Desde que surgiu a Terceira Espécie de câmbio, o robotizado, precedido do manual e do automático, no começo com uma só embreagem e depois passando a duas, vem a dúvida para muitos que escrevem sobre automóveis: robotizado ou automatizado? É claro que qualquer das formas leva o leitor ao entendimento pleno da questão, mas, em nome da precisão, da compreensão correta do sistema, devemos dizer robotizado. É fácil entender por quê.
Um mecanismo que faça as marchas serem passadas sem o movimento de mão do motorista acionando garfos, luvas e sincronizadores não o faz necessariamente de maneira automática. Esta função é acessória do dito mecanismo, portanto o automatismo por si só não deve definir o tipo de câmbio. Essa é a razão de dever ser dada preferência pelo termo robotizado.
Em outras palavras, um câmbio pode ser robotizado sem ser automatizado (função automática), mas um automatizado não pode prescindir da robotização.
Quadrante de seleção de marchas BMW |
Ocorreu-me discorrer sobre esse assunto quando vi ontem num publicação francesa o termo boîte pilotée, caixa pilotada, o que não deixa nenhuma dúvida quanto ao princípio básico de operação.
Essa dúvida, robotizada ou automatizada, existe também na imprensa automobilística mundial, onde se lê ora automated, ora robotized (robotised, no inglês do Reino Unido) gearbox. Os americanos preferem transmission em vez de gearbox, termo impróprio por 'transmissão' representar tudo o que envolve toda a transmissão de movimento do motor às rodas.
O "robô" é um atuador eletromagnético ou então um atuador eletroidráulico. Ele tanto pode receber sinal para troca de marcha da alavanca, mediante um pequeno contato elétrico, ou das borboletas situadas atrás do volante, geralmente uma para subir marcha, convencionando-se a da direita, outra para reduzir, sempre a esquerda, quanto de um módulo eletrônico de controle, nesse caso determinando as trocas de modo automático.
Esse mesmo módulo pode receber sinal também do pedal do acelerador, determinando redução de marcha ou mesmo pulando várias, dependendo da velocidade do veículo no momento. Essa operação tem o nome em inglês de kickdown, traduzível como "movimento brusco para baixo" e acompanha qualquer câmbio automático, desde os primórdios.
A Ford recente e pioneiramente introduziu no Brasil o câmbio robotizado dupla-embreagem, de seis marchas, de nome comercial PowerShift, primeiro no novo EcoSport alguns meses depois de seu lançamento, e agora, bem recentemente, no novo New Fiesta versões 1,6 SE e Titanium, como opcional. O AE está com um em teste, com o Arnaldo, e em mais alguns dias teremos o post.
Esse câmbio é Getrag, de origem alemã, empresa hoje pertencente à Ford. A operação é semelhante aos demais do tipo. Há o seletor pela alavanca P-R-N-D-S, mas trocas manuais não podem ser feitas movimentando-a para frente/trás, e sim por uma tecla na manopla para ser acionada pelo polegar. Não tem borboletas.
O que ocorre nesses câmbios robotizados é que as trocas manuais só são necessárias quando se deseja uma marcha mais baixa para obter freio-motor, como ao descer uma serra ou ladeira bem íngreme, quando se quer ter controle absoluto das trocas numa utilização vigorosa, ou então por puro diletantismo, diversão, para isso servindo as borboletas melhor do que nunca. No uso normal, ou mesmo andando rápido, até num autódromo, a função automática vai extraordinariamente bem. Por isso, a solução da Ford no PowerShift é mais do que adequada para veículos como o New Fiesta ou o novo EcoSport.
Os demais robotizados no Brasil são de uma só embreagem e por mais que tenham evoluído desde o primeiro, o do monovolume Chevrolet Meriva Easytronic, depois o do hatchback Fiat Stilo Dualogic, ambos em 2008, não têm a mesma rapidez de troca, especialmente no modo automático. Com duas embreagens o processo de troca é mais rápido porque na realidade é como se fossem dois câmbios numa só carcaça, em que numa troca a próxima marcha é engatada de modo antecipado, passando a transmitir movimento efetivamente quando a embreagem respectiva acopla-se.
Os câmbios robotizados – nada de 'automatizados' – vieram mesmo para ficar e uma grande vantagem deles é dispensar o pedal de embreagem, importante em dias de tráfego nas cidades cada vez mais congestionado.
BS
Esse mesmo módulo pode receber sinal também do pedal do acelerador, determinando redução de marcha ou mesmo pulando várias, dependendo da velocidade do veículo no momento. Essa operação tem o nome em inglês de kickdown, traduzível como "movimento brusco para baixo" e acompanha qualquer câmbio automático, desde os primórdios.
Borboletas de troca de marcha num Porsche 911 |
A Ford recente e pioneiramente introduziu no Brasil o câmbio robotizado dupla-embreagem, de seis marchas, de nome comercial PowerShift, primeiro no novo EcoSport alguns meses depois de seu lançamento, e agora, bem recentemente, no novo New Fiesta versões 1,6 SE e Titanium, como opcional. O AE está com um em teste, com o Arnaldo, e em mais alguns dias teremos o post.
Esse câmbio é Getrag, de origem alemã, empresa hoje pertencente à Ford. A operação é semelhante aos demais do tipo. Há o seletor pela alavanca P-R-N-D-S, mas trocas manuais não podem ser feitas movimentando-a para frente/trás, e sim por uma tecla na manopla para ser acionada pelo polegar. Não tem borboletas.
O que ocorre nesses câmbios robotizados é que as trocas manuais só são necessárias quando se deseja uma marcha mais baixa para obter freio-motor, como ao descer uma serra ou ladeira bem íngreme, quando se quer ter controle absoluto das trocas numa utilização vigorosa, ou então por puro diletantismo, diversão, para isso servindo as borboletas melhor do que nunca. No uso normal, ou mesmo andando rápido, até num autódromo, a função automática vai extraordinariamente bem. Por isso, a solução da Ford no PowerShift é mais do que adequada para veículos como o New Fiesta ou o novo EcoSport.
O quadrante do New Fiesta com câmbio robotizado PowerShift, notando-se o interruptor para trocas manuais na manopla |
Os câmbios robotizados – nada de 'automatizados' – vieram mesmo para ficar e uma grande vantagem deles é dispensar o pedal de embreagem, importante em dias de tráfego nas cidades cada vez mais congestionado.
BS
Muito interessante! Eu, que sempre apreciei o prazer de trocar marchas, estou me convencendo de que o câmbio automático é mesmo melhor, e parece que os manuais estão com os dias contados.
ResponderExcluirNão se usa mais o antigo termo "hidramático", Bob?
Luiz,
Excluir"Hidramático" nunca foi termo oficial, apenas aportuguesamento de Hydramatic, um câmbio automático da GM. Da mesma forma que lambreta é usado erroneamente para descrever um scooter, quando a marca é Lambretta.
Obrigado, Bob, essa eu não sabia.
ExcluirScooter e um termo estrangeiro erroneamente usado em portugues para descrever uma motoreta.
ExcluirMotoneta, Augustine...
ExcluirE.U
Do tanto que falam desses câmbios, eles parecem ser mais complicados e difíceis de usar que um câmbio manual.
ExcluirÉ frique-frique daqui, é frique-frique de lá...
Os câmbios são automáticos ou robotizados, mas é preciso colocar em N ou em alguns casos deixar engatados... Para descer serras também é necessário usar o modo manual...
São muito complicadinhos... Aí fico com meu câmbio manual e pronto!
Augustine
ExcluirQuem diz o que está certo ou errado aqui sou eu, está claro? Uso scooter como uso roadster, crossover, fading, picape em vez de caminhonete etc.
Bob,
ExcluirDE fato, o site e seu e somos apenas convidados aqui, mas a verdade nao. A verdade e objetivamente de todos, nao so sua.
Voce pode usar os termos que bem entender, assim como eu. Mas voce nao pode dizer que aqueles que preferem outros termos estao errados, especialmente quando o dicionario esta do lado deles e nao do seu.
Acho que e perfeitamente possivel nos comunicarmos cordialmente usando os termos que preferirmos. No minimo, isto traz colorido a conversa.
Paz.
Augustine
ExcluirConvidado não chega na casa do anfitrião e vai dizendo que ele está agindo errado a respeito de determinado assunto, pergunta antes. Portanto, paz, sim, e seja bem-vindo sempre.
Nuss... que cara chato esse Augustine. O pior que o nome dele é de origem estrangeira, no caso, Francesa kkkk e ainda é nome feminino... Augustine, a matéria é do Bob, ele escreve nos termos que ele quiser sendo estes termos de origem estrangeira ou não... Minha mãe sempre disse: "A liberdade de um termina onde começa a do outro".
ExcluirSeja menos crica
Abraços
Celso
Celso
ExcluirSabe por que uso scooter e não motoneta? Duas razões. Uma, 'motoneta' foi um termo criado que acho absolutamente impróprio, pois infere que é diminutivo de 'moto', o que não é o caso. Segundo, 'scooter' é patinete em Inglês, no começo chamado 'motor scooter', termo que chegou a ser utilizado no Brasil nos anos 1950 em Português, 'patinete a motor'. Como acho muito estranho chamar uma Vespa, Lambretta ou o que seja de 'patinete', há décadas só utilizo 'scooter'. Não gosto de usar termos estrangeiros nos textos, os leitores sabem disso, mas essa minha regra, como praticamente todas, tem exceções.
Obrigado pela discussao picaresca e irrelevante. De agora em diante so usarei o termo automatizado.
ResponderExcluir:-)
Sempre o Augustine, o chato-mór do reino.
ExcluirAugustine20/05/13 12:26 E depois reclamam dos anônimos...
ExcluirBabaquice gratuita, a gente vê por aqui. ¯\_(ツ)_/¯
ExcluirNao entendi essa "marra" do Augustine
ExcluirAcho que ele esta mal humorado hoje
Sorria !
Estou sorrindo! Vejam o emoticon em meu comentario acima.
ExcluirSe ha algo que me tira o bom-humor e quando nao sabem reconhecer bom-humor... :-/
Augustinho é o carmelita de pés descalços menos modesto do universo, risos...
ExcluirAugustine21/05/13 12:25 Bom ,sendo assim ,peço que desconsidere meu comentário.
ExcluirÓtimo artigo. De fato, os termos usados para os câmbios são complexos.
ResponderExcluirO smart ForTwo vendido na Europa, por exemplo, possui apenas câmbio robotizado em suas versões mais simples: a troca sequencial de marchas pela alavanca é obrigatória.
Durante a apresentação do Fiesta a Ford "pediu" que os jornalistas chamassem a PowerShift de "automática", pois seu modo de operação é similar ao de um "automático convencional".
Não acho isso interessante, porque além do câmbio não ser um automático, há uma percepção do consumidor de que o robotizado de dupla embreagem é um câmbio superior até ao automático convencional.
E a própria concepção do automático dificulta: além do tradicional conjunto de planetárias e conversor de torque, há o CVT (de polias ou toroidal) e o sistema da Honda, mais próximo ao de um câmbio manual do que um automático (mas com conversor de torque).
Mas há uma tendência de que os termos técnicos comecem a ficar cada vez mais corretos: um release de uma agência de publicidade da Honda Motos não usou o terrível "300 cilindradas" e a Jaguar Land Rover chamaram o "consumo" de seus carros de autonomia (termo correto para o índice de km/l).
Bob,
ResponderExcluirJá que você citou o Fiesta Powershift, por gentileza, peça ao Arnaldo que inclua nas informações a serem passadas no post que vem por aí se o sistema do Powershift é eletroidráulico ou eletromagnético, assim como a informação de qual geração é o ABS (será que já é de nona geração?).
A lógica de funcionamento desse Powershift será que é tão telepática quanto a do DSG da VW/Audi? Aguardo ansioso as impressões desse post futuro.
Grato desde já,
Avatar.
Bob, tenho ouvido alguns comentários dos altos ruídos provenientes do câmbio PowerShift da FORD.
ExcluirPrincipalmente ao trafegar por ruas esburacadas ou com com intensa trepidação ouve-se um rangido forte que é proveniente do câmbio PowerShift. Alguns estão comentando que pode ser por causa da lubrificação a seco utilizada pela caixa robotizada.
Isso procede?
Seria muito interessante que o AE pudesse comentar sobre isso!
obrigado
Também ouvi falar desses barulhos nos Audi robotizados de dupla embreagem...
Excluir"O AE está com um em teste, com o Arnaldo, e em mais alguns dias teremos o post"
ResponderExcluirQuero deixar uma sugestão, para o futuro post ou para um futuro post específico sobre minha dúvida: Gostaria de um comparativo prático, no dia-a-dia, sobre a diferença no comportamento destes câmbios monoembreagem em relação aos de dupla embreagem.
Um abraço!
Marcelo R.
ExcluirA única diferença entre os mono e dupla embreagem no dia a dia é a rapidez das trocas de marchas.
Bob, tire uma dúvida: em automáticos convencionais, como sabemos, o freio-motor é bem fraquinho (já vi automático com opção de comando manual de marchas em que mesmo que eu deixasse na primeira marcha, tinha menos freio-motor que meu carro em quinta). Como também sabemos, freio-motor de carro manual costuma ser poderoso o suficiente para que se desça uma serra no maior dos sossegos sem encostar no acelerador e podendo dosar a velocidade desejada quase que só na redução ou aumento de marcha.
ResponderExcluirLogo, gostaria de saber se o freio-motor proporcionado por essas transmissões de duas embreagens está mais para o bom o suficiente das manuais ou para o quase simbólico das transmissões automáticas convencionais.
Depende do cambio ativar a embreagem que desacopla o conversor de torque ou nao. Por exemplo, a Volvo e muito conservadora em desacoplar o conversor, quando o carro parece estar descendo a ladeira na banguela.
ExcluirEm um de meus carros com cambio Hondamatic, a posicao L se comporta bem como a 1a de um cambio manual. Em selecao manual, ele desacopla o conversor na maior parte do tempo.
No manual de oficina da Honda para as caixas atuais (5 marchas), o bloqueio funciona em todas em D. Em S, só em 3ª e na 4ª. Em modo manual na 2ª, na 3ª, na 4ª e na 5ª. Nos que não tem modo manual, só a posição D3 tem bloqueio na 3ª.
ExcluirE mesmo em D ela faz freio motor em declive, até reduzindo marcha, mas só até a 3ª.
Mas mesmo sem bloqueio, o freio motor é forte, quase não uso a 1ª pra descer a Oswaldo Cruz.
Poderia confirmar estas informações para a transmissão H5, por favor?
ExcluirPara mim falta de freio motor em automático é novidade. Todos os que eu dirigi tem freio motor bastante eficiente.
ExcluirTambém gostaria de ver o comentário do Bob sobre isso.
Anônimo 20/05/13 13:41
ExcluirComo assim? Em qualquer automático se tem freio-motor normal desde que a alavanca seletor não esteja em D. Não tem nada de fraco. Nos robotizados de uma ou duas embreagens o freio-motor é como se fosse um manual normal.
Bob,
ExcluirDepende do cambio automatico. Os mais modernos so desbloqueiam o conversor quando se esta quase parando (e.g., Mazda) e alguns ate reduzem marchas descendo uma ladeira (e.g. Honda). E, enquanto o conversor estiver bloqueado, o efeito de seu freio-motor e identico ao de um cambio manual.
Sergio,
ExcluirDos cambios mais antiquados, o do Santana praticamente nao tinha freio-motor. Dos mais modernos, o dos Volvo - pelo menos ate poucos anos atras - ainda sao assim, nao sei porque. Quando se tira o pe se tem a impressao de se estar em ponto-morto.
Ola Augustine,
ExcluirMas eu tive uma Santana Quantum Automatic 1994, com caixa Audi de três marchas sem qualquer auxílio eletrônico, que tinha freio motor bem eficiente.
Eu usava bastante a posição 2 para decer os trechos mais fortes de serra, usando o freio de serviço somente para eventuais e pequenas correções de velocidade. Para colocar a alavanca na posição 1, precionando o botão de trava, tinha que se ter bastante cuidado pois ela segurava muito e só devia ser selecionada abaixo dos 50 km/h.
(recomendação do manual)
Minha experiencia com automáticos, (tive um Civic, e estou no terceiro Corolla), é que o freio motor no Honda era meio fraco, mas o do Corolla funciona muito bem.
ExcluirSérgio,
ExcluirO primeiro carro automático que dirigi foi um Santana CD, acho que 89, do dono daonde trabalhava, portanto há muito tempo atrás. O câmbio passava a marcha imediatamente ao se aliviar o pé e, em D, parecia estar na banguela então. Os Volvo, pelo menos até uma década atrás, tomando o S70 T5 97 como base, ainda eram assim.
Um tanto desagradável de se dirigir e de uma época anterior a controles sofisticados do câmbio que deram a má fama a câmbios automáticos que ainda vigora, como se pode ver em muitos comentários aqui.
Não sei se é a mesma caixa, mas a minha 94 quando em "D" realmente não segurava muito, já que em decidas ficava sempre na última marcha, no caso terceira. Quando queria mais freio motor, como eu disse, usava a alavanca na posição "2" e eventualmente até na "1". Isso até não me incomodava muito pois no restante seu funcionamento era bastante eficiente e preciso. Além do mais câmbio automático na época ainda era "um luxo" para nós.
ExcluirPois, e, Sergio. Quando passei a comprar carros com cambio automatico no fim dos anos 90, eles ja tinham controle sofisticado de bloqueio do conversor de torque e nao requeriam tirar de D para se obter freio-motor; claro, alguns fabricantes conseguiam isto melhor que outros.
ExcluirPela impressao ao dirigir o Santana, diria que ele nao tinha bloqueio do conversor de torque, confere?
Confere. Eu entendo esse sistema não tinha bloqueio do conversor de torque. Acredito inclusive que este recurso só apareceu com o advento da assistência eletrônica nas transmissões. Algúém por favor me corrija se eu estiver enganado.
ExcluirSergio S., já houve transmissões automáticas burras que tinham bloqueio de conversor na última marcha, como a de quatro marchas do Opala, em que inclusive constava no manual do proprietário que a pessoa iria ouvir um ruído que dava a impressão de uma quinta marcha ter sido engrenada, mas que na realidade era o tal bloqueio do conversor em ação.
ExcluirTalvez o que se possa dever à eletrônica é o bloqueio em todas as marchas, de maneira que só raramente vamos sentir uma patinagem de conversor. No AL4 da PSA, por exemplo, quando se passa para o engate manual, nota-se imediatamente no medidor instantâneo de consumo do computador de bordo uma redução de consumo bem discreta e a sensação de que o veículo está mais livre, enquanto voltando para o D fica a impressão de que ele fica mais reativo a pequenas mudanças no terreno e o conversor entra mais em ação (fora notar-se que ele consome uns ml a mais para cada quilometro percorrido pelos dados do computador de bordo).
Obrigado pela resposta Anônimo23/05/13 17:12,
ExcluirRealmente eu não sabia se havia ou não. Achava que talvez dependesse da eletrônica, mas também nunca dirigi Opala Automático.
Eu tenho um Mondeo Mk3, automático "inteligente" de quatro marchas, e é possível perceber nitidamente o bloqueio/desbloqueio do conversor. Principalmente quando está em quarta marcha, a rotação do motor cai (bloqueio) ou sobe (desbloqueio) tanto que até parece uma troca de marcha.
"TA burras" kkk - Isso lembrou-me da época em que começaram a ser usados instrumentos micropocessados, chamados inteligentes, e a gente para diferenciar chamava os outro de burros. Tipo posicionador ou transmissor burro. ha ha ha...
ABRAÇO.
Sérgio,
ExcluirA bem da verdade, transmissões automáticas sempre foram inteligentes. Antes de se usar um computador eletrônico, se usava um computador hidráulico para comandar as trocas de marcha. E já que este computador hidráulico podia trocar marchas, eu não deveria me surpreender que ele fosse capaz de bloquear o conversor de torque também, o que é novidade para mim.
Augustine,
ExcluirConcordo e também tinha pensado em comentar que eu não chamaria um câmbio automático sem assistência eletrônica de câmbio burro. Sempre achei admirável a precisão e suavidade de funcionamento da tranmissão, puramente mecânica e com apenas três marchas, da minha Quantum,
Desculpe chegar tão tarde nessa discussão, mas estou estudando esse cÂmbio para ministrar treinamentos sobre os robotizados/automatizados.
ExcluirQuero que alguém me explique como eu DESACOPLO O CONVERSOR DE TORQUE...
Por favor, sem rodeios e mimimis...
João Bosco
João Bosco,
ExcluirConversores de torque não desacoplam nunca. O que você quer saber exatamente?
Bom,já que o robô faz o trabalho ,vou só vou chamar agora de cambio robotizado hehe.
ResponderExcluirSpeedster20/05/13 13:56 Corrigindo "só vou chamar".
ExcluirO primeiro automatizado não foi o Meriva Easytronic?
ResponderExcluirNa verdade antes veio o Palio Citymatic e Classe A semi-automático, mas em ambos apenas era acionada a embreagem sendo o motorista responsável pelas mudanças de marcha.
ExcluirNeste caso de embreagem automática,o primeiro mesmo foi o Saxomat dos DKW
Excluirrenato
ExcluirEsses não tinham nada de semi-automático, pura obra de marqueteiro. Eram de embreagem automática, coisa que já teve até em DKW-Vemag nos anos 1960.
Bob, podia fazer um post sobre esse câmbio de embreagem automática.
ExcluirJá que estamos tratando de precisão, o primeiro carro nacional com câmbio robotizado foi a Meriva Premium 2008.
ResponderExcluirIsso mesmo.
ExcluirLendo o texto lembrei-me dum caso interessante de robotização, que ocorre em diversos ônibus e caminhões pesados mais atuais. Embora continue existindo alavanca e o motorista troque as marchas "manualmente", trata-se apenas de um joystick, que dá os comandos ao robô que fica acoplado à caixa de câmbio.
ResponderExcluirSim, aliás, é muito interessante vê-los antecipar as marchas no joystick e somente depois pisar na "embreagem" antes de balões por exemplo...a primeira vez que vi fiquei perplexo, mas depois percebi do que se tratava...
ExcluirMuito boa matéria, Bob.
ResponderExcluirAcho importante, também, esclarecer sobre o sistema de dupla embreagem a seco e a "banho de óleo", vantagens e desvantagens.
Bob, boa tarde, uma dúvida por favor:
ResponderExcluirEm um câmbio robotizado de embreagem simples (como o Dualogic da Fiat, por ex.), durante a parada em sinal, por exemplo, deve-se deixar em 1a marcha ou neutro? Após alguns minutos sem acelerar ou frear, com a 1a engatada, a caixa muda automaticamente para netro; isso é por motivo de proteção ao mecanismo (devendo assim pôr-se em neutro assim que possível) ou é a eletrônica prevendo longa imobilização e por segurança colocando em neutro? Muito obrigado.
Também tenho essa dúvida, haja vista várias reclamações que leio sobre o elevado desgaste dos discos de embreagem nesses veículos.
ExcluirHouve uma pergunta desse tipo na coluna de dúvidas técnicas do Bob Sharp na revista Carro, mas o dono perguntava de um câmbio de embreagem dupla (A3 Sportback), e não de um de embreagem simples.
ExcluirFaltou dizer que o transeixo do EcoSport contém 2 diferenciais num carro de tração somente dianteira... Muito legal a mecânica deste carro e espero que a Ford brinde o novo Focus com um câmbio mais moderno que o AT atual.
ResponderExcluirAinda prefiro o CVT... Perde o tesão mas ganha no conforto..
ResponderExcluirNo uso, existe alguma vantagem ou uma grande diferença entre um cambio automático e um robotizado?
ResponderExcluirUm cambio com conversor de torque e potencialmente mais macio e menos eficiente que um com dupla embreagem, que e potencialmente mais esportivo.
ExcluirNote, no entanto que essas diferencas sao apenas potenciais, pois diferentes fabricantes privilegiam uma coisa sobre outra e fazem compromissos no projeto. Ou seja, o pior cambio automatico pode ser mais brusco que o melhor com dupla embreagem; o melhor cambio automatico pode ser mais economico que um com dupla embreagem de vocacao esportiva; etc.
A única coisa que achei ruim nessas caixas robotizadas é a manutenção de troca da embreagem. Ao contrário do que disseram no começo - no caso da monoembreagem da Marelli - não é a mesma coisa que na caixa convencional - fica bem mais cara a substituição, tanto de peça quanto de mão de obra, já que esta requer algumas nuances e o reparador tem que estar capacitado.
ResponderExcluirMas esse tipo de serviço - por outro lado - pode nem ser necessário, pois depende da utilização.
Anônimo20/05/13 das 12:44
ResponderExcluirAgradeço por esta informação, sempre tive certa preguiça de verificar isso.
"O smart ForTwo vendido na Europa, por exemplo, possui apenas câmbio robotizado em suas versões mais simples: a troca sequencial de marchas pela alavanca é obrigatória."
Pois tive esse carro alugado por 24 horas, em Roma, onde existem milhares, e visualmente me parecia um carro automático, mas de jeito nenhum consegui fazer ele passar marchas sem ser pelas borboletinhas (também não insisti tanto assim). Como relato posso afirmar que pelas borboletas do Smart as trocas são bem lentas, coisa de um segundo inteiro. As vantagens são descansar o pé esquerdo, e literalmente escolher em qual giro trocar sempre.
Roberto Mazza
O ideal, como o Bob mesmo já explicou certa vez, é usar os monoembreagem em modo manual e S apertado. Nesse modo fica sem tranco e com trocas rápidas.
ExcluirNo fortwo, pelo que notei ao dirigi-lo, evita-se tranco se a pisada no pedal for leve. Se for pisada pesada, aí as "cabeçadas" surgem em profusão.
ExcluirBob;
ResponderExcluirAproveito já que citou o Ford Fiesta Powershift, achei bem interessante a Ford (e a Volkswagen também), na sua caixa automatizada, seguirem o quadrante de marchas das transmissões automáticas epiciclicas, mais "intuitivas' que os quadrantes (que parecem obras do Dr. Frankstein) das transmissões monoembreagem.
Forte Abraço
Bob,
ResponderExcluirExiste uma condição em que a troca de marcha manual, a meu ver, é primordial, vital, essencial e insubstituivel, e que me faz odiar com força cambios automáticos convencionais: todos eles interpretam que "pé no fundo" implica em redução de marcha.
Em muitos carros, em subidas razoavelmente fortes, o motor tem força suficiente para vencer tais subidas em ultima marcha, desde que se abra 100% do acelerador. Porém, se for automático, ele necessariamente reduzirá marcha e produzirá mais torque do que o necessário, que é exatamente o que eu não quero nem preciso, prejudicando consumo e nivel de ruido.
Quanto aos robotizados, há aqueles onde o modo de troca manual se sobrepõe ao manual, ignorando o kickdown, e há outros onde o kickdown se sobrepõe ao modo de troca manual. O Ford Powershift corresponde a qual deles?
Alguns automáticos, quando estão na função de troca manual, não reduzem a marcha mesmo que se pise até o fundo no acelerador. Também não sobem marcha, deixando o motor chegar na rotação de corte. O comportamento do carro neste caso é idêntico ao de um com cânbio de manual.
ExcluirSergio,
ExcluirIsso mesmo. Infelizmente, alguns cambios automaticos insistem em algum automatismo mesmo em funcao manual, o que acho deveras irritante.
bussoranga, no Ford Powershift, pelo que li (ainda não usei) você pode escolher marcha manualmente tanto em Drive quanto em Sport. Em Drive depois de alguns segundos ele volta a trocar de modo automático, já em S a partir da primeira troca manual o câmbio passa a ser sempre manual, até que você volte para D. Sendo assim é possível utilizar todo o curso do acelerador, como vc citou.
ExcluirConcordo contigo Augustine. Me parece uma coisa muito lógica e por isso eu fiz questão de um automático que quando esta na função manual se comporta como tal. Acho que todos deveriam ser assim, quem não gostar é só deixar a alavanca em drive e pronto.
ExcluirNão entendo o porque de a Ford não oferecer as trocas na própria alavanca (até entendo não oferecer borboletas), pois acho que, além de ser incômodo acionar o botão, tira toda a graça de se fazer as trocas. Para mim esse robotizado trabalharia exclusivamente como um automático.
ResponderExcluirTem duas coisas que não entendo na Ford: uma é colocar o acionamento do "modo manual" em um botãozinho minúsculo na alavanca, a outra é chamar o carro de "novo New Fiesta".
ResponderExcluirSobre os câmbios, mais precisamente os automáticos tradicionais, algo que me incomoda bastante é a inércia do conversor. Se juntar a isso o lag de um motor turbo e o próprio tempo que o câmbio leva para entender o que está sendo feito, lá se vão um ou dois segundos entre a ação e a resposta.
No Ecosport AT da 1a geração, de 4 marchas, você pode cancelar a 4a marcha ou reduzir para 3a apertando um botão pequeno na alavanca. Apertar um botão ou mover a própria alavanca são movimentos parecidos, nos dois tira-se a mão do volante. Até prefiro o botão, que é mais sutil e deixa a alavanca parada sempre no mesmo lugar. E pode ser uma solução de menor custo e tomara que seja menos propensa a manutenção. Até no novo Fusion de entrada o câmbio é do mesmo jeito, com botões na alavanca, com borboletas no volante só no Fusion mais caro.
ExcluirFiquei sabendo que os câmbios automáticos de 6 marchas da Ford e da Chevrolet são a mesma caixa! Esse botãozinho na alavanca, mesmo nos robotizados, é reflexo dessa associação também.
ExcluirEu ainda prefiro movimentar a alavanca para escolher a marcha + ou -.
Eu também. Nem faço muita questão das borboletas atrás do volante.
ExcluirBob 21/05/13 11:29
ResponderExcluirCom todo respeito que você merece, essa informação de que só se tem freio motor num automático, desde que não esteja em D não procede. Pelo menos no meu Xantia com câmbio AL4.
Ele reduz em D com freio motor muito forte, como se tivesse sendo reduzido manualmente. Com a tecla S acionada então, fica espetacular. Descendo serra é só dar uma cutucada no freio que ele reduz com freio motor sem a necessidade do modo manual.
Fica aqui mais uma informação.
Abraços!
Estava esperando um post seu Bob,fui na Ford conferir o New Fiesta, gostei do carro, mas não gostei do discurso determinado dos vendedores de chamar o Powershift de AUTOMÁTICO (assim mesmo com todas as letras) e negar categoricamente quando o chamei de robotizado...Você acha que esse discurso dos vendedores pode levar alguém ao mau uso?
ResponderExcluirAs vezes eu me imagino como vendedor de automóveis. Acho que eu iria passar fome, porque iria querer explicar cada detalhe e fazer o comparativo do meu produto com cada concorrente mostrando os pontos positivos e negativos.
ExcluirEu tenho uma raiva desses seres que só "vendem dor". Totalmente despreparados, ou totalmente preparados para te enganar.
Na minha opinião é o melhor Blog/Site que fala com clareza sobre o assunto dos Câmbios Robotizados, sem voltas nem enrolações. Parabéns BS.
ResponderExcluirO consumo no automático costuma ser maior.
ResponderExcluirNo robotizado isso acontece?
Por se tratar de basicamente um cambio manual com automatismo, o cambio AUTOMATIZADO tem um consumo por vezes melhor que com cambio manual. IMO, o cambio AUTOMATIZADO e o melhor de ambos mundos: prove a comodidade de um automatico com a eficiencia e esportividade de um manual. O unico porem e que ele remove a experiencia quase ludica de se trocar marchas num otimo cambio manual.
ExcluirMarco,
ResponderExcluirEm questão de consumo, robotizado é extatamente igual a manual.
Talvez possa ser menor que o de um manual pelo fato de ter os pontos de troca de marcha menos submetidos à subjetividade de um ser humano. Vamos imaginar que de repente a maioria das pessoas dirigindo um automatizado conseguiria melhores médias de consumo do que conseguiria guiando um manual, justamente porque boa parte delas não presta muita atenção ao momento em que devem trocar de marcha. Obviamente que um bom trocador de marchas guiando um manual poderia fazer médias de consumo iguais, superiores ou mesmo sobrenaturais (vide aquele falecido jornalista automotivo, do qual não me lembro o nome, que conseguia proezas como fazer um Omega A GLS beber um litro de gasolina a cada 18 km).
ExcluirBob, dica pra outra matéria:
ResponderExcluirGostaria muito de ouvir o André Dantas falando sobre a engenharia da MOTOGP. Hoje os assuntos principais lá são rigidez de chassis, o câmbio seamless, além claro dos motores.
E aproveitando, busquei mas não achei aqui no AE testes com o novo Uno, em especial das versões 1.0 vivace e way, pelo fato de terem relação de marchas diferentes.
Diego S.
Diego,
ExcluirTestamos recentemente o novo Uno versão Sporting, não viu? http://autoentusiastas.blogspot.com.br/2013/04/uno-sporting-ar-esportivo-mas-sem.html. Mas poderemos testar os que você sugere, sem dúvida. Sobre a MotoGP, o André lerá sua sugestão.
Eu tenho uma TR4 automática, em questões de manutenção, alguém poderia informar qual tipo de câmbio é mais propenso a manutenção, já que o robotizado tem praticamente os mesmos componentes de um manual..
ResponderExcluirQuanto ao consumo, o câmbio automático, aquele que vai na pressão, realmente consome mais, mas não da tanta diferença assim quanto ao manual da TR4.
Bob,
ResponderExcluirEssa caixa Powershift atualmente usada pela Ford na Ecosport e New Fiesta seria rigorosamente a mesma utilizada pela Volvo em seu C30 2.0?
Obrigado!
Jettq tsi utilizou muito antes do power shift da
ResponderExcluirFord o
Cambio automatizado de 2 embreagens. Lembrando qur o do jetta eh banhado a oleo enquanto o da ford eh seco. Dentre outras coisas o cambio dsg da vw se mostra bastante superior ao powershift da
Ford
Sinceramente, esta preocupação em se estabelecer o termo automatizado ou robotizado é de pequena relevância. A rigor, existem dois modos de operação de um cambio: manual ou automático. No manual, há a obrigação do motorista fazer a solicitação da troca de marcha. No automatico, algum dispositivo tem esta função, seja ele um conversor de torque ou um conjunto de acionadores hidráulicos ou um conjunto de polias ou seja lá o quê. Nem todo automatico é igual em tecnologia.
ResponderExcluirNão é de pequena relevância, mas uma questão de precisão de descrição. Um câmbio robotizado é um câmbio manual em que o movimento interno de engate de marchas não é pela alavanca, mas por atuadores elétricos ou eletroidráulicos a partir de sinais elétricos, ou seja, são robotizados. As trocas podem ser tornadas automáticas, portanto trata-se de uma função adicional ao câmbio robotizado Dizer que um câmbio é automatizado não o define corretamente. Os câmbios de Fórmula 1, por exemplo, são robotizados sem automação de trocas de marchas.
ResponderExcluirEstou querendo comprar meu primeiro carro Automático/Automotizado, pois depois de 22 anos trocando marchas to quero descanso nas mãos, hehehehe, quanto ao New Fiesta 2014 o que acham? vale a pena o cambio Automatizado dele? será que vou me arrepender por não ter pego um Cambio Automático?
ResponderExcluirBob,
ExcluirEstão surgindo centenas de reclamações acerca do câmbio Powershift da Ford, sobretudo no New Fiesta 2014. As reclamações se estendem de ruídos estridentes e insuportáveis (principalmente em ruas esburacadas) a trocas irregulares.
Essas reclamações procedem? O câmbio da Ford ainda vale a pena, mesmo com tudo isso?
Obrigado.