Fotos: Car and Driver Brasil
— Acelera!
Vamos! Acelera até o talo e agüenta a mão!
Estou
acostumado a dizer isso. Estou acostumado a ficar insistindo para que não
tenham medo e pisem no acelerador até bater na tábua. A expressão “pé na
tábua”, por sinal, vem do tempo em que a parede de fogo não protegia contra fogo nenhum
porque era feita de tábua. Era assim em carros até o começo da década de 1930,
então quando o sujeito acelerava tudo batia o pé nessa tábua. É legal escutar
esse barulho “toc” de bater o pé na tábua. Fica claro que a coisa está no talo.
— Pé na tábua, então! Acelera tudo, caramba! Está com medo de quê? Está tudo livre e só
estamos em 2ª marcha! Em 2ª esse carro não passa de uns oitenta! Então, vamos! Acelera aí!
Com carro
carburado não é essa moleza de acelerar os carros modernos, com injeção
eletrônica, acelerador eletrônico, monitores de nossos atos ao volante. Com os
carros modernos, se você quiser arrancar o mais forte possível, basta acelerar
direto ao talo que a programação do acelerador faz a coisa certa, dosa da
melhor maneira e vai acelerando na mais rápida progressão possível, mas com
carburado não é assim, não, pois com eles, estando em giro baixo, meter o pé
direto ao talo muitas vezes é contra-producente, o motor engasga, pois a
mistura ar-combustível sai errada, muito ar para pouco combustível, dá falta e em vez dele acelerar ele empaca.