O Chevrolet Biscayne das fotos foi alvo de uma restauração de três anos de duração, típica dos americanos, que resulta em carros em condição melhor do que quando saíam de fábrica, conhecidas como over-restoration (sobre-restauração). Muita gente não aprova esse tipo de tratamento, mas antes de condenar a prática, precisamos saber o motivo.
O Chevrolet Biscayne das fotos foi alvo de uma restauração de três anos de duração, típica dos americanos, que resulta em carros em condição melhor do que quando saíam de fábrica, conhecidas como over-restoration (sobre-restauração). Muita gente não aprova esse tipo de tratamento, mas antes de condenar a prática, precisamos saber o motivo.
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Sim, parece um Corvette |
Os anos 1950, os "Fabulous Fifties" são incomparáveis no que se refere a novidades de desenho de automóveis americanos. Foi o máximo dos máximos para a GM e indústria automobilística americana de uma maneira geral, quando a maioria dos modelos era extensamente modificada ano após ano, e o consumidor se via enlouquecido diante de tantas novidades e versões que, se perder era fácil demais. Se eu pudesse voltar no tempo com foco automobilístico, seria nessa década de 50 o meu desembarque!
Mas quando a funcionária da locadora me perguntou se eu não preferia um Tahoe pelo mesmo preço da Caravan, meus desejos se realizaram. Não por não gostar das vans, mas pela vontade de utilizar algo mais americano ainda, e com um V-8 GM, melhor ainda.
Só com um banco da terceira fileira escamoteado |
Com os dois bancos da terceira fileira escamoteados |
Tampa traseira aberta ou... |
...apenas o vidro traseiro |
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CX à frente com o irmão EX ao fundo |
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Quadros do filme do falso incêndio |
Uma rede de televisão americana, a NBC, tentou enganar uma nação anos atrás, mostrando um impacto de um carro de passeio contra a lateral de uma picape da General Motors.
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Alfred P. Sloan, Jr (foto: General Motors) |
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Mapeamento de superfície a laser - Cadillac Eldorado 1957 Foto: Hexagon Metrology |
Alguns dias atrás o Bob escreveu aqui sobre as miniaturas da coleção de carros nacionais que está no mercado.
O Aerotech de 1992, com cauda longa |
A revista americana Automobile, que assino, fez uma levantamento interessante comparando os dados de motores atuais e antigos de alguns modelos com pelo menos 15 anos de diferença.
E potência é o que nós gostamos! Mesmo nesse mundo cheio de restrições ao prazer.

Opcional nos Pontiacs grandes de 1960 a 1968, a 8-lug wheel é uma pequena amostra do que já foi a hoje tão combalida General Motors. Um pequeno detalhe que mostra quão diversificada era a companhia em seu ápice; cada divisão do gigante não se diferenciava apenas em detalhes de estilo, mas em engenharia, motores, suspensoes, rodas.
Hoje em dia, uma corporação como a GM só desenha uma roda nova por força de estilo. Nunca mais veremos um carro normal fazer uma roda melhor projetada como foi essa, "só" porque propiciava menos massa não-suspensa.
Para quem não percebeu ou nunca ouviu falar dela, a 8-lug, na verdade, é uma roda na qual apenas o aro e as abas onde estão os furos para os 8 parafusos são roda realmente; o resto é tambor de freio.
Na foto abaixo, pode se ver melhor o esquema:

MAO

Richard Teague foi um entusiasta do automóvel, nascido em 1923. Estudou no colégio com Ed Iskenderian, e também fez seus hot rods para correr nos lagos secos da Califórnia. Após estudar desenho no Art Center College, a mais importante escola de design automobilístico do mundo, passou por Kaiser, Packard, General Motors, Chrysler e American Motors.
Sua sequência de trabalhos é fabulosa e pode ser encontrada em vários sites , caso se tenha mais interesse.
Na Packard, foi o responsável pelo Predictor, um conceito de 1956 no qual ele tentou incorporar todos os elementos que se imaginava serem característicos do futuro.


O AMX conceito de 1966:




Mesmo com essa deficiência, conseguiu progredir nos estudos e mostrar ao mundo sua criatividade.
Os modelos que entraram em produção e que nasceram de suas idéias são o Marlin, o Javelin (este muito similar ao primeiro conceito AMX, de 1966), o Hornet, o Matador, o Gremlin e o mais estranho e criticado de todos, o Pacer. Mesmo não podendo ser rotulado de bonito, temos que concordar que é um carro que chama a atenção:


Um modelo muito diferente e inovador, com um desenho que se pode chamar de dinâmico, é o do conceito Cavalier, de 1968. Este carro parece estar se lançando para a frente, querendo correr, mesmo parado, e não parece, de forma alguma, ter as 4 portas que tem:Com apenas 61 anos de idade, Dick Teague se aposentou e, como entusiasta, não poderia ficar lendo jornal na varanda. Construiu uma casa próxima a San Diego, que ele se referia como "a garage with an attached house", onde restaurou vários carros, fazendo a maior parte do trabalho por si mesmo.
Faleceu em 1991 aos 68 anos.

Lá se vão 43 anos agora e, mais uma vez, nos deparamos com uma das grandes verdades do mundo. Poucas coisas divulgadas como absoluta novidade são realmente novas.
O que acontece é que o progresso tecnológico em diversas áreas permite que idéias antigas sejam reeditadas de forma mais simples e econômica.
Devemos notar que as naves espaciais do programa Apollo utilizaram células de combustível na mesma década de 60. Aliás, o problema ocorrido com a Apollo 13 foi justamente nesse sistema.
Mesmo assim, os carros movidos a fuel cell ainda devem demorar uns bons 7 a 10 anos para serem comercializados em volume normal.
Veja um site que conta mais detalhes dessa criação da GM: