Zora Arkus-Duntov foi um dos grandes gênios da engenharia automobilística, e um dos mais avançados de sua época e local. Famoso pelo Corvette, Zora era quem comandava os desenvolvimentos de alto desempenho e sofisticação.
CERV-1 é o nome de um de seus conceitos mais interessantes, a sigla representava abreviadamente Chevrolet Engineering Research Vehicle, ou veículo Chevrolet de Pesquisa de Engenharia, e o "1" era devido a ser o primeiro da família, nascido em 1960.
Concebido para ser uma plataforma de pesquisa avançada de dinâmica veicular, o CERV-1 às vezes é chamado de Corvette monoposto. Muitos dos componentes que deram vida ao carro foram doados do Corvette SS, o antecessor do Sting Ray. Zora concebeu o carro para que permitisse o desenvolvimento de novos conceitos e componentes de chassi, suspensão e até motorização.
A ideia era maximizar os esforços e solicitações do carro, para entender melhor o comportamento dinâmico, muitas vezes pouco sensíveis em carros de passeio. No caso de um carro mais "radical", as reações seriam mais bruscas, e poderiam ser melhor observadas e estudadas.
O CERV-1 tinha apenas um lugar, central, com o motor central-traseiro acoplado a um transeixo de quatro marchas sincronizadas e com o diferencial ao final do conjunto (como no Porsche 908/3 10 anos depois), para distribuir o peso do carro da forma como Zora desejava. O motor era outra obra de arte, um V-8 de alumínio com 283 pol³ (4,6 litros) e saudáveis 357 cv, graças ao sistema de injeção especialmente criado para o carro, com longos dutos no coletor de admissão, ao estilo tunnel-ram. Para aproveitar o máximo do conjunto e reduzir peso, desde o motor de partida ao alternador eram especiais, menores e mais leves. A bateria era um modelo especial de uso aeronáutico.
Com o conjunto motriz de peso bem reduzido, o chassi também era muito leve, similar com a construção dos F-1 da época, com tubos de pequena seção circular. A carroceria desenhada para ter um bom coeficiente de penetração permitia que o piloto observasse o comportamento das quatro rodas, todas com suspensão independente, o que facilitava literalmente a visualização do comportamento da suspensão em qualquer situação. Os freios traseiros eram montados internamente no chassi, reduzindo o peso nas extremidades da suspensão, conceito bastante utilizado nas competições da época.
A suspensão traseira do CERV-1 tornou-se a base da próxima geração dos Corvette de rua, o modelo C-2 de 1963. Com pouco mais de 700 kg, o CERV-1 era muito rápido, e Zora pretendia provar isso na prova de Pikes Peak, a qual ele mesmo foi recordista em 1956 com um Corvette de pré-produção.
CERV-1 é o nome de um de seus conceitos mais interessantes, a sigla representava abreviadamente Chevrolet Engineering Research Vehicle, ou veículo Chevrolet de Pesquisa de Engenharia, e o "1" era devido a ser o primeiro da família, nascido em 1960.
Concebido para ser uma plataforma de pesquisa avançada de dinâmica veicular, o CERV-1 às vezes é chamado de Corvette monoposto. Muitos dos componentes que deram vida ao carro foram doados do Corvette SS, o antecessor do Sting Ray. Zora concebeu o carro para que permitisse o desenvolvimento de novos conceitos e componentes de chassi, suspensão e até motorização.
A ideia era maximizar os esforços e solicitações do carro, para entender melhor o comportamento dinâmico, muitas vezes pouco sensíveis em carros de passeio. No caso de um carro mais "radical", as reações seriam mais bruscas, e poderiam ser melhor observadas e estudadas.
O CERV-1 tinha apenas um lugar, central, com o motor central-traseiro acoplado a um transeixo de quatro marchas sincronizadas e com o diferencial ao final do conjunto (como no Porsche 908/3 10 anos depois), para distribuir o peso do carro da forma como Zora desejava. O motor era outra obra de arte, um V-8 de alumínio com 283 pol³ (4,6 litros) e saudáveis 357 cv, graças ao sistema de injeção especialmente criado para o carro, com longos dutos no coletor de admissão, ao estilo tunnel-ram. Para aproveitar o máximo do conjunto e reduzir peso, desde o motor de partida ao alternador eram especiais, menores e mais leves. A bateria era um modelo especial de uso aeronáutico.
Com o conjunto motriz de peso bem reduzido, o chassi também era muito leve, similar com a construção dos F-1 da época, com tubos de pequena seção circular. A carroceria desenhada para ter um bom coeficiente de penetração permitia que o piloto observasse o comportamento das quatro rodas, todas com suspensão independente, o que facilitava literalmente a visualização do comportamento da suspensão em qualquer situação. Os freios traseiros eram montados internamente no chassi, reduzindo o peso nas extremidades da suspensão, conceito bastante utilizado nas competições da época.
A suspensão traseira do CERV-1 tornou-se a base da próxima geração dos Corvette de rua, o modelo C-2 de 1963. Com pouco mais de 700 kg, o CERV-1 era muito rápido, e Zora pretendia provar isso na prova de Pikes Peak, a qual ele mesmo foi recordista em 1956 com um Corvette de pré-produção.
No começo dos anos 1960, Zora levou o carro até a mítica montanha do Colorado, onde ele mesmo fez algumas tentativas, mas o carro indicava estar muito abaixo das expectativas. Após retornarem para Detroit, descobriram que a aparelhagem usada para aferir o tempo do CERV-1 estava com problema, e o carro não era um fracasso, mas sim muito rápido e poderia até ter batido o recorde.
Após anos de uso, testes e inovações, o CERV-1 foi aposentado com sua missão cumprida, e anos depois deu lugar ao CERV-2. Hoje o carro se encontra inteiro e conservado, fazendo algumas aparições públicas, agora em mãos particulares. Sem dúvida, um dos maiores marcos da história do Corvette e do próprio Zora.
MB
MB, excelente post.
ResponderExcluirRelativamente à suspensão traseira do CERV-1 ser a base da próxima geração, não seria a C2? Se foi mesmo em 1963, tal suspensão foi utilizada na "split window".
Ricardo
MB,
ResponderExcluirnunca havia parado para ler sobre o CERV, e agora o fiz. Me interessei muito, principalmente agora nessa época "muderrna" de chatíssimas simulações por computador.
Obrigado pelo texto direto ao ponto.
Ricardo, obrigado! Quanto ao caso da geração do Corvette, o correto é C2 mesmo, erro de digitação. Já foi arrumado.
ResponderExcluirabs
Muito interessante, MB!
ResponderExcluirCarro pra macho!
Só a expectativa de quebra de record, ainda mais com um modelo experimental, deve ser algo difícil de adjetivar.
Valeu!
Abs