google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): speed record
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Recriação de um recordista. Impressionante!


Pouco se conhecia sobre redução de peso e melhoria da aerodinâmica quase um século atrás. Mesmo nas tentativas de quebras de recordes de velocidade era assim. Havia de sobra o elemento mais importante de todos, a vontade humana, mas o conhecimento técnico estava ainda muito restrito. Não era farto o material a ser copiado, então, tudo era tentado e criado. Em português simples, se atirava para todo lado.

Compensava-se a necessidade de mais velocidade com mais motor, basicamente. E isso significava motores maiores,  maiores e maiores. Esses carros tinham cofres enormes, com capôs compridos, já que o motor com cilindros em "V" ainda era de difícil construção, principalmente pela tecnologia de fundição existente e pelas máquinas de usinagem e medição de precisão. Nos motores com configuração em "V", normalmente os cilindros eram peças separadas do bloco principal, o que de cara já limitava a taxa de compressão.


A velocidade é um conceito que intriga e é capaz de direcionar a vida de muita gente. “Será que posso ir mais rápido?” Este pensamento regularmente passa pela mente de muitos aficionados por velocidade. Há quem diga também que a velocidade é como uma droga, você fica viciado e não consegue parar.

Quanto mais rápido se vai, mais se deseja ir além. O limite está sempre um passo a frente, e quando se alcança este limite, apenas desloca a barreira um pouco mais além. Um belo caso de vício e dependência profunda da velocidade é o lendário Herbert James Munro, ou apenas Burt Munro, e sua Indian Scout recordista de velocidade.

A Velocette de Burt
Fotos: Mercedes-Benz, carbase.com, supercars.net
Mercedes-Benz C111-II

O primeiro carro do fabricante alemão da estrela de três pontas com portas abrindo para cima, apelidado de gull wing ou asa de gaivota, foi o 300 SL, isso todos sabem. Um carro clássico pela absoluta novidade da configuração das portas, além da injeção mecânica de gasolina. Foram fabricados apenas mil e quatrocentas unidades, de  1954 a 1957.

O projeto C101 que viria a ser rebatizado como C111, iniciado em 1969, seria seu sucessor como o supercarro da Mercedes, se tivesse sido comercializado.  A mudança de designação se deveu ao registro feito anos antes pela Peugeot, onde qualquer designação para automóveis com três algarismos que usasse o zero no meio era de sua propriedade, direito válido no território francês. O mesmo ocorrera com o Porsche 911, que foi apresentado em 1963 e vendido em pequena quantidade como 901, quando precisou ser mudado. Em vez do carro ter outro nome apenas para a França, alterou-se para todos os mercados. Os alemães também cometem equívocos, no caso da Mercedes por pura falta de atenção.

O Aerotech de 1992, com cauda longa

Recordes automobilísticos são um assunto polêmico, cuja validade para o mundo dos automóveis de rua pode ser contestada quando o recordista nada tem de parecido com o carro que existe à venda.

Se os recordes de velocidade, os mais populares, são de validade discutível, o mesmo não se pode dizer dos recordes de distância, que se traduzem na vida real como durabilidade. O tempo ou distância que um carro funciona de forma correta é uma característica que talvez seja a mais importante, ao contrário de outras que aparecem mais em propagandas, mas que não garantem a imagem de uma marca, como desempenho, por exemplo.

Claro que há pessoas sem nenhum amor aos automóveis, e que conseguem estragar qualquer tipo de carro, até mesmo um blindado de uso militar. Mas esses são usuários fora do normal, que não devem ser considerados ao se projetar e construir um carro. Se assim fosse, todos os carros seriam excessivamente reforçados em todos os seus sistemas, o que significaria um peso absurdamente alto, que traria preço mais alto ainda, consumo monstruoso e tudo mais de ruim que decorre de excesso de massa. Seria penalizar a maioria pelo erro da minoria.


Recentemente o assunto Bonneville recebeu grande destaque da mídia e dos aficionados por velocidade em função da reportagem do Stock Car brasileiro que ultrapassou a marca dos 340 km/h. Também muitos lembram pelo filme "Desafiando os Limites" (World's Fastest Indian) com Anthony Hopkins e sua Indian recordista.

Ano passado estivemos no Speedweek, o principal evento do deserto de sal no estado americano de Utah, próximo da divisa com Nevada. O deserto é cortado pela Interestadual 80 (ou apenas I-80 nos mapas), passando pela cidade de Wendover, considerada a "sede" do evento. Wendover é uma mini-cidade que dá para resumir como "umas dez ruas e algumas casas". Não mais que isso, mas ainda assim bem simpática.



Bonneville é um mundo à parte, esqueça qualquer coisa que já viu sobre automobilismo, não se compara com nada desde o tamanho até a atmosfera local. As cidades em volta são tomadas como base de operação das equipes, durante a semana do evento é possível afirmar que grande parte do trânsito local é apenas de pessoas relacionadas ao evento.