google.com, pub-3521758178363208, DIRECT, f08c47fec0942fa0 janeiro 2011 - AUTOentusiastas Classic (2008-2014)
Foto: curitiba.olx.com.br

Sempre digo que a melhor marca de carro é zero-quilômetro. Mas muitas vezes não se pode ou não se quer comprar um carro novo e parte-se para o usado. Ou o carro desejado não é mais fabricado. Dias atrás um grande amigo pediu-me que o acompanhasse para examinar justamente um XR3 que ele havia visto num site de vendas, por acaso do tipo da foto.

Ao chegarmos à casa do vendedor, vi o carro estacionado na propriedade. Assim que o olhei mais de perto, disse para o meu amigo: "Nem precisa andar, é só acertar preço". Por que eu disse isso? Experiência. O máximo do meu exame foi olhar o aspecto do motor, que não deve estar lavado e pulverizado,  o que pode mascarar vazamentos, e ouvi-lo funcionar, além de uma olhada no interior do veículo. Para mim teria sido suficiente.

Aqui no AUTOentusiastas tenho falado bastante sobre o termo que virou vício nacional: montadora. Intriga-me o  que teria levado alguém a verbalizar a atividade de fabricar automóveis com o sentido de ela ser realizada por uma montadora, uma empresa que monta, quando na verdade fabrica. A montagem existe, claro, mas como parte do processo de fabricação.

Mais intrigante ainda quando o termo parece ter saído da própria Anfavea, a Associação Nacional do Fabricantes de Veículos Automotores.

Para saber sobre o museu veja a parte 1: Museu Toyota - Parte 1


O primeiro modelo do rico acervo do museu da Toyota não poderia deixar de ser o primeiro carro da marca. Logo na entrada, em um local de destaque, está o Toyota modelo AA de 1936.

Em 1936 a Toyota era uma empresa grande que nasceu do sonho e do empenho de Sakichi Toyoda em tornar  menos árduo o trabalho da sua mãe, que diariamente passava horas em um tear manual. Sakichi desenvolveu um tear automático e assim nasceu a Toyota nos anos 20. No início dos anos 30, seu filho Kiichiro Toyoda viajou pelos Estados Unidos e Europa e voltou tão entusiasmado com o desenvolvimento industrial e a motorização que decidiu que fabricaria automóveis na sua terra natal. Desde 1933 a Nissan, então Datsun, já fabricava carros em série no Japão.



Alugar carro quando se viaja nem sempre é algo totalmente agradável. Normalmente estamos sujeitos ao que estiver disponível, o que pode ser angustiante para um entusiasta.

Nas últimas férias da família, conseguimos andar com três carros bastante diferentes entre si e usar as mesmas ruas e avenidas com eles, o que permite fazer comparativos interessantes.

O primeiro que andamos, em três adultos e uma criança, foi um Honda Accord LX 2010, modelo básico, com calotas. Essa carroceria foi lançada em 2008, portanto ainda um carro bem atualizado, sem deslizes no estilo.



Tentei lembrar de algum motor que equipe os carros atuais hoje em dia e tenha versão apimentada, mas não lembrei de nenhum. Até existem alguns modelos com mais de uma opção de motor, como o Punto Essence, que oferece o 1,6-litro de 117 cv e o 1,8-litro de 132 cv.

No passado tivemos tantas versões quentes de motores de série que provavelmente vou esquecer de alguns. Opala 250-S, Maverick Quadrijet, Gol GT/GTS, Monza S/R 1.8, Escort XR-3, Uno 1.5R, todos esses usavam versões envenenadas dos motores originais, quase sempre o artifício era um comando com mais levantamento e duração, carburadores mais generosos, em alguns casos taxa de compressão mais elevada.


Chame-se do que quiser, até "respeito pelo consumidor", como se ouve ou lê nos anúncios de convocação para correção de defeito que afete a segurança, o popular recall. Mas o fato é que é um estorvo para o proprietário ter que levar o carro para serviço, perder tempo, ficar sem o veículo.  Para a indústria automobilística, uma situação embaraçosa e, principalmente, um vasto prejuízo em muitos casos.

Essa palavra da língua inglesa sintetiza o procedimento de intimação, ou convocação, de um fabricante para que o veículo seja levado para serviço na sua rede de assistência técnica devido a um problema que precisa ser corrigido o quanto antes, por envolver segurança.

O Paulo Keller relatou no seu último post que muitos carros antigos poderiam ter um volante menor, já nos primeiros anos em que a direção assistida passou a ser disponibilizada. Afinal de contas, um volante grande só atrapalha o motorista não é mesmo?



Acabei de ler a notícia no jornal Destak, distribuído gratuitamente aos motoristas em diversos sinais de trânsito da cidade, sobre a avenida recordista em atropelamentos na cidade do Rio de Janeiro, a Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade.

Segundo a CET-Rio, foram 129 atropelamentos ano passado nessa importante via da cidade, uma média de um a cada três dias, numero alto e que poderia ser minimizado com a conscientização de motoristas e pedestres.



Essa semana foi marcada pela divulgação do novo Pagani, o modelo Huayra, substituto do atual Zonda. O carro que deixa a linha de produção foi um dos supercarros mais marcantes dos últimos anos, com diversas variações bem exóticas, com destaque para o mais recente Zonda R.

O novo Huayra segue a linhagam do Zonda. Com o tradicional motor central-traseiro, atualizado para um novo V-12 biturbo (6-litros) de mais de 700 cv derivado do Mercedes-Benz CLK GTR, o perfil do carro é bem distinto, com a cabine avançada e longa parte traseira. A novidade são as portas do tipo asa de gaivota como do 300SL e agora no SLS. A estrutura do monocoque de aço cromo-molibdênio e fibra de carbono foi toda atualizada para receber as novas portas e novo carregamento do motor. Sem dúvida o carro deve ser bem rápido.
Foto: motoboysdobrasil.com.br


A minha Yamaha RD 350 era exatamente como a da foto, branca e racing green (verde de competição). Comprei-a nova e foi alegria misturada com emoção retirá-la da mesma concessionária onde um ano antes havia comprado uma DS7, 250 cm³, muito parecida, a principal diferença o freio dianteiro a tambor  (disco na 350), no número de marchas (5, ante 6 na 350) e na cor, que era branca e amarela. Ambas me deram muitas alegrias. Que motocicletas fantásticas!

Na época eu morava no Rio e passei a usar a motocicleta como meio de transporte no dia a dia. Uma das lembranças mais fortes era o cheiro da grama quando ia ao centro da cidade (à cidade, como nós cariocas dizemos...) ao passar pelo Aterro do Flamengo. Como era bom aquilo!

Foto: blogautoestrada.com.br

Tenho lido muitos comentários a respeito das revisões  periódicas nas concessionárias de todas as marcas e tenho notado que as coisas não andam nada bem nesse terreno.

Em linhas gerais, o atendimento é abaixo do que os clientes esperam, notadamente na questão preço, apesar do empenho das fabricantes em apresentar valores pré-estabelcidos para que o cliente saiba quanto vai ter de desembolsar.


Incrível como determinadas sensações nos acompanham pela vida toda. A de começar a dirigir, por exemplo. Me lembro que foi com dez anos feitos. Se sou de novembro de 1942, então foi bem no final de 1952 ou início de 1953, nas férias escolares.

Tio Paulo, irmão de minha mãe, tinha uma motocicleta BMW R50 1938 e sempre me levava para uma voltas, eu sentado no tanque. Até mesmo na moto anterior, uma Royal Enfield, inglesa, 350 cm³. Dessas duas lembro o odor de gasolina que exalava de algum lugar, ou do tanque, ou da boia do carburador, ou ambos, mas o fato é que para mim aquilo era perfume, especialmente junto com o calor que o motor irradiava. Eu achava a BMW com cardã em vez de corrente o máximo.



O post do Mustang me fez revisitar algumas fotos de um comparativo entro um Camaro 67 e um Mustang 68 que fiz junto com o primo Arnaldo em 2009. Uma das fotos que me chamou a atenção foi a do volante do Mustang. Um lindo Moto-Lita com aro de madeira, feito à mão.

Trata-se de um acessório que proporciona muito mais requinte e classe, e também prazer. Aliás, é através do volante que cumprimentamos o carro como num aperto de mão, "prazer em conhecê-lo". E o encontro com um volante bacana, que tem história e tem uma aparência familiar, já nos ajuda a gostar mais do carro, na maioria das vezes.


Navegando pela internet atrás de informações sobre motos de corrida com motores pequenos, achei a página www.suzukicycles.org e me impressionei com algumas especificações. O modelo RK67, que competiu no último ano (1967) antes da restrição a motores com mais de um cilindro, usava um 2-cilindros 2-tempos, refrigerado a água, que rendia 17,5 cv a 17.300 rpm, capaz de impressionantes 176 km/h, e por conta da estreitíssima faixa útil utilizava uma caixa de câmbiocom 14 marchas. Imaginem a quantidade de mudanças de marchas durante uma corrida !

Fotos: Ervin Moretti, salvo outra indicação

Estacionamento lotado desde cedo (foto Alan Freitas)
A foto acima dá boa ideia do que foi o encontro VW em comemoração ao Dia Nacional do Fusca,  20 de janeiro, celebrado ontem.. A Volkswagen colaborou  soberbamente com o evento abrindo seus portões da Fábrica  1 na Via Anchieta, km 23,5 para que fãs do besouro pudessem se reunir e festejar a data no ambiente o mais propício imaginável.

O amigo e conselheiro do Fusca Clube do Brasil, Ervin Moretti, engenheiro mecânico e administrador de empresas, e dono de um Fusca 1300 ano 1974 que batizou de "Horácio", descreveu especialmente para o AUTOentusiastas o memorável encontro:


Semana passada compareci a uma inauguração de concessionária Citroën no bairro da Casa Verde, em São Paulo. Chama-se Le Mans e faz parte do Grupo de mesmo nome que possui oito concessionárias da marca no interior do estado, tendo começado com Campinas em 2001. Simultaneamente à Le Mans da Casa Verde foi inaugurada outra no bairro da Vila Prudente.


Tenho mais um post daqueles que enrolo para fazer. Então, ao invés de seguir com minha ideia de fazer algo mais elaborado e técnico, resolvi começá-lo sem nenhuma pretensão mais elaborada e com mais pragmatismo. 

Lá em julho de 2010 já saí do Brasil para Orlando com a intenção de alugar um Camaro e um Mustang para poder compará-los e chegar a alguma conclusão sobre minha preferência com base na avaliação dinâmica dos dois carros. Em 2008 eu já havia alugado um Mustang V-6 ano-modelo 2009 e fiquei satisfeitíssimo com o carro. Naquela época escrevi: “ Motor V-6 4-litros de 210 cv e 29 mkgf. 0-60 mph em 6,5 s. Achei o carro bem esperto e antes de consultar o site da Ford achei que tinha mais potência e torque. É claro que não deu pra fazer nenhum burnout e nem explorar o bicho como se deve. O ronco do motor é bem gostoso, muito encorpado, parecendo até um V-8. Cheguei até a pensar que tivessem me dado o carro errado. A cada partida do motor um sorriso se abria no meu rosto.”


Barn find é o termo americano para os carros encontrados em fazendas, sítios, casas ou similares.

Carros abandonados após anos de uso, que se transformaram em galinheiro, ou que foram corretamente levantados em cavaletes e cobertos, com o tanque e linha de combustível secos, motor cheio de óleo, radiador vazio etc.

Ou foram pouco usados, cuidadosamente, e depois estacionados por motivos os mais variados, até serem trazidos de volta à vida por algum colecionador ou oportunista visando lucro.


É difícil entender a marca Ferrari hoje em dia. Já se vai muito tempo que os carros eram derivados do que se fazia para competições, o tempo em que Enzo teve a brilhante ideia de vender alguns carros incrivelmente potentes e vocais derivados de seus carros de corrida para alguns milionários interessados, para assim financiar sua escuderia.

Essa atividade quase secundária acabou tendo mais sucesso do que a escuderia em si, e progrediu constantemente, inicialmente sem nenhuma competição real. Mas depois dos anos 80 os carros clássicos em geral tiveram um aumento estratosférico em seu valor, e qualquer Ferrari antigo passou a valer, muitas vezes, mais que um novo zero-km. Tal coisa teve um efeito direto na marca.

As autoridades estão sempre colocando o carro como o vilão dos problemas de trânsito, que tanto incomodam nas grandes cidades, e vivem pregando que a solução é o transporte coletivo, no que concordo, mas não no formato atual.

O argumento principal é que um ônibus ocupa o espaço de três carros mas leva 10 vezes mais passageiros. Se levassem 40 passageiros, todos viajariam sentados, mas nas linhas de maior demanda sabemos que a chance de viajar sentados é pequena. Por outro lado, é comum ver ônibus com 10 ou menos passageiros em linhas de maior lucratividade, com intensa sobreposição de itinerários. E aí começa o caos, porque quando um se prepara para deixar o ponto de parada, o outro o corta por fora e para na frente, impedindo que ele saia fácil, e o obriga a manobrar para sair de trás do que parou. Nessa manobra, não é raro que o ônibus, pelo seu comprimento, invada momentaneamente até a terceira faixa de rolamento à esquerda, causando retenções no fluxo. E isso acontece a todo minuto!

Foto: digilander.libero.it

O pneu da foto é o Pirelli CF67, o primeiro pneu radial fabricado no Brasil. O primeiro desse tipo da fábrica italiana surgiu em 1948, dois anos depois do primeiro radial do mundo, o Michelin, francês, batizado com o nome de Michelin X.

A construção do pneu radial, como o nome indica, consiste das lonas da carcaça dispostas radialmente, enquanto no diagonal as lonas são disposta em ângulos e se cruzam. A diferença a favor do radial é que a banda de rodagem se mantém estável, com contato com solo, em qualquer situação de esforço lateral, ao contrário do diagonal, em que a banda deixa de ter contato pleno nessa condição.

À esquerda, pneu radial; à direita, diagonal
Foto: Divulgação Citroën

Andei quinze dias com um Citroën C3 Exclusive automático, chamado de BVA (boîte de vitesses automatique) pela fábrica, que se revelou bem agradável. O C3, fabricado em Porto Real, RJ e lançado em 2003, carecia da "fórmula Brasil" na suspensão, que era áspera e ruidosa. Mas quando o ano-modelo 2009 foi apresentado, em agosto de 2008, era um carro completamente diferente nesse aspecto. A qualidade em absorção de irregularidades e baixa rumorosidade da suspensão logo se fez notar. Na ocasião foi também apresentada, para uma primeira impressão, a versão automática, experimentada num trajeto bem curto em torno da Granja Viana, em Cotia, na Grande São Paulo. Por isso resolvi andar com o C3 BVA.



Voltinha de final de semana para esticar as pernas. Aproveitei a bela reta sem movimento para encher terceira marcha. Reparem como a pressão do turbo enche de repente.

A reta onde acelerei, quase 1 km sem nada em volta. Movimento mínimo, dá para acelerar um pouco mais sem colocar nada em risco.

O carrinho nervoso, belo exemplar dos pocket rockets que já tivemos aqui. Menos de 1.000 kg e mais (algo mais) de 100 cv.

Mudei de casa recentemente e por isso o tempo anda mais escasso do que de costume. Mas em breve postarei algo mais consistente sobre esse carrinho e outros bem legais. Promessa é dívida !

AC
Foto: randomfactsthailand.com

Se há coisa estranha para nós é dirigir carro com volante à direita. Não sei quem dos leitores já teve essa experiência, mas é esquisito. Não que não se consiga, pois nos países que adotam a mão esquerda, onde 33% das pessoas dirigem no banco da direita, tudo fica de acordo, de modo que em pouco tempo nos acostumamos. Dando uma entonação típica de provérbio chinês, "Mão direita, volante na esquerda, mão esquerda, volante na direita."

Para mim a maior dificuldade é o cálculo do espaço à esquerda do carro. Uma vez, na Inglaterra, dirigia um Range Rover numa estrada secundária quando vi um ciclista à frente, na minha esquerda. O quanto afastar para passar por ele com distância segura foi-me dífícil. Aqui é fácil, temos esse cálculo feito de maneira automática.


Como curiosidade, a tabela acima mostra dados e resultados de um câmbio falado no post Over...o quê? de hoje à tarde, o do Corvette C4 com caixa manual de quatro marchas e overdrive. As características referem-se a um veículo ano-modelo 1985. A última coluna da direita é a queda de rotação nas trocas de marcha a 4.000 rpm, a rotação de potência máxima do motor. Clique na imagem para ampliar.

BS
Foto: Wikipedia

O título deste post é paródia de antigo anúncio da Vemag, fabricante do DKW de 1956 a 1967, quando lançou o dosificador de óleo Lubrimat em 1964, "Lubri...o que da Vemag?" O "over"de quero falar é o overdrive, pois tenho notado que seu significado não é compreendido o suficiente. A foto acima é de um conjunto overdrive Laycock de Normanville, inglês, um dos mais conhecidos.

"Drive" [drái-v] em inglês, quando se trata de construção de caixas de mudanças, quer dizer acionamento, tomada de movimento. Nas caixas típicas de três marchas, a terceira não é constituída por um par de engrenagens como a primeira e a segunda, mas por um arranjo em que o movimento do motor passa pela caixa sem qualquer alteração e se conecta dirtamente à árvore de transmissão, o nosso conhecido cardã. (esta palavra parece originar-se de Geronimo Cardano, matemático italiano do século 16, que teria criado esse tipo de peça para os mecanismos das máquinas).


Em setembro de 2010 a Só Veículos, de São Paulo, nos enviou uma lista de carros que poderíamos avaliar. Como somos democráticos fizemos uma enquete para escolher qual avaliar primeiro e a picape Ford F-150  SVT Raptor obteve a maioria dos votos. Mas não conseguimos avaliá-la naquela época porque a unidade disponível fora vendida. Isso não foi ruim, pois o Arnaldo Keller avaliou o segundo mais votado, o Porsche 911 Turbo.

Desde então todas as unidades que chegavam na Só Veículos foram vendidas de imediato. Até que na semana passada conseguimos andar em uma delas antes que fosse vendida. Infelizmente, como se trata de um carro zero-quilômetro não conseguimos rodar em estradas de terra como as de Baja no México, de acordo com a proposta da Raptor. Mas mesmo assim ao autoentusiastas Bob Sharp, Felipe Bitu e Juvenal Jorge conseguiram ter uma boa ideia de como ela anda.



Estive almoçando hoje com o amigo Renato, aquele do Ferrari 308 GTB da subida de serra, e conversávamos sobre o problema que o Focus Ghia dele, com aproximadamente 50 mil km rodados e pouco menos de dois anos, apresentou recentemente e o atendimento dado pelo concessionário, já que o carro ainda goza de garantia de fábrica.

O carro começou a apresentar um forte barulho na parte da frente, que ele acreditava ser algum componente da suspensão, talvez uma bieleta. Assim que pôde, levou o carro ao serviço autorizado e o deixou para que fosse examinado. Dias depois, o diagnóstico deles: amortecedor estragado.


Lembrado pelo post do Bob Sharp sobre o motor do Omega, vale a pena dar uma olhada no que um dia foi um dos carros mais rápidos do mundo, e manteve o honroso título de sedã mais veloz do planeta por algum tempo.

O Omega Lotus, ou Lotus Carlton, foi fabricado de 1990 até 1992 nas antigas instalações da DeLorean em Norfolk, tempos difíceis de economias instáveis e duvidosas. Nosso amigo Juvenal já havia contado a história do Vauxhall Carlton, o nosso conhecido Omega de primeira geração com o motor 3-litros de mais de 200 cv que o Bob comentou que poderia ter vindo para o Brasil. Este já seria muito interessante, mas ainda não era o extremo.

Fotos: Cláudio Larangeira


Se houve carro divertido, esse foi um deles, e tive um: Renautl 1093. Não esse da foto, que pertence a um grande colecionador, mas era igual, cor e tudo. O Renault 1093, lançado em 1964 era a versão apimentada do Gordini surgido dois anos antes, que por sua vez era a evolução Dauphine, de 1959. Esses pequenos carros foram fabricados pela Willys-Overland do Brasil sob licença da Renault de 1959 a 1968. O 1093 saiu do mercado em 1965 após apenas 721 unidades produzidas, um número ínfimo diante dos 74.620 fabricados. Não chegou a 1%.

Aproveitando o gancho do post do Alexandre Cruvinel "Quase Morri!", e estando a cidade serrana fluminense Teresópolis vivendo um drama que ainda não foi de todo aquilatado, dadas sua gravidade e extensão, num cenário típico de bombardeio aéreo, gostaria de compartilhar com os leitores uma experiência que vivi quando tinha apenas nove anos, juntamente com meu irmão Rony, de 11 e nosso primo Billy, de 14. Por muito pouco não morremos os três.

A cena da foto acima é um deslizamento de morro em Teresópolis. Foi no verão de 1952 e se vê que atingiu a estação ferroviária do centro da cidade, a Várzea. Eis a história toda.

Fotos: Autor

Domingo, 16 de janeiro. Em São Paulo, majestosa manhã de sol. Resolvi dar uma chegada à Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) com o Honda City EXL manual, carro que solicitei à fábrica para avaliá-lo melhor, já que só o tinha dirigido no lançamento há um ano e meio, num percurso extremamente curto oferecido pela Honda. Além de saber como era o sedã do Fit em autoestrada, um amigo tinha-me dito que o sedã não era lá muito estável direcionalmente a velocidades praticadas nesse tipo de rodovia, e resolvi verficar se era isso mesmo


A frase do título é uma gozação do Bob com alguns aventureiros de fim-de-semana, que fazem uma trilha leve por aí e acham que passaram por percalços dignos de Indiana Jones. E a foto, de um passeio muito legal com alguns amigos entusiastas pelos arredores de Campos do Jordão (SP) com modelos de picapes médias oferecidos em nosso mercado.

No começo de dezembro, um carro muito especial completou uma das mais duras viagens possíveis: cruzar a América partindo do Alasca, passando por 26.697 km até chegar no Ushuaia, Argentina, pela Panamerican Highway.

Sem pensar na distância total, o feito não é nenhum milagre, uma vez que este percurso é pavimentado e 26.000 km não é o fim do mundo. Mas o fato é que não era qualquer carro. O carro é totalmente elétrico. Bom, carros elétricos não são novidade. A novidade é que este carro elétrico é um Radical. E o que é um Radical? Um carro de corrida.

fotos: Autor


O mercado dos Estados Unidos da América tem centenas de modelos de carros de todos os tipos à venda. A quantidade de carros pequenos como os que temos aqui não é tão significativa quando comparada a um dos principais costumes dos americanos, que é comprar picapes.

A foto acima foi feita no finalzinho de 2010, em um semáforo na cidade de Orlando, Flórida. E não é nada raro como um alinhamento de planetas, ver três ou mais desses úteis veículos juntos.

Raio-X: motorpasion.com.br


Quando o Omega foi lançado no Brasil, em junho de 1992, sua geração, a primeira, estava no fim na Alemanha. Com a mudança, o motor 3-litros de seis cilindros e comando no cabeçote, 165 cv a 5.800 rpm, não poderia mais ser fornecido. O que fazer, então?

A GM resolveu usar motor 4100 do Opala melhorando-o consideralvemente. Para isso a valeria da expertise da Lotus, então pertencente à General Motors Corporation, para proceder a uma marcante evolução do famoso seis em linha lançado nos Estados Unidos em 1962, cuja principal característica era ter sete mancais de virabrequim, não mais quatro, como no anterior, o Stovelbolt. O motor se prestava para isso com seu relativamente pequeno curso dos pistões de 89,7 mm. Estava claro que o pacato motor de comando no bloco e válvulas acionadas por varetas e balancins merecia mudança radical no item que mais influencia potência de qualquer motor: o cabeçote.
Desenho: vnc.thewpp.ca


Todo sistema hidráulico dos freios dos carros atuais é duplo. No Brasil é mandatório pelo Contran desde 1977 e nos EUA, a partir de 1968. Na Europa, certamente antes, pois é creditado à Saab o primeiro duplo circuito em diagonal.

Antes o circuito era único e um vazamento grande em qualquer ponto ou falha do cilindro-mestre significava perda total e imediata de freios, um dos eventos mais perigosos que existe num veiculo. Veja na ilustração abaixo, a partir do cilindro-mestre é um circuito único para os freios das quatro rodas.

Freios com circuito único (desenho kfz-tech.de)

Essa semana estive no Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária), um grande centro de pesquisa dedicado ao estudo da reparação automobilística, e que, como o proprio nome diz, dedica atenção especial à segurança viária.

Falávamos sobre a importância da educação no trânsito, principalmente depois que o governo passou uma "canetada" decretando que os fabricantes de automóveis devem fornecer ao mercado veículos equipados com equipamentos de segurança ativa e passiva, como freios ABS e airbag. O governo tratou a questão de uma maneira simplista, como se fossem os carros os principais responsáveis pelas vítimas do trânsito.



Antes da crise econômica de 2008, o petróleo chegou a ser cotado próximo a US$ 150,00/barril, mas depois dela a economia mundial arrefeceu, o consumo diminuiu e os preços caíram. Com a retomada do crescimento, agora impulsionado pelos chamados “países emergentes”, liderados por China, Índia. Rússia e Brasil, lentamente os preços do petróleo voltam a subir, puxados principalmente pelo aumento da demanda e pela queda na oferta.

Os analistas concordam que não há um patamar confiável de teto para o preço futuro do petróleo. Sequer um valor tão alto quanto US$ 250,00/barril é uma aposta segura, segundo suas palavras.

Foto: drivinglessonscork.com

A notícia ontem explodiu feito bomba. A Secretaria Municipal de Transportes da Prefeitura do Município de São Paulo anunciou plano de reduzir a velocidade máxima de avenidas importantes. Segundo o divulgado nos principais jornais, a Prefeitura quer padronização para reduzir acidentes. Mas sabemos que o objetivo é bem outro, é ampliar a fábrica...de multas.

O secretário de Transportes proferiu o besteirol "O foco principal é que as pessoas saibam de forma mais intuitiva quais são as velocidades permitidas na cidade. E, portanto, respeitem os limites de forma mais intuitiva e não apenas dependendo da sinalização do local". A "intuição" vai fazer um grande bem para o caixa da Prefeitura, já que é justamente a intuição que norteia os motoristas dos países ditos avançados a adotarem determinada velocidade. O incompetente secretário parece desconhecer que toda via tem sua velocidade natural.

Foto: moparstyle.com

Donald Glenn Garlits, nascido em 1932 em Tampa, Florida, é alguém especial. Sua contribuição para o mundo das competições de arrancada está marcada para sempre.

Visitamos seu museu, de fato uma aula sobre carros de arrancada, na cidade de Ocala, na Flórida.


Zora Arkus-Duntov foi um dos grandes gênios da engenharia automobilística, e um dos mais avançados de sua época e local. Famoso pelo Corvette, Zora era quem comandava os desenvolvimentos de alto desempenho e sofisticação.

CERV-1 é o nome de um de seus conceitos mais interessantes, a sigla representava abreviadamente Chevrolet Engineering Research Vehicle, ou veículo Chevrolet de Pesquisa de Engenharia, e o "1" era devido a ser o primeiro da família, nascido em 1960.


Tive esse Palio Weekend 1,5 a álcool 2004 por quatro anos e, se não me engano, foi o último carro lançado com motor somente a esse combustível. O motor Fiasa de 1,5 litro não é de concepção moderna, e apesar de funcionar somente com álcool, a taxa de compressão não era das mais altas, 11,5:1, o que resultava em 77 cv, apenas 1 cv mais do que a versão a gasolina.

Foto: www2.uol.com.br

Já que o assunto câmbio está na ordem do dia no AE, vamos falar um pouco de seu comando, no caso de  câmbio manual, precisamente. Não vamos dar aula de mecânica aqui, não é o caso, mas de entender determinados aspectos que interessam ao motorista preocupado em usar corretamente o câmbio do seu carro.

Há que levar os movimentos da alavanca até o câmbio propriamente dito. Nele, um algo intricado sistema de hastes e garfos movimentam engrenagens ou luvas de engate para o engate efetivo das marchas.  Mas no interior do câmbio não há problema, até pode ser considerado uma zona de tranquilidade, mas levar o movimento da alavanca até ele representa algum tipo de dificuldade.


Quando eu dirigia competições na Volkswagen, chegou-me pelo correio interno, enviado não sei por quem da fábrica, um recorte de jornal. Li e guardei. Outro dia, arrumando a papelada, encontrei-o. Digitalizado, abre este post. O texto é autoexplicativo.
Por Arnaldo Keller

O post anterior é do Bob Sharp, A Alavanca Sumiu, onde ele discorre sobre a falta que lhe faz pilotar tendo a boa e velha alavanca de câmbio para mudar as marchas. Esta semana pilotamos um Ferrari F430 em Interlagos, devidamente borboleteada para a troca de marchas, e foi daí que surgiram estes comentários.

O melhor seria ler o dele primeiro para depois ler este aqui.

Ontem, sábado, fui à casa de um amigo que coleciona carros. Bom-gosto o dele, tem dois Maserati, um Bora e um Ghibli, um Ferrari 308 GTB e mais dois ou três bons carros. Falta eu guiar esse Bora, motor V-8 central-traseiro, praticamente o mesmo V-8 do Ghibli; os outros já guiei.

Foto: secretentourage.com


Todos já sabem que esta semana o Arnaldo e eu andamos bastante de Ferrari F430 em Interlagos. Foi para gravar um vídeo-piloto para algo que temos em vista. Não é nada para o AE, mas por enquanto não devemos  revelar o por quê da gravação. Os leitores já sabem também que o carro tinha câmbio robotizado monoembreagem de seis marchas.

Em 1994 surgiu o Ferrari F355 e três depois, o F355 F1, que trazia a novidade, na marca, de poder ser opcionalmente dotado do câmbio robotizado - na época chamado de semiautomático - de seis marchas, como o manual. A Ferrari foi pioneira nesse tipo de câmbio na Fórmula 1, na temporada de 1989. Nigel Mansell venceu o GP do Brasil, em Jacarepaguá, mesmo tendo que trocar o volante de direção durante a prova. As trocas de marchas já eram mediante borboletas integradas ao volante e houve algum problema, o inglês ficou sem poder cambiar.




Vá somando aí, caro autoentusiasta:

1- Pilotar no Circuito de Interlagos, no Autódromo José Carlos Pace, é gostoso pra burro, seja com que carro for.
2- Se a pista estiver vazia, com toda aquela imensidão só pra gente, fica estranho, legal, dá uma sensação de privilégio.
3- Se o carro for um Ferrari F430, excelente, porque não há críticas a nada, só prazeres ao degustar uma máquina de refinamento supremo.
4- E se ainda por cima você estiver trocando o volante com um bom amigo, que pilota o fino e tem muito a te ensinar, bom... bom... isso é como realizar um sonho.

Pois é, mais um sonho que realizei, e foi neste último dia 6, e sou grato a muitos por isso, principalmente ao Ronaldo Carbinatto, meu amigo de longa data, que nos emprestou sua máquina sem ciúme algum, dizendo: “Vai fundo. Esse carro foi feito pra isso, ele precisa disso!” Como veem, esse é um verdadeiro autoentusiasta, esse é um a quem Don Enzo Ferrari venderia com gosto uma de suas máquinas, pois ela estaria em boas mãos.

Vamos lá.