google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): Consumo de combustível
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Uma das afirmações sobre o motor flexível em combustível (conhecido como "flex") é que ele é um "pato". Por que a associação do motor com nosso simpático amigo emplumado, que já inspirou toda uma família de personagens do Walt Disney, além do esquentado Patolino da Warner Bros.? É porque a ave em questão consegue transitar pelos três ambientes: terrestre, aquático e aéreo. O pato anda, nada e voa, embora não consiga fazer nenhum dos três com excelência. Ele simplesmente funciona nas três modalidades, sem ser excelente em nenhuma.

Este termo, "pato", é usado para vários objetos que se propõem a ser multi-uso, mas que não conseguem fazer muito bem cada um destes usos separadamente. A culpa disso, em grande parte, é ter que abrir mão da otimização em nome do compromisso: se o pato fosse otimizado para voar (como uma águia), não nadaria. Se fosse otimizado para nadar (como um peixe), não voaria. E por aí vai. Do jeito que é, justamente por não ser otimizado para nada é que ele consegue fazer as três coisas. Foi a melhor solução que a natureza encontrou para fazer um bicho "multi-uso".

Foto: toptenz.net

Trinta e seis anos atrás...

Este post saiu de uma brincadeira em um momento da mais absoluta falta do que fazer. Um belo dia, por não ter nada melhor para fazer, comecei a brincar com a Calculadora Cidadão do Banco Central, uma página que, entre outras coisas, faz correção de valores baseando-se na inflação. E, num ápice de falta do que fazer, veio uma curiosidade de saber qual o momento em que 1 cruzeiro (moeda que vigorou entre 1970 e 1986, tempo da minha infância e adolescência) teve o mesmo valor que hoje tem 1 real. Encontrei, usando o índice IGP-DI, que este momento foi entre agosto e setembro de 1976.

Cr$ 0,10
Uma cautela deve ser tomada na correção de valores por longos períodos: As imprecisões e manipulações dos índices de inflação podem se amplificar muito e distorcer enormemente os resultados finais. Porém, lembrando que em minha infância uma Bala Juquinha custava 10 centavos (eu juntava 10 cruzeiros para comprar 100 balas – sonhos de consumo de criança) e que uma bala pode ser encontrada nos bares por valor semelhante atualmente, não devia estar muito longe mesmo.


Achada a época, bateu outra curiosidade, esta entusiástica: Como era o mercado de automóveis naquela época? O fato de não precisar converter valores (1 cruzeiro = 1 real) aguçou mais ainda esta sensação: Fui olhar no Acervo Digital da Quatro Rodas como estavam as coisas em agosto e setembro de 1976, quando eu ainda tinha oito anos (é, entreguei a idade nessa...) e, apesar de ainda não entender patavina de mercado, já gostava muito de carros.

Tanque cheio, carteira vazia

A língua inglesa é criativa. Uma das boas vantagens é que eles criam termos para explicar expressões. Existe um termo para a ação de dirigir economizando combustível. É o  hypermiling, ou seja, hiper-milhagem, para nós, hiper-quilometragem. Há boas razões para dirigir um veículo de forma econômica na maior parte do tempo.

Um bom motivo é aquele que é o principal para mim. Minha aversão a desperdícíos de qualquer tipo, me faz sempre buscar uma maior autonomia para cada tanque de gasolina. Não uso álcool, primeiro por não ter carro que funcione com ele, e se tivesse, continuaria usando gasolina. Com o etanol, teria que parar em postos de abastecimento com mais frequência, e isso é coisa de que não gosto, como ir a supermercado, ou loja de roupas.
Ontem, na minha surfada diária pelos meus sites preferidos, me deparei com duas iniciativas que me intrigaram. As duas estão relacionadas à educação para redução de consumo de combustível e emissões de CO2 através da "direção ecológica". Já falei um pouco sobre direção ecológica em outro post, antigo: Eco-autoentusiasta? É algo um tanto chato de se fazer e exige muito treino para pessoas como eu. Talvez eu consiga depois de alguns meses praticando ioga. Ou seja, não vai acontecer tão fácil assim.

Para me ajudar nessa prática a tecnologia pode ser uma solução. A primeira iniciativa é o "pedal de acelerador ecológico" que a Nissan, através da sua marca de luxo Infiniti, lançou no seu modelo topo de linha, o sedã sexy M.




Sabem o que é isso? É o calculador para escolha de combustível, entre gasolina e álcool, uma criação do André Dantas, autor de grandes posts neste blog, e minha. Chama-se FlexCalc e serve para o motorista de carro flex escolher, na hora de reabastecer, o combustível que proporciona o menor custo para rodar.

Isso porque existem duas variáveis nesse caso, a saber, os preços diferentes dos dois combustíveis e a diferença de consumo com um e com outro devido aos seus respectivos poderes caloríficos. Essa diferença, chamada de autonomia relativa, é de 70% em termos médios, razão de a seta vermelha estar sob o número 70.

Mas se o carro apresentar autonomia relativa diferente da média, por exemplo, 65%, é só usar este porcentual em vez de 70%.

Aproveitando a praticidade do FlexCalc, a Volkswagen iniciou uma campanha que consiste em enviar aos seus clientes, por mala direta, um folheto intitulado "O bom desempenho do seu Volkswagen começa neste guia" (abaixo) contendo dicas de como dirigir economicamente, com um calculador FlexCalc junto. Claro, com a devida autorização dos inventores.

A autorização concedida incluiu liberdade para algumas modificações nas cores-padrão do FlexCalc e, naturalmente, a inclusão do logo VW.

Trata-se de um louvável iniciativa da Volkswagen, que além de propiciar aos seus consumidores informações sobre como aproveitar cada gota de combustível e com isso ajudar na contenção das emissões de CO2, oferece uma maneira prática de escolher o combustível que seja mais vantajoso em termos de custo para rodar.

O FlexCalc, em configuração genérica (sem conexão com a marca VW) pode ser adquirido na Empório Divino, Al. dos Nhambiquaras, 904, Moema, em São Paulo, por R$ 6,00. Vendas também mediante depósito em conta-corrente e envio por correio, despesa postal de R$ 3,25.



Pode também ser encomendado por empresas para ser oferecido como brinde corporativo, com a logomarca impressa no centro do disco móvel. De acordo com o volume pedido, o preço cai consideravelmente. Mais informações, inclusive para venda por correio, pelo e-mail flexcalc@emporiodivino.com.br.

BS
(Atualizado pelo autor em 10/04 às 13h45)