
No início da década de 1990, a Fiat tomou uma decisão: Lançaria 2 carros pequenos: Punto e Palio. O primeiro seria destinado aos mercados "desenvolvidos" (Europa, basicamente), enquanto que o segundo seria feito para o terceiro mundo e seria desenvolvido na maior fábrica da Fiat fora da Itália, situada em Betim, MG. Sendo assim, o Palio foi projetado pensando diretamente nas condições brasileiras, com toda a sua buraqueira. Deu certo, desnecessário descrever a robustez do carrinho, um dos fatores de sua boa fama no mercado que determinou seu sucesso de vendas, podendo ser facilmente constatado ao se olhar a quantidade de Palio e seus derivados rodando pelas ruas brasileiras.
A GM fez a sua parte, ao lançar aqui o Corsa Sedã em fins dos anos 90, versão que nunca existiu na Europa. Simplesmente não existiu por lá porque o Corsa foi concebido para ser um carro urbano ("citycar"), feito para ser pequeno e estreito, com o objetivo de andar com desenvoltura nas apertadas ruas das milenares cidades do velho mundo, construídas numa época em que nem se sonhava que um dia poderiam existir veículos que se movessem sozinhos (auto-móveis). Para um citycar, um porta-malas saliente não serve para nada, apenas atrapalha para estacionar nas exígüas vagas.