google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): design
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O Oldsmobile já existia, mas flutuante, apenas na cabeça de Mead

Sydney Jay  Mead é um artista do futuro. Os cinéfilos atentos podem saber que ele idealizou boa parte  dos cenários e veículos de Blade Runner, Tron, Star Trek (longas de cinema), Aliens, Missão Impossível  3, entre outros filmes. Mas antes disso os carros foram objeto de atenção e criatividade desse americano de Minnesota, que desde bem pequeno desenhava as máquinas que tanto gostamos.

Sua curiosidade pelo futuro veio de forma muito simples, com seu pai, um pastor protestante, que lia ficção científica dos anos 1920 e 30 para o pequeno Sydney. Histórias como Flash Gordon, Buck Rogers e as novelas de Jules Verne eram freqüente leitura na casa dos Mead. Não poderia dar em outra, Sydney se viu fascinado pelo que viria e existir, e se pôs a desenhar com afinco.
Seus carros são sempre impressionantes, e como artista muito completo, estão quase sempre inseridos em cenários relacionados à missão do veículo. O impacto visual de suas ilustrações reside nesses dois pilares, o veículo e o contexto, incluindo as pessoas e animais que freqüentemente aparecem juntos.
Aos 80 anos de idade, ele ainda é ativo, tendo aderido ao desenho eletrônico com o passar dos anos, após, claro, ter feito muita coisa à mão, em guache, uma técnica que dificilmente desaparecerá para muita gente dessa área da criação visual, mesmo com todos os recursos eletrônicos atuais.

Lamborghini Veneno

O Salão de Genebra de 2013, aberto no dia 7 de março e indo até o dia 16, é alvo do interesse da mídia do mundo automobilístico. A vitrine suíça lançou oficialmente diversos novos modelos e conceitos em praticamente todos os ramos do mundo do automóvel, desde os compactos de baixo custo até os carros milionários.

Curiosamente, a Suíça não tem bons olhos para os chamados supercarros. São caros demais, poluidores demais, barulhentos demais e rápidos demais. Mas, por algum motivo de força-maior (leia-se interesses comerciais, claro), três supercarros foram os destaques do evento.

Ferrari, Lamborghini e McLaren mostraram seus novos carros topo de linha, para o deleite da imprensa e dos fãs. Mais rebuscados, potentes e rápidos que seus antecessores, os novos modelos contam com tecnologias de ponta para serem, além de tudo, econômicos e pouco poluentes.


Todo começo de ano no mundo do automobilismo é sempre a mesma coisa. As equipes fazem as apresentações formais de seus novos carros para a temporada que há de começar, os primeiros testes são documentados e a especulação de quem vai ter o melhor carro começa a ferver.

Na Fórmula-1 para 2012, a mudança de regulamento impactou bastante nos novos projetos. Acabaram com o tal difusor que gerou tanto bate-boca, onde o escapamento do motor interferia diretamente no seu funcionamento. A Lotus criou o sistema de nivelamento mecânico da suspensão dianteira em função do torque de reação das pinças de freio. Tudo sempre em prol do ganho de rendimento, nos mínimos detalhes e nas margens de interpretação do regulamento. 
Sergio Scaglietti (1920–2011)


Neste final de semana o mundo automobilístico perdeu um dos seus maiores artistas, Sergio Scaglietti, fundador da Carrozzeria Scaglietti em 1951, vizinho de frente da fábrica de Maranello da Ferrari. Sergio era sempre presente nos eventos da marca italiana e figura ativa e das mais respeitadas até hoje no ramo.

Suas criações e modelos mais marcantes são os Ferrari, não há o que discutir. Alguns deles, como o lendário 250 GTO e o 250GT California foram construídos pela Scaglietti mas com desenho de outras pessoas.

Cada uma de suas criações merece um post exclusivo, mas lembrando o grande mestre do design, vemos alguns deles abaixo.



Alfa Romeo Sprint Veloce, criação única de 1957



Como já disse esta semana no post sobre o CTS-V Sport Wagon, design bonito ou feio é relativo e vai do gosto de cada pessoa. Mas independentemente de ser bonito ou feio, geralmente é senso comum ser interessante e arrojado.

Quem diria, vendo este Kia Sephia dos anos 90 aí em cima, que hoje a marca coreana poderia apresentar carros tão interessantes quanto o novo Optima, apresentado em Nova York recentemente. Palmas para Peter Schreyer, o responsável pelo desenho.

Kia Optima
Não somente a Kia, mas a Hyundai andou mexendo seus pauzinhos para criar carros arrojados e que não deixam nada a desejar frente aos modelos europeus, sempre tidos como os mais elaborados em termos de design. Mostrando ao mundo o novo Sonata, nas versões Turbo e Híbrido, com toques de design diferenciados entre eles. As linhas são muito interessantes, não há como não concordar que bem trabalhado o carro foi.

Hyundai Sonata
A questão é que de alguns anos para agora os coreanos investiram muito neste aspecto, pois um dos principais argumentos de venda hoje é o design do carro. Pouca gente "fora da curva" vai entrar na loja para comprar um carro feio. E os coreanos agora viram isso, e entraram forte no meio dos designs arrojados.

Hyundai Sonata
Sem entrar em méritos de qualidade dos carros ou de valor de venda, apenas vendo a estética, podemos dizer que os coreanos demoraram um pouco para entrar nas tendências, mas quando entraram foi para valer. E o resultados são estes belos carros.

É, amigos, a concorrência faz milagres. Se os fabricantes não seguirem as tendências dos líderes de mercado, serão colocados para escanteio e desaparecerão. É a necessidade de atualizações e constante aprimoramento, e nisso os orientais não são bobos.




O Salão de Genebra teve, entre outras maravilhas, a apresentação de uma nova versão do Lamborghini Murciélago, um dos meus mais preferidos carros de todos os tempos. Batizado de 670-4 SuperVeloce, tem mais potência, mais torque, mais dramatismo.


Discutir desenho, estilo, design, é muito complicado. O lindo para uns é horrível, cafona, brega para outros. Como tenho gostos extremamente variados, costumo ser confundido com um desequilibrado, pois ninguém entende como posso gostar de jipes, no sentido genérico desse tipo de veículo fora-de-estrada, e ao mesmo tempo ficar horas e mais horas apreciando esportivos. Ou admirar o design de um caminhão moderno e também elogiar as motos Ducati, por exemplo.


Esse Murciélago é o tipo de carro que me empolga. Para piorar a situação de minha cabeça, a cor do exemplar das fotos é amarela, as tomadas de ar dianteiras são mais pronunciadas, parecendo que vão engolir o asfalto, as rodas são pretas, coisa que gosto cada vez mais, os raios são delgados, deixando aparentes os freios, o aerofólio traseiro é uma obra de arte e há vários componentes na cor preta, ao contrário do lugar-comum de se pintar tudo na cor da carroceria, um tremendo problema para as fábricas, que precisam ter uma porção de peças para cada cor de carro, e uma bobagem mercadológica, já que até carro dito popular tem pára-choques pintados.


Resumindo, muitas coisas que eu gosto condensadas em um único carro.


Por que esses designers fazem isso comigo?

JJ

Richard Teague foi um entusiasta do automóvel, nascido em 1923. Estudou no colégio com Ed Iskenderian, e também fez seus hot rods para correr nos lagos secos da Califórnia. Após estudar desenho no Art Center College, a mais importante escola de design automobilístico do mundo, passou por Kaiser, Packard, General Motors, Chrysler e American Motors.

Sua sequência de trabalhos é fabulosa e pode ser encontrada em vários sites , caso se tenha mais interesse.

Na Packard, foi o responsável pelo Predictor, um conceito de 1956 no qual ele tentou incorporar todos os elementos que se imaginava serem característicos do futuro.

Na American Motors a partir de 1959, todo seu talento foi utilizado para fazer trabalhos memoráveis, os mais bonitos na minha opinião, sendo a série AMX, composta pelos 3 modelos abaixo.

O AMX conceito de 1966:

O AMX/2, em duas vistas:


E o AMX/3 de 1969:

Mas o que me chamou mesmo a atenção na sua história foi o fato de ele ter apenas um olho funcional. Teague sofreu um acidente de carro que deixou sua mãe inválida e ele, cego do olho direito, com a idade de seis anos.

Mesmo com essa deficiência, conseguiu progredir nos estudos e mostrar ao mundo sua criatividade.

Os modelos que entraram em produção e que nasceram de suas idéias são o Marlin, o Javelin (este muito similar ao primeiro conceito AMX, de 1966), o Hornet, o Matador, o Gremlin e o mais estranho e criticado de todos, o Pacer. Mesmo não podendo ser rotulado de bonito, temos que concordar que é um carro que chama a atenção:

O Javelin é particularmente bonito, e um dos mais raros muscle-cars:

Um modelo muito diferente e inovador, com um desenho que se pode chamar de dinâmico, é o do conceito Cavalier, de 1968. Este carro parece estar se lançando para a frente, querendo correr, mesmo parado, e não parece, de forma alguma, ter as 4 portas que tem:

Com apenas 61 anos de idade, Dick Teague se aposentou e, como entusiasta, não poderia ficar lendo jornal na varanda. Construiu uma casa próxima a San Diego, que ele se referia como "a garage with an attached house", onde restaurou vários carros, fazendo a maior parte do trabalho por si mesmo.

Faleceu em 1991 aos 68 anos.

Voltando àquele velho assunto, semana passada vi algo que realmente gostei em matéria de novidade. Uma moto conceito, moderna, "pós-apocalíptica" et al., mas com um ar notavelmente antigo. Para quem não viu, a BMW LO-rider é isso aí. Linda, equilibrada, interessante e o melhor, uma novidade, certo?

Também estava pensando nisso, até que dia desses, em uma crise de biker´s mind, xeretando um site, vi as duas customs BMW abaixo. Variações todas do mesmo tema, mas com os belos motores antigos BMW. E com cara de criações antigas. Daí que vem o bom retrô. Esses bávaros...



BMW Z4 Cupê

 Às vezes, por meu gosto deveras exagerado por carros antigos, algumas pessoas me perguntam o que acho de veículos ditos "retrô". Devo dizer, que na maioria das vezes, pergunto de volta "o que você entende por retrô?". New Beetle, Mini e Cinquecento, como meu amigo Marco Antônio Oliveira disse em sua estréia (welcome, old chap!), se dizem retrô, mas são caricaturas. Z4 é puro retrô, mesmo envolto na mais destilada encarnação (encarração??) do flame surfacing de Chris Bangle.

A questão é, na verdade, outra. Gosto de carros antigos não pelo cromado, mas sim pelo significado, pelas proporções, pela alma, pelo "clima". A maioria dos ditos "retrôs" focam só no cromado, sem ligar para o resto, preocupado em copiar pela imagem idéias, ideais, comportamentos e um "clima" que não volta mais. Então, vamos deixar algo bem claro, sobre o dito "retrô": copiar um carro de 30-40 anos atrás é algo muito errado do ponto de vista de um apaixonado por carros como eu. O que deveria ser feito é na verdade algo que gere uma vontade de ser copiado daqui a 30 ou 40 anos. Algo novo, com alma, com ideais, que inove, empolgue, inspire, deixe saudades quando sumir, apaixone, torne-se pôster em quarto de criança, estampa de camiseta, carrinhos de brinquedo...

Voltar a um glorioso passado não é copiá-lo, e sim, reeditar seus ideais. Quem quer algo realmente antigo compra o original. Que venha o futuro! O que você acha?

BE