google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): Daimler
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Esta lista é diferente, por não ser uma lista de carros, e sim de nomes interessantes. Olhando para ela, penso que as empresas hoje desperdiçam seu dinheiro contratando consultorias a peso de ouro para criar nomes para carros: basta evocar velocidade, matança, maldade e destruição que o nome será memorável... Depois a gente reclama que ninguém nos entende...

A lista é absolutamente subjetiva, portanto os leitores podem se sentir incentivados a criar suas próprias. É só não se influenciar demais pelo carro em si; o que vale aqui é o nome. Por isso mesmo coisas tão legais como um Nissan GT-R e um Ferrari 599 estão fora: são carros sem nome, coitados. Seus pais lhes deram siglas e números ao invés de um nome de verdade, ato realmente imperdoável para com crianças tão lindinhas...

A eles então, começando do décimo colocado, e ao fim, no nome mais legal já dado a um automóvel, na humilde opinião deste colunista:




Quem acompanha o AE bem de pertinho sabe que já falamos aqui sobre o Chrysler Hemi, sobre o Ardun V-8 de Zora Arkus-Duntov, e também sobre o Simca Emi-Sul. Resolvi hoje falar sobre outro V-8 na mesma configuração, ou seja, comando único no bloco, válvulas no cabeçote opostas em seção, e câmara de combustão hemisférica. O V-8 inglês da Daimler (acima).

A Daimler inglesa, apesar de ter a mesma origem da mais conhecida alemã (essa origem sendo os motores de Gottlieb Daimler), tem muito pouco em comum com ela. Desde muito cedo, tomaram rumos diferentes, e em 1910 a empresa inglesa é vendida para a Birmingham Small Arms Co, uma empresa gigantesca que então produzia de tudo um pouco, mas que ficaria famosa pelas motocicletas que levavam suas iniciais: BSA.

A Daimler ficou conhecida por seus carros de alto luxo e limusines, inclusive se mantendo como tradicional fornecedor delas para a família real britânica. Mas nos anos 50 precisava desesperadamente de mais volume e modernização, seus carros gerando muito pouco interesse no público comprador.



Etiqueta de conformidade com a legislação americana de um Jaguar 1970

Para quem curte carros antigos e clássicos ingleses, a marca Leyland deve ser familiar. O que poucos sabem é que a Leyland foi uma espécie de GM britânica.

Formada em 1968, a British Leyland Motor Corporation foi a junção da Leyland Motor Corporation e da British Motor Holdings, formando naquela época a quinta maior corporação automobilística do mundo. A Leyland possuía então 8 empresas, 10 marcas, 48 fábricas e aproximadamente 200.000 funcionários. Tudo isso representava mais de 40% do mercado britânico.

As 10 marcas da Leyland eram: Austin, Daimler, Jaguar, Land Rover, Wolseley, Riley, Triumph, Rover, MG e Morris. Algumas delas se desmembraram em outras marcas.

Considerando a situação de todas essas marcas atualmente, dá para saber que essa junção foi desastrosa. A dificuldade no gerenciamento de todas as empresas do grupo, a concorrência interna entre produtos parecidos, problemas trabalhistas e crise do petróleo levaram o governo a nacionalizar parte da empresa.
Vejam que a história se repete nos dias de hoje.

Cada marca teve um caminho diferente, alguns bem tristes e a maioria foi parar nas mãos dos chineses. Com algumas passagens por outras mãos e a ligação comercial entre algumas das marcas, fica bem difícil explicar em poucas palavras o que aconteceu com cada uma delas.

A empresa Naijing Automobile, o fabricante de automóveis mais antigo da China, comprou o grupo MG Rover e sua divisão Powertrain. Com isso levou as marcas MG, Wolseley (fabricante mais antigo da Inglaterra), Austin e Morris. De quebra levou também a marca Van den Plas, um encarroçador belga que e fazia modelos/versões de luxo para marcas da Leyland entre outras.

A marca Daimler foi adquirida pela Jaguar em 1960 e hoje, assim como a Jaguar, pertence à indiana Tata. Os modelos Daimler que conheço são Jaguares XJ com uma grade dianteira muito feia. Como curiosidade, a marca Daimler se originou de uma licença vendida pelo próprio Gottlieb Daimler, o "pai do automóvel" e fundador da Daimler que mais tarde formaria a Daimler-Benz. No entanto a Daimler não tem relação com a Daimler AG (antiga Daimler-Benz e depois DaimlerChrysler) além do nome.

A marca Riley e a Triumph, assim como a Austin-Healey, foram parar nas mãos da BMW, onde estão até hoje, quando a BMW comprou a Rover, Land Rover e Mini.

A Rover durante um tempo teve uma forte parceria com a Honda. Quase morta, foi adquirida pela BMW que ainda tentou salvá-la antes de perceber que não passava de um ralo de dinheiro. Os direitos de produção dos modelos foram vendidos para a chinesa SIAC e os ativos (fábrica e maquinário) também para a Naijing.

A Land Rover, que nasceu como uma submarca da Rover, passou pelas mãos da BMW, que desenvolveu o primeiro Freelander, foi vendida para a Ford, e agora está com a indiana Tata. Espero que permaneça viva!

E por último a Jaguar, que a Ford vendeu para a Tata após sua inabilidade de fazer dinheiro com uma marca tão desejada. Também espero que não morra.