google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): JAC
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Fotos: autor



Gosto de carros transportadores de gente. O motivo principal é a versatilidade. Capacidade de levar pessoas e converter uma parte dessa capacidade para levar carga se for necessário é sempre um atrativo. É a tranqüilidade de atender necessidades variadas, sejam as nossas, da família ou de amigos. No caso de furgões ou vans grandes, esse atendimento pode ser feito também comercialmente.

Carros radicais também me atraem, lógico, e nesse ponto, uma perua monovolume como a T8 também pode ser enquadrado como radical. Radicalmente versátil. O preço do veículo para este mês é R$ 94.990.

De cara, grande e atraente. Bem desenhado por fora e por dentro, não há nada que possa ser considerado ruim. Gostei até da grade gigante que o Josias comentou quando da apresentação da T8. Grades grandes me passam informação de boa área de entrada de ar, de bom aproveitamento de radiador do motor e condensador do ar-condicionado.

No texto do tio Josias há mais dados técnicos, que não repetirei, me concentrando no que senti em alguns dias de uso.

J6 no uso, elegante!

Depois de um "no uso" com o Golf GTI, um dos posts mais difíceis que já fiz, encontro-me agora em outra circunstância similar. Assim como o Golf está arraigado no imaginário das pessoas como "o carro", um JAC pode estar definido como "um chinês" e a desconfiança que isso implica. Posso realmente estar enganado e fazer disso uma generalização, mas não há como negar que para muitos um carro chinês não passa nem perto da lista de possíveis compras. E há razões para isso, diversas. Muitas ligadas a uma percepção geral sobre os carros chineses, como monstros oriundos de experiências genéticas cruzando genes de diversos outros modelo e criando formas muito familiares, para não dizer cópias, muito pioradas de coisas que já existem. Acho o principal exemplo disso o Lifan e seu monstrengo MINI.

Mas falando de marcas, minha percepção geral sobre a JAC é muito positiva. O experiente Sérgio Habib e sua equipe fizeram um trabalho invejável no lançamento da marca em 2010. Imagine a perfeição em todos os pontos: uma rede de concessionárias novíssima e bem treinada, armazém de peças preparado para atender o pós-venda, garantia de 6 anos para acabar com qualquer percepção de qualidade ruim, uma campanha de marketing das mais lembradas, preços supercompetitivos e produtos readequados especificamente para o Brasil. O Sérgio Habib poderia escrever um livro sobre como iniciar uma nova empresa sem chances de dar errado. Foi tudo tão perfeito que fez os fabricantes locais tremer na base e bater no nosso Governo protecionista pedindo alguma contra-medida à "invasão chinesa"'.




Quando o Bob Sharp me perguntou se eu poderia ir ao lançamento do JAC J2, a primeira coisa que pensei foi “xii, isso não vai dar certo”. Explico. Sempre gostei de carros grandes e com muitos itens de conforto, preferencialmente sedãs; e o Jac J2 é o oposto disto, um carro minúsculo e de preço relativamente baixo, para competir nos segmentos inferiores do nosso mercado. Porém, ao ler na internet que ele virá ao Brasil equipado com o mesmo e bom motor do J3 (1.332 cm³, mas chamado de “1.4”), pesando quase 150 kg a menos, pensei: “bem, esse bichinho até que pode ser divertido, vou lá conferir”.

Não deu outra: O motor realmente fez a diferença no J2. Enquanto praticamente todos os seus concorrentes em preço e peso recorrem ao motor de 1 litro para pagar menos IPI, a JAC Motors brasileira fez o oposto: o J2 original na China tem motor de 1 litro, mas, quando da importação, o grupo de Sérgio Habib solicitou que o motor fosse mudado para o mesmo HFC4GB1.3C que equipa o J3. Este motor desenvolve 108 cv a 6.000 rpm e tem torque máximo de 14,1 m·kgf a 4.500 rpm. Se contarmos que o pequenino J2 pesa apenas 915 kg, temos a interessante relação peso-potência de 8,47 kg/cv. Número respeitável, digno de carros de bom desempenho, e dirigir o J2 só confirma isto. Mais detalhes sobre o motor no post do J3.


Fotos: autor






Há poucas semanas publiquei no AUTOentusiastas a avaliação de um JAC J3 hatch. Agora é a vez do Turin, que é a versão sedã do modelo. Tudo igual na mecânica e itens de série, que dizem ser os tais que o deixam "completo", ou seja, ele vem com tudo o que o modelo pode oferecer, menos alguns itens que acho importantes e citarei mais adiante.

O porta-malas é bem espaçoso para o tamanho do carro e o encosto do banco traseiro é rebatível, o que quebra bons galhos para carregar objetos maiores. Outra coisa, mas que pode ser só impressão minha, é que achei o sedã mais silencioso, talvez por isolar acusticamente melhor a suspensão traseira, vantagem comum dos sedãs sobre os hatches.

Porta-malas de 490 litros, bom tamanho

Eu tinha que viajar para o interior e como me restavam algumas pequenas dúvidas com relação ao modelo aproveitei para pedir o carro.

Vamos lá.

Recentemente o MAO levantou a questão de quão barato realmente é o novo JAC (aqui) e o comparou com o Focus que comprou há um par de anos atrás pelo mesmo valor. Questionou a necessidade ou desejo de alguns equipamentos oferecidos como itens de série no J3, e que levando isso em conta, o carro não é tão barato assim.