google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): GT-R
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Nos tempos modernos, a imagem de uma empresa, pessoa ou corporação, é tudo. Fortunas são feitas em cima de imagem. As pessoas lembram das marcas por seus maiores (ou piores) destaques.

Stanley Kubric é o homem do filme "Laranja Mecânica"; Ian Fleming é o pai do James Bond; a Porsche é o reflexo do 911; e a Nissan é a marca do Skyline.

Mas, o que é um Skyline? É o nome usado no Japão para as dinastias dos modelos anteriores do atual GT-R. Hoje pouco vemos o nome Skyline nos produtos correntes da marca, pois a sigla GT-R foi o destaque do carro criado sob o olhar cuidadoso de Carlos Ghosn, para trazer de volta o ícone japonês dos anos oitenta e noventa. E ainda mais, espalhar pelo mundo o poder do Godzilla.

O Nissan GT-R atual nasceu por ordem direta do presidente da empresa. A equipe de projetos deveria entregar um carro que fosse não apenas competitivo, mas referência no mercado. Leia-se “o GT-R tem que acabar com o 911 Turbo, e ser mais barato”.

Nissan GT-R da geração atual


Fotos: Nissan

Que o Nissan GT-R, atualmente órfão do nome Skyline é chamado de Godzilla, todos sabem.

Um carro de desempenho fortíssimo, um monstro japonês, o mundialmente apelidado Godzilla, pronunciado "Godzira", lá na terra de origem.

Se alguém não conhece a história, vale a pena. Originada do medo da radiação nuclear, algo que infelizmente os japoneses conhecem muito bem, é  um lagartão que se tornou gigante por ser exposto a esse tipo de contaminação, e invade as cidades destruindo tudo que vê pela frente.

Mais que uma ficção científica, é uma reflexão do por que as guerras são sempre fruto da imbecilidade humana.

Mas o GT-R nem é feio como o monstro que lhe empresta o nome, pelo menos para algumas pessoas ele é absolutamente lindo, e então a Nissan,  uma empresa que apenas pela linhagem Skyline já fez valer sua presença no mundo, resolve lançar o Juke, uma dos carros teoricamente mais feios já nascidos sobre quatro rodas.




Uma experiência completamente nova

Impressionante! Arrepiante! Atordoante! Entorpecente! Esse carro mexeu com minha cabeça e corpo de um jeito que nunca aconteceu antes. 

Estou muito acostumado a andar como passageiro do Arnaldo, mas na grande maioria das vezes em carros antigos. E mesmo nos antigos que andam muito, principalmente nesses, por melhor que sejam, sempre existe um limite imposto seja pelo estado do carros, por serem objetos de coleção, ou por limitações do próprio carro. Então, raramente podemos explorá-los com vigor. 

Mas dessa vez o limite do carro é extremamente superior a qualquer coisa em que eu já tenha andado ou dirigido. E o primo teve muito mais espaço para explorar a máquina, uma vez que o limite desse carro está em um nível inimaginável até então. O segredo todo desse limite está no equilíbrio e na tração. O Arnaldo andou muito forte! E eu, do lado, fiquei atordoado, confuso, com uma sensação estranha, difícil de descrever. Algo como se minha razão estivesse me dizendo, ou forçando a ficar com medo, muito medo, mas o corpo e os sentidos me dissessem para ficar tranquilo. Eu podia sentir facilmente que o carro estava completamente na mão do Arnaldo, sem risco algum de uma escapada. É curioso com se "sente" as quatro rodas agarradas ao chão o tempo todo. Ao final ele me perguntou: e aí, ficou com medo? Eu disse não, medo não! 



A primeira idéia era guiar um Mustang com mais de 400 ou 500 cv e câmbio manual, para tirar a inhaca que esse monte de tecnologia que a maioria dos carros modernos andam me dando.

Tudo bem, gosto de carro rápido, mas ando sentindo uma chatice ao guiar carros com desempenho fantástico, mas cujo desempenho cada vez dependem menos de minhas providências, e isso me irrita um pouco. Não gosto que o computador fique dando opinião antes da hora. Se quero que o carro escorregue um pouco, eu quero e boa. Conto com a escorregada para me posicionar adiante, para a próxima tomada, e, se o computador age e não escorrego, me atrapalho e saio do roteiro programado.

Mas acontece que esses controles estão cada vez mais controlando melhor e a gente tem mais é que tirar o chapéu. Estão incrivelmente eficientes e, se a gente se adapta a eles, dá para nos divertirmos.

Quando Gordon Murray criou o McLaren F1, criou o que seria o ápice do carro esporte até ali. Eu sinceramente não acreditei que nada mais perfeito teoricamente poderia ser feito para o motorista entusiasta, escrevi longas odes a ele, e coloquei seu criador num pedestal.

O que Murray fez foi pegar tudo que então se acreditava ser ideal e juntar tudo num carro só. Este conceito do carro ideal na verdade apareceu logo depois da Segunda Guerra Mundial e, personificado no grande Colin Chapman, ganhou aceitação completa, foi perseguido por todos, mas só conseguiu chegar a seu ideal perfeito, ao limite de onde poderia chegar, pelas mãos de Murray e Ron Dennis no F1.

Voltando no assunto GT-R e as explicações do Sr Mizuno sobre o desenvolvimento do carro, levantamos mais algumas informações e detalhes do release da Nissan no lançamento do carro. Pelos comentários dos leitores no post passado, alguns acharam que foi mais um jogo de palavras que realmente uma grande sacada de projeto do carro.

Abaixo há duas imagens com um comparativo com alguns concorrentes, o primeiro mostra a posição do CG e a capacidade de tração, que juntos mostram que o GT-R aproveita melhor a transferência de carga nos pneus para gerar tração. O segundo mostra novamente a capacidade de tração, em função dos pneus traseiros, com a potência disponível no motor, fazendo um conjunto mais eficiente.


Não muito tempo atrás, foi levantada pela Porsche uma grande discussão sobre o tempo de volta do Nissan GT-R em Nürburgring, em que dizia que o GT-R não era capaz de fazer uma volta com um modelo de rua totalmente standard em 7min29s, como a Nissan declara ser possível. A Porsche comprou um GT-R e levou-o para a pista, mas só conseguiu um tempo 25 segundos pior e acusou a Nissan de trapacear com o uso de pneus slick ou semi-slick. A resposta da Nissan foi que o carro utilizou os pneus Dunlop opcionais e insinuou que os pilotos da Porsche não eram tão bons como se esperava.

Depois desse bate-boca todo, o GT-R volta a ser notícia polêmica, quando a Nissan não aceitou trocar na garantia a transmissão de um cliente que foi danificada, de acordo com as declarações desta, por "uso inapropriado do Launch Control e do desligamento do Controle de Tração". Detalhe: só é possível utilizar o Launch Control com o Controle de Tração desligado.

E ai? A Nissan afirma que no manual do carro há um termo afirmando que a fábrica não se responsabiliza por "mau uso" do veículo. O Launch Control é um recurso original do carro e feito para proporcionar ao condutor uma rápida aceleração.

Temos uma controvérsia aqui, pois o carro é capacitado para fortes arrancadas e possui um modo especial para tal, mas esse pode danificar a transmissão, e a Nissan não se responsabiliza. Então por que diabos o condutor pode habilitar tal função? Deve ser para que ocorram quebras e a Nissan ganhe dinheiro com mão-de-obra de oficina e peças de reposição.

Durante muitos anos, circuitos de corrida sinuosos e de curvas desafiadoras estiveram longe do target de desempenho dos carros americanos. Mas pelo que podemos ver, atualmente esta situação está mudando.

Diversos fabricantes de automóveis utilizam pistas especiais de testes para desenvolver seus veículos, mas uma delas vem sendo uma atração à parte. A seção norte (Nordschleife) do circuito alemão de Nürburgring, ou "The Ring" para os íntimos, cada vez mais é utlizado como pista de desenvolvimento e calibração para carros de produção. Com seus 20,8 km de extensão e todos os tipos de curvas, em subida acelerando, descida freiando e longas retas, representa um excelente terreno para acerto de chassi.

Como era de se imaginar, por muitos anos o domínio dos melhores tempos de volta foram dos carros europeus, esportivos feitos para trafegar velozmente nas estradas sinuosas do Velho Continente, mas os americanos estão se mostrando mais eficientes em acertos.

Quem dizia que carro americano só anda em linha reta, pode começar a rever seus conceitos, pois o recorde da pista é de um Dodge. Ok, ok, é um Viper ACR, que não deixa de ser um carro de corrida levemente amansado para andar na rua, mas é street legal mesmo assim, e está na lista oficial. Se não quiser aceitar esse tempo como recorde de carros de produção e legalizados para andar nas ruas, vejamos o próximo carro. Quem diria, um Corvette, com seus feixes de mola e motor com pushrods... São carros esporte de alto desempenho, foram feitos para serem rápidos em autódromos também. Mas um outro golpe dos americanos deixou todos surpresos, com um Cadillac (sim, um Cadillac, aquelas barcas de 16 m de comprimento de antigamente) sendo o sedã mais rápido ao redor do circuito, desbancando os tão aclamados sedãs esportivos alemães como os Mercedes AMG e os BMW M-Series.

Podemos nos questionar se esses tempos são realmente verdadeiros, coisa que vem sendo colocada em dúvida nas recentes discussões sobre os carros que marcam esses tempos, se eles não são carros de produção preparados especificamente para registrar excelentes voltas, como vem sendo questionado o Nissan GT-R (antigo Skyline), mas isso é conteúdo para outro dia.