Fotos não creditadas: MAO/AE
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Divulgação |
“I have walked through many lives,
some of them my own,
and I am not who I was,
though some principle of being abides,
from which I struggle not to stray.” - Stanley Kunitz
(Eu passei por muitas vidas,
algumas delas minhas,
e eu não sou quem eu era,
embora algum princípio de ser permaneça,
de qual me esforço para não desviar.)
Andy Warhol, e depois o Dr. House do
seriado televisivo, diziam que, ao contrário do que diz o famoso ditado, o
tempo não muda nada. Nós é que devemos mudar as coisas, e se deixarmos elas
como estão, assim elas permanecerão. Apesar de ser uma grande verdade,
pessoalmente acredito que o tempo muda tudo sim. Uma mudança não de substância,
mas sim de perspectiva.
As coisas não mudam, permanecem iguais,
mas somos nós que somos sempre diferentes, a cada dia que passa. Vemos as
coisas de modo diferente do que víamos no passado, entendemos coisas que não
entendíamos antes. Para nós, como pessoas, o tempo muda tudo.
E particularmente acredito que o tempo
muda de forma definitiva a forma que vemos alguns carros. Coisas que eram
desinteressantes e banais parecem agora incrivelmente legais, e coisas que eram
interessantes, são esquecidas.
A prova disso é que, desde que escrevi sobre
o que estava querendo comprar este ano, tudo mudou. Não poderia nem imaginar
que ao invés de comprar algum daqueles carros zero-km, ia acabar vendendo o
Cruze, sim, mas que ia substituí-lo por um Citroën Berlingo com 13 anos de
idade. Na verdade, se em 2001 você me dissesse que um dia eu teria um Berlingo, ia rir até cair de minha cadeira. Ainda mais um Berlingo verde por fora E
POR DENTRO.
Mas foi exatamente o que aconteceu. E
isso não porque o Berlingo mudou nesses 13 anos, e sim porque, como disse o
poeta, eu não sou mais quem eu era. Graças a Deus.