google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 AUTOentusiastas Classic (2008-2014): arrancada
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A notícia já deve ser do conhecimento de todos. Mais uma vida se foi, vítima de um atropelamento por um carro em alta velocidade, que se suspeita estar participando de um racha em plena via pública e no calor da disputa avançou um sinal com faixa de pedestres.

Pouparei os leitores dos detalhes, já fartamente noticiados por praticamente todos os meios de comunicação. O que chama a minha atenção é: por que este cidadão estava andando desta forma em uma via pública. Esta pergunta obviamente não é inédita e deve ocorrer a cada um de nós sempre que vemos notícias de tragédias relacionadas a altas velocidades ocorridas em vias públicas do nosso país. Por que temos tantos rachas em nossas ruas, que tantas vezes acabam mal, ceifando vidas de quem não escolheu estar ali? Não há apenas uma resposta, mas entre elas uma que destaco é a falta de autódromos.

“Lugar de correr é no autódromo”. Todos nós já ouvimos esta frase, muitas vezes referindo-se ao hábito de se disputar racha na rua — pega de rua, como também é conhecido em outras regiões, com a cidade do Rio de Janeiro. A prática de racha foi sabiamente tornada ilegal por nossos legisladores: o Art. 173 do Código de Trânsito Brasileiro pune severamente quem “disputa corrida por espírito de emulação” (o nome técnico do “racha”) em via pública com multa de 574,62 reais, apreensão do veículo e suspensão do direito de dirigir (tramita  Projeto de Lei no Congresso Nacional que modifica esse artigo elevando o valor dessa multa para R$ 1.915,40, dobrando em caso de reincidência). Lugar de corrida definitivamente não é na rua, mas numa pista, num autódromo.

Desde que se fez o segundo carro em uma mesma região surgiu a vontade de colocar os dois lado a lado para ver qual deles é mais rápido. As competições são inerentes ao próprio automóvel e surgiram junto com este, em fins do século 19. Desde que haja dois carros, surge a vontade de provar que “o meu é mais rápido que o seu”. A competitividade é inerente à natureza humana, não é possível nos dissociarmos dela. Até com cavalos existia esse tipo de disputa, daí nascendo o turfe.

Racha na rua: questão de tempo até acontecer uma nova tragédia


No fim de semana que passou me inscrevi na 8ª etapa do Campeonato de Arrancada da Federação de Automobilismo do Estado do Rio de Janeiro (Faerj), na categoria desafio (DES), onde entra qualquer carro que ande acima de 15 segundos no quarto de milha. Capaz desse Opalinha vinho aí em cima andar abaixo dos 15 segundos, mas como o carro estava há muito tempo parado, levamos assim mesmo.

Infelizmente o carro cortava em 4 mil rpm nas duas primeiras marchas, em terceira e quarta ele conseguia subir mais a rotação se o pé não fosse no fundo. Ou seja, fui de teimoso mesmo, porque o carro estava bem aquém do ideal.

Mesmo assim não foi dos piores, consegui fazer na melhor passagem 16,3 segundos, o carro cruzando a linha a 5.000 rpm em 4ª, o que corresponde a mais ou menos 165 km/h. Tenho certeza que com o motor funcionando liso e podendo encher 1ª e 2ª como se deve, sem perda de tempo, e subindo de rotação nas outras marchas sem falhas, deve dar para passar lá com uns 500 rpm mais.

Agora só ano que vem, mas podem ter certeza que estarei na primeira etapa do ano com o carro funcionando direito, e aí vamos ter uma idéia do que o Opaloito é capaz.

AC