google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): Alfa Romeo 164
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Fotos sem crédito: net car show.com



It’s not the kill, It’s the thrill of the chase!
(Não é o ato de matar, é a emoção da perseguição!)

Quando a banda inglesa Deep Purple disse a frase acima, na música “Knocking at your back door”, faixa de introdução de seu antológico vinil de retorno “Perfect Strangers” (1984), usou uma expressão comum entre caçadores, mas o assunto aqui era outro tipo de caça: as mulheres. A música fala que o legal é perseguir mulheres difíceis, especiais, interessantes, que o real desafio está na busca, na conquista. A melodia é sensual, e a gente se sente meio compelido em acreditar que o bom mesmo é perseguir uma doce dançarina chamada Lucy, cujos dedos disparam sombras elétricas inalcançáveis... 

O que a canção diz é que ótimo estar com elas, mas uma vez atingido o objetivo inicial, o chamado da busca incessante é ouvido, o que era inatingível e excitante se torna fácil e comum, e inevitavelmente é a emoção da caça que se sobrepõe. Assim dizem as sagradas escrituras do rock’n’roll.

Mas eu sou, por natureza e opção, um cara monógamo. Entendo e já senti, na juventude, a emoção deste tipo particular de caça, mas não é algo presente em minha vida. Mas quando falamos daquele que é o tema deste ilustríssimo blog, o automóvel, a coisa muda de figura. Como muitos de vocês, acredito, vivo minha vida em busca a um elusivo e inalcançável Graal automobilístico, aquele carro perfeito, raro, barato, interessante, que será para sempre ligado indelevelmente à minha pessoa, e que, perfeitamente ajustado às minhas necessidades, desejos e taras, se tornará a escolha definitiva. 

Apesar disso, ou talvez por causa desse irreal objetivo, se com mulheres tive muito sucesso na monogamia, com carros fracassei completamente. Me saí um sujeito safado cuja promiscuidade não tem limites. De velhos Fuscas a novos Ferraris, e todo resto no meio, tudo me atrai e me excita, tudo consegue chamar minha atenção e se tornar o objetivo dos meus desejos e a musa de meus dias. Não há marca que me segure, não há tabus nem coisa proibida: vale tudo e tudo parece estar disponível se eu persistir de verdade. Sou decididamente infiel quando se trata de automóveis.

É por causa disso que volto aqui, apenas alguns meses depois de ter feito minha última lista deste tipo, e de por resultado ter comprado meu Cruze, para compartilhar mais uma vez com meus queridos leitores o que passa em minha cabeça doentia e pervertida quando me coloco à caça novamente.
Fotos: wikicars.org, awdwiki.com, wheelsofitaly.com

O interessante está entre as rodas traseiras, um diferencial


O Alfa Romeo 164 foi sucesso aqui no Brasil quando apareceu, trazido pela Fiat quando as importações foram reabertas em 1990. Era uma situação de alegria para os adeptos da marca, que não tinham um modelo no mercado desde que o 2300 SL/Ti4 saíram de produção em 1986. Infelizmente o topo da linha não veio oficialmente, e desconhecemos se esse modelo em questão chegou a girar suas rodas por aqui. Estamos nos referindo ao Q4, Quadrifoglio 4, o modelo com tração nas quatro rodas.

Em 1993, o Alfa Romeo 164 ganhou seu modelo mais complexo, versão raríssima fora da Itália, que adotava um sistema de tração integral, claramente seguindo o sucesso que a Audi experimentava, e não totalmente novidade na marca italiana, que já havia tido outros modelos com as quatro rodas motrizes, como o 33 e o 155.

Foi desenvolvido não apenas pela Alfa, mas sim com a colaboração da austríaca Steyr-Puch, especialista em carros com tração em todas as rodas de usos emergenciais e militares.  O resultado foi um conjunto bastante moderno e eficiente.