google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): V-6
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O dia 16 de março deste ano será, no mínimo, curioso. A data será a da primeira etapa do Mundial de Fórmula 1 com o novo regulamento, se dará em terras australianas e ainda não sabemos o que pode acontecer. Este deve ser o ano em que as alterações de regulamento são as mais drásticas.

Salvo alguns detalhes mais básicos, como o fato dos carros terem quatro rodas e um só piloto, basicamente mudou tudo. Mas vamos com calma, os carros ainda terão o mesmo formato, asas dianteiras e traseiras, rodas expostas, motor a gasolina etc, certo? Nem tanto.

Para um carro de competição tão preciso e avançado como um F-1, as mudanças técnicas do regulamento de 2014 praticamente fazem com que o projeto seja um carro novo, mesmo que por fora pareça ser a mesma coisa. O nível de refinamento e precisão é tão grande, as novas características dos carros afetam tanto o projeto, que dificilmente alguma coisa é aproveitada.

Quando falamos “aproveitada” não quer dizer que tudo é jogado fora e refeito do zero, em termos de construção. O material do habitáculo e a forma de construção pouco mudam, o tipo de braços de suspensão também, a tecnologia das rodas, dos pneus, do sistema de direção, o básico do ciclo Otto dos motores, tudo é quase igual ao ano anterior. O que muda mesmo é a forma de colocar todos estes componentes funcionando em conjunto.



No automobilismo mundial existem inúmeras categorias, desde os carros do tipo fórmula monoposto, os dragsters, carros de rali, protótipos, GTs e os chamados carros de turismo. Esta última, a categoria de turismo, provavelmente é a mais difundida de todas, pelo fato de se utilizar como veículo base um carro de produção normal em grande série.

Nem sempre estas bases são mantidas a rigor, como no caso da nossa Stock Car, onde o carro não tem nada a ver com um modelo de rua, começando pelo chassis de construção tubular. Outros campeonatos, entretanto, seguem a regra do carro base de produção. A Supercar V-8 australiana utiliza carros de produção modificados para corrida, com o monobloco original.

O campeonato alemão de turismo de hoje, o famoso DTM (Deutsche Tourenwagen Masters, Torneio Alemão de Carros de Turismo) é um dos mais tradicionais do mundo. Os carros seguem a mesma linha conceitual do nosso Stock Car, uma carroceria que se assemelha com um modelo de produção, mas um chassi completamente diferente, com direito a compósito de fibra de carbono e tudo mais.

   


Mês retrasado juntei-me a dois grandes amigos, Carlos Marcon e Henrique Seganfredo, que estavam fazendo uma viagem de carro pela Califórnia. Calhou que o lançamento do Fusion em Los Angeles ocorreu justamente quando eles estavam no meio desta viagem, por isto, após o evento, estiquei um pouco a estada nos EUA e juntei-me a eles.

Eles haviam partido de Las Vegas com o seguinte roteiro: Las Vegas, Death Valley, Yosemite Park, São Francisco, Pacific Highway até Los Angeles, San Diego (com direito a uma paradinha em Tijuana, do lado mexicano, onde a comida é barata, pode-se beber na rua e a cerveja custa apenas um dólar) e volta para Las Vegas pela Rota 66 no sentido “inverso”, de oeste para leste (eastbound).

Carlos, eu e Henrique, na passagem deles por Los Angeles. Não encontramos o Charlie Harper...

Diz-se que o sentido é o inverso porque o sentido tradicional e “correto” é viajar a Rota 66 de leste para oeste (westbound); saindo da fria e ventosa Chicago para a quente e ensolarada Califórnia, como faziam as famílias saindo de férias nas décadas de 1950 e 1960, quando voar era muito caro e atravessar o país de carro era uma opção (talvez por isso os carros fossem maiores e mais espaçosos...). Portanto, viajar de oeste para leste é o “inverso” porque representaria a viagem de volta, o fim das férias na Califórnia, a volta para a rotina do dia a dia. Sendo assim, a volta era obviamente bem menos prazerosa do que a ida.


A vitória da Toyota na 6 Horas de São Paulo em 15 de setembro último foi uma surpresa para quem esperava ver os carros da Audi dominando a corrida. Assim como em Le Mans, cada competidor tem que estar sempre inovando para ser o mais rápido.

O Toyota TS030, equipado com um V-8 a gasolina de 3,4 litros e aspiração natural, junto com o sistema híbrido com tração unicamente traseira, tinha dificuldades em acompanhar os Audis em pistas de velocidade mais altas. A aerodinâmica ainda poderia ser melhorada, e este foi o caminho adotado.

Como hoje em dia, por conta do rígido regulamento, é dificil extrair mais potência dos motores, a solução foi tentar aprimorar a dinâmica do carro. Os engenheiros da Toyota então vieram com uma solução muito criativa, e claro, controversa. 

Já na corrida de Silverstone, pouco menos de um mês antes, o TS030 estava equipado com uma asa traseira modificada, com elementos extras nas laterais, que deixavam o carro com aspecto de ter uma asa da largura do carro, o que é proibido pelo regulamento (largura máxima da asa traseira: 1.600 mm; largura máxima do carro: 2.000 mm).



Os anos 1980 trouxeram ao mundo diversos mitos e marcos históricos, tanto bons e memoráveis quanto muitos ruins e lastimáveis. A queda do Muro de Berlim, a criação dos computadores pessoais, "Thriller" de Michael Jackson, o lançamento do Super Mario. Por outro lado, a moda de vestimentas estilo Restart, músicas deprê, José Sarney.

No mundo automobilístico, seus altos e baixos também foram marcantes. Os supercarros vieram com tudo, a lendária disputa Ferrari F40 vs Porsche 959 vs Lamborghini Countach. Por outro lado, encerraram o Grupo B de rali e tivemos a Autolatina.

Exatos trinta anos atrás, saía de linha um dos mais famosos automóveis dos anos oitenta, e não famoso por suas vendas, seu desempenho ou seu preço, mas sim por causa de um filme. Uma trilogia, na verdade, que todo entusiasta conhece de ponta a ponta. Em 1982, morria o DeLorean DMC-12, o sonho que virou pesadelo, e foi imortalizado no clássico filme "De Volta para o Futuro", de 1985.




Raramente trabalhos paralelos nas fábricas de automóveis são levados para a linha de produção, e mais raros ainda tornam-se um sucesso. Um dos casos mais interessantes é o contado pelo MAO e o JJ no post sobre o Daytona e o Miura, um trabalho extra dos engennheiros da Lamborghini que acreditaram no sonho de um carro único e especial.

O outro carro que teve uma história parecida, mas que é tido como um fracasso, veio daquela ilha ao norte da França, onde há uma grande concentração de malucos patrióticos automobilísticos. Os anos 1970 e 1980 não foram muito produtivos para a Jaguar, integrante do grupo British Leyland, uma tentativa de salvar algumas fábricas inglesas da crise econômica da época. Nestes tempos, os carros da Jaguar eram muito pouco confiáveis (boa parte da má fama vem desta época) e a imagem da empresa estava abalada se comparada aos tempos de glória dos anos 1950 e 1960. Em 1984, a Jaguar se desprendeu do grupo e ficou vagando sem rumo pelo mercado de ações, até a futura ligação com a Ford anos depois.

No final dos anos 80, a Jaguar era um forte nome no automobilismo, em especial no endurance e em Le Mans, com seus potentes protótipos V-12 feitos em parceria com Tom Walkinshaw da TWR. Como uma proposta conceitual de um novo carro para competições, nascia o projeto XJ220, trabalho feito fora do horário de trabalho liderado pelo engenheiro-chefe Jim Randle. Randle esteve envolvido no final do desenvolvimento do E-Type e depois do cupê XJS e no sedã XJ. A proposta era um carro de alto desempenho que não apenas rivalizasse com os então atuais Ferrari 288GTO (e depois o F40) e o Porsche 959. Tendo como "alvo" o 959, o novo Jaguar deveria ter tração integral.


A primeira idéia era guiar um Mustang com mais de 400 ou 500 cv e câmbio manual, para tirar a inhaca que esse monte de tecnologia que a maioria dos carros modernos andam me dando.

Tudo bem, gosto de carro rápido, mas ando sentindo uma chatice ao guiar carros com desempenho fantástico, mas cujo desempenho cada vez dependem menos de minhas providências, e isso me irrita um pouco. Não gosto que o computador fique dando opinião antes da hora. Se quero que o carro escorregue um pouco, eu quero e boa. Conto com a escorregada para me posicionar adiante, para a próxima tomada, e, se o computador age e não escorrego, me atrapalho e saio do roteiro programado.

Mas acontece que esses controles estão cada vez mais controlando melhor e a gente tem mais é que tirar o chapéu. Estão incrivelmente eficientes e, se a gente se adapta a eles, dá para nos divertirmos.



Para ir de ponto a ponto na região de Orlando, e visitar os eventos que mostramos anteriormente, aluguei um carro, obviamente o modo mais fácil e simples de se deslocar no país do automóvel. É um processo sempre interessante este de escolher um carro que não é seu.

Você chega no balcão da locadora de segunda linha, com preços promocionais, apresenta o número da reserva, a carteira de motorista brasileira, o cartão de crédito, assina o contrato, vai para o estacionamento, lê a placa "full-size" sobre uma fila de carros, olha todas as opções, pondera os percalços das viagens com a família, e chega ao Impala.

Analisa brevemente por fora, depois por dentro e pensa: será que não tem outro carro para eu alugar? Olha de novo a fila toda, e não tem jeito. Ou o porta-malas é pequeno, ou o carro é muito feio, ou já conhecemos.

Pior ainda, na fila em frente formada pelos carros de outra locadora, olhava para mim, abanando a cauda, um modelo que atenderia bem minha necessidade, não tanto quanto o Impala, mas de uma marca que aprecio bastante.

Quando Gordon Murray criou o McLaren F1, criou o que seria o ápice do carro esporte até ali. Eu sinceramente não acreditei que nada mais perfeito teoricamente poderia ser feito para o motorista entusiasta, escrevi longas odes a ele, e coloquei seu criador num pedestal.

O que Murray fez foi pegar tudo que então se acreditava ser ideal e juntar tudo num carro só. Este conceito do carro ideal na verdade apareceu logo depois da Segunda Guerra Mundial e, personificado no grande Colin Chapman, ganhou aceitação completa, foi perseguido por todos, mas só conseguiu chegar a seu ideal perfeito, ao limite de onde poderia chegar, pelas mãos de Murray e Ron Dennis no F1.



Em 2008 passei minhas férias na Califórnia e tive um Mustang por quase 20 dias. Saí de San Diego mais ao sul e subi pela costa até São Francisco. Aí vale uma dica que o Marco Molazzano só me deu depois de eu já ter feito todo o planejamento da viagem e reservado os hotéis: é melhor descer pela costa, pois assim se trafega pelo lado da costa o tempo todo o que melhora a visibilidade e facilita as paradas.

Na época, enquanto estava lá, enviei minhas impressões sobre o carro para os colegas AUTOentusiastas, antes da existência desse blog. Trata-se do modelo 2009. O modelo 2010 sofreu uma reestilização e algumas melhorias.