google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): no uso
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Demorou tanto para pegarmos um Cruze sedã LTZ automático que o carro já está até sendo atualizado lá fora. Mas antes tarde do que nunca. Se bem que tivemos um relato muito bacana do MAO sobre o Cruze Sport6 com caixa manual.

Eu cresci andando em Opalas, Chevettes e Monzas, até meu pai virar a casaca para VW, com Voyages, Santanas e Gols. Mas a VW do Brasil nunca teve um Omega, ou um Vectra GSi 16V, ou um Tigra ou até um Diplomata 6-cilindros. E muito menos Corvettes e Camaros! Quando meu pai comprou o primeiro Chevette Hatch, praticamente passei a noite no porta-malas com o banco traseiro rebatido.

Com 11 anos meu pai me colocou no volante de um Chevette 1980! O Monza foi o carro mais vendido por três anos da década de 1980 — 84, 85 e 86. O Vectra honrava o slogan "Andando na Frente" que a GM anunciava na transmissão das corridas de Fórmula 1. Corsa GSi, Blazer Executive, Bonanza, S10 V-6 cabine dupla e a lista vai indo. Então eu posso dizer que a GM foi, sim, a responsável pelo meu autoentusiasmo.

Propaganda no Estado de S. Paulo do dia 26 de novembro de 1998. Bons tempos!

Fotos: autor (salvo indicado)

O Exterminador e sua Fatboy (foto: IMCDb.org)

Este é o terceiro post da Série Harley-Davidson na minha busca pela melhor Harley para se ter. Comecei pela base com a 883 no post Vibração boa, em que além de andar na moto pude entender o universo Harley-Davidson. Depois, mais recentemente tive a chance de conhecer bem o outro extremo, a V-Rod Muscle, e relacionar qualidade com aquilo que desejamos no post Saia de zona de conforto. Entre a 883 e a V-Rod está o ícone da marca, a Fat Boy, o modelo que eu mais tinha vontade de conhecer de perto.

É fato que a própria Harley como marca já é um ícone e o estilo próprio de suas motos é facilmente reconhecido. Eu confesso que tento estudar e entender a linha Harley, mas são tantas combinações de motor, quadro, suspensão dianteira e traseira e acabamentos, com tantos nomes e famílias, que decidi ir fixando isso aos poucos. A Fat Boy faz parte da família Softail juntamente com os modelos Softail Deluxe e Heritage Softail Classic, todas com o motor bicilíndrico em V Twin Cam 96B, de 1.585 cm³, arrefecido a ar com 12,1 m·kgf a 3.000 rpm (a Harley do Brasil não divulga a potência). Nessa família, esse motor tem árvore de balanceamento para diminuir a vibração. Na família Touring a variação desse motor, o Twin Cam 103 de 1.690 cm³, que tem uma coxinização entre motor e quadro, não tem o balanceador. Comparei as duas e a Touring vibra bem menos, ou vibra diferente. É mais confortável.
Fotos: autor


Não sei se dou sorte ou azar ao avaliar carros com posts já feitos pelo Bob anteriormente. Sobra muito pouco para contar sobre o carro. Em compensação posso me ater mais em como o carro é no uso. Se bem que nesse caso houve uma importante atualização no Freemont, que em junho do ano passado, a partir do modelo 2014, ganhou uma caixa automática de 6 marchas em substituição à de 4, que deve dar uma sobrevida um pouco maior ao modelo.

Além disso também houve uma atualização no sistema multimídia, agora o  U-Connect, de série na versão Precision (testada), com telona tátil de 8,4 polegadas, navegador Garmin, câmera de ré e DVD. Através dessa telona também se ajusta todas as funções do ar-condicionado.


J6 no uso, elegante!

Depois de um "no uso" com o Golf GTI, um dos posts mais difíceis que já fiz, encontro-me agora em outra circunstância similar. Assim como o Golf está arraigado no imaginário das pessoas como "o carro", um JAC pode estar definido como "um chinês" e a desconfiança que isso implica. Posso realmente estar enganado e fazer disso uma generalização, mas não há como negar que para muitos um carro chinês não passa nem perto da lista de possíveis compras. E há razões para isso, diversas. Muitas ligadas a uma percepção geral sobre os carros chineses, como monstros oriundos de experiências genéticas cruzando genes de diversos outros modelo e criando formas muito familiares, para não dizer cópias, muito pioradas de coisas que já existem. Acho o principal exemplo disso o Lifan e seu monstrengo MINI.

Mas falando de marcas, minha percepção geral sobre a JAC é muito positiva. O experiente Sérgio Habib e sua equipe fizeram um trabalho invejável no lançamento da marca em 2010. Imagine a perfeição em todos os pontos: uma rede de concessionárias novíssima e bem treinada, armazém de peças preparado para atender o pós-venda, garantia de 6 anos para acabar com qualquer percepção de qualidade ruim, uma campanha de marketing das mais lembradas, preços supercompetitivos e produtos readequados especificamente para o Brasil. O Sérgio Habib poderia escrever um livro sobre como iniciar uma nova empresa sem chances de dar errado. Foi tudo tão perfeito que fez os fabricantes locais tremer na base e bater no nosso Governo protecionista pedindo alguma contra-medida à "invasão chinesa"'.


Fotos: autor


Antes de falar do Cerato penso que vale a pena um breve relato sobre a Kia, pois acho que poucos têm dimensão do que a marca representa. A sul-coreana Kia nasceu em 1944 como fabricante de quadros de bicicleta mas só passou a produzir carros em 1974. Em 1997 passou a fazer parte do grupo Hyundai quando foi comprada no meio da crise asiática. Era dona da Asia Motors (lembram do Topic e do Towner?) que em meados dos anos 1990 anunciou a construção de uma fábrica no Brasil, em Camaçari (BA), em troca de benefícios fiscais. Os benefícios foram utilizados mas com a falência da empresa em 1999 a fábrica não saiu do papel. Como a Kia era sua dona, para o governo brasileiro ela deveria arcar com a dívida e isso estava impedindo o avanço de uma possível fábrica da Kia no Brasil. Mas em 2013 essa pendência foi resolvida pela justiça, isentando a Kia dessa dívida.

O Grupo Hyundai-Kia é  quarto maior fabricante de veículos automotores do mundo, com produção ultrapassando 7 milhões de unidades em 2012, sendo a Kia responsável por 2,7 milhões, aproximadamente. Isso coloca a Kia na frente de marcas importantes como Renault, Peugeot, Citroën, Mitsubishi, Chrysler e Fiat. E se consideramos toda a sinergia de desenvolvimento tecnológico e estrutura de custos dividida com a Hyundai, dá para se ter uma idéia do poderio da Kia. 

No Brasil, a Kia vinha numa ascendente até alcançar mais de 77 mil unidades emplacadas em 2011 com uma linha bem completa e atualizada, incluindo motores flex. No entanto, a partir de 2012 com a sobretaxação do IPI para veículos importados em 30 pontos porcentuais, os emplacamentos diminuíram drasticamente para 41.510 unidades em 2012 e 29.135 em 2013. Para reverter esse quadro, só fazendo uma fábrica no Brasil, ainda sem uma perspectiva mais clara. Com toda essa taxação adicional a competitividade fica muito comprometida, uma vez que a relação custo-benefício tem um limite estabelecido pelo mercado ou concorrentes.