End. eletrônico:edita@rnasser.com.br Fax: (61) 3225-5511 Coluna 2113 22.maio.2013
Inovar-auto. Outra
regulagem
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, apertou uma volta num parafuso e fez o contrário em outro. No
hipotético carburador oficial: ao mexer na mistura líquido-ar, teve que acertar
a marcha-lenta. Por aí.
O aperto aumentou o número de etapas industriais. Cumprindo, as
empresas aderentes ao projeto oficial ficarão livres da imposição de 30
pontos percentuais sobre o IPI dos veículos importados, tendo maior chance de competição no mercado. A volta solta é o
aumento de prazo para habilitação ao projeto, de 31 de maio, esticado a 31 de
julho.
Outras regulagens: só o MDIC bota a mão no negócio. O
Ministério da Ciência e Tecnologia recebeu agradecimentos pela parceria, e foi
excluído. Também, importação favorecida apenas por empresa com vínculo formal
com o fabricante. E, força a adesão das fabricantes ao programa de etiquetagem
aferidora de consumo. Há fabricantes que não se inscrevem, boicotando o
programa, uma referência para o consumidor.
Pontualmente automóveis deverão atingir, ainda este ano
oito das doze etapas produtivas. Caminhões, nove entre catorze.
O governo se assustou ao receber informações que o Brasil
vinha se desindustrializando, comprando, por exemplo, latas estampadas no
exterior, apenas para soldá-las localmente, montando produtos com motores e
transmissões importados. Dávamos empregos aos coreanos. Daí cobrar maior
nacionalização nos processos.
A medida forçará as marcas indecisas a se pronunciar. Caso
da Land Rover/Jaguar.
Para isentar o adicional do IPI, governo exige maior nacionalização |
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VW evolui Gol: Rallye
e Track
Em seu projeto de atualizar a linha antes da grande
novidade do Up! ao final do ano, o cronograma da Volkswagen chegou às variações
do Gol, recém-apresentado com implementações em estilo e, principalmente, em
ganhos em eletrônica. Desta vez, os produtos ditos como os da poeira: Rallye, enfeitado, motor 1,6, e o Track, mais simples, motor 1,0. Ambos com assistência eletrônica
nas frenagens e almofadas de ar, obrigatórios ao final do ano.
Nomes instigam, junto com maior altura livre do solo – no Rallye 28 mm por conta das rodas em aro
16” e pneus 195/50R16; Track menos,
23 mm, e pneus mistos asfalto/terra – mas a presunção mercadológica é
inversamente proporcional à altura. A diferença dela, pneus e preços, dizem da
projeção da fabricante: o Track pode
ser utilizado em frota de trabalho para estradas ruins, mas o Rallye é para barzinho, faculdade e shopping.
Melhor decorado, pára-choques com faróis de dupla aptidão:
curto e longo alcance. Patamar de preço negociável para o Rallye é R$ 45.850. No Track,
menos enfeites, motor e impostos, R$ 33.060.
Marketing de fabricante é de difícil entendimento a quem
paga as contas. Pela decoração e formatação o Rallye deveria operar ao contrário – ser rebaixado, com pequenas
mudanças mecânicas ou de calibração, como o faz a versão Sporting no Fiat Novo
Uno.
Gol Ralye |
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Melhor Automóvel do
Mundo? Diz a Mercedes que é o seu S
A Mercedes se dedica às suas séries S – a maior carroceria
dentre os sedãs – com preocupação institucional. Trata-o como o Melhor Automóvel do Mundo, bandeira da
tecnologia automobilística da marca, enfeixando três direções de engenharia: Condução Inteligente; Tecnologia Eficiente;
e Essência do Luxo, para que
represente o foco e o caminho aos concorrentes. Dieter Zetsche, presidente do
Conselho de Direção da Daimler e CEO da Mercedes com eles quer sinalizar os
próximos anos: os automóveis da marca subirão de patamar relativamente aos
outros em aerodinâmica, rendimento, queda de consumo e emissões. É a cláusula
mais importante de seu contrato: retomar liderança e abrir espaço frente às
outras marcas Premium alemãs, BMW e Audi.
Vem com slogan
corajoso como manual de auto-ajuda: O
Melhor ou Nada.
Resumindo, economia – os motores até 200 cv são capazes de
mais de 20 km/litro gasolina européia em
estrada européia, mas é dado de envergonhar a turma dos flex; segurança;
conforto; e marcas tecnológicas como o primeiro automóvel a desprezar as
lâmpadas, valendo-se totalmente de LEDs – aproximadamente 500. A suspensão tem scanner, lendo as irregularidades à
frente do automóvel e preparando a suspensão. Internamente o espaço traseiro é
tratado como primeira classe e, além de ar-condicionado nos bancos, movimento
de massagem, regulagens, console Business abrigando telefone do automóvel, e
mesa dobrável. Decoração elegante, com madeira em profusão e metais polidos.
Vem em duas medidas de chassi, perceptível pela porta
traseira mais comprida, versões comuns e híbridas, S 400, motor V6, 3,5, 306 cv
+ 20 cv do motor elétrico. Degrau inicial, 350 Blue Tec, 3,0, V-6, 258 cv, 4
válvulas por cilindro, injeção direta por elevada pressão e turbo. Câmbio automático, eletrônico, 7 marchas. Topo de linha, S 500, V-8, 4,7, dois
turbocompressores – um para cada lado do “V”, 455 cv. Também 7 marchas na caixa automática.
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Antigos. A Argentina
bisa vitória na Mille Miglia
Com Bugatti T40, os argentinos Juan Tonconogy e Guillermo
Berisso superaram outros 414 concorrentes na mais famosa prova para antigos no
mundo, a italiana Mille Miglia Storica,
corrida entre Brescia-Roma-Brescia. É a segunda vitória seguida dos vizinhos
argentinos. Em 2012, Claudio Scalise e Daniel Claramunt levaram a láurea com
Alfa Romeo.
Prova importante, divulgação mundial, rali charmoso onde quem quer vencer disputa centésimos de segundo
– e quem não quer se diverte, tem patrocínios maiores da Mercedes e dos
relógios Choppard – a cada ano faz edição especial para competidores e venda a
público; junta personalidades da mídia – nesta edição três ex-pilotos de
Fórmula 1, Jochen Mass, David Coulthard e Karl Wendlinger. A Jaguar levou três
carros para divulgar a marca e impulsionar o novo XF com motor turbo, mas os
gatos miaram. Outros argentinos, Daniel Erejomovich e Gustavo Gallo, com Aston
Martin Le Mans, ficaram em sexto. O país classificou quatro equipes.
Brinca
Los Hermanos Platinos levam antigomobilismo a sério. Não
dá para comparar com o lado de cá da fronteira. Disputam a Mille Miglia Storica, importam
carros com história importante – ao contrário dos brasileiros trazendo rencas
de Mercedes, Cadillacs, Porsches, Mustangs, Camaros e outras bobagens sem
relevância histórica. Vão fundo.
Palpite da Coluna,
aqui exposto em agosto do ano passado, dizia terem condições de ganhar o prêmio
maior no Pebble Beach Concours d’Élegance,
mais expressivo dos encontros mundiais, onde têm conseguido bons resultados – e
onde brasileiros são apenas três jornalistas e visitantes.
Bugatti, Tonconogy e Berisso, vencedores da Mille Miglia 2013 |
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Roda-a-Roda
Japonês? – Tem preço o novo Audi A3 Sport,
versão implementada do hatch alemão,
por pacote de tecnologia: carroceria mesclando aços e processos, é mais leve;
motor com injeção direta e indireta, 1,8 e 180 cv, câmbio de dupla embreagem e
sete marchas; sistema com cinco regulagens para conduzir. R$ 115 mil. Fosse
japonês com certeza se chamaria Takaro...
Assim, assim – Na apresentação das linhas
Jaguar e Land Rover, Rubens Barbosa, diretor de vendas, não iluminou o
interesse do grupo indiano Tata – controlador destas marcas – em ter operação
industrial no Brasil, livrando-se do imposto de importação e do ágio de 30%
sobre o IPI. Nem disse o principal: o que, quando, onde. Dirá até 31 de julho –
veja a nota do Inovar-Auto.
Do ramo – De 7 a 9 de agosto, no Center
Norte, São Paulo, 23ª. edição do Congresso e Expo Fenabrave, a federação dos
revendedores de veículos, segmento importante, 7 mil revendas e quase 6% do
PIB.
Negócio - Eventos temáticos,
profissionais, palestras, voltadas ao varejo do convívio com montadoras,
clientes, governos. Saber mais, participar? http://www.congresso-fenabrave.com.br/ ou
e-mail congresso2013@fenabrave.org.br, ou
tel. (11) 5582-0091.
Nacionalização – A brasileira MMC, que monta
Mitsubishis, inaugurará ampliação de sua fábrica em Catalão, GO, e nela fará o
ASX 4x4, crossover elegante da
marca. É uma espécie de ponte entre os produtos jogo duro, como os picapes e
Pajeros, e o sedã Lancer que lá produzirá em 2014.
Padronização – Para harmonizar métodos e produtos
ao parâmetro mundial a Volkswagen do Brasil inaugurou nova linha de produção
para o picape Saveiro, investindo R$ 250M no passo inicial do processo dito
Fábrica Digital.
Ganhos – Diz a VW, a estação de armação,
onde se montam, ajustam, alinham e soldam as latas para fazer a carroceria, tem
processo igual ao do fazer o Golf 7ª. geração na Alemanha. Ganhos de qualidade
ao produto, eleva produção de 360 a 450 unidades/dia; economiza energia e ar
comprimido.
Tecnologia – Novos EcoSport nas versões de topo,
FreeStyle e Titanium, tem sistema eletrônico de controle de tração e
estabilidade. Harmoniza o veículo em situações ruins, como freadas em curvas,
derrapagens. Tremenda ajuda.
Aderiu, viajou – Consórcio Scania é prático. Aderiu
a uma cota para o caminhão P 250 4x2, ganha viagem. Se para o modelo G 440 4x2,
passagem em dobro para Portugal ou EUA. Até outubro.
Utilidade – Furtaram Fusca bege, placas GRX
1665, de Araguari, MG. Proprietário septuagenário indignado pede ajuda para
localização. A Coluna dá a maior
força para a recuperação. Vendo, sabendo, avise tel. (61) 8401-1732, e joao.jmps@gmail.com
Refrigeração – Novo fluido de refrigeração para
motores de veículos automotores tem o apelo de longa vida. É dito OAT, de ácido
orgânico, com inibidores de corrosão. Dura 150 mil km num automóvel e 300 mil
num diesel.
Conselho geral, fluidos para refrigeração não são
miscíveis. Assim, querendo, esgote o sistema, limpe-o com água e coloque o
novo.
Rachid Mamede – A britânica McLaren e a nipônica Honda resolveram se unir de novo
na Fórmula 1 adotando regra árabe, rachar contas e resultados. A Honda
fornecerá motor e o sistema de recuperação de energia, e a McLaren desenvolverá
e produzirá chassis. Negócio na temporada de 2015.
Resultado – Tecnologicamente bom para as
duas, na disparada pelo desenvolvimento de conceitos para motores capazes de
produzir mais potência com menor cilindrada. Será a quinta vez que a Honda
participa da Fórmula 1.
Grid – Para quem reclama da falta de brasileiros na Fórmula 1,
um aperitivo-lembrança. Na emblemática Mônaco, seis brasileiros, neste final de
semana: Fórmula 1, Felipe Massa; GP2 Felipe Nasr; World Series, a temporada
Renault, Yann Cunha, André Negrão, Lucas Foresti e Pietro Fantin.
Alfisti, estes seres especiais e seus Alfa
Romeo
Cáustico, polêmico, o jornalista inglês Jeremy Clarkson, do
programa Top Gear tem frase sempre
lembrada pelos aficionados brasileiros da Alfa Romeo: “Há mais tradição e emoção naquele emblema do que em todo o resto da
indústria automobilística.” É vero.
Torcem, protestam, criam casos, lamentam-se, mas fazem, com
entusiasmo, o que deve ser feito: mantém a marca viva. Dicas, conselhos,
indicações, por caloroso grupo na internet, o Alfa Romeo Br. Em país de frota
diminuta, extremadas dificuldades com manutenção, é a grei mais movimentada do
mundo. Exemplo atual, Giovani Sardagna, entusiasmado, banca o desenvolvimento e
construção da junta elástica do cardã do nacional Alfa 2300, peça inexistente
porquanto a modernidade de engenharia dos Alfa pouco encontra de comum nas
peças de outros veículos. E leva-las-á no porta malas da Jandira, seu Alfa 2300 de 1985, quase novo e conservado como tal,
para entregá-las na mineira estação de águas de Caxambu.
Lá, entre 30 de maio e 2 de junho, o II Encontro Alfa Romeo, promovido pelo Alfa Romeo Clube MG, braço
do grupo nacional AlfaBr, evento apadrinhado por Túlio Silva e Guilherme
Jardim, surpreendentes executivos que o fazem o mais cuidado e com a menor
estrutura.
Não é apenas a proprietários da marca, mas para
aficionados, interessados, admiradores dos produtos Alfa e seu secular DNA de
tecnologia, performance, segurança, estilo. Outros interessados, como sócios do
internético grupo www.simca.com.br lá
estarão. Querem assuntar como os Alfisti
conseguem fazer tal festa sem clube formal, estatuto, contratos, recibos, CNPJ
ou mensalidades. Um exemplo de que para fazer, basta querer. A tal paixão.
Reúne Alfisti de
todo o país – Alagoas, Salvador, Porto Alegre, Brasília, Rio, São Paulo e
interior, Florianópolis, Curitiba e, até, de Lugano, Suiça, de onde vem o
cirurgião Axel Marx, sólido colecionador e enciclopédia da marca. Palestras,
feira de peças, venda de souvenirs,
muita conversa, negócios, invejável camaradagem – e curiosidade sobre a
aventura do grupo de Brasília no levar 4 Alfa 2300 à Patagônia para competir
na 1.000 Millas Sport, prova da
temporada mundial. Apresentarão os 2300 às vésperas do aniversário de 40 anos
de lançamento, às equipes e museus mundiais presentes no evento argentino.
A fim Ande rápido, e com direção
precisa, como os Alfa. O evento será no Parque das Águas, atração a
não-alfistas, e a hospedagem, no Hotel Glória.
Inscrições e programação no site http://www.arcmg.com.br/caxambu
Mais informações: (31) 9989-5171 ou faleconosco@arcmg.com.br
Mais informações: (31) 9989-5171 ou faleconosco@arcmg.com.br
Alfa, o Encontro, Caxambu, MG, no feriado. Se ligue |
A coluna "De Carro Por Aí" é de total responsabilidade do seu autor e não reflete necessariamente a opinião do AUTOentusiastas.
Impagável esse Nasser!
ResponderExcluirGostei do Gol da poeira, do barzinho e o Audi A3 "Takaro"...
"Furtaram Fusca bege"
ResponderExcluirTem coisas que não mudam com o passar do tempo.
"Furtaram Fusca bege". Se o dono flagra e enche o ladrão de "azeitonas", aparece logo uma infinidade de defensores dos "direitos" da bandidagem. País infeliz! Não se pode ter nem um carrão novo, nem um carrinho antigo, em paz.
ResponderExcluirMuito legal a forma como o Nasser escreve, humor na medida certa! Fiquei impressionado com a tecnologia presente nos novos Classe S da Mercedes, até scanner de piso têm, para melhorar ainda mais as respostas da suspensão!
ResponderExcluirArtigo correlato: http://www.ordemlivre.org/2013/05/vitimas-do-protecionismo/
ResponderExcluirO encontro de Alfas será no mesmo final de semana do encontro de carros antigos em Lindóia. Que pena... pois vou pra Lindóia e pelo jeito não terá nenhuma Alfa por lá...
ResponderExcluirNa verdade. Lindóia será no mesmo FDS de Caxambu. O evento Alfista estava marcado há vários meses, rs
ExcluirÓtima esta coluna, que leio há anos...mistura de análise competente de mercado com ótimo conhecimento técnico.
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