google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): carro alugado
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Se por um lado estou trabalhando feito um camelo, apesar dos camelos não reclamarem, decidi que a preguiça não vai me impedir de aproveitar algumas oportunidades para eu fazer o que mais gosto: pegar um carro (de preferência bacana) e sair em viagem meio sem destino, descobrindo o mundo, carregando minha câmera. Idealmente sozinho, mas se a companhia estiver disposta a não me atrapalhar ou tiver predisposição acrescentar algo nessa experiência, também é bem-vinda — o primo AK é um exemplo de parceiro bom pra isso, estar com ele é sempre uma troca. Se for para reclamar ou não entrar em sintonia completa, prefiro que se manque. 

Acabei de pensar que meu prazer estaria uma combinação de entusiasta com fotógrafo da National Geographic. Um bom plano B para minha aposentadoria. 

Então, caiu no meu colo uma viagem para Los Angeles, dois dias e meio com programação intensa e sem tempo para nada além de fazer reuniões e relatórios. Isso vindo de duas semanas insanas e sem tempo para sonhar ou preparar essa viagem com mais calma. 



Para ir de ponto a ponto na região de Orlando, e visitar os eventos que mostramos anteriormente, aluguei um carro, obviamente o modo mais fácil e simples de se deslocar no país do automóvel. É um processo sempre interessante este de escolher um carro que não é seu.

Você chega no balcão da locadora de segunda linha, com preços promocionais, apresenta o número da reserva, a carteira de motorista brasileira, o cartão de crédito, assina o contrato, vai para o estacionamento, lê a placa "full-size" sobre uma fila de carros, olha todas as opções, pondera os percalços das viagens com a família, e chega ao Impala.

Analisa brevemente por fora, depois por dentro e pensa: será que não tem outro carro para eu alugar? Olha de novo a fila toda, e não tem jeito. Ou o porta-malas é pequeno, ou o carro é muito feio, ou já conhecemos.

Pior ainda, na fila em frente formada pelos carros de outra locadora, olhava para mim, abanando a cauda, um modelo que atenderia bem minha necessidade, não tanto quanto o Impala, mas de uma marca que aprecio bastante.



Alugar carro quando se viaja nem sempre é algo totalmente agradável. Normalmente estamos sujeitos ao que estiver disponível, o que pode ser angustiante para um entusiasta.

Nas últimas férias da família, conseguimos andar com três carros bastante diferentes entre si e usar as mesmas ruas e avenidas com eles, o que permite fazer comparativos interessantes.

O primeiro que andamos, em três adultos e uma criança, foi um Honda Accord LX 2010, modelo básico, com calotas. Essa carroceria foi lançada em 2008, portanto ainda um carro bem atualizado, sem deslizes no estilo.

Eu pensava exatamente como o Bob. Vejam o post dele de ontem: o melhor carro é o novo, zero-km, até que, cerca de quatro anos atrás, por força do trabalho, passei cinco meses com carros alugados.

Pessoal, nada pode trazer maior tranquilidade. Carro de locadora vem com seguro e IPVA pago. Em caso de acidente, basta um B.O. e a locadora já lhe entrega outro carro. Lavar? Não precisa. Pneu murcho ou furado? Troque, coloque no porta-malas e passe na garagem da empresa, eles trocam o carro para você, para que não se perca tempo com o conserto do pneu.

Para somar a todas essas maravilhas de não se perder tempo com coisas fúteis, ainda há a vantagem de poder trocar de marca e modelo caso a locadora seja de bom tamanho e tenha frota
variada. Usei um Fiesta, modelo antigo, já com mais de 20 mil km rodados. Após duas semanas, troquei esse modelo por um Palio com a configuração de pneus "canela fina em mulher gorda", e ele balançava nas retas como um cachaceiro às 3 da manhã. Voltei lá no dia seguinte e pedi para trocar pelo velhinho, e fui prontamente atendido. Que maravilha de carro, o alugado.

Clio, com ótimo motor mas bancos e comandos de vidros horríveis: uns três dias de avaliação, tentativa de entortar minha coluna para se adaptar a um banco primitivo, treinamento de tato no escuro para abrir ou fechar vidros, e a paciência deu o alerta: devolve essa tranqueira! Voltei à locadora e mudei de modelo.

Gol, que coisa! banco horroroso, alavanca de mudanças muito para trás, cotoveladas no encosto do banco na segunda e quarta marchas, ventilação sofrível, apesar de todos os modelos que usei terem ar-condicionado, e vamos lá: usei alguns dias e voltamos às meninas do balcão para trocar de carro. E minha esposa já me dizendo: você não pode ser assim, chato. indo lá toda hora só para ver as moças! Não querida, os carros são mais tortos do que eu, preciso encontrar um que se adapte a mim, pois não posso parar de trabalhar para fazer plásticas e cirurgias ortopédicas.

E voltava sempre ao Fiesta velhinho, com assento de banco muito alto e sem regulagem, mas um doce de carrinho. Comandos no lugar, com forças de acionamento corretas, design antigo-clássico-britânico, meu preferido.

Muito bom mesmo descobrir que, melhor que carro novo, é o carro alugado.
JJ