google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): Toyota
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A corrida de resistência mais esperada do ano está cada vez mais próxima. A 24 Horas de Le Mans, prevista para os dias 14 e 15 de junho, terá muitas novidades nesta edição de 2014. Novos carros, novo regulamento, mas o desafio continua sempre o mesmo: vencer a Audi, que já tem doze vitórias desde o ano 2000.

Assim como no novo regulamento da F-1, este ano os modelos híbridos cada vez mais indicam o caminho do futuro. A economia de combustível é mandatória e a forma de se limitar o desempenho dos carros foi limitar o quanto de combustível ele pode consumir. Bem simples.

Já falamos anteriormente sobre o regulamento deste ano aqui no Ae. O que queremos mesmo é ver como ficaram os novos carros. A grande novidade é a volta da Porsche para a categoria principal, a LMP1, com um protótipo híbrido que nasceu para vencer os Audis. A Toyota também reformulou seu carro para ser compatível com o regulamento.

Interessante é ver que cada uma das marcas adotou uma estratégia de conceito do carro. Há diversas formas de se utilizar a motorização elétrica, bem como qual é seu funcionamento e características de armazenamento de energia.
 
Novo Audi R18 nas cores da sua apresentação

Em 1936, o personagem "Fantasma" foi criado por Lee Falk (o mesmo criador de "Mandrake"). Como um Batman sem “bat-abilidades", o "Fantasma" era um combatente do crime sem superpoderes nas profundas florestas do fictício país Bengala, que dependia das suas habilidades físicas e da lida com armas para realizar seus feitos heróicos.

O "Fantasma" era na verdade o herdeiro de uma família que havia há gerações encarnado o herói mascarado. Os aborígenes de Bengala, testemunhando a incansável ação do herói, geração após geração, e desconhecendo sua verdadeira identidade, acreditavam ser ele um espírito, o "espírito-que-anda".

Diferentes gerações encarnando o Fantasma (Phantom), o espírito-que-anda




Mais uma vez os paulistanos tiveram a oportunidade de ver de perto as incríveis máquinas de Le Mans. Os mais sofisticados carros de corridas de longa duração estiveram em Interlagos no fim de semana 31/8-1/9 para a segunda edição da "6 Horas de São Paulo", corrida que é parte do calendário oficial do WEC (World Endurance Championship – Campeonato Mundial de Longa Duração), uma parceria da FIA (Federação Internacional do Automóvel) e do ACO (Automobile Club de L'Ouest), esta a entidade promotora e detentora dos direitos da 24 Horas de Le Mans.

Émerson Fittipaldi foi novamente o promotor do evento, uma alternativa aos costumeiros eventos do nosso automobilismo como Stock Car e Fórmula Truck, os únicos que atraem algum público. A estrutura montada foi maior que a do ano passado, com mais atrações para quem não estava muito focado com o que acontecia na pista. Le Mans possui um grande parque para entretenimento durante todo o evento. É tradicional e faz parte da corrida, e foi tentado fazer algo parecido em Interlagos.

As corridas preliminares de motovelocidade e da Porsche Cup completaram a gama de atrações na pista. Infelizmente alguns acidentes nestas duas categorias deixaram pilotos feridos. Já na 6 Horas, a corrida não teve acidentes sérios, mesmo tendo sido necessárias diversas intervenções do carro de segurança. 

O Audi R-18 e-tron, destaque da prova pela velocidade e silêncio



Flashback. No tempo do LSD, o ácido lisérgico, essa expressão da língua inglesa servia para definir quando o barato voltava dias (ou até semanas) depois da "grande viagem".  Hoje se aplica a situações mais saudáveis: encontrou uma antiga namorada e... rolou? Flashback! Tirou o toca-discos do armário e tascou o seu vinil favorito nele? Flashback!

Pois o meu mais recente "flashback" começou de modo imprevisto ao volante do Toyota Etios, dos mais simplesinhos aliás, um hatch 1,3 XS vermelho, que vestido com todos os opcionais possíveis pulou de algo mais de 29 mil reais para algo menos do que 37 mil.

Ali, no pátio da Toyota em São Bernardo do Campo, o flashback deu as caras. Olhava para o painel e... seria ele? Acelerava, talvez fosse o barulho do motor? Também não! Metros viraram quilômetros, segundos fizeram minutos. Antes de fechar uma hora ao volante do Etios o flashback se materializou: Uno.


Endurance 2014 será estilo tudo junto e misturado





Busca da eficiência energética faz FIA explorar a marca Le Mans e reorganizar o Campeonato de Endurance para 2014. Protótipos de fabricantes e particulares serão equiparados e GTs terão uma única classe a partir de 2015


O Audi R18 vencedor em Interlagos (foto de Luca Bassani)

Bons tempos estão de volta


Interlagos, de certa forma, parecia ter voltado aos bons tempos da Fórmula 1 no último fim de semana. Uma reflexão mais cuidadosa do ambiente que reinou nas Le Mans 6 Horas de São Paulo prova vencida pelo Audi R18 e-tron quattro de André Lotterer, Benoit Trévluyer e Marcel Fässler –, reforçava esse viés em uma direção ainda mais romântica: a grande era do Mundial de Construtores, quando grandes marcas de carros esporte e outros nem tanto investiam pesadamente nas corridas de longa duração. Não importa sua idade: se você gosta de automobilismo de verdade certamente já imaginou aquele Chaparral 2F com um enorme aerofólio, o icônico Ford GT 40 e o Ferrari 330 P4, a expressão de beleza mais próxima da unanimidade que um carro de corrida pode ter.

A proposta do regulamento da FIA para o WEC (da sigla em inglês para Campeonato Mundial de Resistência) de 2014 é a de incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de novas soluções de energia através do controle de fluxo. 

Vale lembrar que dentro deste espírito de promover inovações o Chaparral trouxe ás pistas uma versão eficiente de câmbio automático e aerodinâmica avançada, o Ford GT 40 consolidou a identidade de carros de corrida e o Ferrari 330 P4 simplesmente foi a Ferrari em seus melhores dias.

O Ferrari 330 P4 em Daytona 1967 (foto de arquivo pessoal)



No final de semana dos dias 22 e 23 de junho, a edição de comemoração dos 90 anos das 24 Horas de Le Mans deu mais um troféu para os incríveis Audi e-tron, mas infelizmente também foi marcada pela perda do piloto dinamarquês Allan Simonsen, de 34 anos, que não resistiu aos ferimentos de um acidente.

Logo nas primeiras voltas, o piloto do Aston Martin Vantage número 95 da categoria GTE-AM perdeu o controle do carro na saída da curva Tertre Rouge e bateu forte no guardrail com o bico e a lateral do carro. A morte do piloto foi anunciada horas depois pela organização.

Este incidente tirou parte do brilho da conquista da Audi, com seu modelo R-18 e-tron quattro híbrido, muito similar ao carro do ano passado. Tom Kristensen marcou mais uma vitória em Le Mans, sua 9ª conquista, recorde absoluto. Esta foi a 12ª vitória da Audi, nos últimos 14 anos.

A vitória da Toyota na 6 Horas de São Paulo em 15 de setembro último foi uma surpresa para quem esperava ver os carros da Audi dominando a corrida. Assim como em Le Mans, cada competidor tem que estar sempre inovando para ser o mais rápido.

O Toyota TS030, equipado com um V-8 a gasolina de 3,4 litros e aspiração natural, junto com o sistema híbrido com tração unicamente traseira, tinha dificuldades em acompanhar os Audis em pistas de velocidade mais altas. A aerodinâmica ainda poderia ser melhorada, e este foi o caminho adotado.

Como hoje em dia, por conta do rígido regulamento, é dificil extrair mais potência dos motores, a solução foi tentar aprimorar a dinâmica do carro. Os engenheiros da Toyota então vieram com uma solução muito criativa, e claro, controversa. 

Já na corrida de Silverstone, pouco menos de um mês antes, o TS030 estava equipado com uma asa traseira modificada, com elementos extras nas laterais, que deixavam o carro com aspecto de ter uma asa da largura do carro, o que é proibido pelo regulamento (largura máxima da asa traseira: 1.600 mm; largura máxima do carro: 2.000 mm).


Fotos: Divulgação Hyundai e Toyota

Hyundai HB20 (esquerda) e Toyota Etios, lançamentos praticamente simultâneos


Neste mês de setembro, dois grandes lançamentos agitaram o mercado dos carros compactos no Brasil, justamente o segmento mais concorrido e responsável pela venda da maior quantidade de carros no Brasil.

Hyundai e Toyota anunciaram oficialmente o lançamento de seus novos carros para o mercado brasileiro, o Hyundai HB20 e o Toyota Etios. Devo confessar que ainda não os vi ao vivo, mas pela diferença gritante que se pode ver só pelas fotos, senti-me motivado a escrever este post, mesmo que baseado apenas em fotos e informações técnicas.

Para começar, ambos os carros têm preços semelhantes, oferecendo versões entre 30 e 45 mil reais. Justamente o segmento dos compactos premium, um segmento acima dos carros de entrada, que são os velhos Mille, Palio Fire, Celta, Classic, Gol G4 e Ka. O Fiesta Rocam, apesar de ter porte superior, acaba entrando neste primeiro segmento devido ao preço, bastante reduzido por se tratar de um modelo em fim de produção (mas não por isso mais defasado que os seus veteraníssimos concorrentes, que ironicamente são todos mais velhos que ele). Na faixa de mercado deles, eles concorrerão com Novo Uno, Novo Palio, Fox, Gol/Voyage, Onix (que virá), Cobalt, March, Versa, New Fiesta nacional (que virá), Sandero/Logan e 207. Mas, voltando aos lançamentos, os dois carros não podiam ser tão díspares, mostrando diferentes visões quanto ao mercado brasileiro.

Hyundai HB20 e Toyota Etios vistos de traseira


 



Após cinco anos, os melhores carros de corrida de longa duração do mundo voltaram a Interlagos. Com o apoio e o nome de Emerson Fittipaldi, o WEC (World Endurance Championship, ou Campeonato Mundial de Endurance), instituído pela Fédération Internationale de L'Automobile (FIA) e pelo Automobile Club de L'Ouest (ACO), o organizador das 24 Horas de Le Mans, exibiu seus bólidos em terras brasileiras.

Em 2007, a categoria veio correr aqui como última etapa do campeonato europeu da Le Mans Series, hoje extinta, mas não teve muita repercussão, pois parte das grandes equipes não participaram da prova. Dos carros de ponta, apenas o Peugeot 908 HDi diesel participou e venceu. Desta vez, a corrida foi colocada no meio do calendário do campeonato mundial, e o AE esteve lá para acompanhar.


Os japoneses voltaram com força total este ano para combater os poderosos Audi em Le Mans. A única vitória de um carro oriental foi em 1991 com o Mazda 787B (já contada aqui), mas tentativas não foram poucas. Fora da elite da categoria há mais de dez anos, a Toyota surpreendeu a todos com o bom desempenho do seu novo carro, o modelo TS030.  



Oitenta edições da corrida mais desafiadora e tradicional do mundo do automobilismo. Vinte e quatro horas sem interrupção de trabalho árduo de centenas de pessoas, talvez milhares, para que às 15h00 do domingo um carro seja coroado o vencedor de Le Mans.

Das oitenta edições, a Audi ganhou onze das últimas treze, que na verdade poderia ser considerado doze pois uma delas em que um Bentley venceu, era praticamente a equipe da Audi (a Bentley pertence à Volkswagen desde 1998). Isso sim, podemos chamar de domínio.

Este ano a grande novidade foram os modelo híbridos, tanto os Audi e-tron R18 quattro quanto os Toyota TS030. A diferença entre eles está no conceito do sistema, pois o Audi utiliza o motor turbodiesel com tração elétrica dianteira, enquanto que o TS030 correu com motor a gasolina de aspiração natural e tração elétrica complementar na traseira. Na qualificação os Audi já começaram a escrever a nova página do livro de Le Mans, quando foram os primeiros a conseguir a pole com um carro híbrido, e agora terminaram a obra com uma incontestável vitória.

As quatro dianteiras do Airflow

O Chrysler Airflow foi apresentado em 06 de janeiro de 1934 no Salão de Nova York.  A revista MoToR (a grafia é assim mesmo) disse que após dois ou três dias de uso, análise e reflexão, seria óbvio concluir que todos os carros estavam errados, e apenas o Airflow, certo.

Já o público consumidor não sabia o que pensar, pois estava afetado ainda na crise provocada pela queda da Bolsa de Nova York de 1929, e o carro não vendeu. Era um grande contraste ter um país com a economia enfraquecida e um carro do futuro à venda nas lojas.

Em quatro anos de produção foram vendidos 55.652 unidades do Chrysler de oito cilindros em linha e do DeSoto Airflow, que era quase igual em tudo, mas tinha motor de seis cilindros. Os compradores não sabiam o que estavam perdendo, já que hoje o Airflow é considerado um dos grandes acontecimentos da indústria do automóvel.

A revista Autocar, em análise feita em 1989, o considerou o pivô da mudança do automóvel entre a carruagem sem cavalo e o carro moderno.



Depois dos anúncios de Toyota e Porsche retornarem para disputar as 24 Horas de Le Mans, uma facada dolorida para a mais importante e emblemática corrida de longa duração. A Peugeot anunciou oficialmente o encerramento do programa de competições de endurance.
Fotos: Divulgação Toyota

Sei que vão me chamar de doido, de senil, não importa. Chamar um carro "de tiozão" de carro de corrida parece mesmo coisa de alienado. Eu pensaria a mesma coisa. Mas tem explicação.

Anteontem, ao dirigir o novo Corolla 2012, eu e o "velhinho" que estava no carro comigo, o Fernando Calmon (são geralmente dois jornalistas por carro) erramos o roteiro previsto mal saímos do hotel Tauá, em Atibaia. Pegamos à rodovia D. Pedro I à direita quando deveríamos ter achado um viaduto próximo, atravessado-o e pegado a rodovia no sentido oposto. Às vezes os roadbooks (roteiro passo a passo) são meio confusos, caso deste. Se houvesse a informação, por exemplo, "pegue a rodovia D. Pedro I sentido oeste" não teríamos errado.

Para saber sobre o museu veja a parte 1: Museu Toyota - Parte 1


O primeiro modelo do rico acervo do museu da Toyota não poderia deixar de ser o primeiro carro da marca. Logo na entrada, em um local de destaque, está o Toyota modelo AA de 1936.

Em 1936 a Toyota era uma empresa grande que nasceu do sonho e do empenho de Sakichi Toyoda em tornar  menos árduo o trabalho da sua mãe, que diariamente passava horas em um tear manual. Sakichi desenvolveu um tear automático e assim nasceu a Toyota nos anos 20. No início dos anos 30, seu filho Kiichiro Toyoda viajou pelos Estados Unidos e Europa e voltou tão entusiasmado com o desenvolvimento industrial e a motorização que decidiu que fabricaria automóveis na sua terra natal. Desde 1933 a Nissan, então Datsun, já fabricava carros em série no Japão.



Como eu prometi no post Ruas de Nagoya - parte 2, aqui está o post sobre o Museu do Automóvel Toyota no Japão. Na realidade esta é apenas a parte 1 de várias que virão.

O Museu do Automóvel Toyota (Toyota Automobile Museum), ao contrário do que o nome sugere, não tem apenas carros da Toyota, o que também é diferente da maioria dos museus de outras marcas. Sua proposta é contar a história da automóvel desde sua invenção no século XIX. Foi inaugurado em abril de 1989 e os 120 modelos de várias narcas e origens do acervo estão divididos por épocas numa sequência cronológica.

vídeo: Cidade Sustentável, fonte: Toyota

O post do Bob Sharp sobre a reinvenção (?) do automóvel suscitou uma boa discussão sobre  a mobilidade do futuro.

Encontrei um interessante vídeo sobre a visão de futuro da Toyota. A Toyota aborda o transporte, ou mobilidade, como um todo e mostra como as diversas modalidades se integrariam e seriam definidas de acordo com a sua natureza e com a tecnologia mais apropriada para cada uma delas.

Ontem, na minha surfada diária pelos meus sites preferidos, me deparei com duas iniciativas que me intrigaram. As duas estão relacionadas à educação para redução de consumo de combustível e emissões de CO2 através da "direção ecológica". Já falei um pouco sobre direção ecológica em outro post, antigo: Eco-autoentusiasta? É algo um tanto chato de se fazer e exige muito treino para pessoas como eu. Talvez eu consiga depois de alguns meses praticando ioga. Ou seja, não vai acontecer tão fácil assim.

Para me ajudar nessa prática a tecnologia pode ser uma solução. A primeira iniciativa é o "pedal de acelerador ecológico" que a Nissan, através da sua marca de luxo Infiniti, lançou no seu modelo topo de linha, o sedã sexy M.



Quando se fala de Toyota Corolla entre entusiastas de automóvel, muito pouca coisa boa aparece. É certo que o objetivo dos criadores do Corolla foi sempre criar uma coisa desprovida de paixão, neutra, mas que fosse reconhecida como um produto sólido, durável, e totalmente ajustado à sua função, e tal coisa desagrada a maioria das pessoas que vê mais que um meio de transporte no automóvel.
Mas a maioria das pessoas que falam mal do carro o fazem ou por puro preconceito, ou por desinformação, ou pior ainda: inveja, caso daqueles que gostariam de ter dinheiro para NÃO comprar um Corolla, e comprar outra coisa de mesmo preço. Como a imprensa "especializada" brasileira vai de mal a pior, assim segue o conhecimento das pessoas sobre o assunto.
Apesar disso, muito do que se fala mal do carro tem um fundo de verdade. O Corolla da geração anterior, carro de grande sucesso e que solidificou a imagem da Toyota no Brasil, era extremamente durável, mas nunca me agradou. Achava o motor fraco e sem vontade para andar rápido, o exterior anônimo e sem graça, o interior com uma cara de coisa ultrapassada. E a posição de dirigir me era extremamente desagradável, como em muitos carros japoneses antigos: para ficar a vontade, eram necessários braços longos e pernas curtas. Mas o carro era competente em termos gerais, e a versão perua, a Fielder, era a única opção no mercado em sua faixa, para quem gosta deste tipo de carro. E um Corolla, devido à sua solidez e durabilidade, é quase como ouro: tem um valor e uma imagem inabaláveis.
Vocês podem imaginar então que não encarei com muita animação quando o Paulo Keller declarou que iríamos de Corolla novo para o nosso passeio anual em Lindoia. Não tinha experimentado o novo ainda, mas a opinião geral de meus amigos sobre o novo carro era: "é a mesma coisa! Lesma Lerda!". Tentei argumentar que podíamos ir de Focus, mas como o Juvenal Jorge, que também ia conosco, queria experimentar o Corolla, fui voto vencido.
Conhecendo o novo Corolla
O Paulo apareceu com um Corolla GLi novinho, de 1,8 litro e automático, em cores de muito bom gosto: interior cinza clarinho em vários tons, estofamento de tecido aveludado (e não o mais comum e escorregadio couro), prateado claro por fora, e com rodas de alumínio montadas com excelentes pneus na medida 205/55 R15. Não acho o carro bonito por fora, mas é sempre agradável e leve, sem ofensas ou controvérsias em nenhuma parte dele.
Já o interior é muito bom. De novo, nada sofisticado ou futurista-modernoso como um Civic, por exemplo, mas em minha opinião muito mais agradável que ele. Que diferença do modelo anterior! Claro, arejado, e bem iluminado pelas janelas, o interior é um ótimo lugar para se passar o tempo. Todas as superfícies são cobertas por materiais agradáveis, e o acabamento é impecável.

Os instrumentos são do tipo sempre iluminados, e de uma clareza exemplar. O som original é também de qualidade muito boa, e os três tiozões no Corolla puderam viajar a Lindóia ouvindo os acordes rasgados e entusiasmados de Angus Young em volume alto, mas com uma clareza incrível. Impossível não lembrar do tempo em que tínhamos mais cabelo, eles eram todos pretos, e viajávamos em Opalas, Corcéis e Passats ouvindo as mesmas coisas. Minha filha hoje acha que AC/DC é coisa de velho, assim como eu achava que era a bossa nova que meu pai ouvia. Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais...
Abaixo do som está o módulo de controle de ventilação e ar condicionado. É uma coisa bonita de se ver, mas, como todo ar condicionado automático que já experimentei em toda minha vida, uma lástima. Para mim é claro que não foi inventado ainda um sistema melhor de controle de ventilação/ar condicionado do que três botões rotativos (temperatura, distribuição e velocidade do ventilador) e um botão liga-desliga para o ar condicionado. Estes controles automáticos nos fazem tentar adivinhar qual é a temperatura, os botões são sempre confusos, as regulagens totalmente diferentes de carro para carro, e nunca são intuitivos. É um sistema caro e sofisticado, que exige sensores de temperatura e radiação solar no painel (e as vezes em outras “zonas” do carro), mas que nunca vi funcionar melhor do que os simples três botões. Não é necessário saber a temperatura requerida para o conforto, isso é informação demais. Uma pessoa consegue regular muito mais facilmente a temperatura ideal da cabine mexendo com os três botões sempre que sente uma alteração. É ilusão achar que é possível setar uma temperatura no automático, e nunca mais mexer no aparelho; se mudam as condições externas, você vai ter que regular de novo. Tecnologia a serviço da irrelevância.
Mas nem dá para culpar o fabricante neste caso; a falha aqui é a inútil necessidade que alguns têm de ter algo “melhor”, de mostrar ao cunhado seu belíssimo ar condicionado “tomático” cheio de botõezinhos coloridos e telinhas de cristal líquido.
O espaço interno é bom, nem maior nem menor que a média da categoria. Mesmo tamanho do meu Focus.
Na estrada
Ao me ajustar no banco do motorista veio a melhor surpresa deste passeio: o carro agora regula o volante em altura e distância. Esta mudança aparentemente simples, em conjunto com a regulagem de altura do banco, transforma o carro da água para o vinho: é possível agora encontrar uma posição ergonomicamente perfeita para conduzir, mesmo com meu corpo acima da média de altura da população. O banco aperta-me um pouco mais do que acho necessário (ou agradável) na região lombar, mas no geral, bastante melhora aqui. Sempre falo que o conforto ergonômico ao dirigir é o básico em qualquer automóvel, e o Corolla agora, finalmente, tem esta antiga falha sanada.
A alavanca de mudanças da caixa automática agora é desprovida de botão de trava, porque anda em uma pista com “degraus”, como um Mercedes-Benz. A empunhadura da alavanca é também uma melhora enorme, se comparada ao carro que substitui.
Ao rodar o carro é extremamente confortável de suspensão, contribuindo com a impressão de se estar em um carro de luxo, o que sem dúvida era o objetivo de seus criadores. Mas uma coisa atrapalha para que esta sensação seja perfeita: o motor.
O motor tem fama de econômico e durável, e sobre isto não posso opinar, mas para mim deixa muito a desejar. Precisa girar para produzir alguma aceleração, e não é um motor que goste de girar. A caixa automática é ótima, suave nas trocas como poucas (as trocas com pé embaixo, saindo de pedágio, por exemplo, são incrivelmente rápidas e sem tranco algum), mas o carro pede encarecidamente um motor maior e mais suave, talvez um bom V-6 de pelo menos dois litros e meio, para que a sensação de luxo desejada seja completa. Como está, o motor fica lá lutando com o peso, mostrando-se presente de uma forma intrusiva para um carro deste tipo. A isolação de ruídos está muito boa, mas sente-se e ouve-se o motor. Este carro é confortável e macio como uma cama king-size com lençóis de seda, mas o motor o faz meio cheio de trancos e asperezas indesejáveis, atrapalhando um pouco a experiência.
Não há nada teoricamente errado com este motor, uma unidade de duplo comando para as 16 válvulas e 136 cv a 6.000 rpm, e desconfio até que num carro de menor preço seria até uma coisa muito boa. Mas certamente não combina com a atmosfera de luxo, e com o peso e preço do Corolla.
Quem sabe o novo dois litros melhorou este aspecto? Particularmente me incomoda que este Corolla que dirigi custe aproximadamente 70 mil reais e não tenha pelo menos um V-6 pequeno, quanto mais esse dois-litros de 90 mil... Mas, preço de lado, tenho curiosidade em saber como é esta versão.
Na estrada o comportamento é exemplar para uma suspensão tão macia e confortável, a aderência em curvas fechadas é sensacional, e é quase neutro, sem substerço exagerado. A direção é razoavelmente precisa e leve, embora, de novo, não tão boa como a minha referência desta categoria, o Focus de primeira geração. Mas a velocidades realmente altas, a partir de certo ponto, muda completamente: a direção fica leve e desconectada, a traseira balança um pouco. Nada inseguro ou preocupante, mas perceptível. Desconfio de algum efeito aerodinâmico, pois começa a partir de uma velocidade, exatamente. E não me perguntem qual velocidade é essa; trata-se de uma pergunta tão indiscreta quanto pedir detalhes completos do ato sexual para alguém com uma nova namoradinha. Basta saber que é bem alta, fora da faixa de uso normal da população.
O motor, apesar de intrusivo, confere bom desempenho ao carro, subjetivamente parecido ao do meu novo/velho Focus Rocam flex. Olhando a relação peso-potência, vemos pequena vantagem para o Corolla (9,4 kg/cv contra 10,5 kg/cv do Focus), mas subjetivamente eu diria o contrário.
De novo, alguém poderia dizer que anda pouco pelo preço, mas não é este o ponto. Corollas não são comprados por desempenho, nem capacidade de fazer curvas, apesar de, na verdade, serem perfeitamente aceitáveis em ambas as contas.
Não é um carro que gosta e pede para ser guiado como um carro de corrida, como é o meu Focus. Mas não deixa de ser agradabilíssimo. É apenas diferente, laranjas e bananas... “Agradável” é o adjetivo recorrente neste post, e descreve muito bem o carro. O que antes era esquecível, agora é um carro realmente muito bom, ainda que não perfeito ou entusiasmante. Eu gostei bastante, na verdade, e agora acho uma opção bem viável para o dia-a-dia. Que diferença faz um interior bem executado!
E o carro é o ambiente perfeito para um trio de tiozinhos passarem o tempo ouvindo música fora de moda a um volume alto demais, e conversando besteiras, feito adolescentes que escaparam para a estrada. Mesmo que a adolescência deles tenha acabado na década de 80...
MAO
Fotos: divulgação

O carro da foto é de um colega australiano aqui no escritório.
Ao que parece, todo dono de Toyota gosta de fazer isso no inverno.
Sei porque quando era mais novo eu fiz o mesmo com a minha 4Runner e por sorte nada aconteceu.


Porém isso resulta em alguns acidentes indesejáveis.
A neve está compacta porque o snow plower tirou do estacionamento e empurrou para o lado criando esse monte de gelo.
Acontece que acaba derretendo e cedendo sempre um pouco e, com isso, o carro vira.
Semana passada teve um cara aqui que fez igual, também com uma Toyota e o carro virou.
Sorte que não tinha nenhum carro ou pessoa do lado para não aumentar o estrago.


A expressão do sujeito ao voltar ao estacionamento e ver sua Toyota tombada de lado foi algo que não consigo descrever. Priceless, seria o termo que me vem à mente.
Fica então a lição: Não estacione seu Toyota dessa forma sobre gelo principalmente quando há centenas de vagas livres.