google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): Honda Civic
Mostrando postagens com marcador Honda Civic. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Honda Civic. Mostrar todas as postagens


A cultura japonesa de carros preparados passou pela terra brasilis nos anos 1990 e 2000, muito disso graças aos filmes da série "Velozes e Furiosos". Foi a chamada onda do tuning, com carros rebaixados, muitos adesivos gritantes, aerofólios desproporcionais, luzes neon fixadas ao assoalho e, geralmente, muito mau gosto.

Ainda bem que esta fase está acabando. Era duro ver na rua um carro todo desfigurado, com escapamento furado para parecer som de motorzão e com grandes chances de ter um motor completamente manco. Longe de como os japoneses fazem por lá.

O problema é que esta fase vitimou muitos carros legais que existiam por aqui, como o Mitsubishi Eclipse, os Golf GTI e os Civic VTi. Deste último é praticamente impossível encontrar um totalmente original, ou mesmo com alguma modificação leve que possa ser revertida sem muitos problemas.

Quando falamos hoje em dia de hot hatches, temos poucos exemplos no mercado local. Nos anos 1990, o VTi era vendido aqui como uma das melhores opções. Até hoje é um dos carros convencionais com motor de aspiração natural com uma das maiores potências específicas disponíveis. O pequeno 1,6-litro tinha 162 cv, um pouquinho a mais do marco de 100 cv/l. Tudo graças ao comando de válvulas VTEC, herança do grande Honda NSX.


Andando no trânsito hoje, minha esposa olhou para a traseira do novo modelo do Honda Civic e comentou "que lanterna feia". Não admira que ela tenha achado feia a lanterna, porque com certeza não foi só ela: esta última reestilização do Civic se revelou um fracasso de vendas nos EUA antes mesmo do lançamento no Brasil, e ainda assim acabou sendo lançada aqui.

Mas por que fizeram isso? Porque depois de alguns anos, o carro tem que mudar. Não interessa o que, mas tem que mudar. Mesmo que fique pior, tem que mudar. Para quê? Para fazer o modelo que deixa de ser fabricado parecer “velho”. Isso se chama “obsolescência perceptiva”, que é fazer com que a existência do novo produto faça o produto antigo passar a ser percebido como “velho”. Desta forma, todos aqueles que o cercam ficam sabendo imediatamente que seu carro não é mais “do ano”, pois o “do ano” agora é diferente. Para quem gosta de sempre ter o último modelo, a reestilização acaba tornando praticamente mandatória a troca do veículo pelo modelo atual.

O mercado valoriza isso. Olhando para o mercado de usados, percebe-se facilmente que os anos em que há reestilização são justamente os anos em que os preços dão um pulo maior, pois a “cara mais nova” acaba valorizando o modelo no mercado. E se a “cara” é a que ainda está em linha, então, o salto é maior ainda, pois é um que se compra carro usado ainda com cara de novo. Verifiquei isso claramente quando fui comprar meu carro, no ano passado: A diferença de preço de tabela entre um 2006 e um 2009 (mesma frente) era de 11 mil reais a mais para o 2009, em relação ao 2006. Onze mil reais a mais por um carro três anos mais novo. Já para o modelo 2010, ano em que sofreu a reestilização e que está em linha até hoje, o preço saltava nada menos do que 15 mil reais de um ano para o outro, só por conta da “cara” ainda estar em linha. Quinze mil reais a mais por apenas um ano a menos de uso porque tinha a “cara nova”.

Nos últimos dias me deparei com duas ideias que utilizam uma energia perdida enquanto veículos trafegam sobre ruas e estradas. Uma visando a produção de energia elétrica e outra, mais divertida, produzindo música!

No primeiro caso uma empresa israelense, a Innowattech, diz possuir tecnologia para instalar geradores piezoelétricos em ruas e estradas, estradas de ferro, pistas de pouso e decolagem e até em locais de trânsito intenso de pedestres. Esses geradores captam energia da deformação do piso pela pressão causada sobre eles pelo tráfego. Segundo a empresa, o custo por kW.h é similar ao custo de captação de energia eólica. Uma interessante maneira de se aproveitar alguma coisa do trânsito cada vez pior das grandes cidades. Resta saber se esse projeto será de fato implementado.

Para saber mais: INNOWATTECH


No segundo caso, a Honda está recuperando a energia perdida no contato com o asfalto produzindo sons através de ranhuras feitas na pista com espaçamentos calculados para produzir notas musicais ordenadas. Ao trafegar pela via na velocidade indicada, os ocupantes dos veículos ouvem música. Sem dúvida uma maneira interessante de divertir os viajantes.
Para saber mais: GROOVES




Como é que nunca ninguém pensou nisso antes?