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foto: Paulo Keller/AE |
Tudo começou com um e-mail do Bill Egan. O amigo
e ex-colaborador deste blog estava maravilhado com o novo carro na
sua garagem eclética: um vermelhíssimo Alfa Romeo Duetto 1300
Junior. Queria que a gente o experimentasse, queria conversar sobre
ele, queria mais. Pensou até em voltar a escrever para o blog, algo
que o incentivei a fazer veementemente. Um talento desperdiçado é
um dos maiores pecados que se pode cometer usando roupas, afinal de
contas.
Marcamos um dia então, um domingo de manhã em um
posto de gasolina no caminho para minha casa, já fora de São Paulo para
facilitar para mim, e tirar o trânsito do encontro. Andando por ali
acabamos por encontrar, quase por acidente, uma estradinha
maravilhosa: longa, mão dupla, vazia, cheia de curvas legais, e
belíssima naquele dia de sol. Encontrar algo tão bom de andar tão
perto de São Paulo já valeu o dia.
Um monte de amigos resolveu vir junto, o que
tornou o encontro ainda mais legal. O Paulo Keller, renovando sua
vontade de trabalhar no blog que ele mesmo fundou, apareceu com seu
maquinário retratista para registrar tudo. Mas o que Egan não
esperava era a horda de viaturas bávaras que apareceu para mudar
totalmente o foco do negócio: eu obviamente fui com minha perua 328i
de câmbio manual, porque ela é meu carro de uso diário, meu meio de
transporte primário. O Rafael Tedesco também veio com o seu E36 de
uso diário, um bem surradinho cupê 325i, também com o raro e
desejável câmbio manual. Mas a estrela do passeio prometia ser
outra: O M3 de primeira geração (E30) de nosso amigo e
ex-colaborador VR.
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Foto: Paulo Keller/AE |
Todo mundo sabe que esse carro é uma coisa
especial. Uma homologação especial para competições que ainda
hoje é considerada a melhor e mais divertida encarnação do M3, um
carro de corrida para as ruas que não falha em entusiasmar quem
realmente gosta de dirigir. Recentemente, seu preço no mercado
internacional disparou, um reconhecimento do mercado de seu status de
clássico imortal e insubstituível. No Brasil, é ainda mais raro e
especial porque foi fabricado na época de importações proibidas,
se tornando incrivelmente raro por aqui.
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Foto: MAO/AE |
O do VR, um modelo de 1986, foi comprado meio
estragadinho faz alguns anos e, num longo processo, vem sendo
pacientemente levantado por ele. O motor teve que ser refeito e, no
embalo, foi transformado dos 2,3 litros originais para a configuração
final de 2,5 litros e 238 cv. Talvez tenha até mais que isso, visto
que o escapamento é menos restritivo, e o cuidado com que foi
refeito. Foi o amigo aparecer com isso que ninguém mais lembrou do
pobre Alfa Romeo de 90 cv do Egan... Definitivamente, aquilo se tornou
um passeio de BMW. Por sorte, encontramos estradinhas perfeitas para
eles. Vazias, cheias de curvas gostosas, e com um dia límpido e
azul, passamos um domingo sensacional e simplesmente inesquecível.
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Foto: Rafael Tedesco/AE |
Falando logo do M3. Andei pouco com ele, e estava
tão empolgado com o carro e com o dia que não me concentrei em tomar
sensações para vocês, e vejo aqui que lembro pouco do carro. Mas o
que aprendi compartilho aqui:
Hiperativo. Alerta. Vivo. O M3 E30 é um carro que
demanda toda sua atenção, que responde a você de uma forma que
nunca tinha experimentado. Preste atenção no que você quer fazer
porque ele fará. Ele não discute nem pergunta se é isso mesmo que
você quer, ele apenas faz. Se o M3 fosse o Windows, a mensagem que
pergunta se você realmente deseja fazer isso nunca existiria.
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O interior convidativo da M3 (foto:MAO/AE) |
É direto como nenhum outro carro. O pequeno
volante (um momo não original e pequenininho neste carro, que
adorei) dança nervosamente em suas mãos, lhe dizendo tudo que se
passa lá fora. Brinquei que dá para saber se uma moeda que acabei
de atropelar era de 10 ou 25 centavos. Mas em nenhum momento, como é
praxe em BMW’s, o carro se mostra duro ou desconfortável, apenas
comunicativo.
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Foto: Paulo Keller/AE |
E o motor? Que coisa deliciosa. Um quatro-cilindros grandão nunca é algo que promete ser bom, mas esse motor
de corrida é algo inacreditável. Não subi demais de giro, com medo
de estragar algo tão raro com o dono sentado ao meu lado, mas deu
para sentir que mesmo nas altas rotações não vai parar de acelerar
com força. Tem força desde baixa rotação, e apesar de não ter um
som sofisticado, nem ser particularmente suave, acelera solto, sem
preguiça, subindo e descendo de giro como se não precisasse ter um
volante de motor. Lembrando agora me dá tristeza de não ter andado
ao lado do VR para ver o que ele pode fazer com alguém que sabe e
está acostumado com ele.
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Foto: Paulo Keller/AE |
E acostumado é algo que não consegui, em nosso
breve passeio, ficar com o câmbio. A primeira debaixo da ré, para o
lado esquerdo do "H" tradicional, fez minha pequena cabecinha fraca se
confundir toda e nunca saber em que marcha estava. Preciso de mais
tempo com ele, com mais calma, para acostumar.
Freia muito também, âncoras que não fariam feio
num superpetroleiro...O carro apenas me deu uma amostra do poço de
habilidade que tem, não tenho dúvidas disso. É o tipo do carro que
num primeiro encontro não parece lá muito, mas que certamente vai
surpreender a cada passeio um pouco mais. Um poço sem fundo de
habilidade. Quando mais se desce nele, mais se percebe que o fundo
não está perto.
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Foto: Paulo Keller/AE |
Um total contraste com o outro BMW que foi a
grande surpresa deste passeio. Este não esconde nada. Na primeira
voltinha, logo nos primeiros metros, já mostra a que veio: o cupê 325i
1993 do RT. É um
carro que, pensei, não seria muito diferente do meu. Engraçada a coincidência: a cor é exatamente a mesma
do M3, preto Diamante, diamondschwartz.
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Dois cupês preto-diamante (foto: Bill Egan) |
O carro do RT tem quase 200 mil km rodados. Se
você pisar fundo, ele expele alguma fumaça de óleo pelo
escapamento brevemente. Sua pintura está já perdendo o brilho em
alguns lugares. O interior já viu melhores dias. O ar-condicionado
já não funciona mais. Mas quando saí com ele depois de uma parada
para troca de cadeiras... Uma completa surpresa.
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O BMW 325i 1993 do RT: Surpresa (foto: Paulo Keller/AE) |
Como bem definiu o PK sobre o mesmo carro, que ele
dirigiu no mesmo dia, parece veludo macio. A suspensão absorve toda
e qualquer irregularidade, mas a faz sem perda alguma de comunicação
com o solo, e sem movimentos indesejáveis ou flácidos da carroceria.
A direção é de uma precisão e peso perfeitos. A pegada dos freios
é, de novo, precisa e suave. O volante tem pega mais grossa que o
meu, e até o couro dele é mais liso e macio que o da minha perua.
E o motor segue a mesma linha: apesar de ficar
longe da forte patada que a minha perua de 2,8 litros tem desde baixa
rotação, o 2,5 litros velhinho da cupê ali naquelas estradinhas
desertas e truncadas era bem mais divertido. Subia e descia de giro
bem mais fácil e alegre, um motor mais solto e ávido a altas
rotações. E de novo, suave como veludo.
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O Paulo Keller se perdeu da gente por um tempão com esse carro. De propósito? (foto: PK/AE) |
Sensacional! De cara descobri que ia ter que
gastar mais dinheiro na minha perua: eu queria aquilo tudo para mim.
Quando peguei o carro, me vi andando cada vez mais rápido, um
sorrisão no rosto, e o treco totalmente seguro, obediente, e
confortável como um tapete mágico. E muito diferente da primeira
vez que andei com ele, quando ele o comprou alguns anos atrás, e estava
parecido com o meu hoje.
O mérito é todo do RT, que manteve a parte
mecânica do carro bem cuidada, com carinho e conhecimento. De
diferente da minha, tem amortecedores e buchas originais novos,
bandejas dianteiras Meyle HD (full-metal
ball joint), e o ângulo de câmber
aumentado para 1,5 graus negativos na frente e 2°, atrás. Os pneus
Michelin Pilot Primacy com certeza são importantes aqui também, e
infelizmente, hoje fora de linha na medida das E36 (205/60R15).
Ficou realmente sensacional o cupê do RT, e me inspirou a iniciar um
projeto similar na minha, e um que devo postar regulamente aqui para
vocês acompanharem.
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Foto: Paulo Keller/AE |
Como se não bastasse tudo isso, a estrada, o dia
ensolarado, a companhia de bons amigos, ainda tinha o pequeno Alfa do
Egan!
O Alfa Romeo Duetto (depois Spider) é uma
daquelas formas que parecem atemporais, que parece que foi captada em
alguma antena, que sempre existiu mesmo antes de aparecer. Baseado no
Giulia (tipo 105, para raiva dos avessos a códigos que adoro
importunar), teve vida extremamente longa, de 1966 a 1993.
Ridiculamente minúsculo para os padrões atuais, é um carro
extremamente sofisticado para sua época, como eram todos os
Alfa Romeo tradicionalmente: duplo comando de válvulas no cabeçote,
câmbio de cinco marchas e freios a disco nas quatro rodas.
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Nem parece que quase 30 anos os separam (foto: Bill Egan) |
E o carro dos Egan é realmente especial. Um
exemplar da raríssima primeira série, tornado mais raro por ser a
versão Junior, criada para fugir de taxação na Itália. O motor,
portanto, é de apenas 1.290 cm³, mas é girador e tem uma potência
específica de sonho para um carro de produção normal dos anos 1960:
70 cv/l, para um total de 90 cv. Sem as coberturas de farol
(exclusivamente no mais barato Junior), mas com o belíssimo painel
de metal e sem os penduricalhos estilísticos que macularam o carro
em sua vida posterior, é uma coisa maravilhosamente linda, e uma que
parece pedir para ser dirigida com prazer.
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Foto: Gabriel Freitas |
Foi por isso que foi o primeiro carro que dirigi
neste dia. Já o colocando em movimento, saindo do posto, senti que
seria uma coisa maravilhosa. O peso dos pedais, a precisão e leveza
da direção sem assistência, a firmeza bem amortecida da suspensão,
de cara fazem verdade tudo que promete a carroceria. A posição de
dirigir é perfeita e tudo prometia uma experiência memorável.
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Foto: MAO/AE |
Mas infelizmente algo estava errado com o motor.
Egan tinha me avisado que o carro acordara mal e foi pegar a estrada e ver
que não estavam ali os 90 cv prometidos. E acima de 3.500 rpm o motor
começou a fazer um barulho muito estranho, me fazendo mantê-lo
abaixo disso. O carro não parou durante o passeio inteiro, mas não
conseguimos sentir toda a magia por falta de motor. Paciência, assim
são as coisas com carros antigos, se eles não acordam bem, não
adianta insistir. Com mais de 40 anos de idade, mas com um corpinho
de 18, em minha opinião o pequeno Alfa conquistou o direito de ter
uma personalidade forte. Outro dia tentamos de novo...
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Foto: Paulo Keller/AE |
Mas, enfim, acabou sendo um ótimo passeio. Mas o
que realmente foi legal foi o quanto ele reacendeu a chama da paixão
em meus amigos. Era nítida a vontade de todos de fazer mais passeios
assim, de achar mais lugares assim, de sair de casa, encontrar
amigos, dirigir e falar sobre carros juntos. A maioria de nós mora
hoje numa metrópole avessa ao automóvel, que o trata como pária.
Poder sair dali, e a pouca distância de São Paulo, ainda exercitar
nosso entusiasmo sem importunar ninguém e sem ser importunado, é
fabuloso.
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Foto: Paulo Keller |
Aos administradores de São Paulo e a grande massa
manipulada sordidamente, conhecida como “opinião pública”, fica
aqui uma mensagem: o fato de você não compartilharem nossa paixão
não a invalida. Sejam um pouco menos egoístas em suas verdades
absolutas e pensem um pouco antes de repetir uma opinião que não é
sua. Mesmo esquecendo-se das muitas coisas maravilhosas que o
automóvel inegavelmente trouxe para o mundo, nossa paixão ainda
assim deve ser respeitada. Não existe uma maneira única, aceitável,
de passar o nosso tempo livre, conseguido a duras penas. Não é só
andando de bicicleta e fazendo exercício que se alcança a
felicidade. Nosso cérebro precisa de estímulo também. Não somos
irresponsáveis garotos mimados brincando de velocidade e adrenalina;
somos, sim, pais de família responsáveis e cumpridores das leis, conhecemos nossos carros profundamente e sabemos exercitá-los de
forma segura. E vamos continuar fazendo isso. Nossa paixão é justa
e válida, e apenas a ignorância e a irredutibilidade tacanha podem
fazer de tão saudável exercício algo ruim. Parem com esta
perseguição aos automóveis e aprendam a caçar e encarcerar
bandidos. Os de verdade. Caçar gente de bem é muito fácil. Temos
endereços fixos e declarações de imposto de renda sérias. Temos
empregos e família, e não nos escondemos de nada. Deixem-nos em
paz, por favor. Vão procurar algo melhor que fazer com seus radares
e câmeras e corredores de ônibus vazios. Coloquem câmeras em
gabinetes de deputados, sei lá, mas arrumem mais o que fazer. Está
começando a encher viver em um país onde só os honestos são
cobrados por suas escorregadelas, enquanto bandidos de verdade fazem
o que querem. Está ficando realmente ridículo.
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Foto: Paulo Keller/AE |
Mesmo porque vocês nunca vencerão nosso
entusiasmo. Sabemos quão maravilhosa é a liberdade de ir e vir que
o automóvel particular estimula e torna possível. Somos
invencíveis. É o entusiasmo que move o mundo para frente, não os
burocratas e suas regras absolutas.
Nem gente que, sem conhecer o mundo lá fora, fica
nos seus sofás agradecendo a quem proíbe tudo que antes era normal
e corriqueiro, por puro medo e ignorância, abastecidos por uma
imprensa televisiva cada vez mais sensacionalista, e egoísmo puro,
não destilado. Acordem, minha gente, existe um mundo lá fora que não
é tão feio assim como mostra o noticiário sanguinolento! Vamos
viver uma vida menos mesquinha e pequena, vamos sair de casa e fazer
algo. Qualquer coisa! Onde egoísmo e medo predominam não pode
existir nada de bom.
Já quando gente se entrega à paixão, sem medo,
com vontade de compartilhar, tudo fica melhor. Como provamos naquele
sensacional passeio de domingo.
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Foto: Bill Egan |
MAO
MAO, como você é um homem educado, refinado mesmo, eu diria. Minha mensagem aos administradores de São Paulo (e de quaisquer outros lugares) e seus aliados na tarefa de demonizar os carros, seria simplesmente essa, curta e (muito) grossa: VÃO PARA A P.Q.P, SEUS F.D.Ps!!!!
ResponderExcluirTive que compartilhar esse seu texto final.
ResponderExcluirÉ exatamente isso nossa paixão pelos automóveis e ninguém tira isso de nós.
Parabéns pelo post, e parabéns pelos carros, todos são um espetáculo.
Abs
Nossa, melhor que o passeio, só os últimos parágrafos. Assino embaixo.
ResponderExcluirCorsário, concordo! Mas acho que algumas coisas devem receber o mérito devido:
ExcluirMelhor que o passeio(Muito Legal!), que o texto(uma delicia, excelente), que as fotos(Fotos do PK são meu plano de fundo a algum tempo... mas estas tão d+) é o ultimo paragrafo(fantástico!).
Aqui no sul essa onda de demonização do automóvel também está crescendo, mas ainda esta longe de São Paulo. De qualquer forma, é muito fácil marginalizar o cidadão de bem, quero ver é ir atras dos que precisam ser fiscalizado!
Cara, uma máquina mais interessante que a outra...
ResponderExcluirSou fã desses passeios, eles são uma verdadeira terapia, mas costumo fazê-los de moto, outro prazer que logo logo irá se extinguir devido à alguns pilotos imbecis e leis mais imbecis ainda, feitas por gente que não tem a menor idéia de como funciona um sistema de trânsito.
E meus parabéns pelo trecho "Aos administradores de São Paulo", só ele já valeu o post. Faço minhas as suas palavras.
Belo texto. Que rodovia é essa?
ResponderExcluirJoão Paulo
Linda história de um final de semana inesquecível!
ResponderExcluirAdorei também o epílogo desta história, que em um momento me fez lembrar de um herói revolucionário de outrora:
"Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas,
mas jamais conseguirão deter a primavera!"
Che Guevara
Continuem a cultivar este amor primaveril pelo automóvel e, através deste amor, a animar aos corações do seus leitores mais assíduos que, assim como vocês, também nutrem tal amor!
Abraços
Posso assinar? inclusive o coment de Mr. Car?
ResponderExcluirParabéns, MAO.
Marco Antônio,
ResponderExcluirO final do post deveria ser enquadrado e remetido ao gabinete do prefeito Fernando Haddad. Uma cópia também poderia ir à Câmara Municipal de São Paulo.
Que tal enviar esse texto e outros já publicados pelo Bob com o mesmo tema a programas como o Vrum para ver se conseguimos utilizar a mesma ferramenta que os governantes e seus fiscais se utilizam para fazer a lavagem cerebral na população: a TV?
Temos que arrumar um jeito de proliferar a visão contrária àquela de que o automóvel é símbolo de egoísmo e individualismo. Hoje em dia, por qualquer coisa a grande massa já sai fazendo manifestação e a imprensa acha legal. Que tal uma manifestação a favor do carros? Ah, lembrei: vivemos no país onde só as (ditas) minorias tem vez.
E daí que o cara é negro? Se eu consegui mais pontos no vestibular é justo que eu entre na universidade independente da minha raça. Dane-se que o cara é deficiente físico se o currículo dele não é melhor que o de outro que não conseguiu o emprego porque a empresa tinha que preencher as cotas obrigatórias. Ciclistas são os coitadinhos do trânsito, mesmo cometendo toda infinidade de infrações. Claro, não há placa de licença para a bicicleta! O pedestre se esconde atrás da fragilidade do corpo humano frente à massa metálica dos veículos para se dar ao direito de caminhar fora das calçadas, atravessar a 50 metros da passarela e dizer que aquele carro está "voando" devido ao deslocamento de ar que lhe desarrumou o topete. Aposto que se o indivíduo pular nos trilhos do metro, o condutor da composição será culpado por não ter parado a tempo. Aí a solução será limitar a velocidade dos trens para aumentar a segurança. Não é isso que a prefeitura de São Paulo está fazendo nas ruas através de seus órgãos (in)competentes?
Coitados, na verdade, são os motoristas que são apontados como culpados até se prove o contrário (contrariando até mesmo o código penal e a constituição). Coitados são os caminhoneiros que são obrigados a obedecer todo e qualquer devaneio dos legisladores que torna cada vez mais difícil a profissão, mesmo carregando a riqueza do país, independente se este for ou não o melhor modal à disposição.
Parabéns pelo texto e fica a sugestão para que façamos um apanhado deles e, quem sabe, fazer valer também a vontade dessa grande parcela da população: os que ainda não sucumbiram à lavagem cerebral.
Abraço,
Avatar.
Mais um texto de mestre, poeta!
ResponderExcluirE seu apelo no final com certeza vai ser minha citação mais contundente caso tenha de argumentar contra algum ecochato.
Aliás, o problema não é ser eco, e sim ser chato, intolerante, demagogo. Gado na mao de políticos com bandeirantes verdes. Quero dizer, vermelhas.
MAO, dá a dica aí por favor, qual é a estradinha que vocês pegaram? No mais adorei o texto, principalmente o desabafo
ResponderExcluirMuito bom MAO, muito mesmo.
ResponderExcluirOs carros, o passeio, as fotos, e os paragrafos finais dizem tudo. Gente besta controlando a maioria. Essa democracia está do lado errado.
Alfa Dueto, delicado e belo. Parece um barquinho.
ResponderExcluirO velho Eagan e seu bom gosto !
Lindo o texto final. É um artigo realmente descrito com uma frase apenas: Paixão.
ResponderExcluirQue passeio bacana! Nada como um domingo ensolarado para juntar amigos e carros, amigos e motos...ou, amigos e bicicletas (vibe atual);
ResponderExcluirO cara simplesmente remoça, tu vê teus amigos começarem a falar como guris entusiasmados diante de um brinquedo, é uma troca de impressões, apontamentos divertidos, causos e mentiras de envergonhar dono de bolicho.
Caras, o que move o mundo é movimento, é impelir-se para frente...o que melhor cristaliza isso do que curtir umas carangas, umas motos...pô, vida é movimento, não enferrujar e se apequenar assistindo cidade alerta.
Bela inspiração MAO, esses passeios precisam ser rotineiros!
MFF
Os últimos parágrafos foram de lavar a alma.
ResponderExcluirfalam mal de carro mas tem o seu na garagem, o carro vem sendo criticas constantes a muito tempo mas nunca vi uma pessoa comprar um e num sorrir, se acha ruim começa vendendo o próprio e se odeia carro você não era nem pra estar lendo isso aqui.
ResponderExcluirSó mudaria a última palavra do texto. Não está ficando ridículo. Está ficando insuportável.
ResponderExcluirQuando você já tá viajando com o texto e a descrição dos carros, eis que o escriba vem e nos brinda com uma conclusão simplesmente brilhante.
ResponderExcluirFica até difícil saber o que é melhor: o texto em si, as fotos ou a conclusão...
Seus últimos parágrafos foram de um desabafo que reflete tudo o que nós,autoentusiastas sentimos,e me atreveria a extendê-lo à mídia,que bate palmas a cada medida descabida que não somente os administradores de S. Paulo,mas do Rio ou de qualquer metrópole cometem contra os automóveis,uma vez que se deram conta de são verdadeiras fontes de arrecadação. Além disso,ainda por cima apóiam a idéia "milagrosa" encontrada pelas prefeituras para o trânsito das cidades,que é o uso das bicicletas,idéia,além de esdrúxula,hipócrita,uma vez que os adeptos dessa idéia não estariam nem um pouco dispostos a adotá-la,ainda mais com o clima brasileiro. Até porque melhorar o trânsito das grandes cidades implica em investimentos em transportes de massa e planejamento sério. Só que isso dá muuuito trabalho... Meus parabéns pelo post,pelo passeio e,principalmente,pelo desabafo final.
ResponderExcluirEngraçado que carros bem construídos, mesmo quando começam a apresentar sinais de desgaste, continuam tão firmes.
ResponderExcluirSobre o final, o que eu acho mais engraçado é que os mesmos que demonizam o automóvel são aqueles que sempre que possível andam em um SUV blindado por causa da "segurança". Melhor que isso, só aquela manifestação de ciclistas em que os mesmos chegaram de carro e tiraram as bicicletas do rack ou do porta malas...
Gostei do M3 Chacrinha!. Quem não se comunica se trumbica!
ResponderExcluirEssa bobagem do "comunicativa" pegou mesmo.
ExcluirMAO,
ResponderExcluirMuito legal o passeio dominical, realmente estar com os amigos e seus carros especiais para um passeio não tem preço.
Já com a sua mensagem para os administradores de São Paulo eu como autoentusiasta só posso dizer que concordo em 100%.
Como sempre seus textos são fantásticos e transmitem muito bem as impressões.
ResponderExcluirSr. MAO, que excelente experiência vivida por verdadeiros AutoEntusiastas! Só de ler já dá para sentir um gostinho. Para ser sincero, não dá pra ficar entusiasmado com um carro só, logo está perdoado sua imprecisão no relato da M3, que ainda sim foi ótimo - você cumpriu com a palavra, ainda bem! Esperemos que o VR siga cuidando bem dessa joia e te permita passear de novo com o E30 nas melhores condições: altos giros!
ResponderExcluirAgora seu breve relato sobre o 325i do RT pereceu-me um pouco confuso. Quer dizer que o 2.5L sobe mais rápido de giro do que o 2.8L? Ele gira mais também? Eu achei que a diferença só fosse o torque em baixa rpm. E como assim você quer deixar sua Perua igual ao cupê 325i? Explique-se.
O epílogo foi simplesmente fantástico. Que aqueles que pensam ao contrário se deem ao trabalho de ler, ao menos. Respeito ao próximo é o que anda faltando muito por esse Brasil a fora - e a dentro.
ResponderExcluirMAO,
ResponderExcluirMais uma vez você nos brinda com a exata transmissão da paixão entusiasta pelos carros. Belos BMW"s e Alfa. Pena que o motor não quis mostrar serviço.... E com final esplendoroso, nessa "carta" aos administradores de SP, mas que serve para quase todo o pais! Abraço
MAO,
ResponderExcluirRealmente um dia AE perfeito, compartilhado conosco através de um excelente texto.
Aqui parabéns 2X.
Mas os últimos parágrafos foram demais. Concordo com tudo o que você escreveu. Como é bom ver que ainda existe senso crítico e vida inteligente neste mundo cada vez mais hipócrita. Muito do que você escreveu é exatamente o que eu eu penso, até escrevo e ando falando por aí. Tem meu total apoio.
Aqui mais 10x parabéns!
Hoje sou obrigado a concordar com o Mr. Car: Da muita vontade de chuta o balde e mandar esses f.d.p tudo pra p.q. los p. e tomate cru...
Finis coronat opus.
ResponderExcluirPerfeita a conclusão! +1000
ResponderExcluirEntusiasticamente assino embaixo dos parágrafos finais de seu texto, que exprimem muito bem
ResponderExcluiro sentimento dos Autoentusiastas. Abaixo a repressão aos automóveis!!!
Parabéns pelo texto. Por favor, divida com os leitores autoentusiastas o nome da estradinha utilizada no encontro. Aliás, essas estradinhas tão amadas por quem é apaixonado por carro, também merecem um post, não acham? Falamos sempre dos carros, mas quase nunca das estradas. Sem elas, nossa paixão pelo automóvel não sai da garagem. Um abraço a todos os autoentusiastas!
ResponderExcluirConcordo!
ExcluirSe divulgar, no dia seguinte aparece um radar... hehehe
ExcluirAcho que o espírito é mais sair e procurar, até eu que sou um grande medroso já achei algumas estradinhas perdidas assim, e voltei vivo. VAle a pena.
MAO
ResponderExcluirSeus domingos andam bem "entediantes", hein!
Parabéns por mais este texto, sempre bom de se ler, diga-se. E o recado aos hipócritas de plantão, então, sem mais o que acrescentar.
Agora o seu amigo Egan já pode falar nos encontros e rodas íntimas que possui em sua garagem o Alfinha do Dustin Hoffman do inesquecível filme embalado ao som de Simon e Garfunkel.