Uma visão especial mesmo nos Estados Unidos |
Lá pelo meio dos anos 1980, quando era um adolescente imberbe, o mundo era bem mais simples do que é hoje. As escolhas de automóveis eram poucas e fáceis de entender, a ponto de sabermos de cor as sutis diferenças entre ano-modelo de todo carro à venda, e a potência e configuração básica de tudo. Para um jovem de hoje, acostumado a escolhas praticamente infinitas, pode parecer chato, mas garanto que nos divertíamos muito mesmo assim, e nunca faltava assunto também.
Há vários, de todos os anos e modelos. Como não podia deixar de ser, o 1963 split window é o destaque. Também gostei de um 1960 numa cor pouco usual para um 'Vette.

Um dos nacionais mais lindos do evento! Modelo: ? Ano: ? |
Aconteceu nesse final de semana o VIII Mopar Nationals. Esse foi o terceiro ano consecutivo em que estive no evento organizado pelo Chrysler Clube do Brasil. Conversei com o Caccuri, um dos organizadores, e juntos concluímos que esse evento deve ser um das maiores, se não a maior reunião de modelos Chrysler da América Latina. Possívelmente também a maior reunião fora da América do Norte. São mais de 200 carros das marcas da Chrysler de vários modelos.

Até que ligaram o motor. De acordo com membro da equipe: “Foi muito engraçado quando ligamos o carro pela primeira vez. Todo mundo parece que de repente ficou quieto, e olhou para o nosso lado. Em alguns segundos, tínhamos uma plateia. Ele tinha um som que era só dele...” Outro se lembra do som assim: “...como um DC-7 sem esteróides – bem profundo e grave. Nada soava como ele. Era alto como os dragsters”.
O prata é de 1967 e estava a venda em Águas de Lindoia por um preço que prova que eu vou ter que trabalhar muito ainda, antes de ter as chaves de um igual. Não me lembro a quantia de moedas, e prefiro nem lembrar.
O verde é do mesmo ano e estava na exposição junto aos outros Mopar, todos ótimos.
Apesar de eu ainda preferir a segunda carroceria, lançada em 1968, esses aqui são muito especiais. Notem os bancos traseiros rebatíveis. Um detalhe inovador em um carro que parece jamais ficar antigo, mesmo sendo velho.
Deve ser isso que define um clássico.
JJ

Não, não é uma garagem perdida no interior da Itália.
Fuselage look, huh?

Sempre adorei o centro de São Paulo. Em cada portaria, em cada fachada, uma surpresa.
Pit Stop para reabastecimento
Yeah, Evil. MOPAR RULEZ!
Chegamos lá bem cedo e até as 10h30 me concentrei nas fotos. Depois disso encontrei o Bob, o Arnaldo, o Marco Antonio Oliveira e o Bill Egan. A partir daí conversamos bastante e encontramos muitos amigos até a hora do almoço. Depois do almoço o sol estava muito forte e deu uma grande preguiça de refazer todo o percurso para anotar os detalhes dos principais carros fotografados.
Mas como dizem que uma imagem vale mais que mil palavras, decidi postar algumas das fotos mesmo sem um descrição mais detalhada dos modelos. Pelo menos assim os que não puderam ir vão ver o que perderam.








Nota: segundo o Bill Egan, o Mustang amarelo da última foto é uma réplica feita em fibra.
Os green cars estão em foco recentemente no mundo automotivo. Não é de hoje que as preocupações por parte dos fabricantes em concentrar esforços neste segmento vêm aumentando.
Tempos passados já trouxeram exemplares para o público, nem sempre de fácil aceitação. Algumas pessoas criticam os carros verdes como sendo desnecessários, sem sentido e de valores cobrados absurdos pelo que oferecem.
Mas temos que criar uma conscientização para que o mundo veja que realmente precisamos dos carros verdes, eles trazem grandes benefícios aos seus proprietários e ainda afetam diretamente as pessoas ao seu redor. Precisamos de mais carros assim, caso contrário estaremos perdidos em pouco tempo.


