carro vende pouco...
ResponderExcluirHoje com tantas marcas e facilidade de crédito, carros com os mais variados preços, vendedores que não são treinados corretamente é quase impossível ser bem atendido.
ResponderExcluirPra quê dar valor a um cliente se tem dezenas? Filas para comprar carros que valem quase o preço de uma casa. É o pensamento que domina os vendedores hoje e portanto eles não tem interesse algum em fidelizar.
Seja GMB, seja coreana ou japonesa... ninguém tá nem aí. Tempos modernos.
Vai demorar... e muito.
ResponderExcluirApostar para a GM voltar a ter o prestígio de antigamente é semelhante a apostar na Nokia a se firmar como a mais querida em celulares, em tempos de iPhone e Andoids.
Meu pai também era um fã da Chevrolet. Só na minha época foram dois Opalas, duas Chevys, três D-20, três Monzas, duas Silverado, dois Vectras e um Omega 4100 1996, que está comigo de herança mas não consigo me desfazer dele, mesmo estando a quase 1 ano sem rodar.
ResponderExcluirNão vivi essa época em que a Chevrolet era considerada uma marca top, com reputação invejável e tal. Eu sempre a vi como uma marca de carros populares, ruins, mal feitos e problemáticos. Imagino que também seja a mesma imagem que o pessoal da minha idade tem hoje da Chevrolet, um pessoal que não vai deixar de comprar um japonês ou coreano de verdade pra pegar um Cruze da vida, que mais parece uma cópia de japonês ou coreano... mas sem o brilho dos originais, claro. Com todo o respeito, acho que o Vicentão hoje compraria um Corolla, um Civic, um Elantra...
ResponderExcluirMesmo que esse Cruze faça sucesso, não será nem de longe parecido com os sucessos de outrora da GM, como o Vectra B. Pois hoje temos muitos produtos concorrentes similares e que já são bem aceitos pelo mercado, e outros mais chegando. Podem esperar que logo entra algum carro chinês na briga. Mesmo que consiga se tornar o mais vendido do segmento, terá uma fatia de cerca de 15% quando muito.
ResponderExcluirPost muito legal esse, me vez viajar ao passado. Ainda hoje tenho bem gravado na memória o cheiro característico dos Opala antigos (meu pai teve quatro ao todo, incluindo dois SS4 - último dos quais me arrependo até o último fio de cabelo de ter deixado ele vender ou de não tê-lo comprado...)
ResponderExcluirDe minha parte, tive um Chevette 1989 (ainda hoje com minha mãe, já há 14 anos na "família") e um Caravan 1988 4.1, que ficou comigo por bons nove anos, sendo vendido somente por absoluta falta de espaço (também deixou saudades...)
Hoje dá pena de ver a Chevrolet e lembrar o que já foi no passado, aqui no Brasil. Para mim, o início da queda foi a descontinuação do Omega em 1998. Infelizmente, não acredito que recuperará a aura de antigamente, ao menos não tão cedo.
Se serve de consolo, ao menos o Cruze traz de volta um cabeçote multiválvulas para a marca, mesmo que não sendo o "último grito" em tecnologia. Mas o preço a partir de R$68 mil me parece salgadinho...
Não posso opinar com propriedade, não conheci o carro de perto, mas ao passar na frente de uma CC da GM a minha impressão foi de um carro bastante imponente. Não sei, posso estar enganado... Mas com certeza fará a cabeça de alguns fãs do BTCC... hehehe...
ResponderExcluirRealmente época como a do Opala~Omega, acho que não veremos mais, mas se a GM voltar a ser o que era no final dos 90 já está óóótimo! Vectra B realmente fez muita gente feliz.
Agora com esta "recessão"... Tomara que estajamos mais próximos de uma nova realidade de preços no Brasil... A esperança é última que morre... Se já não morreu!
Danniel, quer vender o Omegão?
Sds
Acontece coisa mais ou menos igual com a VWB e o golf...
ResponderExcluirQuem achava o Opala na época uma grande coisa (se achar ísso hoje deve ser internado) tem de se contentar com qualquer GM médio que veio depois.
ResponderExcluirO OPALA FOI, É, E SEMPRE SERÁ GRANDE COISA SIM, SÓ NÃO É MAIOR QUE A SUA IGNORÂNCIA
ExcluirTou com tigo e não abro,achar q o opala não foi e não é um grande carro é coisa de ignorante,eu mesmo falei num outro post q sou fã da volks,(tanto é q tenho um voyage 2013)mas o único carro da chevrolet q me agradou e me agrada é o opala,principalmente se for sle 92 serie colectors,consegui realizar um dos grandes sonhos da minha vida q foi possuir um ano 89 prata a álcool e automático...maior burrice da minha vida foi vende-lo,mas posso dizer seguramente,aquilo sim é carro!
ExcluirO Omega Fitti até surpreende pelo custo x benefício, mas a GM anda muito equivocada em realação estética de seus modelos, como a absurda feiúra da S10 e Monstrana, além da desafasagem da Meriva, Zafira, Corsa, Celta e Astra.
ResponderExcluirO preço desse Cruze é a repetição do erro do Malibu, é para não vender, não é nem convite - é um emprurrão para fazer o cliente potencial fazer pesquisas em concorrentes, e se este cair em um coreano ou japonês, aquele abraço.
Mas o que me entristece e surpreende é que mesmo comprando versões completas, ainda assim deixa a desejar. Estou arrependido de pegar uma Meriva Premium Easy, com muitos problemas de barulhos, fragilidade do acabamento plástico e fixaçao dos borrachões das portas. Mesmo o desempenho e autonomia do motor e espaço interno, no final estou desapontado.
Cresci praticamente dentro de um Opala, e tenho um até hoje meu pai e irmão já foram para os japas, a GM perdeu seu glamour, seu charme seu romantismo....ESTÁ NA HORA DELA COPIAR A MÃE AMERICANA COMO FEZ COM O CAMARO E RELANÇAR O OPALA
ResponderExcluirÉ, Bitu, bons tempos em que a GMB se dava ao respeito... Eu não me canso de repetir que sou um grande fã da Chevrolet, mas aquela Chevrolet de gravatinha azul elegante, não essa tranqueira com a brega gravatinha dourada... Em sua época, o Chevette era o mais bem acabado do seu segmento, o Monza era o carro com maior rigides estrutural e o mais moderno, o Opala com sua combinação de corpo europeu com motor e cara americanas suplantou a sua concorrência puramente ianque ou italiana... Hoje em dia os Chevrolet são melhores no quê? Na categoria "Os carros que mais usam plástico"?
ResponderExcluirCorrigindo digitação com sono, rigideZ.
ResponderExcluirFelipe, os tempos mudaram. Não haverá reconquista. Se antes queriam vender, lucrar e agradar, hoje só querem vender e lucrar. Agradar é uma palavra estranha para eles. Clientes e vendedores hoje são inimigos em tantos casos. O Cruze pode ser um ótimo carro, mas existem melhores sem dúvida. O Opala era o melhor de sua época no mercado nacional, o Cruze não, aliás, é só mais um rostinho medíocre, ou bonito (para alguns), e a época de ouro da GM passou. Por culpa dela mesma. Hoje é a época de ouro das coreanas - por parte delas mesmas, digo mérito, e também um pouco por parte de consumidores ávidos de carrinhos morderninhos e que não sabem a diferença de uma marca tradicional e de uma marca ordinária. Aliás, essa é a única diferença: uma é tradicional, a outra não. A tradicional tem muito a perder se der mancada. As ordinárias tem muito a ganhar e assim se tornam tradicionais. Se você quer ser bem tratado, vá à uma concessionária de marca coreana ou francesa. Sobre confiabilidade, todos os carros hoje são extremamente confiáveis. Essa história de reconquista não existe mais, pois antes era GM contra 3. hoje é todos contra todos.
ResponderExcluirEu, fiel que sou e tradicionalista em alguns pontos, não compraria um carro coreano. Os "melhores carros do mundo" me cansam muito. Mentira e marketing são quase a mesma coisa.
ResponderExcluirNão podemos incorrer ao erro de tratar o Cruze como um Agile dos sedans...
ResponderExcluirAinda não o dirigi, mas é certo que será algo tão bom quanto Fluence, Corolla e Civic por exemplo.
Na época do auge do opala simplesmente não tinhamos opções; ou era ele ou os diminutivos Corcéis, os caros Landaus, o desajeitado Maverick e mais nada do front da volks e fiat.
Hoje, com tantas opções, o panorama é totalmente outro; o Cruze não vai ser o redentor total da Gm, mas um vetor das coisas boas que ela poderá voltar a fazer no futuro.
O problema da General Motors do Brasil tem nome e sobrenome: Pedro Manuchakian. Se a GMB chegou ao fundo do poço, deve muito a ele.
ResponderExcluirVão repetir os mesmos erros do Vectra: vai vender bem no começo, serão obrigados a colocar produção em tres turnos, o "fator novidade" vai perder o efeito em seis meses e por contrato os concessionários serao obrigados a manter os mesmos numeros de vendas.
Resultado: o preço vai despencar e mesmo assim não vão conseguir dar conta de esvaziar os patios, vai surgir o "Cruze Expression", com o mesmo estofamento vagabundo GM, rodas de aço e calotas.
Ao Eduardo Antunes:
ResponderExcluira BMW também não tem bom atendimento... meu primo foi à uma loja (com seu Fusion) para comprar uma X1: uma vendedora, com ar blasé e evidente má vontade de trabalhar, após dizer repetidas vezes "não" quanto à existência de itens de conforto no carro, disse praticamente que o X1 era um BMW feito para pessoas de poucos recursos financeiros...
Ofendido, meu primo irá agora à busca de um Tiguan (mas disse a ele que não espere bom atendimento na VW).
Infelizmente, os fabricantes e as concessionárias sofrem (ou são coniventes) com vendedores despreparados e/ou sacanas, que preferem atender aquele camarada que vai à loja com a mulher e três crianças encapetadas, pois sabem que esse vai financiar em 60x, ganhando assim uma bela comissão das financeiras.
Bitu,
ResponderExcluirApós ler tantos relatos apaixonados por pessoas como nós, que tiveram um grata experiência com a GMB, é simplesmente muito triste ver o que eles fizeram com a marca...
Meu último Chevrolet foi um Celta Spirit, duas portas, pacote básico mais ar quente, térmico e limpador traseiro, e pintura metálica (prata, a única disponível), comprado logo depois da chagada da "segunda geração", em 2006. Atendimento muito cortês, atencioso e correto, tanto que fiquei amigo do vendedor (e olha que pra me agradar tem de ser MUITO bom nesse quesito, pois também já fui vendedor de carros).
O carrinho acabou me surpreendendo, tanto mais por conta do custo-benefício e por me fazer lembrar dos primeiros Corsa, um produto realmente revolucionário em seu tempo de lançamento...
Pois toda essa boa impressão acabou indo montanha abaixo um pouco antes do término da garantia, simplesmente porque o coletor de escape trincou, e pesquisando sobre o assunto na net, vi que esse era um problema corriqueiro nos primeiros Celta e Classic dessa fornada, enfim...Depois de muito discutir a fábrica disse que não cobriria o conserto em garantia. Mandei fazer um orçamento para a revisão dos 30 mil km., e depois dos valores passados acabei indo numa oficina muito conceituada aqui na minha cidade, que imaginei ter preços semelhantes, e qual foi a minha surpresa ao ter um valores de UM TERÇO do orçamento da CC !!!
E detalhe: fizeram o serviço de solda no coletor como cortesia...
Precisa dizer que perderam um potencial cliente ??
Mas a minha maior mágoa foi ver eles simplesmente JOGAREM FORA a sua bela história dos Opala, Caravan, Chevette, Monza, Kadett, Omega, Corsa, e até o Celta, leiloando as raridades de seu acervo particular que estava cedido em comodato à ULBRA e que foi ridicularmente vendido a preços irrisórios a alguns poucos concessionários participantes, para "fazer média" com eles, enfim...
Uma empresa que age dessa maneira só pode ter o meu repúdio, e ele acontece quando elejo seu principal concorrente em seu país de origem, a Ford, como a minha primeira opção desde 2009, quando eles fizeram essa pataquada.
Hoje olho para uma Caravan SS 80 bege que repousa no meu terreno, aguardando restauro, e vejo como as coisas e prioridades mudaram tanto...
Palavra de quem tinha o orgulho de ter um tio-avô e mais um tio que foram funcionários da GMB e de quem foi praticamente criado dentro do pátio da fábrica em SCSul.
Faz falta hoje um carro como o Opala: esportivo, confortável e com bom espaço interno, porém com design que remete aos muscle cars e que dá imponência ao carro. Até hoje um Opala bem conservado torce pescoços por aí.
ResponderExcluirAh, outro detalhe que esqueci de citar: a saudosa Baralt de SBCampo, que foi a concessionária eleita para faturar o primeiro Chevrolet Opala vendido no Brasil (e eu sei de quem é o carro e vi inclusive fotos dessa entrega, chassi 003) acabou vendida no final dos anos 90 para estelionatários profissionais que fizeram o favor de dar um belo golpe em alguns clientes e financeiras...
ResponderExcluirBem diferente do atendimento que o seu tio teve, infelizmente...
AG4781. ESTA, A PLACA DO MEU 1º OPALA 4 PORTAS, 3.800, 3 MARCHAS NA COLUNA DE DIREÇÃO. BEGE E ESTOFAMENTO PRETO. ANO: 1968.
ResponderExcluirDN3620. A PLACA DO MEU SEGUNDO OPALA 4 PORTAS, 4100 BRANCO COM TETO DE VINIL PRETO.
NÃO LEMBRO MAIS AS PLACAS DA CARAVAN 1978 6 CIL, CARAVAN 84, SEMPRE 6 CIL., CARAVAM 1992 E A ÚLTIMA 1996. TODOS COMPRADO "0" K.
NUNCA FUI TRATADO CXMO REI NA GUAPORÉ, PELO CONTRÁRIO. FIZERAM-ME SENTIR QUE EU ESTAVA SENDO PRIVILEGIADO POR ESTAR COMPRANDO UM GM. O MESMO OCORREU COM OS OS 3 MONZAS QUE TIVE.
HOJE, , SEM COMPARAÇÃO DE CARROS, SOU FÃ DE FIAT E ALGUMAS RÉPLICAS DE CARROS (COMO OS DA AMRICANCAR (JAGUAR)
Testemunhei os últimos dias de glória da GMB, e tenho simpatia pela marca, mas sei lá, acho que gosto de experimentar. Tive 6 carros até hoje (1 GM) e nenhum de mesma marca. Para me fidelizar, uma marca teria que oferecer produtos bem superiores às das concorrentes, e não vejo acontecer assim, hoje. De modo bastante geral, os produtos se equivalem, com um ou outro se destando "aqui ou ali", mas sem aquela superioridade inconteste. Até mesmo os carros que tive me ajudam a pensar desta forma: nenhum me decepcionou a ponto de eu dizer "nunca mais compro desta marca", bem como nenhum se destacou tanto a ponto de eu dizer "nunca mais compro de outra marca". Uns eram melhores "nisto", outros "naquilo", uns tnham características que me agradam mais (uma suspensão mais macia de um Palio), outras que me agradam menos (uma suspensão mais dura de um Gol), e por aí vai. Quanto ao atendimento nas revendas, nenhuma lábia nem bom tratamento do mundo vai me convencer a levar o que não quero, mas uma vez que tenha escolhido determinada modelo, sempre visito alguns concessionários diferentes, e preço por preço (se não conseguir nenhuma negociação mais vantajosa em nenhuma delas, meu critério é o seguinte: fecho com aquele vendedor que me deu melhor atendimento, mais atenção, mostrou interesse. É isso.
ResponderExcluirSensacional texto.
ResponderExcluirAntigamente via-se famílias dizerem que tinha um GM e até tiravam fotos com eles. Já hoje...
A melhor parte do texto é essa na minha opinião...hoje em dia dúvido se faça isso...:
O gerente percebeu o interesse do meu tio e foi categórico: "Sr. Vicente, deixe o seu Opala aqui conosco e passe o final de semana com o modelo 71. Rode com ele o quanto quiser e continuamos o nosso papo na próxima segunda-feira. Combinado?"
Sou fã incondicional da GM. Não gosto de Hondas, Corollas, etc.
Meu pai sempre teve GM ..e tem até hoje (tem uma S10) o único carro diferente foi um Troller..que vendeu para comprar a S10.
Tenho um Opala 72 estou reformando 100% do zero e um Corsa 2001. Não troco eles por nada.
Trocaria por um Malibu..mas...hehe
Infelizmente hoje é assim...as concessionárias não estão nem aí para os clientes. Já cheguei a ver até concessionários comprando peças em desmanches.
Bela história, mas que infelizmente ficou no passado...
ResponderExcluirDepois de 2 Opala, 5 Monza, 2 Suprema, 1 Blazer e 1 Zafira, este ex-fan da gravatinha azul (eu lembro, era azul) não tem nem passado pela frente de uma concessionária GM.
Cruze credo!!!
A GM tinha essa aura de super marca na época em que o mercado era bem pequeno, poucas opções e tal. Mais tarde, frente aos coreanos e japoneses, ela não mais conseguiu sustentar essa imagem e foi definhando até virar uma marca comum, sem expressão. Hoje, dificilmente alguém deixa de pegar um carro coreano ou japonês em favor de uma tradição do passado.
ResponderExcluirEngraçado, nasci em 78 e sou louco para ter um belo Opala SS Coupe com 4 marchas manual, no máximo 1979.
ResponderExcluirGM infelizmente esta morrendo pela boca e pelo seu super ego. Hoje é uma piada, tirando seus tops de linha americanos, como o Camaros e Corvettes, o resto não dá para engolir. Já a Opel, coitada, não conseguiu acompanhar seus compatriotas e colegas europeus, esta na corda bamba a tempos, uma baita pena.
Não consigo engolir um carro de R$70.000 com faróis monoparábola à la Sandero. O interior não convence, jeitão de ser de materiais frágeis. Foi-se o tempo em que as pessoas se apaixonavam por carros. Hoje em dia, é só meio de transporte.
ResponderExcluirSerá que vai vender mais que o JAC J5?
ResponderExcluirExercitando os bons princípios: Quem sabe o novo Opala, totalmente novo, com base do novo Omega Australiano, V8 small block de uns 350cv, cambio de 6 marchas manual, Coupe ou Sedan...Nossa, como é bom a imaginação...
ResponderExcluirGM !!!!! ACORDA E REVEJA SEU PASSADO !!!!!
Não sei oq o pessoal via tanto no opalão, carro mole e desengonçado, motor gastão e apenas razoável, só fica interessante mesmo quando alguém põe nele um small block, o que é raro aqui nas nossas terrinhas visto que legalizar alteração de motor é um parto.
ResponderExcluirMas entendo, na época não haviam opções melhores, o pouco que tinha era muito caro.
Eu até agora não consigo entender a paranóia do farol "monoparábola".
ResponderExcluirPegando o gancho do Raphael Hagi digo o seguinte: Se, a princípio, pode parecer estranho um faról de refletor simples em um carro dessa categoria, por outro lado, há que se concordar que, em se tratando de um projeto bem feito (do faról), a iluminação atenderá à todos os requisitos necessários para o condutor quando de sua utilização. Me lembro que o Focus, carro aprovado por 10 entre 10 entusiastas, já teve faról mono-parábola e nunca ouvi alguém reclamar a respeito.
ResponderExcluirQuanto ao Cruze, acho que a GM carregou um pouco no preço, mas acho que tudo é estratégia, óbvio. Eles vão ver a aceitação do modelo e, caso o consumidor engula, fica assim mesmo. Do contrário, veremos anúncios de Cruze com "ar e câmbio automático grátis" não demora muito, alguma coisa como uns 5 ou 6 paus de desconto. Lamentável mesmo, como sempre, são as poucas opções de cores à disposição.
Finalmente, torço pela GM em sua nova empreitada.
Farol com lâmpada H4 deveria ser abolido aqui. No Brasil, faróis eficientes são uma necessidade, pois a sinalização é deficiente e todas as vias não urbanas são escuras. Há países em que os faróis não são tão importantes, como no Japão, onde todas as highways são iluminadas em toda a extensão.
ResponderExcluirAnônimo das 21:24 (14/09/11)
ResponderExcluirO consumidor médio não se importa com o tipo de farol: eles vivem desligados, parece que todo mundo aderiu à modinha imbecil da lanterna + farol de neblina.
FB
Aprendia a dirigir aos meus 13 anos em uma belíssima Caravan 1979 com cambio de 3 marchas no volante, básica, que até hoje gostaria de ter uma de novo igualzinha em minha garagem igualmente ao que meu pai tinha em até 1995. Muitas saudades de muitas aventuras e desafios, onde o prazer e a liberdade, com muitos (com 7 colegas juntos sentados) ficou na minha memória como uma belíssima e magica experiencia com esse grande Chevrolet.
ResponderExcluirQuem dirige um, sabe do que estou falando !
Meu pai foi um dos que se desiludiu também: Tivemos em casa opalas 74, 76, 83 (Silverstar, neste aprendi a dirigir), Vectras 94 e 99. O último GM dele foi um Astra 2003 que está comigo hoje, ótimo carro com seus 69.000 kms. E meu pai? Hoje anda de Civic... A fase de ouro da Chevrolet no Brasil começou a acabar em 1998 quando o Omega saiu de linha, e para mim o fundo do poço foi quando chegou a Montana, o último dos lançamentos reciclados com plataformas velhas. Se agora seguindo o Cruze vierem o hatch e a família Cobalt ou Sonic renovando toda a linha talvez eu desista de esperar o Civic do velho e volte a um GM zero...
ResponderExcluirEle também teve dois Monzas, 89 e 92 e eu tive o famoso e ótimo S/R 86 e um 92 EFI à álcool. Bons carros...
ResponderExcluirao Antonio Filho...
ResponderExcluirO novo Opala, se for como você disse, teria pelo menos um comprador.
Quem aqui compraria o novo Opala?
Anonimo das 9:24
ResponderExcluirAcho que muita gente compraria, se fosse um carro moderno de verdade, com um bom preço, bem retrô e bonito, iria ser mais ou menos o boom do Camaro !
Tai a dica para a GM BR !!!
Quem sabe os caras voltem a ter bom censo e gostar de fazer carros bons de novo...
Abraço.
sic... Bom censo? AHAM!
ResponderExcluirQue viagem! Que o Opala o q! Vcs estão viajando! A GM entrega um baita carro nesta faixa, no caso o já citado Omega Fittipaldi V6 de 300cv. Aliás, até antes do Cruze, o único carro que eu compraria da GM se tivesse "tinta" pra tal.
O Opala foi um carrão pra sua época e merece respeito, mas relançá-lo? O brasileiro tem que engolir muito Agile mesmo! Dá licença!
tirem a prova.... ja tem Cruze em todas as concessionarias (pelo menos em SP tem), o carro é simplesmente fantastico!! Eu ja fui ver, o acabamento interno está muito acima de Corolla e Civic na minha opiniao, painel muito bem acabado, bancos muito bons, posicao de dirigir muito boa, a GM esta de parabens nesse carro!!
ResponderExcluirja tive Monza, Omega nacional, e hoje tenho um Vectra atual, o Cruze tem essa identidade de carro bem acabado e luxuoso da epoca boa da GM que todos sentimos falta hoje.
Belo post amigão!
ResponderExcluirSou o Andre GeSSner, parceiro seu de blog, o Saga SS!
Bem, concordo com seu texto! Acho que a GMB caiu muito de 2004 pra cá, fato é o último Vectra, onde possuia um acabamento todo em plástico, sem dar aquela sensação de luxo que é sentida dentro de um Diplomata, Monza EF, Omega e outros da época.
Hoje tenho uma Suprema, onde a qualidade do material do painel é infinitamente mais bonito e luxuoso do que um Vectra GT por exemplo!
Referente á atenção dada pelas concessionárias na época concordo que eram bem superiores com a de hoje, mas é que o número de vendas e novos clientes é bem superior atualmente, sem contar que o leque de opções é bem variado, o que fica muito difícil manter o cliente.
Ao meu ver, a fidelidade dos clientes ficam mais voltadas para os carros de luxo, mas categoria acima do Cruze, como Malibu, Omega, Fusion, Passat, BMW e outros do nível.
Grande Abraço
Andre GeSSner
sagass.blogspot.com
O dia que esse post, foi publico é o dia em que eu troquei meu Comodoro Sl/E 1990 4.100/S
ResponderExcluirA GM teve seus tempos, para recuperar a grande fatia de mercado que ela perde, vai ter muito trabalho. Acho isso dificil, hoje infelizmente ela está uma draga, e japoneses e coreanos dominam esse nosso mercado.
Acho que não só a GM, mais a VW que antes foi um ícone de carros baratos e duradouros, está caindo de nível vide a ultima geração do Gol.
Felipe;
ResponderExcluirParabéns pelo post, sempre é bom relembrar as pessoas que realmente nos influenciaram a ser quem somos hoje.
Assim como seu tio, meu pai (que também é um autoentusiasta) também trabalhou na prefeitura de São Bernardo do Campo, e trabalhou com o seu tio. Quando comentei sobre este post com ele, lembrou-se imediatamente do seu tio, pois ele foi o seu primeiro encarregado na prefeitura (e olha que meu pai está se aposentando agora!).
Sentiu saudades do tempo em que trabalhava com ele, e me contou as experiências de vida que teve com ele, inclusive em dirigir os famosos Opalas de seu tio.
Grande abraço e que continuem posts que relembrem a cidade que eu nasci e não me esqueço (São Bernardo do Campo!)
Felipe, passamos por algo bastante semelhante. Meu pai tb era tratado assim pela GM. Teve 8 Opala, 3 Omega, 2 Monza, 2 Corsa, 2 Silverado e 1 Astra. Este foi o último GM dele.
ResponderExcluirTeve épocas em que nas viagens, as concessionárias de beira de estrada eram parada obrigatória, pra ficar babando nos modelos novos, ver preços, pegar catálogos propaganda. Isso tudo foi se perdendo. A paixão foi se extinguindo, pois a GM já não cativava mais como antes. Trocar de carro deixou de ser aquela coisa prazerosa, pois até então, ele vivia trocando de carro, pois adorava fazer isso.
Tinha carros que ele vendia com 10, 20 mil km. O Astra vendeu com 2 mil.
A partir dessa época, início dos anos 2000, ele passou a rodar mais com os carros antes de vender, passou a trocar menos. Ficou 3 anos com uma Ranger, só trocou por outra Ranger quando lançaram o motor novo (2.8), e com esta ficou mais 5 anos, até que finalmente o convenci a pegar a Hilux, com a qual está até hoje, com 40 mil km. Tem também um Corolla.
A paixão ficou no passado. Não se sente a mesma coisa nos carros que ele tem agora, apesar de serem excelentes, sem dúvida nenhuma. Esses são os 2 primeiros Toyota da vida dele, e a Hilux é provavelmente o primeiro veículo dele que nesses 4 anos e 40 mil km, não teve absolutamente nenhum defeito. Nadinha mesmo, sem essa de queimar lâmpada, aparecer parafuso frouxo, ter que reapertar alguma coisa. É literalmente nada. Nas revisões inspecionados e trocados só os itens essenciais, como fluidos, verificação dos freios, etc.
Do Corolla ainda nem dá pra falar, pois só tem 3 mil km.
A GM deixou até de ser sinônimo de robustez, todos os carros ficaram frágeis e com peças descartáveis, apesar de terem alguma tecnologia.
Ao saudosista contente de 15/09/11 12:57:
ResponderExcluirAcabamento do Cruze acima do acabamento do Corolla e do Civic??? Caramba, não sei então de que Cruze você está falando, pois o que eu vi ao vivo só tinha plástico duro e ordinário por dentro, uma vergonha, parecia até o Celta!!! Não chega nem perto do acabamento emborrachado e macio do Corolla e do Civic!!! Jamais pagaria preço de carro de luxo por um carro com aquele interior tosco. Acho que os comentários acima resumem bem a atual situação da GM: ela vive da reputação conquistada no passado, mas quem olha pra ela hoje só vê uma fábrica de carros vagabundos, caros e obsoletos.
GM (Garbage Motors).
ResponderExcluir"Seria o Cruze capaz de cativar uma legião de consumidores como o Opala fez há mais de 40 anos?"
ResponderExcluir...eeeeerrrrr.... nao.
Infelizmente. Tenho carros da GM ha 15 anos. Fui criado dentro deles tambem. Compraria o novo Opala, ou algo que honrasse sua linhagem
A GM nao é mais a mesma.Com o Astra saindo de linha foi enterrada em um cemiterio - um pátio cheio de Cruzes
Grande
ResponderExcluirMerda
Quem esperava o carro certo, te saúda,te ama e te louva, Chevrolet Opala!
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