google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): TWR
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Tom Walkimshaw (1946–2010)

Nas profundezas do mundo automobilistico, em especial nas competições, encontramos histórias curiosas de carros aparentemente únicos, mas com laços de ligação entre si, algum tipo de ponto de convergência. Motores em comum, engenheiros de desenvolvimento, pilotos, construtores etc. Um destes pontos de convergência do automobilismo dos anos 1980 e 1990 estava na Inglaterra, terra dos carros esporte e pequenos fabricantes de sonhos.

Entre as fábricas de sonhos, uma delas é mundialmente respeitada, e o homem à sua frente também. Este é Tom Walkinshaw, um escocês nascido em 1946, que começou a vida profissional no automobilismo como piloto e passou a construtor e chefe de equipe. Teve forte ligação com a Lotus nas categorias de fórmula inglesa e com a Ford e Jaguar nas categorias de turismo.
 



Raramente trabalhos paralelos nas fábricas de automóveis são levados para a linha de produção, e mais raros ainda tornam-se um sucesso. Um dos casos mais interessantes é o contado pelo MAO e o JJ no post sobre o Daytona e o Miura, um trabalho extra dos engennheiros da Lamborghini que acreditaram no sonho de um carro único e especial.

O outro carro que teve uma história parecida, mas que é tido como um fracasso, veio daquela ilha ao norte da França, onde há uma grande concentração de malucos patrióticos automobilísticos. Os anos 1970 e 1980 não foram muito produtivos para a Jaguar, integrante do grupo British Leyland, uma tentativa de salvar algumas fábricas inglesas da crise econômica da época. Nestes tempos, os carros da Jaguar eram muito pouco confiáveis (boa parte da má fama vem desta época) e a imagem da empresa estava abalada se comparada aos tempos de glória dos anos 1950 e 1960. Em 1984, a Jaguar se desprendeu do grupo e ficou vagando sem rumo pelo mercado de ações, até a futura ligação com a Ford anos depois.

No final dos anos 80, a Jaguar era um forte nome no automobilismo, em especial no endurance e em Le Mans, com seus potentes protótipos V-12 feitos em parceria com Tom Walkinshaw da TWR. Como uma proposta conceitual de um novo carro para competições, nascia o projeto XJ220, trabalho feito fora do horário de trabalho liderado pelo engenheiro-chefe Jim Randle. Randle esteve envolvido no final do desenvolvimento do E-Type e depois do cupê XJS e no sedã XJ. A proposta era um carro de alto desempenho que não apenas rivalizasse com os então atuais Ferrari 288GTO (e depois o F40) e o Porsche 959. Tendo como "alvo" o 959, o novo Jaguar deveria ter tração integral.