Ferruccio Lamborghini chegando em um Lamborghini 350 GT para andar em sua Riva Aquarama Lamborghini. Era, então, “o” cara |
Quem se mete a restaurar qualquer veículo antigo, não reconhecido
trabalho de mecenas para a sociedade, seja ele qual for, conhece verdade
inexorável: a facilidade e o custo serão diretamente proporcionais à quantidade
produzida. Restaurar, por exemplo, um Fusca de milhões de exemplares, será
muito mais simples e barato que a mesma empreita para um Tucker, em suas 51
unidades produzidas. Ou para o Willys Capeta, exemplar único. Idem, no caso
presente, da lancha Riva Aquarama Lamborghini, encomenda especial de Don
Ferruccio Lamborghini, titular, maior acionista e capo da famosa marca italiana de automóveis superesportivos.
Muito trabalho de pesquisa, muitas viagens, muitos euros, serviço
complexo, caro, mas o resultado final valeu: a Aquarama feita pela Riva
seguindo as instruções de Ferruccio Lamborghini é peça única, um mito, atraente,
reverenciada, como ficou claro na estréia de sua nova fase. Vinda de verdadeira
exumação, após três anos se expôs, com garbo, traçando um risco branco na
superfície do italiano Lago Iseo, empurrada por 700 cv.
Figurativamente uma listra separadora do tempo de escuridão, sob uma lona, ao
novo período de luminosas exibições do pico da qualidade em suas partes náutica
e mecânica.
O renascimento ficou marcado quando o especialista Sandro Zani, italiano
com estaleiro especializado na Holanda, o Riva World, deu a restauração como
pronta após testá-la no mar em frente ao seu escritório, amaciar os motores,
levou-a para a Itália, e seu proprietário mantendo-se em anonimato, foi
generoso como as pessoas educadas: convidou Fabio Lamborghini, herdeiro de
Ferruccio, e Carlo Riva, projetista da lancha e ex-dono do estaleiro
construtor, ao passeio de volta à vida.
História
Ferruccio Lamborghini, italiano de Modena, lentamente construiu fortuna
a partir dos restos da Segunda Guerra Mundial. Das sucatas bélicas fez nascer muitos
tratores, e desta atividade, sua fábrica. Fazia, então, 400 unidades mensais
apondo seu nome na grade, definindo o tipo como Carioca. Em paralelo, desenvolveu sistemas de calefação e
aquecimento para grandes edifícios. Fez-se rico em 20 anos de trabalho duro.
Tornou-se usuário de Ferraris e, dizem enfeitadas lendas, para sugerir
melhorias no veículo, certo dia marcou hora com outro italiano de carreira
assemelhada, baseada em brilho, trabalho e teimosia. Um certo Enzo Ferrari.
Repetem as lendas, cada vez mais romanceadas, Ferrari não deu atenção ou
dedicou urbanidade ao vizinho, colega, patrício e, sobretudo usuário de carro
de sua marca. Quando Lamborghini teria reclamado da dureza do acionamento da
embreagem de seu automóvel Ferrari 250 GTO — barata cujo valor beira atualmente os US$ 20M —, Ferrari, o
construtor, teria dito, o problema não estava no Ferrari, automóvel, mas no
condutor, acostumado a dirigir tratores…
Ferruccio Lamborghini, um Islero e o trator Carioca: seu sobrenome em ambos (www.todayifoundout.com) |
História ou estória fato é, Lamborghini teve arroubo parecido com o do
refinado Ettore Bugatti ao projetar numa noite seu modelo Royale, após jantar
onde nobre inglesa teria dito à sobremesa que seus carros eram ótimos, ganhavam
corridas, eram recordistas mas, conforto mesmo, só em Rolls-Royce com grande
distância entre eixos.
Conhecendo ou não a história, academicamente descompromissado, embora
mecânico de talento, Ferruccio contratou um time de jovens engenheiros para
fazer automóvel superior aos Ferrari. Com seu nome, como os carros do vizinho.
E nada de cavalinho empinando, mas seguindo seu signo, uma família de touros.
Nada de plácidos reprodutores, mas matadores de toureiros, os Miura. Giotto
Bizarrini, projetista de motor, Marcelo Dallara, de chassis, criaram o Miura
350, logo evoluído para 400. Eram marcantes e cumpriam a função: atrativos,
performáticos, agradáveis de conduzir.
Ferruccio encomendou a lancha à Riva em 1968. Queria uma Aquarama, o topo
dos modelos do estaleiro conduzido com habilidade por Carlo. Herdeiro, titular
de empresa secular, entendeu o pós-guerra, mudaram conceitos e demandas. Nada
de barcos apenas bons e de qualidade por materiais e construção. Teve visão e
coragem para mudar o foco do negócio, passando-se às lanchas com luxo. Riva
fora conhecer o mercado estadunidense, as lanchas Chris-Craft, dominando este
segmento, seu processo de construção. Na ocasião, fez acordo de fornecimento de
motores marinizados com a Chrysler, encomendou instrumentação rica, e voltou à
Itália, somando informações com a insuperável mão para o design. Nada de barcos para pescadores e trabalho, mas aposta no
luxo e na elegância, mantendo a competência construtiva. Deu nas Riva Tritone.
Era o pretendido por Carlo: uma obra de arte tridimensional e ainda capaz de
andar na água, ser desejada pela nobreza européia, ricos, estrelas de cinema,
os VIPs. Tornar-se objeto de desejo.
A boa experiência, vendas, lucros com a Tritone evoluiu para a Aquarama.
Era, então, a lancha de maior refinamento e velocidade. Foi uma destas a
encomenda de Ferruccio Lamborghini. O casco 278, da série inicial de 281,
construídas entre 1962 e 1972, vestiu as
especificações traçadas em março de 1968. Além das características marcantes,
como o casco de madeira, o estofamento com ares de sofá, a confortável baia
para uso de dois motores Chrysler ou Cadillac, capazes de levá-las a um pico de
40 nós, queria algumas peculiaridades: motores de sua produção — para os quais
desenvolveria marinização —, pretendendo ter a Aquarama mais rápida do mundo. E
remoção do solarium, a tampa sobre os
motores, usualmente utilizada para as convidadas se dourar ao sol. Sem solarium, nada de moças em biquini mas,
eu seu lugar, os 24 cilindros e 12 carburadores duplos, óbvio
efeito-demonstração das habilidades da marca. Parte mais importante, estar
pronta ao uso em junho daquele 1968, verão europeu.
Trabalhos em paralelo, com a vinda de um engenheiro americano para
fazer a marinização. Como se sabe, motores náuticos não utilizam radiadores,
fazendo seu arrefecimento pela passagem da água, de mar, lago ou rio pelos dutos
do motor. Negócio com restrição de fluxo, capaz de fazer o motor ou motores ter
temperatura ideal de operação — se a passagem fosse direta, operariam frios,
sem rendimento e de curta vida. O escapamento se faz sem silenciadores, de modo
que os gases saem junto com a água utilizada para o arrefecimento.
Assinatura de Lamborghini: dois motores, 24 cilindros, 12 carburadores duplos, escapamentos em inox e berro de esportivo |
Tudo aparentemente certo para receber os dois motores Lamborghini V-12,
3.500 cm³, porém deveriam ser desenvolvidos para a nunca imaginada missão. Não
apenas por conta da marinização, mas pelo fato de, com o uso de dois motores em
paralelo, um deve girar em sentido anti-horário, para permitir à lancha andar
em linha reta. E, dificuldade idêntica, Ferruccio queria sua lancha reconhecida
sonoramente, ronco viril de motor esportivo. Vezes 2.
A Riva atendeu à encomenda. A bela Aquarama, batizada como Lamborghini, marcava presença visual
tanto por suas conhecidas linhas, quanto pelo insólito visual expondo as pontas
superiores dos “V” dos motores à mostra, pintadas em polido azul claro, em cada
um seis carburadores Weber horizontais duplos. Produziam em torno de 350 cv
cada, com trabalho de comandos para ter torque amplo e potência de pico a
5.000 rpm. Vamos lembrar, lancha não tem transmissão, não troca marchas para
andar para a frente. Os motores acionam os hélices diretamente. Ou, num
raciocínio primário, comparando com automóveis andam sempre em primeira marcha.
Daí a necessidade de muito torque para arrancar propelindo um casco com 8 metros — 27 pés — de comprimento,
mais de 2 t em metais, materiais e madeiras nobres, e giro para atingir
velocidade elevada puxando esquis. Fazia 48 nós em cruzeiro máximo — 89 km/h —, 20% acima de
todas as outras Aquarama.
O uso da lancha acompanhou o gráfico de vida da Lamborghini. Nos anos 1970, dizem lendas, Ferruccio se preparou e dimensionou industrialmente para um
grande salto empresarial: aumentar a produção de seus tratores para atender a
enorme encomenda inicial e a fluxo mensal durante anos, por um governo sul-americano em projeto e política de atenção com a atividade rural. Programa
cancelado, Ferruccio estocado, duplicatas vencendo sem a venda dos tratores,
transmitiu 50% da empresa a um grupo suíço. A parte de tratores escrevendo
prejuízos, sistema de troca de calor, idem, a operação automóvel por si só
permitia lucros.
A queda, a venda, mudaram o estilo de vida e Ferruccio passou o restante
das cotas ao mesmo fundo suíço de investimentos. A situação foi um espelho da
vida de um agora contido Ferruccio, e a lancha não mais foi baixada à água,
quedando-se sem uso, encostada num pátio de marina desde a década de 1980. Com o
passamento do dono — 1916/1993 — provocou procura e interesse, mas sem
êxito. Coberta, fora de visão, era apenas uma lancha velha, abandonada, de
proprietário e história desconhecidos.
Na parte automobilística os compradores da marca mantiveram a filosofia,
utilizaram a boa base do projeto de câmbio e motor, e criaram mitos — Countach,
Islera, Jalpa ... A fábrica mudou de donos algumas vezes e há 15 anos é da
Audi.
O resgate
Colecionador holandês de lanchas Riva localizou-a, solucionou o problema
jurídico para aquisição, compôs três décadas de permanência na marina, e traçou
projeto de restauro para, possivelmente, o item mais referencial de seu acervo.
Começou pelo desafio ao citado Sandro Zani para enfrentar as dificuldades da
recomposição da versão especialíssima. Por orçamento desconhecido mas
pressupostamente elevado, o projeto demarrou por entender a motorização, pois
na lancha deste aparato nada restava. Muitas viagens à Itália, em especial ao
Museo Ferruccio Lamborghini, onde restava um dos motores retirado da lancha —
do outro, nem notícia. O Museo não se
interessou por venda ou troca por engenho aplicado em automóveis, mesmo ante a
alegação de ficar exposto e sem uso. Daí iniciar-se trabalho para transformar
motores automobilísticos em náuticos, gerando fotos e desenhos em quantidade
industrial.
Aquarama Lamborghini no Lago Iseo: quase 50 nós, ou 90 km/h |
Zani separou as atividades em três frentes: motorização; casco;
detalhes, tocando-as em paralelo para tentar administrar o tempo. Assim mesmo o
restauro, a volta à vida demorou três anos — 12 vezes mais que o construir.
A parte do motor curiosamente foi a mais fácil. Na Itália Zani localizou
e co-optou Lino Morosini, então engenheiro da Lamborghini e um dos partícipes
da aventura original de transformação. Por seu intermédio localizaram BobWallace, o engenheiro estadunidense chamado a marinizar os motores, fazer um
deles girar ao contrário, dar-lhes comando único, compatibilizá-los em rotações
e geração de torque e potência. Bob, que faleceu pouco antes do término do
projeto de restauração, muito auxiliou na construção do sistema de arrefecimento. Ajuda fundamental pois não se baseou no sistema de muflas — uma
caixa grosseira, grande, pesada, fundida em ferro — mas em circuito selado.
Isto explica ter permitido um sistema de escapamento sem amordaçar o som dos
motores.
O Museo muito contribuiu.
Permitiu desmontar o motor em exposição e gentilmente — e para não permitir a
saída de peças — reproduziu, in loco,
as partes necessárias. Zani adquiriu motores usados do 350 GT. Um na Europa,
outro nos EUA, remontou-os com partes mais novas, elevando a cilindrada a 4.000
cm³. Melhorou o torque e sua incidência, tornou forte, mas suave o
funcionamento entre 700 e 5.000 rpm, manteve a potência de pico em cada um nos
350 cv. Ponto fundamental, o ronco do escapamento, forte, viril,
individualizado, conseguiu ser mantido como uma assinatura de Lamborghini.
O casco em compensado naval foi restaurado, revista toda a marchetaria —
a inclusão das tiras de madeira clara nos painéis de madeira escura — lixado.
pintado em branco na parte inferior e com faixa verde logo acima da linha
d’água. Toda a madeira, exposta ou pintada recebeu 25 (!) camadas de verniz.
O revestimento interno, assim como a parte estrutural mereceram iguais
cuidado de recuperação, preservação e aparência. A parte de estofamento refeita
com o mesmo material empregado há quase meio século, e todos os botões,
comandos, a rica instrumentação, os cromados, os cunhos, tomadas e saídas de
ar, grupo óptico, buzina, refeitos sem concessões. Zani buscou o zênite da
restauração: aparência e operação de lancha nova.
Harmonia e refinamento originais foram resgatados |
Por lembrar
Razões várias, as pequenas fábricas de esportivos italianos deixaram de
pertencer aos criadores. Ferrari, Maserati, Lamborghini. Osca …., tutti quanti, ou acabaram ou hoje são
apenas referências de charme, elegância e tecnologia para grandes empresas.
Numa imagem, a rede de supermercados que compra a delicatessen para aprender a receita da empada. A famiglia
Lamborghini hoje vende charme, produz vinhos e mantém linha de artigos de griffe, itens de couro, valises, écharpes, complemento de vestuário.
Inspiração dos EUA, desenho e construção italianos, painel lembra carros esporte europeus, mas volante é americanizado |
Rolls-Royce dos mares, a secular Riva acabou vendida para o capital, a americana Whittaker Corporation. A revista Yachting,
referência mundial no setor, indicou a Riva Aquarama como a primeira na lista
de 100 lanchas no mundo, e último clássico em madeira. O nome Aquarama
inspira-se em seu amplo pára-brisa, lembrando tecnologia então famosa nas
telas dos cinemas, para dar sensação de amplitude e profundidade, a Cinerama.
Bem adequado pois os estadunidenses, dominando esta vertente de entretenimento
difundiram o nome mundo afora, e parte deles, atores, atrizes, diretores, eram
e tornaram-se clientes da Riva.
Com certeza uma das alegrias outonais de Carlo Riva, 89, autor do projeto: andar na mais rápida de suas lanchas |
Os nobres colegas e os editores do Autoentusiastas já foram noticiados do infeliz falecimento do ator Paul Walker?
ResponderExcluirSe ainda não, uma simples olhada nos meios de mídia lhes deixará à par dos fatos.
Para quem não se recorda apenas pelo nome, é o ator que interpretou Brian O'Connor, da série Velozes e Furiosos (e dezenas de outros filmes, nos quais sempre demonstrou ser competente ator).
À pesar de muitos não serem fãs da série V&F, é de se lembrar que Paul era um entusiasta de mãos cheias fora das telas, amava automóveis e corria em algumas categorias profissionais. Morreu justamente em promoção de um evento, por ele organizado, de caráter beneficente envolvendo exposição de carros esporte.
Deixo de registrar link para a matéria.
R.I.P
Que descanse mais um entusias
Charles
ExcluirCertamente que vimos o noticiário. Lamentável o que aconteceu, perder a vida num acidente automobilístico.
Bela e aprofundada postagem, RN. Ferruccio Lamborghini era um sujeito versátil, que começou fabricando tratores e depois passou a fazer supercarros. Não bastasse, encomendou esta superlancha. Embora tudo o que ele fazia fosse superlativo, não o considero um megalômano, mas, sim, um grande empreendedor. Foi triste vê-lo desfazer-se da marca de Sant'Ágata, mas, como você observou, vários outros criadores italianos — e britânicos, também — sofreram reveses semelhantes. Como se diz, c'est la vie...
ResponderExcluir"a facilidade e o custo serão diretamente proporcionais à quantidade produzida."
ResponderExcluirO custo não é inversamente proporcional?
Quanto maior a produção, mais fácil e barato. Diretamente proporcional.
ExcluirMaior produção, menor custo (mais barato): inversamente proporcional. "Barateza" não é a variável a ser mensurada e sim o custo. Ou então, reescrevam-se todos os livros de Economia.
ExcluirImagino o tamanho da encrenca para calibrar adequadamente os doze carburadores duplos desta excepcional Riva.
ResponderExcluirAinda bem que a gasolina européia é bem mais confiável que o blend nacional...
Pois é... esse negócio de blend é só para dar dor de cabeça.
ExcluirCoisa para macaco-velho tarimbado!
ResponderExcluirGrande Nasser, que história sensacional... um abraço!
ResponderExcluirFerruccio Lamborghini era um sujeito apaixonado que transformava sua paixão em automóveis, tratores, etc. O mundo precisa de mais pessoas como ele urgentemente.
ResponderExcluirGrande história, excelente texto.
ResponderExcluirSaudações alfistas.
"Daí a necessidade de muito torque para arrancar propelindo um casco com 8 metros — 27 pés — de comprimento, mais de 2 t em metais, materiais e madeiras nobres, e giro para atingir velocidade elevada puxando esquis...."
ResponderExcluirAlguém poderia explicar o porque esses motores náuticos precisam de tanto torque? Sempre pensei que motores de lancha deveria privilegiar a potência em detrimento do torque. No caso, quanto mais rápido girar a hélice, melhor. Existe algum mecanismo de multiplicação de giros da hélice face a rotação do motor?
Você pode usar motores estacionários e pás com passo variável. O passo variável nada mais é que modificar o ângulo de inclinação das pás para conseguir mais torque ou potência, uma espécie de caixa de engrenagens mais simples. É dessa maneira que as grandes embarcações operam hoje. As lanchas são diferentes, por usar menos torque, costumam deixar o motor girar, até porque isso faz parte da experiência.
ExcluirLucas Franco
Linda embarcação. Gran turismo das águas.
ResponderExcluirQue bom existir o resgate destas obras de arte. Reconstrução primorosa, aparência e qualidade "do novo". Daqueles trabalhos com "licença poética", onde o resultado final até pode ficar melhor do que o original, porém sem desvirtuar a matriz.
Roberto Nasser, continue trazendo estas histórias - e estórias - neste viés jornalístico em equilíbrio de detalhes, e que tanto agrada.
Obrigado.
Que texto gostoso de ler..
ResponderExcluirSr. Nasser, como sempre, cheio de cultura e elegância!
"True gentleman" !
"Como se sabe, motores náuticos não utilizam radiadores, fazendo seu arrefecimento pela passagem da água, de mar, lago ou rio pelos dutos do motor."
ResponderExcluirJamais imaginei isso, sempre achei que haveria um radiador em motores de barco... vivendo e aprendendo.
The "Marinizing" Process
Excluirhttp://www.glen-l.com/weblettr/webletters-7/webletter56.html#inboard
Marine automobile engine
http://en.wikipedia.org/wiki/Marine_automobile_engine
Coisa linda essa lancha! Mais legal ainda ter voltado à forma original.
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