Criar carros de corrida cada vez mais modernos, rápidos e
econômicos é um objetivo essencial para qualquer equipe sobreviver no ambiente
mais competitivo do mundo automobilístico. Às vezes a própria evolução precisa ser
barrada por diversos motivos, como custos e segurança.
O Grupo B foi o
ápice da insanidade automobilística no mundo do rali. Carros rápidos e extremamente
potentes, em uma época de poucas preocupações com segurança. Nigel Mansell
pilotou um Peugeot 205 T16 e ficou surpreso com o potencial do carro, dizendo
até que seria mais rápido que um F-1 na aceleração.
Segurança, ou falta dela, foi o que matou o Grupo B do Campeonato Mundial de
Rali nos anos 1980. Com carros cada vez mais potentes, os acidentes tornaram-se
mais sérios, envolvendo tanto pilotos quanto espectadores. Foi quando ao
final de 1986 a FIA assinou o atestado de óbito da categoria, e os monstros de
mais de 600 cv que voavam sobre castalho tiveram seus dias de glória
encerrados. Já vimos um pouco da história do Grupo B aqui.
A proposta da FIA foi o Grupo S, limitando a potência dos
carros em 300 cv e abrindo as normas do regulamento para que carros mais
modernos e seguros fossem criados. No Grupo B era exigido 200 exemplares do mesmo modelo fabricados dentro de 12 meses para que ele pudesse ser homologado, enquanto que no
Grupo S, apenas dez. Isto permitia que carros não convencionais fossem
projetados, pois a pequena quantidade permitia.
A Lancia, italiana, era um dos grandes nomes do rali da
época. Seus carros e pilotos eram extremamente competentes. Desde os tempos do
Lancia Stratos, passando pelo 037 até o genial Delta Integrale, os carros da
Lancia surpreenderam o mundo.