google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): futuro
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O Oldsmobile já existia, mas flutuante, apenas na cabeça de Mead

Sydney Jay  Mead é um artista do futuro. Os cinéfilos atentos podem saber que ele idealizou boa parte  dos cenários e veículos de Blade Runner, Tron, Star Trek (longas de cinema), Aliens, Missão Impossível  3, entre outros filmes. Mas antes disso os carros foram objeto de atenção e criatividade desse americano de Minnesota, que desde bem pequeno desenhava as máquinas que tanto gostamos.

Sua curiosidade pelo futuro veio de forma muito simples, com seu pai, um pastor protestante, que lia ficção científica dos anos 1920 e 30 para o pequeno Sydney. Histórias como Flash Gordon, Buck Rogers e as novelas de Jules Verne eram freqüente leitura na casa dos Mead. Não poderia dar em outra, Sydney se viu fascinado pelo que viria e existir, e se pôs a desenhar com afinco.
Seus carros são sempre impressionantes, e como artista muito completo, estão quase sempre inseridos em cenários relacionados à missão do veículo. O impacto visual de suas ilustrações reside nesses dois pilares, o veículo e o contexto, incluindo as pessoas e animais que freqüentemente aparecem juntos.
Aos 80 anos de idade, ele ainda é ativo, tendo aderido ao desenho eletrônico com o passar dos anos, após, claro, ter feito muita coisa à mão, em guache, uma técnica que dificilmente desaparecerá para muita gente dessa área da criação visual, mesmo com todos os recursos eletrônicos atuais.

Carro autônomo: robô sujeito às leis das máquinas
Talvez muitos dos leitores não saibam, mas além de engenheiro mecânico, também sou engenheiro mecatrônico, da segunda turma formada no país, no já longínquo ano de 1991. Mas parece que foi ontem...

Das memórias que tenho dessa época, ainda guardo a primeira aula da matéria sobre dinâmica e controle de sistemas robóticos, onde focamos as leis da robótica de Isaac Asimov. Vimos que, apesar de Asimov tê-las escrito como alicerce para dar substância a muitas das situações conflitantes em seus livros, elas possuem profundo impacto na nossa relação com máquinas inteligentes.

Participei de muitas outras discussões sobre esse assunto ao longo dos anos e percebi que existe todo um mundo filosófico por trás delas.

Mas não adianta falarmos das leis da robótica se não soubermos o que é um robô.

Há muitas definições para robôs, mas, de todas, a melhor que encontrei diz que um robô é uma máquina que sente o mundo à sua volta, de alguma forma “pensa” qual a melhor forma de agir, e age. Essa capacidade de reagir inteligentemente ao ambiente que o cerca é que torna uma máquina um robô.

O robô é uma máquina especial, diferente das outras, porque é altamente adaptativa e reage inteligentemente a um ambiente mutável, não previsto previamente pelo projetista ou pelo programador.

Reparem que a definição de robô não inclui seu formato físico, então vários tipos de máquinas podem ser classificados de robôs por essa definição. Mais que isso, ela praticamente engloba boa parte dos sistemas automatizados avançados. Até mesmo softwares autônomos puros, sem hardware, podem ser classificados como robôs, segundo essa classificação.

Vamos a um pequeno teste. Quando falamos em robôs, e excluímos as temíveis ou amáveis máquinas da ficção científica, pensamos nestes robôs, certo? Errado!

Robôs? Não. Manipuladores.
Fotos: cardesignnews.com, powelldesign.de

Poderia ser o "Mini" de hoje

Um BMW pequeno, com claro foco em uso urbano soa como um Smart, porém da fábrica da Bavária. Certamente de uma tendência mais esportiva, o Z13 tinha três lugares, aparência de carro esporte miniatura, e uma cara de “eu quero um”.

Foi exatamente assim que me senti quando vi fotos dessa pequena belezinha em 1993, ano em que foi apresentado como o conceito de uso urbano, um carro para o que os americanos chamam de commute, ir e voltar da atividade diária.  Depois iríamos entender que não era exatamente para uso em cidade apenas, mas isso só depois de entender sua história.

Esse atraente carro foi concebido pela divisão BMW Technik, a mesma que construiu o Z1 e cuja filosofia está explicada nesse post sobre o modelo Z1, publicado aqui no AE. 

O Z13 foi  pensado menos como um carro urbano, mas com ênfase na capacidade de viajar bem entre cidades próximas, e para isso teria que ter velocidade compatível com rodovias.

Estrutura espacial em alumínio


Essa blogsfera é algo alucinante. Navegando pra lá e pra cá, de tempos em tempos a gente bate com algo que nos desperta a atenção. É assim que está nascendo esse post. Acabei de ver um filme sobre o Fiat Mio.

Muitas coisas me vieram à cabeça. Eu adorei o Mio desde quando o vi no Salão do Automóvel. Esquecendo esse oba-oba de que o carro foi feito com ideias dos consumidores, uma excelente jogada de marketing, o conceito do carro é algo não muito difícil de se imaginar para o futuro nas grandes cidades. E o fato dele ter sido desenvolvido pela Fiat do Brasil me fez pensar em algo mais.

Quando Gordon Murray criou o McLaren F1, criou o que seria o ápice do carro esporte até ali. Eu sinceramente não acreditei que nada mais perfeito teoricamente poderia ser feito para o motorista entusiasta, escrevi longas odes a ele, e coloquei seu criador num pedestal.

O que Murray fez foi pegar tudo que então se acreditava ser ideal e juntar tudo num carro só. Este conceito do carro ideal na verdade apareceu logo depois da Segunda Guerra Mundial e, personificado no grande Colin Chapman, ganhou aceitação completa, foi perseguido por todos, mas só conseguiu chegar a seu ideal perfeito, ao limite de onde poderia chegar, pelas mãos de Murray e Ron Dennis no F1.
Vejam abaixo matéria do Fernando Calmon sobre o futuro dos carros. Essa matéria foi vencedora do Prêmio SAE de Jornalismo e está sendo publicada aqui com autorização do autor.

Boa leitura.

Como será o futuro dos carros?
Fernando Calmon

(28-08-08) – A indústria automobilística tem um futuro desafiador quanto ao desenvolvimento de novas tecnologias. Nos próximos 10 a 15 anos a necessidade de transporte terrestre continuará crescente. As projeções para 2020, segundo o relatório do Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP, sigla em inglês) indicam que os automóveis estarão rodando 11 bilhões de quilômetros/ano. Caminhões leves e caminhões pesados, juntos, quase 40 bilhões de quilômetros/ano. O crescimento será superior a 40% em relação a 2008.

Por outro lado, estudos científicos prevêem que o pico de produção de petróleo acontecerá no máximo em cinco a dez anos. Há dados, porém, menos otimistas. O professor da Universidade de Upsala (Suécia), Kjell Aleklet, é presidente de uma associação internacional dedicada a avaliar produção e consumo de petróleo e como isso afeta as reservas mundiais provadas e por descobrir.

“Avaliações atuais dos poços de óleo e gás, sugerem que, por volta de 2010, a produção mundial já alcançará o pico de 87 milhões de barris por dia. Então, começará a declinar lentamente. Nesse cálculo estão incluídas as mais otimistas previsões de novas descobertas e os fatores de recuperação, pois é impossível extrair tudo que o subterrâneo armazena”, explicou o professor, em recente seminário sobre meio ambiente realizado no Rio de Janeiro (RJ).

Nesse cenário, os fabricantes de veículos terão de investir em pesquisa e desenvolvimento dentro do senso de urgência que a sociedade espera. A longa luta pela diminuição da emissão de gases tóxicos (CO, HC e NOx) está praticamente vencida, apesar de novas conquistas ainda por vir. Basta um exemplo referencial: 200 carros compactos atuais produzem, em conjunto, as mesmas emissões de uma única unidade, de mesma marca e modelo, fabricada em 1976. O grande avanço ocorreu, tanto no Brasil como no exterior, a partir da última década do século passado. A redução, em alguns casos, chegou a 90%.

Os esforços agora se centram na diminuição de consumo de combustíveis fósseis, com duplo objetivo. Em primeiro lugar, porque carros mais econômicos emitem também menos gás carbônico (CO2). Este é um dos principais agentes do efeito de aquecimento global derivado da atividade humana no planeta, segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, da ONU. Por outro lado, há necessidade de modelos que consomem menos gasolina e diesel como contraponto aos preços dos derivados de petróleo, que sobem de forma preocupante.

Automóveis menores e, portanto, mais leves atendem essa demanda, mas não resolvem tudo. Modelos compactos começam a crescer na preferência dos consumidores em vários mercados do mundo. A indústria, no entanto, vem trabalhando com firmeza em diversas possibilidades, tanto nos meios de propulsão, como na adequação a combustíveis renováveis. O cenário oferece oportunidades e, ao mesmo tempo, grandes dificuldades para manter os custos sob controle. Sustentar preços acessíveis faz parte do caderno de encargos dos departamentos de engenharia, inclusive dos fornecedores, parceiros fundamentais para alcance de metas.

Alternativas

Ao contrário do que comumente se pensa, os motores de combustão interna ainda oferecem meios para continuar se desenvolvendo. Motores de ciclo Otto (gasolina e álcool) vão se beneficiar de tecnologias recentes, antes aplicadas no ciclo Diesel. A mais promissora indica o uso conjunto de injeção direta de combustível e turbocompressor. Isso vai permitir a diminuição de cilindrada, mantendo o desempenho e reduzindo o consumo de forma expressiva. Motores de oito cilindros passariam a ter seis; os de seis encolheriam para quatro; estes, por sua vez, poderiam ter apenas dois cilindros em carros de uso urbano.

Também acontecerão progressos em tecnologias acessíveis, como caixas de câmbio robotizadas de dupla embreagem, lubrificantes mais eficientes, materiais de menor atrito, recuperação de energia em freadas e sistema de liga-desliga o motor no anda-e-pára do trânsito. Nanotecnologia, ciência que estuda alterações em nível de átomos, promete pequenas revoluções em termos de peso, desempenho e durabilidade dos materiais.

Outra aposta na área de motores é a convergência dos ciclos Otto e Diesel. Ainda há um bom caminho a percorrer, porém se trabalha com afinco na eliminação da borboleta de aceleração e das velas de ignição (peças inexistentes em diesel) nos motores a gasolina ou flex. GM, Mercedes-Benz e Volkswagen estão entre as empresas que pesquisam essa solução.

A segunda frente de desenvolvimento abrange os motores flexíveis em álcool e gasolina, particularmente amigáveis ao duo injeção direta/turbocompressor. No caso do etanol de cana-de-açúcar, praticamente todo o CO2 emitido é seqüestrado no crescimento da planta por meio da fotossíntese. A produção sustentada de bioetanol tornará possível que mais países desfrutem dos flex, em particular quando celulose e resíduos agrícolas se viabilizarem como matérias-primas.

Os chamados carros híbridos – utilizam simultaneamente motores a combustão e elétrico – deverão formar uma ponte para a futura era do hidrogênio, o combustível mais limpo e abundante no planeta. No entanto, o preço de venda é maior e a economia no custo por quilômetro rodado não se torna tão interessante fora do trânsito urbano. Toyota Prius, primeiro a utilizar essa tecnologia, acaba de completar um milhão de unidades vendidas em longos 10 anos nos EUA, Japão e Europa. Híbridos também poderão, em breve, ter suas baterias de íons de lítio recarregadas na rede de energia elétrica.

As pilhas a hidrogênio geram eletricidade a bordo, tendo como subproduto apenas vapor de água. Propulsão elétrica é vantajosa, porém a infra-estrutura de produção, armazenamento e distribuição do hidrogênio ainda exige tempo pelos altos custos envolvidos. Fabricantes estimam o prazo entre cinco e dez anos para que as pilhas estejam a bordo de veículos vendidos a compradores comuns e em cidades com postos de abastecimento, ainda que em uma região limitada.

No momento, frotas experimentais rodam em alguns países de ponta. A Honda estendeu a utilização, pela primeira vez, de um automóvel a pilha de hidrogênio a compradores particulares selecionados. Serão apenas 200 unidades do FCX Clarity, nos próximos três anos, para motoristas de três cidades da California, o mais rico dos estados americanos. O Clarity é um sedã médio, tem 127 cv e autonomia de 435 quilômetros.

Para caminhões e ônibus as soluções são menos evidentes. Os ônibus com pilhas a hidrogênio podem se beneficiar de postos de abastecimento estratégicos. Nos caminhões, a solução híbrida tem bom potencial em aplicações urbanas. No uso em estradas, os motores a diesel continuarão a reinar por muito tempo. Nesse caso as pesquisas se concentram em combustíveis de fonte renovável. Há pelo menos oito alternativas, segundo a Volvo. Um gás manuseado em forma líquida sob baixa pressão, o dimetil éter (DME), é uma das mais promissoras por sua grande eficiência energética e baixa colaboração para o efeito estufa. Mas a escolha depende de vários fatores e parece lo nge do consenso.

Diversificação

No Salão de Genebra, de março último, o Fórum Internacional para Mobilidade Avançada trouxe conclusões prudentes sobre as soluções para o futuro. Segundo a maioria dos congressistas, não existirá um único modo de propulsão. Ocorrerá o desenvolvimento e a utilização em paralelo de diferentes combustíveis, além de alternativas mecânicas, elétricas e híbridas. Afinal, é muito difícil conciliar os suprimentos de energia e as emissões de gás carbônico, além dos custos envolvidos.

Caberá à indústria fornecer um portfólio de tecnologias aos clientes para que estes possam selecionar a opção que melhor se enquadra no seu estilo de vida.