google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): Wankel
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No final dos anos 1960 e princípio dos 1970, a indústria automobilística estava muito focada em novas tecnologias. Como a era de ouro dos carros americanos já tinha passado, quando basicamente a cada ano um novo design era apresentado, mas sempre usando o mesmo conceito mecânico de motor e chassi, as novidades agora teriam que ser esta área.

Os americanos, em especial, concentraram muito dinheiro e tempo em conceitos arrojados de motores não convencionais, como as turbinas a gás e os motores de ciclo Wankel.

A Chevrolet foi uma delas, apostou no Wankel como opção para seus carros, a princípio, no Vega. Ed Cole, então presidente da GM, estava em um momento de fascinação pelo projeto do alemão Felix Wankel, visto que os japoneses da Mazda já estavam vendendo carros com os motores de rotores triangulares. A suavidade e potência deste tipo de motor fez a cabeça de Cole, assim ele conseguiu liberar alguns milhões de dólares da empresa para o desenvolvimento de uma unidade própria.

Em paralelo, a GM estava no auge com o Corvette, seu carro esporte, que já estava ganhando fama em função das competições internacionais e regionais. Seria um caminho relativamente natural que o Corvette recebesse, nem que fosse apenas para estudo, uma proposta com o motor rotativo. E foi exatamente o que aconteceu. 


Praticamente todos os carros que vemos hoje no mercado nasceram de algum carro-conceito, podendo ou não terem sido mostrados ao público. Os carros-conceitos que ficam conhecidos são os que vão para exposições e salões. Há conceitos que apenas os membros do alto escalão das empresas podem ver, e tomar decisões.

A função de um carro-conceito é mostrar tendências ao público e ver sua aceitação, quase sempre de novos designs. Desta forma, o fabricante pode decidir se seguirá com algo parecido para produção em série ou não. Funciona como um teste de carisma para a proposta.

Muitos carros conceitos são apenas estáticos, não possuem motor. Às vezes, nem mesmo um interior funcional é feito, pois o que interessa apenas é a carroceria, a parte exterior. Estes são chamados de mock-ups pelos termos da indústria.

A Mazda, famosa pelo seu motor rotativo de ciclo Wankel, ficou anos sem grandes lançamentos no que diz respeito a designs arrojados. Com uma renovação na sua linha do ano 2000 para frente, o visual de seus modelos mudou bastante. Diversos carros-conceitos foram apresentados, e entre eles, um chamado Furai.

Aspin: principal tipo de válvula rotativa axial


As válvulas rotativas axiais

 A partir de 1911, e praticamente por todos os anos 1920, uma série de experimentos com os mais variados sistemas de válvulas rotativas surgiram e a grande maioria desapareceu e caiu no esquecimento. Porém, alguns abnegados inventores e engenheiros se esforçaram para torná-las úteis.

Há duas grandes famílias de válvulas rotativas, as axiais (de eixo paralelo ou concêntrico ao do cilindro), e as transversais. Nesta parte veremos as válvulas rotativas axiais, e na próxima parte veremos as válvulas rotativas transversais.

Curiosamente, veremos que os dois tipos de válvulas estão fortemente associados ao desenvolvimento das motocicletas, em especial as de competição.

A maior parte da família das válvulas rotativas axiais se caracteriza por conformar parcial ou totalmente a câmara de combustão em um componente móvel, o que auxilia na formação da turbulência necessária para uma boa queima. Além disso, estas válvulas, por estarem posicionadas dentro da cavidade da câmara de combustão, ao receberem o pulso de alta pressão da combustão da mistura, são pressionadas a vedar ainda mais as passagens de gases, obtendo um rendimento de vedação comparável ao das válvulas circulares convencionais, porém sem oferecer a restrição de corpos invasivos à câmara.

Estas válvulas apresentam certo grau de parentesco com os motores de dois tempos na medida em que o rotor tem o papel duplo de válvula e de câmara de combustão, assemelhado ao pistão do motor de dois tempos.

Recordando a segunda parte deste artigo, vimos o motor da RCV, que possuía uma camisa rotativa que funcionava como válvula. Embora eu tenha colocado esse motor na parte referente aos sistemas de camisas móveis, sob uma outra ótica, o sistema da RCV também pode ser classificado como um sistema de válvula rotativa axial completo. Ele é portanto, um sistema de transição, que fica na fronteira entre dois sistemas bastante diversos.

Sistema RCV: um sistema de transição


A VW pode ter sido fundada por Adolf Hitler, e o Fusca em si pode ter sido projetado por Ferdinand Porsche, mas esta VW nazista, estatal de verdade, que produziria carros do povo distribuídos por órgãos do partido, e que seriam comprados por um esquema de poupança prévia, morreu com o fim do sonho nacional-socialista alemão ao fim da Segunda Guerra Mundial, sem ter nunca entregado nenhum carro a um civil.

Não, a VW que conhecemos em propagandas simpáticas que pregavam o bom senso sobre rodas era fruto da visão de uma outra pessoa: Heinz Nordhoff (abaixo).


Nordhoff fora contratado no pós-guerra pelo Major Ivan Hirst, do exército inglês, para administrar a fábrica da VW. Um sobrevivente daquele conflito, que antes fora executivo da Opel, Nordhoff chegou em Wolfsburg “... pobre como um rato de igreja. Tive que abandonar os resultados de 25 anos de trabalho para os russos em Berlin, e pesava 30 kg a menos que hoje.” Como todo sobrevivente de um conflito deste tipo, Nordhoff não conseguiria conceber uma sociedade perdulária e frívola como a nossa atual. Austeridade era parte integrante de sua realidade.

Sendo assim, construiria a VW num tom que atingiria o coração do mundo naqueles tempos, que construiria o maior fabricante da Europa em poucos anos, e que sedimentaria as fundações de uma empresa que hoje caminha para se tornar o maior fabricante do mundo, maior até que a GM e a Toyota. Nordhoff explicou esta filosofia em 1958:
Não muito tempo tempo atrás, relembramos a vitória do Mazda 787B em Le Mans, sendo até hoje o único carro japonês e o único com motor Wankel a vencer na pista francesa.


O princípio do desenvolvimento para competição do motor Wankel por conta da Mazda veio com o primeiro modelo da marca dotado com este motor com dois rotores (versão 10A), o 110S Cosmo.


Falamos da comemoração dos vinte anos da vitória em Le Mans do lendário Mazda 787B aqui. Foi a primeira e única vitória de um motor rotativo e de um carro japonês na mais tradicional prova de endurance do mundo.

O principal papel da edição de 1991 foi mesmo do 787B, que sobressaiu frente aos poderosos V-8 e V-12 dos concorrentes. Um fato interessante e que até então não muito conhecido é a estrutura da equipe Mazda e a estratégia para a corrida.