google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): Mini
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Fotos não creditadas: divulgação
Wikipedia


Esta lista apareceu naturalmente depois daquela da semana passada, a de Os 10 mais lendários motores de todos os tempos. Aquela lista era na verdade uma de motores que valem por eles mesmos, independentemente de onde estejam montados. Um carro equipado com qualquer um deles se torna imediatamente algo de interesse, não importando o quão ruim seja o resto dele. O oposto exato disso é esta lista, uma de carros que, mesmo com motores que não são lá grande coisa, ainda assim são interessantes e desejáveis.

Mesmo não sendo bons, os motores dos carros abaixo ainda assim são parte indelével de sua personalidade; intimamente ligados aos carros que movem, para o bem ou para o mal.

Talvez seja uma lista para provar que não existem verdades absolutas; um motor bom faz qualquer carro melhor, sim, mas não é condição imprescindível para a excelência.

A lista é só de coisa antiga, não de forma proposital, mas sim porque um motor ruim é algo do passado. Por mais que coçasse a cabeça tentando colocar algo moderno, nenhum motor moderno chega aos pés desses 10 aí embaixo... Até a Citroën, marca que tradicionalmente é emblemática deste tipo de carro, hoje usa motores desenvolvidos em conjunto com a BMW, que são simplesmente brilhantes.

E falando em Citroën, tive que limitar os modelos da marca a dois apenas, porque se poderia facilmente fazer uma lista apenas de Citroëns aqui. Antes de 1975, praticamente todo modelo da marca poderia entrar aqui. A exceção seria apenas o SM, que, claro, tinha motor Maserati.

Em ordem cronológica, são eles então:


Muito se fala sobre as diferenças entre tração dianteira e traseira, especialmente aqui no blog, onde o amigo AK mantém uma justíssima cruzada em prol da hoje rara tração traseira. A cruzada é justa porque realmente não há nada que satisfaça mais um entusiasta do que um carro de tração traseira bem feito.

Apesar disso, acredito hoje que mais importante não é qual roda traciona, e sim o carro como um todo. Em engenharia, não existe melhor ou pior, existe uma coleção de compromissos feitos em cada detalhe do carro, um balanço eterno entre os vários parâmetros que um veículo deve atender no uso. Economia contra desempenho, conforto de marcha contra aderência em curva são os mais conhecidos, mas tudo, da maçaneta da porta ao parafuso de roda, é balanceado como esses parâmetros mais importantes durante o projeto de um carro.



Como já é sabido, o Mini será lançado no Brasil ainda este mês. Porém o que ainda não é sabido por muitos, é como esse grande ícone anda, que emoções desperta e se realmente a alma do Mini original foi mantida.

Então resolvemos fazer algo diferente. Juntamos quatro AUTOentusiastas e saímos para uma avaliação conjunta, a 8 mãos.

Para avaliar o carro saímos de São Paulo e fomos até Paranapiacaba, em Santo André. Dirigimos pelas ruas esburacadas de São Paulo, pela Anchieta e pelo caminho sinuoso até Paranapiacaba.

Veja a seguir as impressões de Bob Sharp, Arnaldo Keller, Paulo Keller e Juvenal Jorge.


BOB SHARP
Mini Cooper S, brinquedo de gente grande

Eu ainda não havia dirigido o Mini de segunda geração, sob a batuta da BMW desde 2001. O conceito original e a história do Mini, conheço bem. Andei algumas vezes no primeiro Mini, cheguei até a tentar correr com um em Interlagos, em 1970, mas o motor quebrou no treino sábado e não havia como repará-lo. O que posso dizer é que era um pequeno carro fabuloso, com um comportamento em curva assombroso. Algo muito especial realmente e que justificava a sua fama.

Ok, não é o único. Mas é o que mais me anima nessa volta ao cotidiano pós-férias.

Vi no blog do Hemmings, no Autoblog, não deu pra evitar. Antigos leitores sabem que sonho com Spridgets, e não é segredo que faço planos mirabolantes para ter um Spritezinho, especialmente se for um MkI. Mas vamos ao assunto, inspirado na lista aí do Marco Antônio (na verdade, inspirado na discussão pré-post dele), preciso dizer pra vocês porque tenho esperança no futuro:

A British Motor Heritage Ltd. lá da ilha onde se bebe boa cerveja quente (afinal, a geladeira é Lucas!) estampa e fecha bodyshells completos de MGBs, MGB-GTs, Spridgets (pena que só MkII em diante, aparentemente) e Minis (esse é pro nosso leitor Gustavo - não deixem de checar o blog dele sobre Minis), perfeitos, de moldes originais, e com qualidade de 0km (ok, a BMC nunca fez nada direito, mas pelo menos essas carrocerias AINDA não começaram a enferrujar!).

English car worshippers of the world, rejoice! Pena que é meio caro, mas seria o project car perfeito. Imaginem só, desembrulhar uma carroceria completa e nova????

Terça passada levamos o Mini ao Sambódromo, onde haveria um desfile de carros pequenos. Vão aqui algumas fotinhas.
Sim, um Renault 4CV. E com o Ventoux original ali atrás, não um motor de Gordini, ou pior, Corcel.
Rovin, acho que 1957; o carro atrás (e que parece grande) é um Nash Metropolitan, para um efeito de escala. O motorista é um humano de tamanho normal.


Ah, o meu favorito. Um NSU Prinz 1000, e está à venda. Dirigi o carro e me apaixonei. Pena que desisti de vender a Alfa...
Sim, amigos, estou de volta. As últimas semanas bem que tentaram, mas não tiraram o melhor de mim. Continuo aqui, e mais calmo quanto a algumas coisas, e menos preocupado com outras. Hard times indeed.

Voltando aos projetos, um update rápido: Anunciei a Alfa, mas pra ser sincero, acho que desisti da venda. Por enquanto ela ficará guardada, e depois verei o que fazer com ela; quanto à Vespa, algumas peças precisaram ser repintadas, e as levei de volta à oficina do meu amigo, para a repintura. São principalmente os componentes do guidão, e portanto, a montagem está on hold pelo momento. O Mini está parado, pois Egan Sr., o verdadeiro dono do carro, está vendendo ele.

Na verdade, não tinha muito motivo para escrever. Ânimo me faltava, como também assunto, pelo mesmo motivo. Mas hoje ajudei meu irmão a ir buscar um carro dele (sim, ele também é como nós). E para facilitar, levei junto meu outro moped italiano, no porta-malas do carro dele, para voltar de sua casa. Grazi, como eu costumo chamar minha Carnielli MotoGraziella, se acomodou no chiqueirinho, e quando chegou sua hora, acordou do seu sono de um ou dois meses na segunda pedalada. O pequeno motorzinho acordou nervoso, inebriando vosso escriba com o delicioso cheiro de gasolina podium misturada a óleo 2 tempos. Engraçado como certas coisas trazem sorrisos instantâneos e naturais, como se nada de errado houvesse. Subi nela, e saí, lá dos Jardins, para vir para Moema, às 21h precisamente.

O caminho é curto, esburacado, e em alguns trechos, escuro, mas cruzar o parque do ibirapuera à noite é um raro prazer. Confesso que, apesar de ter feito a viagem toda a Wide-Open Throttle, senti medo apenas num trecho, quando estranhamente cruzei com um cavalo-mecânico Scania próximo ao parque. Caminhões imensos são really scary quando vistos a poucos centímetros de sua moto, ainda mais quando a moto calça pneus aro 8. Mas cheguei em casa. E menos triste. E é para isso que curtimos tanto nossos carros e motos, para fazer nossa existência algo mais divertido e menos triste. Aproveitem a semana!
Semana dura, essa que passou. Aperto financeiro, perdi a oportunidade de entrar num negócio memorável (compraria um Porsche 911, a preço de banana!), a namorada me largou, bateram no meu carro (não a Alfa, nem o Mini e sim aquele meio de transporte amorfo que uso no dia-a-dia) e, pra completar, um pneu furado.
Nessas horas, já disse aqui, não há nada melhor do que virar a mente transtornada para algum projetinho com o tempo livre. Comecei a montar minha velha Vespa, que estava esquecida desmontada e recém-pintada na oficina de um amigo.
Um dos grandes prazeres secretos dos homens é desmontar coisas. No dia do desmonte da Vespa, com a ajuda de algumas latas de cerveja, convenci três amigos a me ajudarem a tornar aquele adorável brinquedo em nada além de uma pilha de peças num armário e um conjunto de chapas estampadas. Hoje, preferi atacá-la sozinho, ouvindo música, para clarear a mente. Para limpar a mente, melhor dizer. Tirar da cabeça todas aquelas aflições mundanas e etéreas que nossa cabeça teima em nos propor.
Acordei cedo (cedo demais para um domingo, anyway), e fui para a garagem, sem nem tomar café. Separei logo as peças que sabia que usaria no começo da montagem e apoiei o monocoque da Vespa sobre o carrinho de ferramentas, para que o trabalho ficasse a uma altura confortável. Primeiro passo, repassar o chicote elétrico dela por dentro do casco fechado, levando os fios aos devidos lugares dos componentes que eles alimentarão. Nada simples, graças à moderna e complexa construção da nossa amiga artrópode. Terminada essa parte logo antes do almoço, decido passar pelo casco o conduíte do cabo do acelerador, mas não termino antes da fome chegar. Parada para o almoço e para cumprir meus deveres com a democracia.



Ao retornar do almoço, termino de passar o cabo do acelerador e passo para a instalação de todos os outros conduítes. Parece pouco, mas é uma trabalheira danada. Justo o que eu precisava, depois dessa semana.
Para a semana que começa, o objetivo é montar o guidão, outra trabalheira danada. Depois disso, it´s all downhill from there. Fica moleza terminar ela. E os domingos solitários pela frente pelo menos terão a companhia do inseto barulhento que sempre me fez rir.



Esse final de semana pensei em escrever um pouco mais por aqui. Há tempos que não escrevia nada sobre o Mini, nem sobre o Alfa, então decidi que andaria com eles. Invariavelmente algo ocorreria, digno de nota.

Sábado, saí com o Mini. Tirei-o da garagem e pude notar que ele olhou para o Alfa como que se dissesse a ele, "Está vendo? É a mim que ele prefere!". Tentei ignorar, melhor não dar corda para o inglês maluco e nem para a ciumenta italiana.

Saímos, em direção ao MG Clube, pela Marginal Pinheiros. Os 90 km/h demoram a chegar, mas uma vez lá, é difícil reduzir desse ritmo. O Mini segue sólido a essa velocidade, porém com alguma vibração, provavelmente vinda de toda a rigidez da suspensão lutando contra o asfalto de nossa metrópole paulistana.
BMW Z4 Cupê

 Às vezes, por meu gosto deveras exagerado por carros antigos, algumas pessoas me perguntam o que acho de veículos ditos "retrô". Devo dizer, que na maioria das vezes, pergunto de volta "o que você entende por retrô?". New Beetle, Mini e Cinquecento, como meu amigo Marco Antônio Oliveira disse em sua estréia (welcome, old chap!), se dizem retrô, mas são caricaturas. Z4 é puro retrô, mesmo envolto na mais destilada encarnação (encarração??) do flame surfacing de Chris Bangle.

A questão é, na verdade, outra. Gosto de carros antigos não pelo cromado, mas sim pelo significado, pelas proporções, pela alma, pelo "clima". A maioria dos ditos "retrôs" focam só no cromado, sem ligar para o resto, preocupado em copiar pela imagem idéias, ideais, comportamentos e um "clima" que não volta mais. Então, vamos deixar algo bem claro, sobre o dito "retrô": copiar um carro de 30-40 anos atrás é algo muito errado do ponto de vista de um apaixonado por carros como eu. O que deveria ser feito é na verdade algo que gere uma vontade de ser copiado daqui a 30 ou 40 anos. Algo novo, com alma, com ideais, que inove, empolgue, inspire, deixe saudades quando sumir, apaixone, torne-se pôster em quarto de criança, estampa de camiseta, carrinhos de brinquedo...

Voltar a um glorioso passado não é copiá-lo, e sim, reeditar seus ideais. Quem quer algo realmente antigo compra o original. Que venha o futuro! O que você acha?

BE
Olá a todos!

Ando um pouco sumido, pensando um pouco no futuro. Mini e Alfa vão bem, parados lado a lado na garagem, um rindo das minhas desgraças com o outro. Preciso tirar os pára-choques da Alfa para levá-los ao polimento, mas aparentemente o tanque de combustível deve sair antes do pára-choque traseiro. Ao constatar isso, juro que ouvi o Mini rindo. Ou enferrujando, não sei ao certo...Logo desisti e nesse tempo que sumi nada fiz nos dois carros.

Tentei andar de Alfa, mas como amante esquecida que se tornou, ela instiga, instiga, e depois de dez minutos simplesmente faz que não é com ela e me deixa na mão... (ops, desculpem mais uma vez os leitores familiares deste blog — parece que com o Alfa não há como não ter frases de duplo sentido). As chuvas atrapalharam, não por que os carros não podem se molhar (vão enferrujar  anyway, então por que evitar a chuva?), mas pelo desânimo natural que chuvas causam.



O final de semana chegou, meus amigos. E com ele, os trabalhos no Mini.

Levei the mrs. junto, pois precisaria de ajuda. Ela queria andar no Mini tanto quanto eu e, mesmo depois da lenta explicação do que teríamos de fazer, ela não recusou. Então fomos, e ela me ajudou, bombando os freios de acordo com meus pedidos. Fluido novo e puro atingindo todas as rodas, colocamos o carro no chão, o lavamos e partimos para o almoço.
Bill 2, Lockheed 0.

Insisti que ela dirigisse um pouco, pois havia ajudado, mas ela recusou. Disse que dirigiria outro dia. Seguimos então comigo ao volante e pude ver que, realmente, o Mini não é nada de mais.
O que na verdade significa muito, mostrando o quão forward thinking era Sir Alec Issigonis, o gênio por trás do Mini. O comportamento dinâmico, se não muito visível pelo fato do subnutrido 848-cm³ mal empurrar o carro, é irrepreensível. A suspensão é macia, mas sofre com o curso curto em nossas cidades.
Azar no amor, sorte no jogo, e o carrinho é perfeito para curvas de esquinas e on-ramps tomadas à moda, sem desacelerar. Os freios, mesmo que com curso longo do pedal (ainda preciso checar isso), dão conta do recado. Não são nenhuma âncora, mas seguram bem o carro. Feedback fraco de pedais e volante, é verdade, mas a leveza do carro o faz muito bem controlável.
Ao parar para um sorvete, ensinei à minha bela passageira que ela jamais deveria recusar um convite para dirigir um carro inglês; afinal, nunca se sabe quando ele andará de novo. Ela notou, mais uma vez, peças metálicas soltas no assoalho. Reconheci a cupilha utilizada para travar o pino do pedal de embreagem. Remontei-o no lugar, com a ponta dos dedos e percebi que, mais uma vez, as entranhas do cilindro-mestre de embragem já começavam a se separar do cilindro. Time to go home, São Lucas nos alcançou; Bill 2, Lockheed 1.

Hora de ir às compras, novos cilindros-mestres para embreagem e freio. E, também, mais uma lição valiosa para o English Automobile Worshipper: never refuse a ride in an English car; it may not be running in a few moments...
Os americanos têm a expressão bad hair day para identificar aqueles dias em que saímos da cama "com o pé esquerdo". Para mim, ou na verdade, acho que para todos como nós, que mal ligamos para nossos cabelos, e sim para nossos carros e caminhos, a expressão fica muito melhor como bad traffic day. O dia de ontem foi um dia desses.

Meu despertador (que não é Lucas, nem nenhuma outra marca inglesa) simplesmente falhou e se esqueceu de me acordar. Acordei meia-hora antes de uma reunião, a 18 km de casa. Como Murphy nos ensina, se algo pode dar errado, com certeza acontecerá assim. O trânsito me reteve, mas ainda assim cheguei ao destino com cerca de 2 ou 3 minutos de folga (atrasado de qualquer jeito, ainda precisava parar o carro e correr para a sala de reunião). Duas esquinas antes, ouço um "ploft" e só tenho tempo de olhar para o lado e ver um motoboy quase caindo ao chão.
Comrades, let the games begin!

Ataquei hoje o cilindro-mestre da embraegem Lockheed do Mini. Catei as pecinhas do chão do carro, limpei e remontei tudo. Funciona! Temos embreagem de novo!

Foi tudo tão fácil que peguei o SU para um estudo mais cuidadoso. Faltam algumas peças, mas nada que o fabricante não tenha para vender (http://www.burlen.co.uk/, bom site!). Triste mesmo foi perceber que o coletor do A-series recebeu um enxerto soldado para acomodar o Solex. Novo objetivo da semana: Encontrar um coletor original, ou melhor, um para 2 SUs! Melhor mudar para objetivo do ano, já que isso não é exatamente fácil por essas bandas.

Para a semana e o fim dela, sangrar os freios. Inspeção mais cuidadosa não achou nada de errado visualmente, vou partir para essa opção. Quem sabe domingo consigo andar com ele?

E, meus amigos, caso ainda não tenham percebido, já acendi a vela para São Lucas. The British bug has bit me! Penso em Smiths, Lockheed, Lucas, SU metade do meu dia. Hoje cheguei até a flertar com a idéia de comprar um Lotus desmontado, e tornar sua montagem minha diversão permanente. (Permanente, já sei que nunca terminaria ela...)

Preciso arrumar um sofá velho e uma geladeira velha para a garagem. Aceito doações, desde que a geladeira não seja Lucas. Bom, pelo menos por enquanto...

BE
No final de semana tive o prazer de andar num Morris Mini MkII, 850 cm³, 1968. E também tive as dificuldades de andar neste carro inglês..

Pois, é, o carrinho é um punchline ambulante. Instrumentos Smiths que não funcionam, lanternas Lucas que também não funcionam. Ah, o SU também não alimenta o A-series, e foi substituído por um Solex 30.

Mas o carro também é uma aula de projeto de automóvel (como quase todo carro inglês, peca-se na execução). É impressionante como é natural dirigir o carro, keeping in mind que é um carro desenvolvido durante os anos 1950. Natural no sentido de comum, beirando o sem-graça.