google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): Chevrolet
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Corvette C7.R e Ferrari 458 Italia

O primeiro Corvette, o original de 1953, com seu anêmico motor seis-cilindros Blue Flame de 150 cv de potência bruta, não era mesmo grande coisa em termos de desempenho. Quando Zora Arkus-Duntov tomou as rédeas do programa, logo colocou um V-8 no pequeno esportivo e o sucesso foi meteórico.

Não demorou para que o Corvette emplacasse também nas pistas, com carros espetaculares e resultados que até os europeus se surpreenderam. Vendo os últimos anos, um dos grandes representantes da dinastia foi o C6.R, modelo que até o ano passado competia de igual para igual com Ferrari, Aston Martin e Porsche.

Vencedor na sua classe em Le Mans e campeão da categoria em 2012, o C6.R além de rápido mostrou-se resistente, com a confiabilidade de um V-8 Chevrolet mais do que conhecida e renomada. Criado pela Pratt & Miller, empresa americana de preparações e projetos especiais, o modelo não deixava nada a desejar em termos de tecnologia frente aos concorrentes europeus.

O Corvette C6.R da Larbre Competition em Interlagos

O V-8 de um único comando alojado no meio do "V" e válvulas acionadas por varetas e balancins é a prova de que a simplicidade ainda é o forte para provas de longa duração. Quanto mais complicados, mais peças, maior a chance de um problema ocorrer. Nos primeiros modelos de 2005, o motor era um 7-litros derivado do LS7 para a categoria GT1, depois passou para 6 litros e até o 5,5-litros da última geração, já no que era a GT2.

Neste ano, com o lançamento da nova geração do Corvette Stingray de rua, o carro de corrida também tinha que ser atualizado, e nasceu o C7.R com a nova carroceria que remete ao carro de produção. O motor manteve-se similar ao do carro anterior, 5,5-litros “varetado”, mas agora com injeção direta de combustível e sem o sistema de comando variável disponível no carro de produção.

Fotos não creditadas: divulgação



Picapes originalmente foram criadas para serem veículos de trabalho, comerciais leves. Mas uma olhada nas ofertas disponíveis hoje nos mostra claramente que este objetivo inicial, embora ainda válido, já ficou em segundo plano. Já há algum tempo vem tomando a missão de carro de passeio, mesmo que a capacidade para trabalhar ainda exista.

Mas não é para menos. Picapes são veículos versáteis, que se prestam a um sem-fim de utilizações. Também podem ser configuradas de várias maneiras, sendo freqüentemente disponíveis em várias motorizações, cabines, transmissões...num mundo onde os carros tem cada vez menos variações possíveis, personalizar o seu veículo como acontece nas picapes é algo muito interessante.

Os americanos já perceberam isso há muito tempo, e com isso colocaram suas enormes picapes full-size (leia-se enormemente grandes) no topo dos gráficos de venda. Faz muito que tempo o carro mais vendido do mundo é a picape Ford, seguida de perto pelas Chevrolet/GMC. Na verdade, por mais que digam o contrário, o gosto dos americanos por carros enormes com motor V-8 nunca morreu, apenas migrou dos automóveis para as picapes.

Os EUA são realmente uma pátria de picapes, mas em muitos outros lugares elas são populares, na Ásia principalmente, se bem que em tamanho menor. No Brasil, temos picapes pequenas derivadas de automóveis, e que são até hoje bem populares. Os australianos tem suas utes — eles abreviam tudo, ute é abreviação de utility, utilitário), também derivadas de automóveis, mas com tração traseira e maiores.



Ford Pampa

Por causa desta imensa variedade, esta é uma lista difícil de fazer. Picapes já foram um pouco de tudo, de jipe a carro de luxo, de besta de carga até, pasmem, super-esportivo. Tentei colocar um pouquinho de tudo, mas muito ficou de fora. O leitor, é claro, pode mencionar nos comentários as minhas mais fragorosas omissões.



Demorou tanto para pegarmos um Cruze sedã LTZ automático que o carro já está até sendo atualizado lá fora. Mas antes tarde do que nunca. Se bem que tivemos um relato muito bacana do MAO sobre o Cruze Sport6 com caixa manual.

Eu cresci andando em Opalas, Chevettes e Monzas, até meu pai virar a casaca para VW, com Voyages, Santanas e Gols. Mas a VW do Brasil nunca teve um Omega, ou um Vectra GSi 16V, ou um Tigra ou até um Diplomata 6-cilindros. E muito menos Corvettes e Camaros! Quando meu pai comprou o primeiro Chevette Hatch, praticamente passei a noite no porta-malas com o banco traseiro rebatido.

Com 11 anos meu pai me colocou no volante de um Chevette 1980! O Monza foi o carro mais vendido por três anos da década de 1980 — 84, 85 e 86. O Vectra honrava o slogan "Andando na Frente" que a GM anunciava na transmissão das corridas de Fórmula 1. Corsa GSi, Blazer Executive, Bonanza, S10 V-6 cabine dupla e a lista vai indo. Então eu posso dizer que a GM foi, sim, a responsável pelo meu autoentusiasmo.

Propaganda no Estado de S. Paulo do dia 26 de novembro de 1998. Bons tempos!

(pelicanparts.com)

Power” é uma palavra da língua inglesa que para nós tem duplo sentido: poder e potência são traduções possíveis dela. Lembrem de Jeremy Clarkson gritando: More POWER!!!!” em seu programa Top Gear, um uso emblemático deste duplo sentido. Para eles, power é poder e é potência, é tudo a mesma palavra. O por quê dessa pífia aulinha de inglês, já vão entender, prometo.

As máquinas a vapor do inventor escocês James Watt (1736-1819) impulsionaram a revolução industrial inglesa e ajudaram a Grã-Bretanha a se tornar o país mais poderoso do mundo. Grande pesquisador e inventor, tornou o que era apenas uma idéia (a máquina a vapor) em algo prático, útil e vendável. Ele também foi nada menos que o inventor do conceito do cavalo-vapor, que conhecemos tão bem. Mas seu sucesso financeiro só veio quando se tornou sócio do industrial Mattew Boulton (1728-1809), formando uma fábrica de motores que se chamou Boulton & Watt.

Pois bem, diz a lenda que James Boswell, um nobre escocês que ficaria famoso como escritor de biografias (o famoso crítico americano Harold Blomm o considera o maior biografista da língua inglesa até hoje), estava visitando uma das fábricas de Boulton quando entrou em um galpão onde Watt trabalhava em alguma de suas evoluções do motor a vapor. Impressionado com o enorme, fumegante, barulhento e desconhecido artefato, Lord Boswell pergunta a Boulton o que era aquilo. O sócio de Watt olha o escritor bem nos olhos, e depois de uma pausa dramática, diz:

“I sell here, Sir, what the entire world desires to have: POWER!”
(Eu vendo aqui, meu senhor, o que todo o mundo deseja ter: PODER!)

E é este poder que experimentamos toda vez que apertamos o pedal do acelerador. O motor a combustão interna foi uma revolução tão grande como o vapor: pequeno, e extremamente frugal no consumo de combustíveis líquidos, fez quantidades prodigiosas de poder se tornarem extremamente portáteis. Existem motocicletas hoje que conseguem níveis de potência que outrora moveriam navios de carga.
Fotos não creditadas: divulgação

Puma GT (foto O Globo)



Quem acabou com o automóvel foi o navio.” – LJK Setright


Leonard John Kensell Setright (1931-2005), historiador, músico, escritor, advogado, motociclista, piloto de testes e teólogo inglês, foi certamente o mais erudito autor que já escreveu sobre carros. A frase acima foi usada repetidas vezes por ele para defender uma teoria de que, ao invés dos famosos “carros mundiais”, o ideal é que cada povo e país pudesse projetar seus próprios automóveis. A antítese completa do mundo moderno, onde o caminho é claro para a padronização.

É claro que é algo impossível a completa proibição de exportação que a frase deixa implícita ser o ideal; o absurdo aqui é usado para nos fazer pensar apenas. Apesar de absurda, faz todo sentido, se é que me entendem. Nós adoramos a latinidade e a óbvia aura italiana de um Fiat ou um Ferrari dos anos 1960. Também preferimos, sem saber muito por que, um Charger 1969 ou um Buick GNX a qualquer outra coisa que tenha saído dos Estados Unidos de hoje. Até os japoneses são ainda mais japoneses em seus pequenos kei-cars. E certamente tenho saudades dos antigos Mercedes-Benz sóbrios e arrogantes em sua falta de decoração eminentemente teutônica. Mesmo que a Alemanha, de certa forma, tenha ditado com sua lógica e culto à engenharia, e por conseqüência a eficiência, o padrão básico do automóvel moderno, hoje mundial.

O que Setright dizia na verdade é que os carros deveriam ser um reflexo dos países e do povo que o criaram, e assim seriam adaptados totalmente ao seu ambiente. Quase como Darwin provou ser o caso com os seres vivos. O temperamento do povo, a topografia das estradas, e as características das cidades definiriam os automóveis de um país.


Um Alfa Romeo em sua terra natal: um completa o outro. (foto: villasanrafaello.com)



O Chevrolet Biscayne das fotos foi alvo de uma restauração de três anos de duração, típica dos americanos, que resulta em carros em condição melhor do que quando saíam de fábrica, conhecidas como over-restoration (sobre-restauração). Muita gente não aprova esse tipo de tratamento, mas antes de condenar a prática, precisamos saber o motivo.

Fazer um Chevrolet aparentemente tão simples e de alta produção ser assim tratado e ficar nessa condição tem um motivo muito especial. É um carro que precisa ser entendido para ser admirado por todos que consideram importantes a história da General Motors e de Zora Arkus-Duntov (1909-1996) em particular. O ex-engenheiro-chefe do Corvette, que chegou a esse cargo por ter sido o responsável pela transformação de um pacato conversível no ícone esportivo americano, é também o mentor desse cupê concebido para uso policial.

O Biscayne, fabricado a partir de 1958, é diferente desse carro de 1959, quando praticamente todas as marcas americanas começaram a fabricar carros mais baixos. O estilo de 1959 é único, o 1960 já sendo diferente novamente.

A traseira é curiosíssima, com a tampa do porta-malas parecendo um par de asas, acima de lanternas de desenho curioso. Um verdadeiro show!






Pressionado por necessidades familiares em uma viagem longa em que muito asfalto passaria por debaixo das rodas em quatro estados americanos, era requisito haver lugar certo para bagagem e que ela não interferisse com os passageiros. Vans são boas nisso, na Chrysler Caravan que vi antes de me decidir pelo Chevrolet Tahoe espaço para malas não faltava.

Mas quando a funcionária da locadora me perguntou se eu não preferia um Tahoe pelo mesmo preço da Caravan, meus desejos se realizaram. Não por não gostar das vans, mas pela vontade de utilizar algo mais americano ainda, e com um V-8 GM, melhor ainda.

O modelo que aluguei foi um LT com tração nas quatro rodas temporária sem reduzida, ambos itens opcionais para todas as versões (LS, LT e LTZ), sete lugares, sendo os dois bancos no porta-malas dobráveis e removíveis. Mesmo com eles lá, cabem cinco malas grandes – não tamanho-jumbo – uma ao lado da outra.

Com os todos os bancos no lugar, o porta-malas é de 478 litros. Retirando os dois bancos da terceira fileira, são 1.707 litros. Como eles seriam apenas rebatidos, uns 1.500 litros estariam à disposição. A tampa traseira abre para cima, junto com o vidro, mas este pode ser aberto independentemente para manuseio de volumes menores ou quando o carro está próximo de paredes, por exemplo.


Só com um banco da terceira fileira escamoteado

Com os dois bancos da terceira fileira escamoteados

Tampa traseira aberta ou...

...apenas o vidro traseiro

fotos: GM



Hey, there you are! She's down there. Plain Jane boring, just like you asked for, but I dropped in three hundred horses on the inside. She is gonna fly!
There she is. Chevy Impala, most popular car in the state of California. No one will be looking at you.
(Aí está você! Vamos lá, ela está aqui embaixo. Discreta, chata, sem graça, como você pediu, mas eu coloquei trezentos cavalos debaixo do capô. Esse negócio vai voar!
Olha ela aí: Chevy Impala, o carro mais popular no estado da Califórnia. Ninguém vai olhar duas vezes para você.)

No filme “Drive!, recentemente lançado em vídeo, o ator Ryan Goslin interpreta um misterioso e jovem piloto que ganha a vida um pouco como motorista de assaltos, e um pouco como stunt doublé para a indústria de Hollywood, mas se declara a todos um mecânico apenas, que trabalha na oficina de seu chefe e mentor, o personagem Shannon, interpretado pelo experiente ator Bryan Cranston. É de Shannon a fala acima, dita enquanto ele entrega o carro para o mais novo trabalho do protagonista (um assalto), bem ao início do filme.

Ryan Gosling dentro do Impala, esperando os comparsas, no início do filme "Drive!"

O filme é interessantíssimo. Começa todo tranqüilo e contido, mas do meio para frente explode em uma violência tremenda que nos deixa decididamente incomodados. Além disso, é filmado com um virtuosismo que está ficando cada vez mais raro. As imagens dizem quase tudo, e o silêncio diz mais que mil palavras; uma verdadeira lição de cinema para quem ama a Sétima Arte. Fora que a história é original e nos prende de ponta a ponta. Altamente recomendado.

Mas apesar do tema aparentemente automobilístico, os carros aqui são meros coadjuvantes; quase irrelevantes para a história, fazendo com que mesmo um maníaco como eu os esqueça e preste atenção nos personagens de carne e osso do filme.


foto: MAO

Eu tenho uma crença, compartilhada por muita gente mais inteligente e séria do que eu (e que, portanto, me dá certeza que não é só mais uma maluquice minha), de que só pode-se saber realmente algo sobre um carro depois de uma semana com ele, pelo menos. Na verdade, quanto mais se anda com um carro, mais se conhece dele, óbvio. É fácil pegar as principais características em uma rápida voltinha; fazemos isso muitas vezes aqui no blog. Mas depois de uma semana ou mais, o nosso conhecimento aumenta exponencialmente, e podemos realmente falar mais e, dar mais detalhes para vocês, queridos leitores.

Então estou aqui de volta para contar a vocês como anda meu relacionamento com o meu vermelhíssimo Cruze LT hatch. Para quem não acompanha o blog, comprei-o há coisa de sete meses, e já falei sobre ele aqui. O carro tem bancos de tecido, pintura sólida e câmbio manual, efetivamente o mais barato Cruze que se pode comprar.

Em julho/2012, quando chegou em casa, novinho (foto: MAO) 

Já são mais de 10 mil km rodados com ele. No momento que escrevo essas linhas, são exatamente 11.423. Os últimos quatro mil km foram rodados em dezembro passado, numa sensacional viagem com a família para o sul do Brasil, de São Paulo até Gramado no Rio Grande do Sul pela BR116, depois descendo a serra até o litoral, subindo de volta pela BR101. Não existe nada melhor para uma família que uma longa viagem de carro, e nós aproveitamos bastante a nossa. Eu também aproveitei para dirigir bastante meu novo carro, e daí veio a vontade de contar em mais detalhes como ele é, de uma forma mais tranquila, e com experiência suficiente para fazê-lo sem medo de errar em algo.
Com a participação e fotos de Juvenal Jorge



Existem alguns carros nos quais estranhamente nos sentimos em casa. Não sei explicar o como nem por quê, mas é algo que pode-se provar facilmente por observação do comportamento das pessoas em qualquer encontro de carro antigo. Todo mundo pode até gostar de tudo que vê, mas em alguns carros param e suspiram longamente, como se algo lhes prendesse ali e os remetesse a um passado distante, ou mesmo, diriam os espíritas, a outras vidas.

Eu me sinto assim a respeito de Chevettes. Já falamos muito deles aqui (listo alguns links ao fim do post para os mais curiosos), e eu particularmente falei demais até, acho, e, portanto reluto a voltar ao assunto. Mesmo porque vendi o último de meus sete Chevettes em 2006, e tenho procurado ficar longe de vícios autodestrutivos desde então.

Um visual verdadeiramente cativante

Mas eis que me vem o amigo Juvenal Jorge pedindo companhia para ir ver o carro que é o tema deste post: O Chevette Envemo com cabeçote Silpo. Confesso que relutei, mas acabei concordando, ainda que fosse para não deixar o amigo sozinho.

O painel do novo Corvette Stingray (C7). (netcarshow.com)

Quem pode, faz. Quem não pode, apenas fala a respeito.
Ditado popular

É difícil para alguém que, como eu, apenas fala a respeito de carros, ouvir uma frase como esta. Mas é a mais pura verdade. Quando nos propomos a avaliar o trabalho de outros, é bom lembrar que não pudemos fazer melhor. Sim, porque se pudéssemos realmente, estaríamos do outro lado da cerca que divide quem faz de quem apenas assiste.

A dura realidade que temos que enfrentar é que mesmo o mais insatisfatório dos automóveis é mais importante do que a melhor piada que pudemos fazer designando-o como tal. Mas é muito fácil se esquecer de tal coisa e de se recolher à sua insignificância; principalmente se o que você escreve ou fala encontra ávidos ouvidos, e tal ocupação lhe traz fama e influência, e em alguns raros casos, até fortuna. O sucesso tem o péssimo hábito de fazer as pessoas acreditarem que não são apenas pessoas, e sim algum tipo de ser iluminado que sempre tem razão em tudo.

Mas isto não quer dizer que a ocupação do avaliador não seja honrada, longe disso. Na verdade, é necessária e importantíssima tanto para quem faz os carros, como para quem os compra. Sem uma opinião séria e isenta, como saberíamos o que comprar, ou como saberíamos onde se errou? E errar todos erramos, porque se não o fizéssemos não faríamos parte da espécie humana. Seríamos algum tipo de ser iluminado que sempre tem razão em tudo.

Fotos: Bill Egan e divulgação

O belíssimo Mk2 dos Egan, e logo atrás, o Mille

Na sexta-feira passada, feriado de finados, marcamos um passeio com uma turma de amigos entusiastas, organizada pelo Bill Egan. A idéia era nos encontrarmos às nove da manhã na garagem dele, de onde sairíamos com carros antigos, visitaríamos uma outra coleção de carros antigos aqui de São Paulo, almoçar, e depois voltar ao ponto de saída.

Saí de casa às oito então, para buscar o amigo Rafael Tedesco em casa, e depois ir até à garagem. Estava com um Chevrolet Sonic LTZ azul brilhante, um hatchback pequeno mas luxuoso, moderno, e com todas as amenidades possíveis e imagináveis. O carrinho, ainda novidade nas ruas, fez um bocado de sucesso entre os manicacas reunidos na porta da garagem do Egan. O carro é realmente bonito e chama atenção.

De dentro da Mercedes, pode se ver o Mille e o Jaguar. (Foto: Rafael Tedesco)
O Egan estava, como sempre nessas ocasiões, manobrando os carros para poder tirar lá do fundo do galpão as duas maravilhosas peças da coleção que usaríamos como meios de transporte naquele dia: Um magnífico Jaguar Mk II 3,8-litros de 1961 e um lindíssimo cupê Mercedes-Benz 220SE de 1965. Em momentos como este, sempre dou um passo atrás e lembro como sou um sujeito de sorte de ter tantos amigos generosos como os Egan. Há meros dez anos, estar no meio de carros e pessoas tão legais seria simplesmente impensável. O tanto que a vida muda, e como o faz sem controle nenhum de nossa parte, é uma das coisas que a faz tão bela, e o que nos mantém felizes e esperançosos do futuro.

Fotos: Netcarshow.com, Chevrolet e autor





Este post faz parte da série de artigos onde o MAO e o JJ discordam sobre algum tópico. Outros posts desta série: Miura x Daytona, Countach x Berlinetta Boxer, Passat x Corcel II.

Hoje, uma estranha comparação: o Ford Focus de primeira geração contra o Chevrolet Cruze. O por quê, vamos ver.


Focus e Cruze: dias de um futuro presente
por Marco Antônio Oliveira


Meu velho e fiel Focus 2005


Uma questão absurda, esta. Um Focus Mk1 é algo do passado, que parou de ser produzido em 2009 aqui no Brasil, e muito antes na Europa. Já o Cruze, um carro atual e corrente. Mesmo o preço é diferente: quando novo o Mk1 aqui no Brasil custava a partir de 38 mil reais zero, e o Cruze começa em 60 mil. Hoje, tempo em que o Focus é um carro usado, a diferença é muito maior, claro. Vale comparar um carro usado com um zero? Por que esta comparação absurda?

Bom, eu acabei de trocar meu fiel Focus Mk1 por um Cruze LT Hatch zero-km, todo lindão e vermelhíssimo. Comparar um com o outro acaba por ser natural, e esta comparação acabou, como sempre, numa discussão entre os amigos do AE..


Meu novo e vermelhísimo Cruze LT



Em 1996, fazia uma pós-graduação em Mecânica automobilística na FEI, em São Bernardo do Campo, e morava no bairro de Moema, na capital paulista. Era à noite, e, portanto, voltava para casa tarde, coisa de meia-noite, diariamente.

Voltava pela Rodovia dos Imigrantes. Hoje não há mais hora vazia em qualquer estrada que chegue a São Paulo, mas em 1996, a Imigrantes tinha muito pouco trânsito de noite. E também não havia a praga dos radares que infesta o mundo moderno. Então fazia o que qualquer cidadão responsável faz nesta situação: andava rápido.

Eu já falei aqui da saudade que tenho desse tempo, onde os carros eram lentos, mas andávamos muito mais rápido que hoje. E tenho pena dessa geração atual que não conhece a liberdade de andar à velocidade que se sente seguro, e não a ridiculamente baixa velocidade ditada por placas e garantida por um Big Brother pior do que George Orwell imaginou.


Em janeiro de 2010 publiquei um post que viria ser o meu de maior sucesso aqui no blog, os 10 melhores carros novos que posso comprar. Nunca imaginei que algo daquele tipo chegasse a tanto, nem entendo o por quê, simplesmente porque foi um dos mais fáceis de escrever.

Apenas escrevi aquilo para me ajudar a escolher o meu próximo carro, que acabou sendo o número 2 daquela lista. Sim, comprei um dos últimos Focus MkI zero-km do Brasil, já em meados de 2010, história que também contei aqui. Escrevi aquilo para colocar coisas que andavam em minha cabeça no papel, e assim organizar as idéias. Acho que é chegada a hora de fazer isso de novo. Dar uma reciclada e atualizada naquela lista, já há mais de dois anos no passado.

O nome permanece igual, mas as condições de contorno mudaram um pouco. Desde então, mudei de casa para morar próximo do trabalho (coisa imprescindível para os que moram na cidade de São Paulo e pretendem manter a sanidade a longo prazo), e vendi o Focus 2009. Ainda tenho o 2005, que aos 105 mil km ainda está totalmente perfeito, e para falar a verdade nem pensaria em trocá-lo se não fosse a minha esposa, que gosta de um carro novinho na garagem. Como agora não preciso realmente de dois carros na garagem (vou a pé para o trabalho), as opções aumentam e ficam menos comparáveis diretamente.


Ainda dá tempo! Está acontecendo em Águas de Lindóia, no interior de São Paulo, a décima sétima edição do tradicional encontro de automóveis antigos. Quem não veio ainda dá para fazer uma visita na segunda-feira, dia 30 de abril e ainda evitar o trânsito na volta do feriado do dia 1º de maio.

Para aguçar a vontade de todos, fiz uma pequena seleção dos modelos que mais gostei durante minha visita de ontem. 

CORVETTE

Há vários, de todos os anos e modelos. Como não podia deixar de ser, o 1963 split window é o destaque. Também gostei de um 1960 numa cor pouco usual para um 'Vette.




O recente anúncio de uma colaboração estreita entre a Peugeot francesa e a General Motors (que inclui a compra de 7% das ações da empresa francesa pela GM) abriu a temporada de especulações a respeito do futuro de ambas as companhias, a natureza da aliança, e a situação das operações do gigante americano na Europa.

Mas a verdade é que ninguém, a não ser os funcionários das empresas diretamente ligados a este negócio, sabe algo de concreto sobre os objetivos do acordo. Sabe-se apenas que existe um acordo, e só. O resto é pura especulação.

Sendo assim, vou refrear o desejo de comentar algo sobre o qual não se sabe nada, e apenas contar uma interessante passagem da história de como a Peugeot começou a fazer automóveis, que tem a ver com outro acordo entre empresas de nacionalidades diferentes. E que por ser uma história francesa, é muito mais interessante, cheia de drama, reviravoltas e paixão que qualquer uma que se conte da americana e conservadora GM.


Quando se fala de Chevettes modificados pela Envemo, a primeira coisa que vem à mente é o famoso exemplar azul com comando duplo de válvulas Silpo, um carro que sempre aparece em encontros de antigos e que também frequenta os sites de comercialização de veículos constantemente. Já falou-se um pouco dele aqui.

Pouco conhecido, porém, é o Minuano, uma variação targa executada no Chevette sedã, que também foi comentado no mesmo post do Marco Antônio Oliveira. Este nunca vimos ao vivo, e nem sabemos da sobrevivência de nenhum exemplar.

Com a idéia proveniente do Opel Kadett Aero, esse Minuano é bastante interessante, principalmente por ter sido feito pela Envemo, uma empresa séria e que teve alguns produtos notáveis, sendo o Super 90, réplica do Porsche 356, o mais importante, famoso e elogiado de todos.


O Opel que gerou a idéia do Minuano. Foto: chevettesdicasevenenos.blogspot.com






O lançamento do Chevrolet Corvair no final de 1959 causou uma forte impressão em todos os engenheiros automobilísticos no seu tempo. Aqui estava o maior e mais poderoso conglomerado do mundo, a maior e mais lucrativa empresa do mundo (outros tempos, realmente) fazendo um carro totalmente diferente do que fazia até então.

Inspirada pelo sucesso da VW nos EUA, a Chevrolet de Ed Cole criava um carro avançado, com um seis cilindros contraposto refrigerado a ar na traseira, carroceria monobloco de estilo inovador (fugia da decoração excessiva e dos rabos de peixe então em voga), e suspensão independente nas quatro rodas.




Para ir de ponto a ponto na região de Orlando, e visitar os eventos que mostramos anteriormente, aluguei um carro, obviamente o modo mais fácil e simples de se deslocar no país do automóvel. É um processo sempre interessante este de escolher um carro que não é seu.

Você chega no balcão da locadora de segunda linha, com preços promocionais, apresenta o número da reserva, a carteira de motorista brasileira, o cartão de crédito, assina o contrato, vai para o estacionamento, lê a placa "full-size" sobre uma fila de carros, olha todas as opções, pondera os percalços das viagens com a família, e chega ao Impala.

Analisa brevemente por fora, depois por dentro e pensa: será que não tem outro carro para eu alugar? Olha de novo a fila toda, e não tem jeito. Ou o porta-malas é pequeno, ou o carro é muito feio, ou já conhecemos.

Pior ainda, na fila em frente formada pelos carros de outra locadora, olhava para mim, abanando a cauda, um modelo que atenderia bem minha necessidade, não tanto quanto o Impala, mas de uma marca que aprecio bastante.