google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): dinâmica
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Yin e Yang do automóvel

Na quarta parte desta série, aprendemos de forma genérica sobre comportamentos emergentes, enquanto nesta e na próxima aprenderemos mais alguns outros e como eles se relacionam com o automóvel. Como é de se esperar, nem todas as conclusões que tiraremos daqui satisfazem nosso senso comum. Também serão discutidos problemas e soluções para o trânsito, onde os comportamentos emergentes são mais visíveis.

Um pouco mais sobre o Yin e Yang

Podemos dizer que Yin e Yang são a visão filosófica das oposições das partes que mantêm o mundo finito unido e equilibrado, e que, diferente das visões românticas, otimistas ou pessimistas, é a visão integrada que tudo que é positivo por um lado possui outro igualmente negativo (apesar de muitas vezes oculto) e vice-versa, que se aproxima mais da realidade.

Vivemos em um mundo completamente interconectado, onde tudo se relaciona com tudo. Uma nova matemática e uma nova física começam a compreender a dimensão desta complexa realidade. Não é possível mexer com uma coisa e não afetar as outras. Graças ao Efeito Borboleta, não há ações inconsequentes, por menores que sejam.
Suspensão: mecanismo físico x modelo matemático

Não existe uma definição precisa de inteligência. Entretanto, inteligência está ligada à capacidade do organismo ou sistema se adaptar e responder adequadamente aos desafios de um mundo imprevisível. Sob estas condições, podemos dizer que um sistema com uma dinâmica bem-ajustada é um passo na direção de um sistema inteligente.

Também é importante conhecer a dinâmica dos sistemas quando a inteligência da máquina atua no mundo real, porque ela será o primeiro elemento deste mundo real com o qual essa inteligência terá de lidar.

É isso que veremos a seguir.

Noções de dinâmica dos sistemas

Vamos imaginar uma suspensão automobilística bem simplificada. O conjunto seria um  sistema mecânico elementar, com uma massa, uma mola e um amortecedor, e o conjunto é animado pela aplicação de uma força externa.

O conjunto teria este modelo básico:

Modelo simples de uma suspensão



Não há entusiasta que não tenha lido sobre carros autônomos, dos testes que vem sendo feitos por grandes companhias e nem das promessas sobre quando eles se tornarão realidade. Quando são referidos, muitas vezes os chamam de "carros inteligentes", sem que se explique ao público leigo que tecnologias são aplicadas e que desafios terão de ser vencidos até chegarmos lá.

Esta é uma série de artigos que trata desta questão e, como veremos, a inteligência dos automóveis nasceu desde que o primeiro automóvel foi criado, e várias tecnologias presentes no automóvel são comuns a outros tipos de máquinas.

Então, iremos começar pela parte mais visível do processo, a parte dos controladores e reguladores.

A evolução dos controladores

A invenção da máquina a vapor por James Watt desencadeou uma série de revoluções tecnológicas que mudaram o mundo. Mas, apesar da sua importância, não foi ela que virou o símbolo iconográfico de seu tempo, mas sim um pequeno acessório, que geralmente era posto a girar sobre a máquina.
Mostrando que não é de hoje que conteúdo não vale nada, mas imagem é tudo, aquele mecanismo povoou as obras artísticas da Art Nouveau, a mente das pessoas na Belle Époque, e depois, todos os filmes de cientistas malucos. As pessoas não sabiam para que aquela peça de plasticidade artística girando em alta velocidade poderia servir, mas ela simbolizava em suas cabeças a força da máquina, o que era também o símbolo do domínio e da força do homem civilizado sobre o mundo selvagem. Esta peça era o regulador centrífugo.

Regulador centrífugo