google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): 10 melhores
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Fotos não creditadas: divulgação



Picapes originalmente foram criadas para serem veículos de trabalho, comerciais leves. Mas uma olhada nas ofertas disponíveis hoje nos mostra claramente que este objetivo inicial, embora ainda válido, já ficou em segundo plano. Já há algum tempo vem tomando a missão de carro de passeio, mesmo que a capacidade para trabalhar ainda exista.

Mas não é para menos. Picapes são veículos versáteis, que se prestam a um sem-fim de utilizações. Também podem ser configuradas de várias maneiras, sendo freqüentemente disponíveis em várias motorizações, cabines, transmissões...num mundo onde os carros tem cada vez menos variações possíveis, personalizar o seu veículo como acontece nas picapes é algo muito interessante.

Os americanos já perceberam isso há muito tempo, e com isso colocaram suas enormes picapes full-size (leia-se enormemente grandes) no topo dos gráficos de venda. Faz muito que tempo o carro mais vendido do mundo é a picape Ford, seguida de perto pelas Chevrolet/GMC. Na verdade, por mais que digam o contrário, o gosto dos americanos por carros enormes com motor V-8 nunca morreu, apenas migrou dos automóveis para as picapes.

Os EUA são realmente uma pátria de picapes, mas em muitos outros lugares elas são populares, na Ásia principalmente, se bem que em tamanho menor. No Brasil, temos picapes pequenas derivadas de automóveis, e que são até hoje bem populares. Os australianos tem suas utes — eles abreviam tudo, ute é abreviação de utility, utilitário), também derivadas de automóveis, mas com tração traseira e maiores.



Ford Pampa

Por causa desta imensa variedade, esta é uma lista difícil de fazer. Picapes já foram um pouco de tudo, de jipe a carro de luxo, de besta de carga até, pasmem, super-esportivo. Tentei colocar um pouquinho de tudo, mas muito ficou de fora. O leitor, é claro, pode mencionar nos comentários as minhas mais fragorosas omissões.
Fotos não creditadas: divulgação

Puma GT (foto O Globo)



Quem acabou com o automóvel foi o navio.” – LJK Setright


Leonard John Kensell Setright (1931-2005), historiador, músico, escritor, advogado, motociclista, piloto de testes e teólogo inglês, foi certamente o mais erudito autor que já escreveu sobre carros. A frase acima foi usada repetidas vezes por ele para defender uma teoria de que, ao invés dos famosos “carros mundiais”, o ideal é que cada povo e país pudesse projetar seus próprios automóveis. A antítese completa do mundo moderno, onde o caminho é claro para a padronização.

É claro que é algo impossível a completa proibição de exportação que a frase deixa implícita ser o ideal; o absurdo aqui é usado para nos fazer pensar apenas. Apesar de absurda, faz todo sentido, se é que me entendem. Nós adoramos a latinidade e a óbvia aura italiana de um Fiat ou um Ferrari dos anos 1960. Também preferimos, sem saber muito por que, um Charger 1969 ou um Buick GNX a qualquer outra coisa que tenha saído dos Estados Unidos de hoje. Até os japoneses são ainda mais japoneses em seus pequenos kei-cars. E certamente tenho saudades dos antigos Mercedes-Benz sóbrios e arrogantes em sua falta de decoração eminentemente teutônica. Mesmo que a Alemanha, de certa forma, tenha ditado com sua lógica e culto à engenharia, e por conseqüência a eficiência, o padrão básico do automóvel moderno, hoje mundial.

O que Setright dizia na verdade é que os carros deveriam ser um reflexo dos países e do povo que o criaram, e assim seriam adaptados totalmente ao seu ambiente. Quase como Darwin provou ser o caso com os seres vivos. O temperamento do povo, a topografia das estradas, e as características das cidades definiriam os automóveis de um país.


Um Alfa Romeo em sua terra natal: um completa o outro. (foto: villasanrafaello.com)

Fotos: divulgação do fabricante

Toda vez que fiz uma lista deste tipo (em 2010, 2012 e 2013), foi por que estava realmente comprando um carro. Desta vez, não sei se vou. Vontade com certeza tenho, mas não a certeza de que é a hora certa de fazê-lo, como foi nas outras listas. Certamente estou investigando o assunto com carinho, como vocês verão mais adiante. Mas penso que, vendo o sucesso inesperado que as outras listas tiveram, talvez seja a hora de torná-la um evento anual, e janeiro me parece um mês ótimo para isso.
Ou talvez seja realmente dinheiro, como dizem os americanos, queimando um furo no meu bolso. E uma vontade danada de mudar algo, de experimentar algo novo. O Cruze vermelho já está com quase dois anos e 26 mil km, e sinceramente ando com vontade de trocá-lo. Não que esteja insatisfeito, pelo contrário, mas sim pelo simples fato de que posso fazê-lo. Muitas vezes nós, obcecados que somos por essa máquina maravilhosa, pensamos demais sobre compra, inventamos teorias e motivos, e agonizamos na escolha. Mas na verdade, o bom mesmo não é listar motivos para trocar de carro, e sim, se perguntar: por que não?
Carros são coisas extremamente caras para gente como eu, parte da classe média assalariada brasileira. São, depois da casa, a coisa mais cara que temos. Não deveria gastar tanto dinheiro só porque posso. Mas só se vive uma vez aqui neste plano então... Quando compro em carro penso em dinheiro, lógico, faço as contas, vejo seguro etc, mas é preocupação secundária. O principal é quanto eu quero o novo carro, e se posso pagá-lo. Nada mais.

Fotos sem crédito: net car show.com



It’s not the kill, It’s the thrill of the chase!
(Não é o ato de matar, é a emoção da perseguição!)

Quando a banda inglesa Deep Purple disse a frase acima, na música “Knocking at your back door”, faixa de introdução de seu antológico vinil de retorno “Perfect Strangers” (1984), usou uma expressão comum entre caçadores, mas o assunto aqui era outro tipo de caça: as mulheres. A música fala que o legal é perseguir mulheres difíceis, especiais, interessantes, que o real desafio está na busca, na conquista. A melodia é sensual, e a gente se sente meio compelido em acreditar que o bom mesmo é perseguir uma doce dançarina chamada Lucy, cujos dedos disparam sombras elétricas inalcançáveis... 

O que a canção diz é que ótimo estar com elas, mas uma vez atingido o objetivo inicial, o chamado da busca incessante é ouvido, o que era inatingível e excitante se torna fácil e comum, e inevitavelmente é a emoção da caça que se sobrepõe. Assim dizem as sagradas escrituras do rock’n’roll.

Mas eu sou, por natureza e opção, um cara monógamo. Entendo e já senti, na juventude, a emoção deste tipo particular de caça, mas não é algo presente em minha vida. Mas quando falamos daquele que é o tema deste ilustríssimo blog, o automóvel, a coisa muda de figura. Como muitos de vocês, acredito, vivo minha vida em busca a um elusivo e inalcançável Graal automobilístico, aquele carro perfeito, raro, barato, interessante, que será para sempre ligado indelevelmente à minha pessoa, e que, perfeitamente ajustado às minhas necessidades, desejos e taras, se tornará a escolha definitiva. 

Apesar disso, ou talvez por causa desse irreal objetivo, se com mulheres tive muito sucesso na monogamia, com carros fracassei completamente. Me saí um sujeito safado cuja promiscuidade não tem limites. De velhos Fuscas a novos Ferraris, e todo resto no meio, tudo me atrai e me excita, tudo consegue chamar minha atenção e se tornar o objetivo dos meus desejos e a musa de meus dias. Não há marca que me segure, não há tabus nem coisa proibida: vale tudo e tudo parece estar disponível se eu persistir de verdade. Sou decididamente infiel quando se trata de automóveis.

É por causa disso que volto aqui, apenas alguns meses depois de ter feito minha última lista deste tipo, e de por resultado ter comprado meu Cruze, para compartilhar mais uma vez com meus queridos leitores o que passa em minha cabeça doentia e pervertida quando me coloco à caça novamente.


Em janeiro de 2010 publiquei um post que viria ser o meu de maior sucesso aqui no blog, os 10 melhores carros novos que posso comprar. Nunca imaginei que algo daquele tipo chegasse a tanto, nem entendo o por quê, simplesmente porque foi um dos mais fáceis de escrever.

Apenas escrevi aquilo para me ajudar a escolher o meu próximo carro, que acabou sendo o número 2 daquela lista. Sim, comprei um dos últimos Focus MkI zero-km do Brasil, já em meados de 2010, história que também contei aqui. Escrevi aquilo para colocar coisas que andavam em minha cabeça no papel, e assim organizar as idéias. Acho que é chegada a hora de fazer isso de novo. Dar uma reciclada e atualizada naquela lista, já há mais de dois anos no passado.

O nome permanece igual, mas as condições de contorno mudaram um pouco. Desde então, mudei de casa para morar próximo do trabalho (coisa imprescindível para os que moram na cidade de São Paulo e pretendem manter a sanidade a longo prazo), e vendi o Focus 2009. Ainda tenho o 2005, que aos 105 mil km ainda está totalmente perfeito, e para falar a verdade nem pensaria em trocá-lo se não fosse a minha esposa, que gosta de um carro novinho na garagem. Como agora não preciso realmente de dois carros na garagem (vou a pé para o trabalho), as opções aumentam e ficam menos comparáveis diretamente.




A maioria das pessoas julga carros pelo exterior, mas para mim parece claro que o interior é o que interessa. Afinal de contas, a gente passa muito mais tempo olhando para ele depois de comprar um carro.

Mas recentemente, principalmente nos países do primeiro mundo, o interior ganhou o foco da indústria. Bob Lutz, quando voltou para a GM em 2001, começou por onde a empresa estava pior: no interior. Cada vez mais, o habitáculo recebe a atenção que merece, e hoje em dia não se deve subestimar sua importância.

Pessoalmente, faz algum tempo que percebi que para realmente gostar de um carro, tenho que me sentir bem ao volante. Bancos, volantes, câmbio e pedais tem que fazer um conjunto coeso. A visibilidade tem que ser boa. E as superfícies devem ser agradáveis ao tato, sempre. Se não me sentir bem com isso, pode ter 2325 cv e pneus revestidos de super-bonder, que não vou realmente gostar. Sim, vou me divertir pacas, mas sem ter aquela conexão perfeita com a máquina que reputo essencial para o prazer ao volante. É o real Santo Graal da excelência automotiva.

Acho tão importante este assunto, que simplesmente tive que fazer uma lista de 20 e não a usual de 10. Muita coisa legal ainda assim ficou de fora, portanto os amigos leitores estão convidados, novamente, a me ajudar e eleger mais alguns. Design, ergonomia, utilidade, tudo conta, e como sempre a lista é extremamente pessoal, o único critério básico é eu achar muito legal, e desejar estar lá dentro do carro ao invés de aqui escrevendo em minha sala sem graça! A ela então, em ordem cronológica:


Desde que escrevi um texto falando sobre Ferrari em geral neste blog, muitos amigos meus tem a falsa impressão de que não gosto da marca. Eu sei de onde vem esta impressão: a minha falta de reverência ao fundador, Enzo, o que absolutamente não quer dizer que não goste dos carros... Na verdade, é fato que nunca foi criado um Ferrari menos do que sensacional, nunca, em tempo algum.

Um Ferrari só tem um problema de verdade: o preço. São tão fora do padrão normal de preço de um automóvel que freqüentemente são comprados e mantidos como jóias raras e obras de arte de autores famosos: longe das ruas e estradas que é sua casa. Mas não quer dizer que por isso deva julgar a marca; o preço de um carro é o que se paga por ele, e Ferraris seguem vendendo muito bem obrigado, prova de que o preço está correto. Na verdade, fazendo a conta da porcentagem dos rendimentos anuais dos seus proprietários equivalente ao custo do carro, um Ferrari é mais barato para eles do que meu Focus foi para mim. Tudo é relativo, e por isso julgar um carro deste tipo pelo preço é um erro. Não se compra um Ferrari porque se comparou algo, se compra por vontade e desejo. Existe motivo melhor?

Na verdade eu adoro Ferraris, principalmente os V-12 de motor dianteiro. Como vocês podem ver abaixo, não exclusivamente eles, mas principalmente. Lista dificílima de se fazer, porque como já disse, ainda está para nascer um Ferrari que não seja maravilhoso. Sem nenhuma ordem específica, vamos a eles, os 10 melhores Ferrari, segundo o MAO:


1) 550 Maranello




Esta lista é diferente, por não ser uma lista de carros, e sim de nomes interessantes. Olhando para ela, penso que as empresas hoje desperdiçam seu dinheiro contratando consultorias a peso de ouro para criar nomes para carros: basta evocar velocidade, matança, maldade e destruição que o nome será memorável... Depois a gente reclama que ninguém nos entende...

A lista é absolutamente subjetiva, portanto os leitores podem se sentir incentivados a criar suas próprias. É só não se influenciar demais pelo carro em si; o que vale aqui é o nome. Por isso mesmo coisas tão legais como um Nissan GT-R e um Ferrari 599 estão fora: são carros sem nome, coitados. Seus pais lhes deram siglas e números ao invés de um nome de verdade, ato realmente imperdoável para com crianças tão lindinhas...

A eles então, começando do décimo colocado, e ao fim, no nome mais legal já dado a um automóvel, na humilde opinião deste colunista:


Esta lista é para meu amigo Alexandre Garcia, engine swapper emérito e o sumo sacerdote das trocas de motor.

1) Chevette AP turbo do Eber

O motor VW AP parece que nasceu para o Chevette. Extremamente fácil: basta um espaçador de 1 polegada de espessura, e dois coxins híbridos, basicamente. O AP gira e tem potência e torque em rotações parecidas às motor original do carro, e portanto todaa transmissão original funciona muito bem obrigado. É mais leve e mais potente e até o escapamento desce pelo lado certo. Um Chevette com um 2.0 a álcool de Santana é extremamente apaixonante e barato.

Mas tem gente que quer mais. O Eber (www.eberturbo.com.br), que costumo chamar de "O Chevetteiro maluco de Pirassununga", cansou de perder transmissões em seu Chevette tubarão vermelho, equipado com seus APs turbinados de mais de 400 cv, resolveu radicalizar. Colocou uma tranmissão de Omega e montou o AP "em pé", sem sua tradicional inclinação. Enorme cirurgia necessária no túnel do carrinho. Vejam abaixo porque isto é uma insanidade divertidíssima: o câmbio é maior que o bloco do AP...



Alguns leitores, olhando pelos comentários recentes do blog, acreditam que aqui vive um grupo de anacrônicos adoradores do passado, gente sem nenhuma esperança no futuro e com uma visão erroneamente romântica de tudo que ficou para trás. Dizem que somos tolos arautos de um tempo selvagem e não-civilizado, que nos esquecemos de andar para frente e aceitar o que há de bom no novo, ficando presos a lembranças que filtram tudo de ruim e só veem o lado róseo e florido daquele tempo.

Bom, leitores, é tudo a mais absoluta verdade.

Posso ser um dinossauro em extinção, mas eu já rodei por esta terra com meu multicarburado Opala numa época em que não se imaginava ser possível radares tirando fotos transmitidas on-line ao Detran, para que dias depois aparecesse uma multa em casa. Uma época em que existiam apenas três revistas especializadas nas bancas e todas eram ótimas. Fazer o quê? Sinto saudades desse tempo, ué. Não posso negar, sob pena de não ser sincero.

Mas isso não quer dizer que não olhe para o futuro com esperança. Posso passar mais tempo reclamando do que mudou e não volta mais, mas isto é porque, também gosto de entender o passado e leio muito para tentar (em vão) entendê-lo e, desta forma, por referências passadas, compreender o presente e aceitar o futuro.

Mas mudar é bom; é muito bom. É doloroso, muitas vezes, principalmente quando não se gosta do que está mudando, mas é muito bom. Na verdade, é mais que apenas “bom’: é indispensável!

Lembro sempre da conversa entre o babuíno Rafiki e o leão Simba, naquele clássica releitura de Hamlet para crianças que é o filme “O Rei Leão”. O jovem Simba vive uma vida boa, mas vazia, sem objetivo, e se recusa a mudá-la, atormentado pelo seu trágico passado. Rafiki dá-lhe uma cacetada na cabeça, o leão reclama. Rafiki diz:

- A cacetada não é importante, está no passado!
- Mas ainda dói! – diz Simba
- Vai passar, Simba! Mudar é bom; mas dói…

E temos muitos motivos para acreditar que o futuro ainda será bom para nós, insignificantes seres que gastam uma quantidade enorme de seu tempo dedicadas a essas malditas máquinas que, apesar de criadas para nos servir, nos fazem absolutamente escravos delas.

Separei 10 destes motivos para vocês:

1) Chevrolet Corvette
Que um Corvette básico atual é mais potente e muito mais barato que um Porsche 911, todo mundo sabe, é apenas a continuação de de uma longa tradição entre os dois clássicos rivais. O que poucos perceberam é que hoje o Corvette tem o mesmo peso que o Porsche…

O V8 do Corvette é em minha opinião o melhor propulsor já montado em um automóvel. Todo em alumínio, é leve, minúsculo, mas de grande deslocamento volumétrico, potência e torque. E, para surpresa dos que ainda se prendem a relação potência-deslocamento para determinar a eficiência de um motor, é também econômico, capaz de gerar 11 km/l na estrada quando montado no ‘Vette.

O carro também é um exemplo de carro esporte completo; recordista de Nürburgring; exímio atleta nas curvas.

O básico hoje tem 436 cv. Se não houvessem seus irmãos “maiores” Z06 (512 cv) e ZR1 (628 cv), já seria o mais potente Corvette da história. Mais potente até que o Z06 da geração anterior! É ou não é motivo para esperança no futuro?

2) Chevrolet Cobalt SS:
Já falei dele aqui. Não é uma alegria um carro que parece com algo que se aluga em Orlando para ver o Mickey, ser mais rápido em circuito do que um Lotus?

3) Nissan GT-R:
Um carro esporte para o novo século. Tecnologia a serviço da velocidade pura.

4) Renault Logan:
Este é controverso, sei. Mas eu realmente gosto do fato de que o Logan existe.

O Logan é a negação da moda, do fútil e do supérfluo.

O desenho ficou em segundo plano à função. Segue a premissa básica de que um carro deve servir para tudo; o que é a grande furada da teoria do carro elétrico, que pretende ser usado em percursos curtos apenas.

O Logan está feliz, e tem o tamanho certo para rodar na cidade diariamente levando seu dono ao trabalho e diversão. E quando chega o fim de semana, leva 5 pessoas e bagagem a qualquer lugar com conforto, economia e velocidade exemplares. Extremamente leve para seu tamanho interno, o Logan consegue ser rápido o suficiente mesmo com o motor 1,0. E com o excelente Renault 1,6 de 16V, é um carro com o qual posso andar tão rápido quanto eu possa desejar.

E daí que é feio? Carro é para dirigir, não para mostrar ao vizinho. Um triunfo da lógica sobre a emoção, ainda assim é uma experiência memorável para se dirigir com fúria.

Designers odeiam o Logan. I simply love it!

5) Big, old Japanese cars:
Eu atualmente tenho como meu carro de uso um velho e surrado Nissan Maxima de 1995. Feio, rodas descascadas, parachoques trincados.

Mas o carro roda sem fazer um barulho, como é de praxe em carros japoneses. O couro ainda está impecavel e absolutamente tudo funciona como deveria, do toca-fitas e CD player (3/5 inch compatible!) ao retrovisor elétrico. Enorme, largo, longo, baixo, lembra um Landau em tamanho.

E o motor… primeira aparição do V6 “VQ”(3 litros e 192 cv ), este motor de alumínio é uma jóia. Ronrona feito um gatinho em baixa, mas quando se afunda o pé, urra feito um Ferrari até 7.000 rpm com uma voracidade e uma suavidade que deixa a boca cheia d’água e todos os pelos da nuca arrepiados. Dados de época colocam a aceleração de 0-100 por hora em menos de 7 segundos e uma velocidade final acima de 230 km/h. Feels fast as hell.

Paguei oito mil reais no carro ao final do ano passado. Se isto é possível hoje, o que nos reserva o futuro?

Um Camry hoje tem quase 295 cv, mesma potência (num carro de tamanho semelhante) que o lendário Mercedes 450SEL 6.9.

6) Citroën
O C4 e o C6 são geniais. Como sempre, Citroëns não são para quem quer velocidade pura, apesar de em mão hábeis serem ótimas ferramentas para este fim. Mas são exelentes lugares para passar o tempo dentro, coisa que fazemos muito hoje em dia.

São originais, arejados, alegres, extremamente funcionais, incrivelmente confortáveis, tecnologicamente avançadíssimos, uma verdadeira brisa de ar puro para quem não se conforma com a mesmice reinante em desenhos automobilísticos. Vai olhar um ao vivo em detalhes e entenderás o que digo.

Extremamente alinhados com seu tempo, mereciam dominar as vendas de carros “normais” neste novo século.

7) Porsche Panamera e Aston Rapide
Carros esporte de quatro lugares são uma real novidade e uma ótima ideia. Já expliquei aqui que a Porsche fez o Panamera do jeito errado, e que a Aston já morreu, mas, paciência. A ideia é realmente ótima.

8) Morgan:
A empresa familiar completa 100 anos em 2009 ainda fabricando um carro que lançou em 1936, com estrutura de madeira, totalmente feito à mão num proverbial casebre no interior da Inglaterra.

Até os parafusos são fabricados lá, como há 100 anos atrás.

É uma felicidade que ainda exista algo assim, que traz o passado ao presente e o eterniza. Que a empresa dure mais 100 anos desta forma!

9) Bugatti Veyron
Só o fato de ter gente ainda preocupada em fazer o carro mais veloz do mundo me dá esperanças no futuro da humanidade.

10) Porsche 911:
Herdeiro de uma longa tradição, nunca vai morrer, só melhorar. Como diz a melhor propaganda de carro já criada:

“Perhaps it’s time, once again, to be thankfull that we live in the world that we do. And there are companies like Porsche, that build cars like these.”

Amém!

MAO
1 - Os 10 carros mais velozes.
Lista que não leva a nada. Fazer carro para andar rápido é fácil. Difícil é fazê-lo funcionar decentemente e com segurança.
2 - Os 10 carros mais feios.
Totalmente subjetivo.
3 - Os 10 carros mais bonitos.
Totalmente subjetivo elevado ao quadrado.
4 - Os 10 melhores motores.
Pouco importa se o motor vibra um pouco mais ou pouco menos, se o torque máximo está a 2.400 ou 2.443 rpm. Andou bem, gastou pouco e não quebrou, é o que vale.
5 - Os 10 melhores pilotos de Fórmula 1.
Tão objetivo e simples quanto fazer uma lista das 10 mulheres mais bonitas da história humana. Nunca se chega a uma conclusão, nem pela metade.
6 - Os 10 carros mais econômicos.
A experiência indica que é possível gastar bastante combustível com praticamente qualquer carro. Basta um motorista cavalo ignorante para que essa proeza seja alcançada.
7 - Os 10 carros preferidos pelas mulheres.
Besteira pura. Sabemos que existe até mulher no Brasil que adora Citroën BX.
Há gosto para tudo, então, preferências não existem.
8 - Os 10 melhores carros.
Outra besteira. Se o carro for perfeito em tudo, mas tiver um design horroroso, você topa ter um? E se ele for muito bonito, mas for um lixo mecanicamente, você vai querer?
9 - Os 10 carros "melhor negócio".
Mesma lógica da lista dos 10 melhores. Um modelo é um tremendo "cheque visado" para vender. E daí? você vai ficar usando uma porcaria só pensando em vender?
10 - Os 10 melhores motivos para não fazer uma lista de 10-mais-qualquer-coisa.
Acho que deu para entender com os 9 anteriores.

Quando abri essa caixa de pandora de listas relacionadas ao deslocamento volumétrico de motores, imaginava que esta seria a mais fácil, e mais efadonha. Ledo engano... Foi a mais difícil delas para compilar. Por pouco não a dividi em 10 posts diferentes, visto que há muito que falar de cada um dos eleitos. Mas como o André Dantas há tempos tornou obsoleta uma regra do blog que pedia posts curtos, resolvi colocar tudo junto aqui mesmo.

Queria muito incluir aqui o Miller 122, com seu magnífico oito-em-linha supercomprimido, antecessor do 91 sobre o qual já falei aqui. Mas carro de corrida não vale, muito menos monoposto. O Bill Egan vai ficar chateadíssimo por isso, mas regras são regras... Muito ficou de fora, queria ter lugar para um sedã BMW moderno com o seis-em-linha DOHC, para o AC 16/20 seis-em-linha do pré-guerra, para o Peugeot 205 GTI 1,9 (close enough)...mas de novo, regras são regras e só cabem 10 deles.

Sem mais delongas, e sem nenhuma ordem particular, vamos a eles então:

1) Ferrari GTB turbo



Já falei bastante da Ferrari “popular” em um post anterior, e portanto não vou demorar nela.
Apesar de pessoalmente preferir a 208 GTB turbo produzida de 1982 a 1986 (10 vezes mais bela), a lista é dos melhores carros, portanto fico com a última geração, de 254 cv, produzida até 1989.

2) Porsche 904:


O 904 foi um carro de competição desenvolvido concomitantemente com o famoso 911, durante o início dos anos sessenta. Era a evolução de um conceito que estreara no famoso 550 spyder, 10 anos antes: um carro esporte de competição que também podia ser usado na rua e, portanto, podia (e devia: a FIA exigia pelo menos 100 veículos produzídos para enquadrá-lo nas categorias de carro-esporte pretendidas) ser vendido ao público.

O 904 (na verdade uma designação interna da empresa que “pegou”; o nome oficial é Carrera GTS) acabou por se tornar o último de seu gênero. Seu sucessor, o Carrera 6 de 1966, já era um carro exclusivo para competição, fruto de um relaxamento das exigências da FIA. Muitos ainda acham que o 904 era melhor como carro de rua do que de competição e que a Porsche errou feio em não fazer mais que os 120 carros (aproximadamente) que produziu.

Foi o primeiro Porsche vendido ao público a não usar a clássica suspensão dianteira com braços arrastados sobrepostos e barras de torção, usada desde os Auto Union dos anos 30 (e que a maioria conhece por equipar o onipresente Fusca). Tinha um chassi exemplar, com motor central, suspensão de braços triangulares desiguais sobrepostos em cada roda e direção por pinhão e cremalheira (outra relativa novidade para a empresa) posicionada à frente da suspensão dianteira. Sua carroceria de resina poliéster reforçada com fibra de vidro era laminada a mão e formava com o chassi tipo escada (longarinas de perfil “C” fechadas por um reforço) uma estrutura indivisível e muito rígida, mas que deve dar pesadelos a quem pretende reformar um hoje em dia.

Junte-se isso a um desenho de carroceria que é reconhecido por seu criador, Butzi Porsche, como sua obra-prima, e têm-se um automóvel que, somente pelo dito até agora, bastava ter um motor de 2 litros qualquer que já merecia estar na lista. Mas na verdade, o que torna este carro indispensável a ela é justamente o fato de que não apenas um tipo de motor equipou-o, mas nada menos que três motores totalmente diversos, e todos deslocando dois litros!

E que motores! Como não podia ser diferente naquela época, e naquela empresa, todos os três eram motores de cilindros contrapostos e refrigerados a ar. Mas as similaridades param por aí.

O primeiro deles era a última evolução do 4-cilindros de Ernst Fürmann, o mesmo lendário e excelente motor de 4-comandos, oito válvulas e duas velas por cilindro que desde os anos 50 vinha sendo montado em spyders e nos 356 Carrera, além de monopostos de Fórmula 1 e 2 (em versão de 1,5 litro). Nesta versão, chamada internamente de tipo 593/3, deslocava dois litros e debitava algo entre 180 e 190 cv, uma impressionante potência específica para um motor dos anos 50, e ainda por cima refrigerado a ar.

O segundo foi na verdade o motor para o qual o 904 foi desenvolvido para usar, o depois famosíssimo flat-6 que seria lançado em 1965 no 911. A Porsche acabou por lançar o 904 com o 4-cilindros “Carrera” por considerar que o novo motor ainda não estava pronto para o público. Como consequência, todo 904 vendido ao público tinha motor de 4 cilindros, apesar de várias unidades que pertenciam a fábrica usarem o seis cilindros, na maioria dos casos para competição em sua equipe oficial. Peter Porsche, filho mais velho de Ferry e irmão de Butzi, usou um 904 de seis cilindros laranja como seu carro particular até meados dos anos 70, o que significa que pelo menos um deles foi usado nas ruas.

O seis-cilindros usado era obviamente a versão de competição do motor de série (tipo 901/2), que usava duas velas por cilindro e debitava entre 190 e 200 cv. Mais barato, por derivar de um motor de alta produção, que os outros dois usados no carro, era tão integrado ao veículo que muitos ainda acham que a Porsche deveria ter esquecido o 911 e vendido o 904 de seis cilindros em grande escala.

O terceiro e último motor é também o mais interessante. Usado em talvez meia dúzia de carros da equipe oficial de competições, o tipo 771 era um motor de oito cilindros contapostos, quatro comandos de válvulas, duas velas por cilindro e nada menos que 240 hp debitados a partir dos dois litros de deslocamento. Derivado diretamente do motor de 1,5 litro do 804 de Fórmula 1, era altamente complexo e caro (cada motor precisava de dois dias para ser montado por um funcionário experiente), mas era leve e minúsculo, pesando praticamente o mesmo e ocupando o mesmo espaço do 4-cilindros “Carrera”. Girava com segurança até mais de 10 mil rpm.

Todos os 904 eram extremamente velozes, capazes de mais de 250 km/h, mas o de oito cilindros era obviamente o mais potente deles: já foram cronometrados a mais de 300 km/h.

3) Chevrolet Cobalt SS


Pessoalmente adoro este tipo de carro: barato, mundano e comum, mas capaz de desempenhos avassaladores.

Independente do que tenha ouvido por aí na esteira da crise que quase faliu a GM ano passado, a empresa hoje em dia dificilmente erra em seus lançamentos. Movidos pelo megaentusiasta Bob Lutz, seus carros são simplesmente geniais, um lançamento após o outro.

Vejam o caso deste Cobalt: o carro-base é antigo e ultrapassado, mas como ainda demoraria para chegar o moderno Cruze ao mercado americano, investiu-se algum dinheiro para se lançar uma versão melhorada no ano passado.

O carro passou simplesmente da água para o vinho. E o SS recebeu um moderníssimo 4-cil em linha, com injeção direta e turbocompressor, e 260 cv. O propulsor é uma verdadeira jóia, suave, econômico e com potência abundante em qualquer rotação. Chega a 100 km/h na casa dos 5 segundos e a velocidade final ao redor de 250 km/h.

Mas o mais incrível é que o carro não é só motor como se poderia esperar. A GM sempre foi muito boa em motores, mas os carros em que eram montados muitas vezes deixavam a desejar, principalmente quando de tração dianteira como o Cobalt. Mas não agora. O chassi foi desenvolvido em Nürburgring, e o carro tem um desempenho exemplar em pista e em rua.

O resultado é um carro que, custando apenas 22 mil dólares nos EUA, é um perfeitamente dócil e econômico carro pequeno (para os EUA), mas ainda assim é capaz de, numa pista, ser mais rápido que alguns ícones modernos como o Mitsubishi EVO, o Subaru WRX, o Golf R32 e pasmem, até o Lotus Elise!!!

Para os que ainda reclamam do acabamento e outros frufrus, para mim é reconfortante ver um carro assim. O investimento foi no que faz o carro andar, não em alças de teto com retorno amortecido e outras besteiras. Até o motor não tem aquelas ridículas capas de plástico que escondem tudo, o motor está lá para quem quiser ver, e sem nenhuma decoração.

Vejam também:
http://www.autoblog.com/2008/10/13/in-the-autobog-garage-2009-chevy-cobalt-ss-turbo/

4) Ford Sierra Cosworth


O carro em que se baseou esta homologação especial, o Ford Sierra original de 1982, teve como principal característica um revolucionário desenho aerodinâmico, baseado em estudos avançados da Ford neste campo (mostrados ao público como a série de protótipos “Probe”). Apesar de eficiente, o desenho não agradou e de novo os grandes fabricantes, por muito tempo, viraram as costas a esta ciência...Ou pelo menos colocaram-na em segundo plano.
Não é de espantar que na equipe original da Ford responsável pelo desenvolvimento do carro possa-se distinguir os nomes de Bob Lutz e de Patrick le Quément (of Twingo and Scénic fame).

Uma verdadeira instituição britânica, o famoso “Cossie” foi durante os anos 80/90 o que hoje são os EVOs e Subies, praticamente carros de competição que podem ser comprados em concessionárias com garantia.
Tração traseira, motor de 4 cilindros com cabeçote Cosworth DOHC de 16 válvulas, turbocompressor e mais de 200 cv.

5) Citroën C4 Picasso
Por mais que alguns entusiastas chiem e bufem, esta é uma lista de Melhores Carros e, portanto, este Citroën cabe nela sim senhor.
Falando-se de carros modernos, a linha da marca francesa, na minha opinião, é imbatível hoje. Modernidade e novidade com substância e um ambiente alegre, leve, que só podia vir da França. Desempenho não é prioridade, como sempre nesta marca, e nem por isso deixam de ser máquinas únicas e fantásticas.
O C4 Picasso é tudo que uma família moderna precisa.
6) Bristol 404




A mais exclusiva e tradicional marca inglesa criou sua marca produzindo carros de dois litros, usando uma unidade de seis cilindros em linha BMW, que no pós-guerra se tornou inglês como reparação de guerra. O 404 de 1953 foi o melhor deles; único Bristol de dois lugares apenas, era leve o suficiente para que os 125 cv do motor fossem suficientes para mover com vigor o carro. O motor tinha comando no bloco, mas válvulas dispostas como em um DOHC, acionadas por varetas.

7) Fiat Dino 206 cupê



Muito mais raro que o já raro 246 Dino (de 2,4 litros), a versão de dois litros da clássica união entre a Fiat e a Ferrari é bem mais interessante, por contar com bloco de alumínio (ferro fundido no 2,4).
O motor V6 DOHC era fabricado na Ferrari, para ser usado tanto nos Fiats (cupê Bertone e Spider Pininfarina) como nos Dino 206, depois 246, da empresa de Maranello.
O Fiat spyder é o mais conhecido e adorado, mas acho o cupê discreto, clássico e muito mais útil. Um puro-sangue incógnito.

8) Honda S2000
Criado para comemorar os 50 anos da Honda, este magnífico roadster de alumínio carregava debaixo do capô o dois-litros de aspiração natural mais potente da história montado em um veículo de produção em série: um moderníssimo 4-em-linha DOHC com o famoso VTEC e 240 cv.

9) Toyota 2000GT



Nos anos 60, querendo se livrar do estigma de fabricante de carros bons mas chatos (um estigma verdadeiro do qual ela obviamente nunca vai se livrar), a Toyota resolveu fazer um carro esporte. O resultado foi o 2000GT, um carro magnífico, mas que pelo preço não foi o sucesso que merecia.

Usando um seis-em-linha derivado do usado no Crown, mas com um cabeçote DOHC desenvolvido pela Yamaha, o 2000GT tinha suspensão independente nas 4 rodas e uma semelhança não-intencional com o Jaguar E-type, o que acabou por ajudar o mito de que ele seria uma cópia do carro inglês. Na verdade, postos lado a lado, descobre-se que nada é similar, mesmo porque o japonês é muito menor.

10) Porsche 911S




Vamos combinar: se um 911 é elegível, está na lista. Qualquer lista. Nada é mais legal que um alemão que não é totalmente lógico!
Para esta lista, ficamos com o melhor dos dois-litros, a versão S. Com 160 cv equipando o levíssimo e belíssimo 911 de primeira hora, o 911S ainda por cima foi a primeira aparição das clássicas rodas Fuchs de alumínio forjado, hoje objetos de fetiche e desejo de uma geração inteira!
Aaaaahhhhhh, rodas Fuchs forjadas....aiaiaiai...
Quem não gosta, ou é ruim da cabeça ou doente do pé!

MAO



Se vamos falar de Green Cars, vamos falar também de híbridos, que como todos sabem são os carros europeus com motor americano!

Só valem com motores efetivamente fabricados nos EUA e o carro, na Europa. Isso exclui Simca Chambord (carro francês com motor Ford flathead, mas tudo feito na França), Morgan e outros com o V-8 Rover (que é na verdade Buick).

Exclui também várias gerações de Holdens V-8, porque era feito na Austrália, apesar de ser um dos melhores híbridos.

Comecei esta lista achando que ia terminar ela com o ACE-Harley, mas apesar de toda a pinta de inglês, o carro é feito nos EUA!

1) Iso Grifo A3L:
Capolavoro de Bertone por fora, De Dion com freios inboard atrás e um V-8 de Corvette. Eu gosto de todos os Iso, mas este...Só não consigo me decidir entre o leve small-block e o violento (mas menos equilibrado) sete litri (big block 427 pol³), que chegava a 300 km/h.

2) Monteverdi Hai:
Hemi 426 no meio do bicho. Na verdade, debaixo do cotovelo do motorista, praticamente. As vibrações devem causar efeito afrodisíaco...Fabricado na Suíça, por parentes do Belli.

3) Jensen Interceptor/FF:
Debaixo do capô, Chrysler big block. Esse inglês tem talvez o nome mais legal já colocado um carro. E o FF era um carro antes de seu tempo, com ABS mecânico (Dunlop Maxaret) e tração total permanente, sistema Ferguson, em 1966.

4) AC Shelby Cobra:
O mais famoso híbrido. Carrinho esporte inglês que costumava ter 2 litros, mas que acabou com sete.

5) De Tomaso Mangusta:
Para os fãs de motor Ford. Dizem que o Pantera é melhor, mas o Mangusta é mais bonito e 30 vezes mais cool.

6) Facel Vega Excellence:
Escolhi o 4-portas entre os Facel por mostrar que não só de carro esporte vivem os híbridos. E vive la France!!!

7) Opel Diplomat:
Carro de luxo alemão com 327 de Corvette. How COOL is that?

8) Bristol 412:
Feio pacas, mas um carro único e de personalidade forte, na lista em homenagem ao meu ídolo LJK Setright. E com o small-block Mopar turbinado, rápido como poucos.

9) Iso Grifo A3C/Bizzarrini GT Strada:
O motor está tão recuado em sua posição central-dianteira que para se trocar velas se abre uma janela no PAINEL DE INSTRUMENTOS. Giotto Bizzarrini, pai do Ferrari 250 GTO, considera esse sua obra-prima.

10) Jensen Tourer, 1930's:
Tão baixo e belo como um Alvis Speed 20 contemporâneo, mas graças ao V-8 Ford flathead, mais veloz e mais barato.

Monteverdi Hai
MAO
Sim, senhores, inebriado pelos papos intermináveis com nosso amigo MAO, montei aí uma pequena lista de dez carros, e de um tema não muito respeitado.
Vejam aí os dez melhores carros com motores de 1 litro e entendam que o problema não é o tamanho do motor, mas, sim, o tamanho do espírito apoiado sobre os 4 pneus. Vale notar que a lista está fora de ordem, mas os carros são esses mesmos.


1) Willys Interlagos 998 cm³: Pequeno, leve e belo. Era levado por um motorzinho possuído pelo demônio e com um ronco incrível para algo tão pequeno. Motor de produção, mas levado ao limite e oferecido sem nenhum tipo de garantia pela Willys-Overland do Brasil. E claro, tudo coberto pela linha leve e equilibrada de Michelotti.


2) Mini Cooper 997 cm³: A obra de Issigonis retrabalhada por Cooper. Criou o esportivo mundano, sem classe, para mim e para você. Vestiu o capacete imaginário que pessoas como nós vestem quando dão uma corridinha ao supermercado.


3) "Carreteras" DKW-Vemag 1.089 cm³: O trabalho de Lettry e Crispim fazendo esportivos "de verdade" sofrerem em Interlagos. 2T, mais de 100 cv e o inebriante cheiro de óleo dois-tempos de base vegetal (Castrol R40). Esse cheiro deveria ser vendido em pequenos frascos, Parfum Deux-Temps. Faria sucesso, ao menos entre nós...Carro da foto é o de chassi encurtado em 35 cm, para apenas 2.100 mm. Lettry o apelidou de "Mickey Mouse".


4) DKW-Vemag Carcará 1.089 cm³: Mesmo motor, carroceria de Rino Malzoni num chassizinho de Fórmula Júnior e 212 km/h. O Bob estava lá...


5) Abarth 1000 TC: Nascido Fiat 600, era massageado em um especial de homologação dos diabos. Pra dirigir com a faca nos dentes, taking no prisioners. A pulga atômica, em sua melhor iteração.


6)NSU Prinz 1000 TT: Lindo, leve, belo, um Mini-Corvair alemão. Um 4 cilindrinhos em linha, todo em alumínio, refrigerado a ar, traseiro, transversal. Levantava a roda interna dianteira manobrando na garagem, se duvidar.


7) Mazda Cosmo 1965: Ok, Wankel, o que para alguns é como roubar, colar na prova, ou algo do tipo. Mas deslocava menos de 1 litro em seus dois rotores, 982 cm³ para ser exato, e punha para fora 110 belos cavalos de olhos puxados. E claro, lindo e com personalidade, de um jeito que japas nunca mais fizeram.


8)Renault Twingo 1.0 16v: 999 cm³, 70 cv, menos de 900 kg. Ah, em 2002, carregando dois air-bags para passear, e vários outros luxos modernos, como ar-condicionado, trio elétrico, bancos ajustáveis nas 4 posições... Injustamente ignorado, o Mini moderno ainda trazia o melhor 1-litro de 16V já feito em terras brasileiras. Um companheiro de inúmeras aventuras, e o melhor jeito de assustar motoristas incautos em estradas e onramps.


9) Austin-Healey Sprite MkI, MkII, MkIII: sim, são 3 carros, mas de 948 cm³ a 1.098 cm³, eram tudo que um carro esporte devia ser. Pequeno, leve, vestia o motorista e um passageiro, e era o melhor companheiro do dia-a-dia ao passeio de final de semana. Sonho deste colunista aqui...


10) Honda Insight: Sim, um japa, moderno, fuel-sipping. Mas não está aqui pelo apelo verde, e, sim, pela idéia de ser um cupezinho bonito, aerodinâmico, leve, eficiente. E com um 3 cilindros de 1 litro, assistido por um genial motor elétrico acoplado ao volante do motor, era econômico pacas.


Esta é uma Power List. Ninguém precisa de sete litros num automóvel, a não ser que tenha uma sede de poder comparável a de Stálin. Existem carros com mais de sete litros, mas são poucos, e francamente, menos relevantes. Sete litros parece ser o limite prático atual para poder máximo.

A idéia da lista veio como uma homenagem para o meu amigo AG, pessoa para qual nada com menos de cinco litros aparece na tela de radar. O AG andou reclamando da minha última lista, de motores muito pequenininhos (3 litros para o Garcia é nada) e chegou a pregar seu gospel (basicamente, quanto maior melhor ) nos comentários daquele post.

Agradecimentos ao Egan pela ajuda crucial, ajudando a preencher a lista de forma correta e nos pontos certos.

1) Corvette Z06 (C6)
Quando se fala em cv/litro, a idéia é sempre balizar a eficiência do motor, partindo da premissa de que, para uma mesma potência, o motor de menor deslocamento é fisicamente menor (ocupa menos espaço) e mais leve.

Isso funciona quase sempre. A não ser que se fale do motor V8 bloco-pequeno da Chevrolet, especialmente os modernos, da série LS.

E cai por terra completamente quando se fala do LS7 que equipa o Corvette Z06.

O melhor dos LS desloca gloriosos sete litros, gira até 7.000 rpm, é minúsculo, tem 505 hp (512 cv) e pesa apenas 207 kg.

Para colocar isto em perspectiva: no lançamento do atual BMW M3, a empresa bávara, famosa pela excelência de seus motores, disse que seu novo V8 de 4 litros e 414 cv era minúsculo e levíssimo, mais leve inclusive que o seis-em-linha que estava substituindo. Seu peso? 202 kg.

Sim, isto significa que o motor BMW V8 de 4 litros pesa praticamente o mesmo que o V8 Chevrolet de 7 litros. E que um dos melhores 3 litros já criado, o seis-em-linha do M3, é também mais pesado que ele.

2) Pontiac Catalina 2+2 421SD
Um americano full-size da época áurea (leia-se BIG, B-I-G, BIG!!!!) com um V8 gigantesco. Uma coisa que não volta mais.

Certa vez a revista americana Car and Driver colocou-o numa pista para competir com um Ferrari 2+2. Mesmo sabendo-se que o Catalina estava longe de ser original, 0-60 mph em menos de 4 segundos em DIAGONAIS é de arrepiar...

3) Charger 1969 Hemi 426
O Charger americano de 68 a 70 é em minha opinião um dos carros mais belos já criados. E equipado com o Hemi 426 pol³ tem potência condizente com sua aparência de mau. Quem já dirigiu o famosíssimo "street Hemi" dos anos 60 diz que não há sensação de poder tão grande em nenhum outro lugar.

4) Corvette L88 (C2 e C3)
Em 1972, um Corvette de corrida (mais leve que o de rua), com uma imensa bandeira americana no teto, usando um L88 standard exceto pela diminuição da taxa de compressão para digerir a ruim gasolina francesa, e um diferencial longo (2,73:1), foi cronometrado a exatos 212 mph no fim da reta de Mulsanne.

Isto significa 340 km/h. De um motor de rua original de fábrica. E isso 36 anos atrás.

Antes da serie LS, Chevrolet de 7 litros era apenas com o V8 bloco-grande como esse. O L88 tinha cabeçotes de alumínio para baixar o peso do paquiderme (e na raríssima opção ZL1, bloco também de alumínio para pesar o mesmo que um bloco pequeno de ferro fundido) e era praticamente um motor de corrida para rua.

5) Duesenberg J & SJ
Em 1929, quando Packards de 100 hp (101,4 cv) eram considerados exóticos e potentes, os irmãos Duesenberg, financiados por E.L. Cord, criaram um leviatã com um oito-em-linha, duplo comando e 4 válvulas por cilindro, 6,9 litros e 265 hp/268 cv (potência bruta).
Para alguns, ainda é o melhor carro já feito pelo ser humano em toda a história.

6) Ford Mark III
O ganhador de Le Mans em 1967 usava um V8 de alumínio com sete litros, e dos dez motores preparados para a prova, o que debitou MENOS potência marcou 496 hp (503 cv) nos dinamômetros de Dearborn -- motor derivado dos que levavam famílias americanas para passear em seus Galaxies nos fins de semana.

7) Bentley Brooklands
OK, são 6,75 litros, um pouco longe dos 7 litros. Mas meu sentimento é que esse castelo medieval inglês com uma roda em cada canto cai como uma luva nessa lista de PODER. V8 de alumínio, vareteiro, lançado nos anos 50, mas que aqui, com dois turbocompressores e mais de 500 hp, leva o mastodôntico Bentley a mais de 300 km/h.

8) Iso Grifo 7 litri
Motor de Corvette big-block dentro do cupê mais belo que Giugiaro já fez. Sofisticação e categoria, mas com uma montanha de músculos debaixo do terno.

9) Mercedes-Benz 450 SEL 6.9
O sedã Mercedes hot-rod dos anos 70. Toda vez que vejo um, toca "A Cavalgada das Valquírias" em minha cabeça.

10) Mercedes-Benz SSK
Um imenso seis-em-linha de sete litros com compressor (acionado apenas pelo fim de curso do pedal) num chassi curto, década de 30.

Se Hitler desse um para cada soldado seu, tinha ganhado a guerra fácil. Num carro desses, eles teriam a certeza que nada poderia vencê-los!
MAO


Obsolescência programada, um dos pilares atuais da indústria automobilística, não significava nada para Henry Ford.

O criador do modelo T queria do fundo de sua alma que seu “tin lizzie” durasse para sempre, e o criou com esta idéia na cabeça.

Sua idéia era fazer um carro sem classe, que por sua qualidade e versatilidade pudesse ser comprado por todas as camadas da sociedade, indiscriminadamente. Desta forma, o volume de produção e os custos dela poderiam indefinidamente ser aperfeiçoados, num ciclo eterno de redução de custo sem redução da qualidade, mas sem alteração nenhuma no carro em si. E o mais incrível é que, por um bom tempo, Ford teve sucesso nessa aparentemente impossível tarefa.

O T, assim como o Fusca e o Mini original, não era apenas um carro barato. Era barato, mas de qualidade muitas vezes superior a de carros custando o dobro ou o triplo do preço. Foi usado como caminhão na roça e como carro de corridas na pista. Como ambulância nos hospitais e como um alegre phaeton que levava as famílias para piqueniques nos fim de semana.

Até meados dos anos 20, quando o método moderno de criar e vender carros foi criado por Alfred Sloan e a sua GM (designers mudando carros todos os anos, vários modelos numa escalada de preço etc.), o modelo T chegou muito próximo de ser o carro definitivo que Ford tanto sonhava.

Não era para ser como o velho Henry desejava, mas eu pessoalmente acredito em que, em seu carro definitivo, ele acertou pelo menos uma coisa: o tamanho definitivo de motor.

O modelo T deslocava 2,9 litros em seu 4 cilindros em linha “monobloco” de cabeça chata. Na casa dos três litros. Não era grande demais para não desperdiçar combustível e atrapalhar a dinâmica do veículo com seu peso, nem pequeno demais para que o desempenho ficasse inaceitável. E o mais interessante é que os 3 litros de deslocamento, 100 anos depois, continuam com as mesmas vantagens.

Um motor de 3 litros moderno pode varrer a faixa de 150 até mais de 400 cv tranqüilamente. Nas potências mais baixas, se torna muito mais satisfatório para dirigir do que os 4-em-linha de 2 litros mais usuais hoje em dia, com pequeno prejuízo (se houver) em economia de combustível e peso. E nas faixas mais altas, com ou sem superalimentação, é mais econômico e mais leve que os propulsores de deslocamento maior.

Para exemplificar, nada melhor do que mais uma listinha.

Com vocês, os 10 melhores carros de 3 litros de todos os tempos, segundo o Marco Antônio Oliveira:

1) Mercedes-Benz 300 SL:
O famosíssimo “asa de gaivota” chegava a quase 250 km/h em 1955 e foi o primeiro carro de série com injeção de combustível (direta, muito parecido com Diesel, inclusive com bomba injetora) e deslocava 3 litros de seu seis-em-linha inclinado.

2) Ferrari 250 TR:
O V12 de três litros de Gioachino Colombo é a raiz de toda a fama e sucesso de Enzo. Um motor de alma, 250 cm³ por cilindro, total de 3 litros.

3) BMW M3 (E36, 1991-1998):
Um seis-em-linha girador, aspirado, de 6 borboletas e 286 cv. Já foi dito que era “suave como um V12, forte como um bom V8 e subia de giro como um pequeno 4-em-linha.” Na minha opinião, o melhor M3.

4) Porsche 911 SC (1978-1983):
Eu tinha que colocar um 911 refrigerado a ar na lista, pois do Carrera 2,7 aos últimos de 3,6 litros, a maioria deles ficaram sempre ao redor dos 3 litros. E o SC, com exatamente 3 litros.

5) Porsche 968:
Prova que um 4-em-linha pode deslocar 3 litros sem ofender ninguém. E ser memorável.

6) Ferrari F40:
O mais famoso dos Ferraris também deslocava 3 litros e era turbo. Com 478 cv, o mais potente carro da lista.

7) BMW 335 atual:
O motor seis-em-linha de 3 litros da BMW já é uma jóia. Turbocomprimido para 300 cv e montado na excelente Série 3, faz um dos carros mais perfeitos tecnicamente já criados pela humanidade.

8) Ford modelo T

9) Honda NSX:
O melhor esportivo já criado na terra do sol nascente deslocava exatamente 3 litros em seu magnífico V6 VTEC de alumínio.

10) Noble M15:
A partir do V6 Ford de alumínio e 24 válvulas, a pequena empresa inglesa, com ajuda de turbocompressores, faz um 3 litros de 455 cv. Montado no excelente M15, mostra que a indústria de carros esporte inglesa ainda vive.

Lista difícil de se manter em apenas 10. Faltou um monte de sedãs, por exemplo.

Sedãs de 3 litros podem não são tão glamurosos quanto seus irmãos maiores, mas quem já andou bastante em um Mercedes 300 E, um Omega de 3 litros, um Nissan Maxima com o ótimo V6 de alumínio, ou mesmo um BMW 530 com o V8 de 3 litros (coincidentemente todos da década passada) sabe o quão satisfatórios eles são.

Mas regras são regras…
MAO

1) Edward N. Cole:
Cole, antes de ser o presidente da GM entre 1967 e 1974, foi o engenheiro por trás de coisas tão imortais como o V8 Cadillac de 1949 (o primeiro V8 “moderno”, amplamente copiado), o revolucionário e incompreendido Corvair, e sua obra-prima: o Chevrolet 55 e seu V8 de bloco pequeno, que até hoje empurra Corvettes e os Opaloitos do AG. Para saber mais desse incrível V8:

http://www2.uol.com.br/bestcars/cpassado2/chevy-v8-1.htm

E o Cole me dá justificativa para postar mais uma foto de Corvair, desta vez um magnífico cupê de segunda geração.

2) Don Wifredo Pelayo de Ricart y Medina:
Wifredo Ricart começou na Alfa Romeo, onde fez muito de bom, incluindo demitir Enzo Ferrari. Mas foi quando voltou à sua Barcelona natal que criou uma lenda: O Pegaso. Para saber mais:

http://www2.uol.com.br/bestcars/classicos/ferrari-15.htm

3) Anthony Colin Bruce Chapman:
Autoritário, sonhador, honestidade dúbia...Mas sacudiu o bote como nenhum outro.

4) Sir Alec Issigonis:
Só pelo Mini já teria lugar aqui, mas tem muito mais no Sr Issigonis. Era um engenheiro com profundo senso de estética, a aparência era ditada por ele, e hoje é largamente imitado por “designers” profissionais. Irônico e emblemático dos tempos modernos.

5) Prof. Dr. Ing. h.c. Ferdinand Porsche:
De Mercedes SSK ao Auto Union V16, passando pelo VW Fusca, um Gênio.

6) Fred Duesenberg:

Fez fama nas corridas, mas para mim seus carros de rua é que são geniais. O leve e veloz modelo A e o extravagante e gigantesco J. Morreu de maneira gloriosa, num acidente de estrada em seu SJ, que era tocado com as mãos artríticas quebradas numa posição de pega de volante....

7) Harry Miller:
Mais artista que Bugatti, mais eficiente que Duesenberg... Um gênio não reconhecido. Seus motores, feitos por seu ex-empregado Fred Offenhauser e seus sucessores, ainda ganhavam Indy na década de 80, apesar de concebidos nos anos 30.

8) Gianpaollo Dallara:

Miura, Countach, Fiat X1/9, Lancia Stratos. Toque de Midas italiano.

9) André Lefebvre:
Apenas pelo genial 2 CV, teria lugar garantido na lista. Mas criou também o revolucionário “Traction Avant”. Vive la France!

10) Gordon Murray:
Esqueçam todos os carros de corrida que ele fez. Murray criou o melhor carro de rua já criado:

http://www2.uol.com.br/bestcars/supercar/mclaren-1.htm

Para saber mais:

The Designers – LJK Setright

Driving Ambition – Doug Nye

Porsche: Genesis of a Genius – K. Ludvigsen

Miller – G. Borgeson

Colin Chapman – Wayward Genius – Mike Lawrence

Los Automoviles Pegaso y sus Protagonistas – Mosquera & Coma-Cros


MAO


O agente 007 já teve muitos carros em seus filmes e livros, e como vai sair um novo filme da série logo mais, aqui vai a lista dos meus 10 favoritos, ao estilo :


- Alfa Romeo GTV6 - Um carro italiano pro agente inglês no filme Octopussy.

- Alfa Romeo 8C - Não era Bond Car e não apareceu em filme, mas estava no livro de 007 Contra o Foguete da Morte e é legal pacas!

- Aston Martin DB5 - Estreou no filme Goldfinger, o clássico dos clássicos.

- Aston Martin DBS V12 - Atualmente no Casino Royale e no novo Quantum of Solace, um lindo carro.

- Aston Martin Vanquish - Um dos carros mais bonitos de todos os tempos, do filme 007 Um Novo Dia para Morrer.

- Aston Martin V8 Vantage Volante - Carro do 007 Marcado para a Morte, um dos grandes AM já feitos.

- BMW 750iL - Um dos poucos sedans de Bond, principal carro do filme O Amanhã Nunca Morre.

- Lincoln Continental - James também usava carros americanos, este em 007 Contra a Chantagem Atômica.

- Lotus Esprit - O carro-submarino de Roger Moore do filme O Espião que me Amava.

- Rolls-Royce Silver Shadow - A marca registrada da Inglaterra em luxo, apareceu em vários filmes, o último em O Mundo não é o Bastante

1) Porsche 917:
DOZE cilindros contrapostos. Versão turbo com mais de 1.000 cv, único a desbancar os todo-poderosos McLaren-Chevrolet de 8,2 litros na Can-Am. Le Mans nos anos 70 não seria lembrada como é se não fossem os 917 da Gulf Racing.

2) Porsche 911 Turbo 1998 :
O melhor carro refrigerado a ar já criado.

3) Porsche 356 Carrera 2:
Reconhecido de longe pela nuvem de poeira que o seu potente ventilador levantava, carregava lá atrás a última evolução do motorzinho de Ernst Führman, uma pequena jóia de 4 comandos e, nesta versão, dois litros. Última evolução do marcante 356, que alguns ainda dizem ser o último Porsche verdadeiro.

4) Tatra V8:
Toda uma família de avançadíssimos sedãs idealizados por Hans Ledwinka, a partir dos anos 30, levava um magnífico V8 SOHC pendurado lá atrás. As más línguas dizem que Porsche copiou de Ledwinka tudo de bom que fez.

5) Chevrolet Corvair:
Refinado, sofisticado e feito para mudar o mundo. Morto por um idiota, atrasou a tecnologia em 20 anos. Prova de que motor refrigerado a ar não precisa ser barulhento. Seis cilindros contrapostos e turbo, anos à frente da Porsche.

6) VW:
O carro mais vendido do mundo é refrigerado a ar. Só há lugar para o sedan, mas a Kombi e o Meyers Manx entram aqui como menção honrosa.

7) Fiat 500:
Obra prima de Giacosa, uma lição em como fazer um carro realmente pequeno. Luigi!

8) Porsche 914/8:
Criado colocando-se o motor de oito cilindros contrapostos do 908 de competição em um humilde 914. É raríssimo: um, foi presente de aniversário de Ferry Porsche; outro, ficou com seu sobrinho Ferdinand Piëch (sim, aquele da VW).

9) Citroen 2 CV Sahara:
Criado para as petrolíferas francesas na África, um 2 CV com um segundo dois cilindros contrapostos lá atrás e, conseqüentemente, tração integral. Isso mesmo, DOIS MOTORES, um em cada eixo.

10) ACE - Harley-Davidson Trike:
Esqueçam o estrábico Aero-8, esta é a maneira correta de se fazer um Morgan moderno: http://cycle-car.com/index.htm




Nunca tive vontade alguma de ter um carro japonês. É claro que os japoneses hoje em dia são mestres da arte de fazê-los, mas a maioria deles é tão chata e sem alma que parecem um tango com a irmã. Mas o destino quis que caísse um Nissan Maxima, do ano de 1995, em meu colo. Foi um daqueles negócios que não dá para passar, carro em bom estado, preço irrecusável.

Mas o que é surpreendente é quanto gostei da barca. É enorme, confortável, e incrivelmente sem barulhos para um carro com 13 anos e 100 mil km. “Those damn Japs” realmente sabem fazer carros que duram. O melhor é o V-6 lá na frente: forte e suave feito seda, de 700 a 7.000 rpm. Ainda estou me acostumando com a velocidade que o bicho entrega.

É interessante notar que 20-30 anos atrás, quando era um garoto, um carro com um V-6 de 3 litros, 24 válvulas, 4 comandos e injeção eletrônica era coisa de sonho. Hoje, graças principalmente aos japoneses, é coisa que qualquer um pode experimentar.

Como uma coisa leva a outra, e não podendo ser de outra forma com este que vos fala, deixo aqui para vocês mais uma magnífica lista “10 best”: Os 10 melhores carros Nissan/Datsun de todos os tempos!

1) Skyline GT-R R32 a R34:A original Besta-Fera japonesa. Seis-em-linha, turboalimentado até um milímetro de distância do fim de sua vida, tração total, mais computadores que a mansão de Bill Gates. Carro japonês para japoneses, só disponível oficialmente em seu mercado, com direção do lado direito, mas que ganhou fama mundial devido a videogames (how jap is that?!?)

2) Datsun 240Z:No seu lançamento, este lindo cupê de seis cilindros em linha tinha desempenho de 911 pela metade de seu preço. Ainda belo e interessante hoje, 38 anos depois.