google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): fusca
Mostrando postagens com marcador fusca. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador fusca. Mostrar todas as postagens
Lembra muito pouco um Mercedes-Benz

A Mercedes-Benz também fez um carro popular ("volkswagen", apenas um termo, não a marca como conhecemos hoje) para atender ao requisito do governo nacional-socialista alemão, mas, ao contrário do Fusca, foi um enorme fracasso e produzido em baixo número.

Sem dúvida, é o carro menos conhecido da marca e, tal como o Fusca, que todos sabem do que se trata, tem motor traseiro de quatro cilindros, mas em linha e arrefecido a água. Foi considerado um motor de quatro cilindro horizontais opostos arrefecido a água, mas o quatro-em-linha acabou sendo escolhido.

Apresentado  no Internationalen Automobil- und Motorrad-Ausstellung (IAMA), ou Mostra Internacional do Automóvel e da Motocicleta, em Berlim, março de 1934, o 130 H ("H" de Heckmotor, motor traseiro em alemão) provocou muita discussão com sua dianteira sem grade de radiador. O choque foi grande, já que se tratava de um carro com a função de ser o "popular" da marca conhecida pela qualidade de seus produtos de luxo, além de ser muito mais compacto que qualquer outro com a estrela de três pontas sobre a dianteira, além do pequeno motor 1,3-litro de quatro cilindros e na traseira, ambos primeira vez na marca.



Em 1982, 30 anos atrás, a oferta de modelos mais baratos era bem reduzida. Somente quatro fabricantes de automóveis instalados no Brasil, sendo que a Ford não tinha nenhum modelo na faixa de preço inferior, seu carro mais barato era o Corcel II, que se posicionava em uma faixa acima.

Na gama de entrada, a oferta se resumia a Fusca e o recente Gol, ambos com motor refrigerado a ar de 1,3 ou 1,6 litro e potência de 38 e 54 cv, respectivamente, Chevette de 1,4 litro e potência de 60 cv e Fiat 147, com opções de 1,05 e 1,3-litro e potência variando entre 50 e 56 cv, nesta ordem.

O desempenho, na melhor das hipóteses, mostraria um 0-100 km/h na casa dos 15 s e velocidade máxima ao redor dos 150 km/h, no caso dos Volkswagen com motor 1,3-litro refrigerado a ar o 0-100 levava mais de 20 segundos. O consumo não devia mostrar números tão diferentes dos atuais, os carros eram mais leves, o trânsito fluía melhor e a gasolina não tinha 20 a 25 % de álcool em sua composição, mas 12%.


A VW pode ter sido fundada por Adolf Hitler, e o Fusca em si pode ter sido projetado por Ferdinand Porsche, mas esta VW nazista, estatal de verdade, que produziria carros do povo distribuídos por órgãos do partido, e que seriam comprados por um esquema de poupança prévia, morreu com o fim do sonho nacional-socialista alemão ao fim da Segunda Guerra Mundial, sem ter nunca entregado nenhum carro a um civil.

Não, a VW que conhecemos em propagandas simpáticas que pregavam o bom senso sobre rodas era fruto da visão de uma outra pessoa: Heinz Nordhoff (abaixo).


Nordhoff fora contratado no pós-guerra pelo Major Ivan Hirst, do exército inglês, para administrar a fábrica da VW. Um sobrevivente daquele conflito, que antes fora executivo da Opel, Nordhoff chegou em Wolfsburg “... pobre como um rato de igreja. Tive que abandonar os resultados de 25 anos de trabalho para os russos em Berlin, e pesava 30 kg a menos que hoje.” Como todo sobrevivente de um conflito deste tipo, Nordhoff não conseguiria conceber uma sociedade perdulária e frívola como a nossa atual. Austeridade era parte integrante de sua realidade.

Sendo assim, construiria a VW num tom que atingiria o coração do mundo naqueles tempos, que construiria o maior fabricante da Europa em poucos anos, e que sedimentaria as fundações de uma empresa que hoje caminha para se tornar o maior fabricante do mundo, maior até que a GM e a Toyota. Nordhoff explicou esta filosofia em 1958:
A única foto onde aparece o Fusca do João

Era uma vez em Porto Velho, Rondônia.

Estava quente, como sempre, e era um feriado, com tempo para nos refrescarmos. Mas no Rio Madeira não, tem que ter algo mais seguro, sem jacaré na água.

Eu, João e, ehh, duas mulheres, saímos com o Fusca velho dele. Andava mal. Com umas explosões  no carburador às vezes.

Um dia antes tiramos o carburador  mas não encontramos nada de sujeira lá dentro. E, pelo menos, o carro andava mais ou menos.


Mesmo com o tempo horrível de ontem resolvi acordar cedo e fazer umas fotos no encontro mensal de antigos na Estação da Luz em São Paulo.

Fotografei alguns Ford A e detalhes de outros carros com destaque para o maravilhoso Lincoln Continental com seu desenho limpo e portas traseiras invertidas. Entre esses outros estão: Fusca, Kombi, SP2, Puma, Chevelle perua, Mercedes 190E 2.3, Impala, Ford Thunderbird, Cadillac, Rural e até um Fiat 147 picape.


E o Fusca bi-motor do Sr. Trevisan acordou para a vida.

Atualizando: De onde veio o motor? Do protótipo Jamaro da foto abaixo.

O motor de 8 cilindros foi criado pelos irmãos Jair e Jairo Amaro do Rio de Janeiro, fabricantes de carros para a Fórmula-Vê, e era feito com dois motores 1300 cm³ da VW unidos, mas não foi bem sucedido. O protótipo Jamaro depois correu com motor Chrysler V8. Esse vídeo é do motor recuperado pelo Trevisan do Museu do Automobilismo, está com kits 1500, logo o motor tem 3000cm³, e montaram em um Fusca.