Foto: digilander.libero.it
O pneu da foto é o Pirelli CF67, o primeiro pneu radial fabricado no Brasil. O primeiro desse tipo da fábrica italiana surgiu em 1948, dois anos depois do primeiro radial do mundo, o Michelin, francês, batizado com o nome de Michelin X.
A construção do pneu radial, como o nome indica, consiste das lonas da carcaça dispostas radialmente, enquanto no diagonal as lonas são disposta em ângulos e se cruzam. A diferença a favor do radial é que a banda de rodagem se mantém estável, com contato com solo, em qualquer situação de esforço lateral, ao contrário do diagonal, em que a banda deixa de ter contato pleno nessa condição.
À esquerda, pneu radial; à direita, diagonal |
Concorre decisivamente para a estabilidade da banda de rodagem uma cinta em toda a periferia do pneu - daí o nome do radial da Pirelli ser Cinturato - mesmo com a grande flexibilidade dos flancos. A cinta durante muitos anos foi de cordoneis, mas hoje é largamente empregada a cinta de aço trançado, que deu o nome em inglês de steel belted.
Outro fator de vantagem do radial sobre o diagonal é o atrito entre lonas bem menor, o que acabar por conferir ao radial menos atrito de rolamento, menor calor ao rodar, ocorrendo menor variação de pressão pneu frio e pneu quente.
Pneu radial em corte: lonas dispostas radialmente e a cinta, belt (imagem visual.merriam-webster.com) |
Outro fator de vantagem do radial sobre o diagonal é o atrito entre lonas bem menor, o que acabar por conferir ao radial menos atrito de rolamento, menor calor ao rodar, ocorrendo menor variação de pressão pneu frio e pneu quente.
A estreia do Cinturato CF67 no Brasil foi no FNM 2000 JK, versão brasileira do Alfa Romeo 2000 berlina (sedã em italiano), produzido a partir de 1960 pela estatal Fábrica Nacional de Motores no município de Duque de Caxias, na Grande Rio de Janeiro.
O FNM 2000 JK, o primeiro com radiais, 1960 (foto duettoclub.it) |
O rodar excelente do carro, para os padrões da época e que ainda surpreende, era resultado do novo tipo de pneu. Pouco depois a Pirelli lançou o pneu no Brasil e em medidas capazes de atender os demais carros nacionais.
Logo se veriam os carros daqueles anos 1960 - Volkswagen sedã, DKW-Vemag, Renault, entre outros - rodando com os radiais Pirelli.
A sensação de dirigir com pneus radiais era algo totalmente novo. Nas primeira curvas tinha-se que desfazer o comando, ou o carro poderia atingir o meio-fio (guia da calçada), tamanho era o ganho em resposta. Foi preciso reprogramarmo-nos diante dessa incrível característica.
Logo notado também como o carro rolava mais solto, como ao empurrá-lo. Requeria muito menos força deslocar o carro a muque. Logicamente, menos potência e menos consumo para uma mesma velocidade.
Em compensação, a aspereza era altíssima, a ponto de desagradar a muitos, em especial num tempo em que havia muitas ruas de paralelepípedos, que se diziam arrependidos de ter trocado os diagonais originais por radiais.
Mas isso ocorria mais em velocidade baixa. A partir de 40 km/h a flexibilidade dos flancos absorvia bem as irregularidades do piso.
O CF67 era ótimo no piso molhado, incomparavelmente superior a qualquer diagonal, mas o pneu adquiriu fama de "ruim, traiçoeiro na chuva". O motivo era o limite muito superior, mas quando ultrapassado perdia aderência de vez. Durante um bom tempo pessoas evitaram o radial por esse motivo.
Outro aspecto que desagradou a muitos no pneu radial, no começo, era a impressão de estar subinflado, devido à "barriga" formada entre aro e piso. Mas isso foi logo superado com o hábito. Isso ocorria devido ao flanco mais macio. Aliás, durante vários anos esse flanco se rompia com facilidade ao passar num buraco, inutilizando o pneu. Hoje, felizmente, isto está superado
Quando o carro de recorde Carcará, da fábrica Vemag, foi testado antes de estabelecer a marca brasileira num trecho de reta da então Rio-Santos (hoje Av. das Américas, na Barra da Tijuca), apresentou forte instabilidade direcional, assustadora até.
Para corrigir o problema foram tirados o radiais CF67 165-15 dianteiros e colocados diagonais Pirelli Stelvio ST17 Spalla di Sicurezza 5,60-15. A menor resposta de direção foi suficiente para eliminar a instabilidade e permitiu estabelecer a marca de 212,903 km/h, média de dois sentidos, no dia 29 de junho de 1966. O motor era DKW três-cilindros de 1.089 cm³, 105 cv.
Carcará, na manhã do dia ro recorde, 29/6/1966 (foto Jorge Letty) |
O pneu radial, pela sua característica construtiva, é insensível à pressão de enchimento quanto à pegada deixada no piso. Já nos diagonais a pressão recomendada é crucial se o objetivo é desgaste uniforme da banda de rodagem.
Três situações de pressão e desgaste da banda de rodagem (forumbmwportugal.com) |
O conceito permanece até hoje, apesar de pressões atuais bem elevadas em relação a dez ou quinze anos atrás. Os pneus do VW Gol Ecomotion, por exemplo, Bridestone B 250 ecopia, rodam com 39 libras por polegada quadrada de pressão na dianteira e 32, na traseira. Será que essa pressão tão alta acaba rápido com o centro da banda de rodagem? É claro que não.
Caso inverso foram os DKW da equpe oficial Vemag, numa corrida em Porto Alegre nos anos 1960, terem corrido com 13 lb/pol² nos pneus dianteiros para corrigir o comportamento do carro numa determinada curva do circuito de rua. E eram CF67. Os pneus gastaram-se como se estivessem com pressão normal.
Suponho que esse conselho referente a pressão se mantenha até hoje para que o motorista rode de acordo com o recomendado pelo fabricante do veículo, por questão de segurança e de consumo de combustível. Pneus rodando abaixo da pressão indicada fazem aumentar o consumo.
Sem medo de errar, o pneu radial é mesmo o marco divisor entre passado e futuro quando se trata de pneus.
BS
(Atualizado em 27/1/11 com mais informações e desenhos sobre a construção do pneu radial)
(Atualizado em 27/1/11 com mais informações e desenhos sobre a construção do pneu radial)
Bob,
ResponderExcluirDe fato, a introdução e utilização de pneus radiais contribuiu fortemente ao aumento da segurança ativa dos automóveis. Andei muito de Fusca com os pneus finos diagonais em época não muito distante e percebia-se o comportamento precário do pneu. Em curvas ele dobra fácil e na estrada copia muito as "costelas de vaca" deixadas pelos caminhões nas faixas da direita, exigindo grande atenção pela mudança de direção. Outra diferença gritante era ao entrar ou sair em acostamento com desnível, o carro balançava legal e parecia que qualquer descuido e/ ou velocidade maior causaria capotamento. Mas na terra ou paralelepípedo eram ótimos. Quanto à questão da pressão nos radiais, você está quebrando mais um mito com essa informação da indiferença no desgaste, confesso que desconhecia essa informação até agora, a imprensa sempre apregoa que influi no desgaste dos flancos centrais ou laterais(pressão muito alta ou baixa). Aproveitando o ensejo, se me permite, quero colocar um assunto que poderia ser pauta futura, que é a questão de muitos dos motores atuais insistirem na utilização dos tuchos mecânicos, gerando despesa com regulagem e manutenção, perdas em desempenho, economia e emissões com a desregulagem natural a que estão sujeitos mais a possibilidade do ajuste inadequando da folga por alguns mecânicos. Vide os casos de motor fire que não passam na inspeção veicular por emissões devido à má regulagem dos tuchos. Abraço!
Ótimo post, Bob! Aliás, isso é regra e não vi excessão ainda!
ResponderExcluirEntão, pelo que entendi, em um pneu radial, se eu andar com pressão muito baixa ele não vai gastar mais rápido que se estivesse cheio?
É claro que não vou andar com pneu murcho só porque não gasta mais pneu, até porque, como você bem disse, pneu murcho faz gastar mais combustível e afeta a dirigibilidade... mas fiquei surpreso de saber o desgaste é sempre o mesmo independentemente da pressão! Vivendo e aprendendo! Vou passar essa informação adinate, tem muuuuuuita gente que não sabe disso!
Aproveitando o assunto... quem veio primeiro? O pneu ( como conhecemos hoje, de borracha e cheio de ar ) ou o carro?
ResponderExcluirThiago
ResponderExcluirVocê citou um ganho do radial que esqueci de citar, o estar no acostamento e voltar para pista em nível um pouco mais alevado, você tem toda razão. Sobre tuchos, vocês certo, é inadmissível hoje precisar-se ajustar folta de válvula. Merere um post realmente.
O que eu gosto de observar nas conversas virtuais ou "ao vivo" é os "filósofos de pneus" falando das diferenças entre marcas de pneus atuais em aplicações a um mesmo veículo.
ResponderExcluirO senhor com toda a sua sensibilidade e experiência de piloto, pode até notar alguma diferença entre um pneu de uma marca versus outra numa mesma medida aplicada ao mesmo carro. Mas a maioria vai mesmo é na onda do marketing destas fábricas.
Muitos acabam gastando mais que o dobro em relação aos pneus originais de seus carros buscando as promessas de alguns centímetros em frenagens, menor ruído, etc.
Sem contar o fato de no Brasil haver um verdadeiro desprezo por quem fabricou o carro. Quando gasta o primeiro jogo de pneus a turma já trata logo de mudar as dimensões dos originais, acabando com a geometria de fábrica, projetada.
Guilherme,
ResponderExcluirA pressão dos pneus dianteiro do Celta é 33 lb/pol² desde o começo, em 2000. É um carro de 870 kg (4 portas). Não existe pneu de Celta desgastado no centro da banda de rodagem, tanto 145/80-13 quanto 165/70-13. Quando o Passat foi lançado em 1974, a pressão até 3 ocupantes era 26 lb/pol². Como a filtragem do carro era péssima no começo, baixei 4 lb/pol² em todos e nunca houve desgaste da parte externa da banda e tampouco o carro perdeu as boas características dinâmicas que tinha. Caso parecido é o do Logan, mesma pressão carro vazio ou cheio. Pela lógica, com carro vazio a pressão está alta demais. Mas recomendo observar sempre a pressão indicada no manual.
Gulherme,
ResponderExcluirO carro veio antes. No começo eram carruagens a cavalo propelidas por motor a combustão. Recomendo o livro "A História do Automóvel", de José Luiz Vieira (Editora Alaúde, www.alaude.com.br), em três volumes, que conta a gênese do automóvel e segue até os dias de hoje.
Não se se já notaram isso, mas a entativa de aumentar conforto diminuindo a pessão acaba deixando o carro mais "pula-pula" do que antes. Pode ser pelo fato de aumentar a contração/expansão do pneus.
ResponderExcluirBob Sharp escrevendo como nunca, diversos textos em uma única semana. Obrigado Bob!
ResponderExcluirO Chevette demonstra uma enorme diferença entre 28 e 32 libras.
Com os pneus mais cheios ganho leveza na direção, o carro fica mais "solto" pra ganhar velocidade, mas fica durão e pior de curva. Sempre vazio na cidade, rodo com 32; Quando quero dar uma acelerada pelas estradinhas daqui, volto a 28.
O manual sugere uma calibragem muito baixa, não me lembro agora, vou olhar mais tarde.
Marcelo Augusto
ResponderExcluirPneu é mesmo tema apaixonante e gera o que você diz. Mas há casoa de exagero realmnte.
Já que se falou que o radial é o marco divisor dos pneus, onde entra o advento das unidades sem câmara, que tanto acrescentaram em segurança ao rodar? Aliás, seria bom também falar desse advento tão importante e que por tanto tempo ficou aqui no Brasil sem borracheiros que soubessem repará-los adequadamente (hoje não mais).
ResponderExcluirEsqueci de contar o seguinte: Meu pai trabalhou em uma auto-peças em Belo Horizonte, que o proprietário trocava de Opala anualmente.
ResponderExcluirMeu pai ganhava, a cada troca de Opala, um jogo de pneus radiais, pois esse Sr., substituia os radiais originais por diagonais, meu pai adorava, claro. Hehehe.
Arthur Costa
ResponderExcluirNunca notei esse efeito. Vou experimentar qualquer hora.
Bob, com os pneus do Gol Ecomotion calibrados com 32 na traseira e 39 na dianteira, ele não pode adquirir um comportamento sobre-esterçante (tem o ífem?) para qualquer motorista que o pegue e abuse em certas situações? Tudo bem que este mesmo tem o motor pendurado na frente, e mais libras na dianteira seriam um anjo da Guarda, mas a diferença no Ecomotion é demais!
ResponderExcluirAnônimo 21/1 18:14
ResponderExcluirFoi um passo importante também, um dia falarei a respeito.
Raphael Hagi
ResponderExcluirVê? Não era todo mundo que gostava do radial, mais pela aspereza do que por qualquer outro fator.
A questão das pressões de pneus é outra que gera sempre bons papos. Além do Logan, outro carro que tem pressão única de pneus é o Civic. Fico pensando se não adotaram um valor intermediário que consiga atender de maneira minimamente eficiente tanto às exigências de veículo cheio quanto vazio.
ResponderExcluirOutra questão interessante é a das pressões, assunto no qual muita gente fica com receio de pôr as recomendadas. Tive um Corsa com rodas aro 14 e, quando carregado, sempre punha 30 psi na frente e 36 atrás, conforme recomendado no manual. Até os frentistas se surpreendiam com tanto ar atrás e perguntavam se o carro não ia ficar pulando, mas isso nunca aconteceu. Aliás, ele até que ficava bem firme na estrada, mesmo lotado. Claro que quando ele estava vazio, voltava aos 27 em tudo igualmente recomendados.
Bob,
ResponderExcluirAtualmente alguns fabricantes estão utilizando sílica na composição de alguns modelos de pneu. O objetivo é diminuir a resistência a rolagem, mantendo um bom compromisso entre aderência e desgaste.
Abraço,
Robinson.
Anônimo 21/1 18:26
ResponderExcluirOs fabricantes definem o comportamento do carro levando em conta todos os fatores e com certeza absoluta não validariam um modelo ou versão que fosse perigoso. Dirigi este Gol e não há o menor traço de sobreesterço.
Anônimo 21/1 18:32
ResponderExcluirVocâ agiu corretamente seguindo o manual e só ganhou com isso. Todos deviam fazer isso.
Ao Bob e ao Raphael Hagi, lembro que o Opala foi dos últimos modelos nacionais a usar pneus radiais. Pelo visto a GMB deve ter penado um pouco para fazer a barca manter o rodar macio que tinha com os diagonais, pois inclusive envolveu sutis mudanças na suspensão, como montar os amortecedores mais inclinados do que nos Opalas feitos para usar pneu diagonal (ao menos é o que me lembro de uma matéria antiga da Quatro Rodas).
ResponderExcluirA tal mudança discreta foi bem sucedida até mesmo no fato de a linha manter a tão conhecida moleza da suspensão, algo que só seria efetivamente combatido com a adoção dos amortecedores a gás da linha 1989 em diante.
Hagi, calibrei os pneus do meu Chevette com a indicada no manual pra ver que bicho que dava. Na dianteira 19 e na traseira 22. A direção parecia de um 1113. Aí quando coloquei 28 melhorou muito isso e ficou mais espertinho. Coloquei 34 outro dia pra dar uma voltinha na estrada. Gostei, mas quero experimentar com 40.
ResponderExcluirAcho engraçado a calibração universal dos frentistas e borracheiros: 28 de Monaretta a escavadeira.
ResponderExcluirAnônimo 21/1 18:45
ResponderExcluirAcho também que foi das últimas a passar para radial, mas o resultado ficou excelente. Me lembro que tinha rodar "de diagonal", tal era a absorção de aspereza do radial. E foi a última a tirar o emblema "Álcool" da traseira.
Vamodoido
ResponderExcluirE pode fazer experiências com maior pressão à vontade que não vai gastar mais no centro.
Vamodoido
ResponderExcluirTem razão, mas é uma pressão que não dá erro, por isso usam-na.
Bob, não tem problema eu usar a calibração de carro cheio andando com ele só comigo, né? Meu corsa indica 32 e 28 pra 3 pessoas e 34 e 40 pra carro cehio. Dianterira e traseira, respectivamente.
ResponderExcluirExcelente post Bob!
ResponderExcluirEssa da pressão dos pneus radiais não influenciarem no desgaste também é nova para mim. Achava que influenciava sim.
Aqui em casa tivemos duas Zafiras e seus pneus insistiam em gastar mais nas beiradas. Isso com pneus de medida original e pressão recomendada no manual.
Até pouco tempo tive um Clio Hatch e também usava as pressões recomendadas: 32 lb/pol² na frente e 29 atrás. Um dia inventei de colocar 35 libras na frente e 31 atrás e notei que o carro perdeu muito em aderência. No dia seguinte retornei à pressão habitual.
Interessante essa questão das diferenças de calibragem entre meia carga e carga total. No manual do meu Monza SL/E 1990 (pneus 185/70/13)vem especificado 26 libras na frente e 25 atrás para até 3 pessoas, e 29 na frente e 31 atrás com o veículo lotado. A inversão do eixo com maior pressão para veículo lotado leva em consideração a carga no porta-malas?
ResponderExcluirVamodoido,
ResponderExcluirSe os pneus tiverem menos de cinco anos de fabricados e você tiver certeza de que estão íntegros, sem cortes ou bolhas, pode usar essa pressão.
Diego Maciel Debeaytis
ResponderExcluirO aumento de pressão no seu Clio não foi tão grande para piorar a aderência. O que notou no carro, especificamente? Outra coisa, os pneus da Zafira desgastaram-se nas bodas externas e internas?
Bianchini
ResponderExcluirSim, os dois ocupantes mais, no total de cinco, e o peso das bagagens no porta-malas.
Bob
ResponderExcluirTambém achei que o aumento de 2 lb/pol² não iria influenciar no comportamento. Mas notei que em frenagens o carro arrastava roda mais fácil. Não cheguei a verificar o comportamento em curvas.
Na Zafira os pneus gastaram mais nas bordas internas e externas sim, não era falta de alinhamento. Vale notar que as rodas eram originais também.
Bob, na sua resposta ao Vamodoido (às 21:12) você coloca um limite de cinco anos de fabricação para o uso de pressões mais altas. Gostaria de saber se essa regra dos cinco anos é inflexível, ou seja, se não pode variar conforme as especificações do pneu e/ou suas condições de uso.
ResponderExcluirMais um ótimo post.
ResponderExcluirBob,
Os Opalas 1980 vinham com diagonais, e dois pais de amigos meus os usavam assim . Eram bastante sobre-esterçantes, e bem divertidos de guiar mesmo em paralelepípedo. E muito confortáveis. Na primeira troca, um dos Opalas recebeu os P 44 e ganhou inacreditável estabilidade, e perdeu pouco em conforto, foi fantástico.
Interessante a estória com o Carcará. Vale lembrar que muitos slicks eram diagonais, mesmo na F1, no kartismo são até hoje e o limita da calibragem para acerto é o desgaste da banda que vc citou.
Os motoristas de caminhão com terceiro eixo( truque ) não gostam de radiais no eixo dianteiro. Quem pode bancar o custo dos pneus desiguais - pois é inviabilizado o uso posterior dessas carcaças nos eixos trazeiros ,usam radiais lá atrás- usa diagonais na frente.
Abraço,
Marcelo Augusto :
Diferenças consideráveis são observadas trocando apenas marca de pneu,
Vamodoido,
Por aqui os calibradores também ficam em 28, bem notado !!!
Diego Maciel Debesaytis
ResponderExcluirEstranhos os dois fatos. Na pressão, é recomendado nos manuais acrescer 2 a 3 lb/pol² ao trafegar em altas velocidades em rodovias. Na Zafira, gastar ambas as bordas. A única hipótese para isso é a cambagem estar errada - gastar por fora, muito positiva, por dentro o inverso - combinado com convergência errada - muito divergente, gasta por dentro, convergente, por fora.
Bob, excelente matéria. Por falar em pneus gostaria que você visse a possibilidade de fazer uma a respeito da verdadeira "guerra armamentista" quanto ao tamanho dos pneus atualmente. Me lembro da Ferrari do seriado Magnum, uma 308 GTS, salvo engano, e vendo os dvd's hoje em dia percebo que os pneus, mesmo para um esportivo de estirpe, eram plenamente aceitáveis, com série acho que 70, o Corvette do post do câmbio overdrive usa pneus série 50, hoje é um absurdo as séries já estão por volta de 40 e até 35. Vendo os filmes do citado seriado vejo muitas cenas em que a Ferrari sai tranquilamente do acostamento para a pista, e o contrário, sem dificuldade, se fosse hoje em dia o carro ia bater a frente rapidinho, é um absurdo o tamanho de rodas e pneus nos carros atuais. Um conhecido trocou seu I30por uma Frontier, perguntei se era por conta da buraqueira nas ruas de Fortaleza e ele me disse que sim, mas havia comprado rodas 22" e pneus de perfil 45 para ela, dá pra acreditar?.
ResponderExcluirPaulo Levi
ResponderExcluirÉ uma questão de bom senso. Mesmo que não se use pressões mais altas há que se ter certeza de que o "vasilhame" está em ordem. Pneus com mais de cinco anos devem ser destinados a charretes e carroças, pois a borracha se deteriora com o tempo, fica menos elástica e quebradiça. Por isso, observar o limite de cinco anos sempre.
Bob
ResponderExcluirÓtimo post, como todos, aliás.
Permita-me um aparte: Num dos seus comentários, lá no alto, você diz que a pressão nos pneus dianteiros do Celta era de 33 lb/pol2 quando na verdade (estava no manual) eram 31 lb/pol2. Nos traseiros, 25 lb/pol2. Curiosamente, a partir dos modelos 2009, a GM passou a recomendar 27 lb/pol2 nos quatro pneus.
Alexei
ResponderExcluirOs Spalla de Sicurezza usados foram os da minha Vemaguet de frota. Esses pneus eram classificados para até 150 km/h e houve risco calculado. A frente do Carcará era muito leve e cada percurso duraria no máximo 4 minutos, sendo permitido intervalo de 30 minutos entre cada passagem. No fim da primeira passagem os pneus foram retirados e mergulhados em água. Após o recorde os Spallas voltaram para a Vemaguet. Deu certo. Essa dos caminhões não dá para acreditar. Doideira. Os pneus de F-1 hoje são radiais.
Bob
ResponderExcluirO que pode ter acontecido no Clio é que os pneus estavam frios, pois rodei bem pouco com ele, cerca de 10 km, quando percebi a menor aderência.
Na Zafira, acho pouco provável que o problema fosse geometria. Vou procurar o laudo de geometria que tenho dela e verificar as medidas. O desgaste nas duas bordas não era muito maior que no centro, mas notável. Fazendo rodízio, os 4 pneus duravam cerca de 35000 km, quando as bordas encostavam no TWI.
BDF
ResponderExcluirA rodas estão crescendo em diâmetro por causa dos freios cada vez maiores. Aí o jeito é reduzir o perfil do pneu, senão ficaria grande demais. O movimento é esse. Muitos, como o seu conhecido, partem para rodas maiores por estética, mas como eu disse acima, o perfil tem de ser diminuído. Um caso interessante é o do Porsche 911. Do lançamento em 1963 até 1985 o diâmstro externo da roda completa manteve-se o mesmo, só variando o perfil. Quando saiu o 911 turbo em 1985 o diâmetro da roda aumentou, com a fábrica explicando que precisava de mais diâmetro por causa dos freios e das velocidades.
Francisco VG
ResponderExcluirMe baseei no adesivo da portinhola do tanque de um Celta que tenho. As fábricas volta e meia mudam as pressões dos pneus e por isso é importante se orientar pelo manual.
Diego Maciel Debesaitys
ResponderExcluirPara sua segurança no sentido de garantir aderência no molhado e evitar aquaplanagem, evite chegar ao TWI, que corresponde à profundidade de sulco de 1,6 mm e que é o mínimo legal. Troque com 4 mm, metade da altura do pneu novo. O manual do seu carro, inclusive, recomenda não baixar de 3 mm.
Bob
ResponderExcluirAntes de sair para viagens, calibro os pneus com mais 2 libras, para compensar eventuais perdas durante o trajeto.
Esta semana, peguei um folder da Iveco, que afirmava que andar com pressão dos pneus acima do recomendado pelo manual causava danos a eles. Achei estranho essa afirmação, pois hoje esses veículos são projetados para usar apenas radiais. Será que em veículos pesados existe diferenças em relação aos leves?
Lembra que comentei que consegui usar um jogo de pneus por 80.000 km?
ResponderExcluirEram da marca Woosung(?), coreanos. Calibrava-os religiosamente todos os sábados e fazia rodízio a cada 10.000, para desgaste uniforme do jogo. Mas esses pneus tinham uma deficiência: Eram muito ruins em frenagem e curvas. O corsinha 1.6 me transmitia insegurança nessas situações, mas duraram muito.
Num celta que tive, 2001, os pneus eram 145/80 r 13, pirelli P3000. Aos 500000 km os troquei pelo mesmo modelo, o que me deu trabalho em encontrá-los, pois queria manter o padrão de fábrica.
Usei Pirelli por muito tempo nos meus carros por acreditar serem bons, mas após usar um jogo Firestone num carro que tive mudei de opinião. Era gritante a diferença de comportamento do carro, agora freando e curvando melhor, com limite superior de aderência em relação ao pirelli, características mantidas por toda sua vida útil. Fiquei fã do Firestone, pois o comportamento era muito superior.
Ótimo post.
ResponderExcluirvaleu, Bob.
Bob,
ResponderExcluirSugiro um post sobre como um determinado tipo de pneu pode mudar com toda a dinâmica de um carro.
Coloquei em meu carro pneus de competição Yokohama A048 e nunca imaginei que eles pudessem fazer tanta diferença como fizeram.
O carro não se dobra nas curvas e a resposta na direção ficou incrível, parece que alguém mudou a suspensão dele. Mas infelizmente o barulho agora é absurdo e o conforto é quase nulo.
As vantagens e desvantagens ficam sempre sobre uma gangorra.
Abraços,
Perneta
Perneta
ResponderExcluirPneu é tudo mesmo. Basta pensarmos que é por meio deles que o carro estabelece contato com o solo. O que você relata mostra o compromisso entre aderência e conforto. Isso foi gritante quando chegaram os pneus radiais. Sinto que somente os nascidos até a minha geração, a dos anos 40, tenha tido a chance de vivenciar essa mudança, um momento fantástico no mundo do automóvel. Fico feliz de ter condições de contar essa e outras histórias para os leitores do AE. Sua sugestão post a respeito é boa, vou ver como produzi-lo.
Bob, já que o assunto é pneu, gostaria de saber a sua opinião sobre a "invasão" de pneus importados baratos que vem ocorrendo no Brasil. Há de todas as procecências: China, Taiwan, México, Rússia, Ucrânia. O pneu possuindo certificação DOT ou NBR é uma garantía mínima de qualidade?
ResponderExcluirEurico Jr.
ResponderExcluirFico com um pé atrás. Mesmo baratos, sempre fica a dúvida. Sou pelo "Não troque o certo pelo incerto". Além disso, os pneus fabricados aqui tornaram-se imunes à buraqueira generalizada, o que não se pode garantir nos importados. A necessidade levou a termos pneus "tropicalizados".
Eurico Jr:
ResponderExcluirEu tive um jogo de Barum(do grupo Continental), fabricado na República Tcheca. Posso dizer que achei melhor que os badalados japoneses Yokohama. Não comprei apenas pelo preço. E não me arrependi. Só que acho diferente ter a chancela do grupo Continental ou ser um Champiro.
Bob, eu falei da calibração universal não no sentido de ser bom ou não. Acredito que cada borracheiro que indique, seja por que "ele sempre ouviu isso, então deve ser bom". E nem sugere ao dono do veículo dar uma olhadinha na portinhola do tanque, na porta, no manual.
ResponderExcluirA propósito Bob, outro dia uma viatura de polícia Corsa 1,8L com aqueles adesivinhos indicando a calibração. Só tinha na dianteira, indicando 28. Só que esse Corsa usa 32 na frente. Se da ao trabalho de colar aquele treco mas não olha na portinhola do tanque. E carros políciais tem que ta com a dinâmica em dia, senão pode dançar numa situação mais crítica.
Aléssio,
ResponderExcluirMesmo o Firestone S211, da década de 80, seria muito superior ao Pirelli P 3000.
Tive problemas de aderência em curva com o P 3000 quando ele foi lançado, no início da década passada, devolvi o pneu...
, e recentemente, ao testar uma Saveiro Trooper( que vem com eles em medida 205/60-15 ) tive que inflar o pneu OITO libras acima para efetuar o teste.
Para mim, não serviram.
Nos caminhões, a libragem do manual é escalonada no manual para o peso bruto e já é a máxima para a situação. Quando vazios, os caminhões com calibramento constante( Rodoar) tem controle no painel e baixam a libragem. Fantástico né...
Bob, o pneu de sua Vemaguete, (aposto ser o melhor disponível à época) então foi o recordista brasileiro de velocidade, foi lá , fez o record no bólido, deu os 200 e cacetada, e voltou pro batente no carro para mais uns milhares de km. Legal o " sistema de resfriamento do pneu " Boa!!!
Acreditem, em caminhão trucado o motorista não gosta de radiais na frente.
Sim, a F1 usa Radiais de vez desde que a Pirelli entrou na F1 para equipar o Brabham turbo do Piquet em 1982. Mas antes , de Goodyear até 1978 eram diagonais , e até mesmo com os Michelins campeões do mundo em 1979 com Ferrari, na maioria das equipes continuava com diagonais. Eles tracionavam melhor e a suspensão chegava ao fim da prova em melhor estado. (!!!!!!!!!!!!!).
O Piquet, quando comprou o seu primeiro jogo de pneus importados , especiais, para seu kart, disse que dormiu com eles. Literalmente : ficaram sobre a cama.
Tive um Celta em 2003 que veio com pneus Pirelli. Hoje eles vem com pneus chineses, talvez por isso tenha mudado a pressão de calibração. Minha experiência com Firestone é boa, tive um Monza 2.0 que rodou 70.000 com um jogo de F570. Hoje tenho um Astra 2003 que está com 62.000 km e com os pneus originais com muito chão pela frente ainda, calculo mais uns 15.000 kms. Calibro a cada duas semanas e não abuso das frenagens a acelerações. Como o motor tem muito torque fico sempre por volta de 2.000 rpms e consigo 9 km/l na cidade e 13 na estrada com ar ligado (o carro não é flex graças a deus!). Muito da durabilidade dos pneus vem com o uso. Um colega meu acabou com os pneus dianteiros do seu Peugeot 307 automático em 26.000 kms, mas cada saída era uma largada de gp... Um dia o motorista médio vai aprender a cuidar do seu carro...
ResponderExcluirVamodoido
ResponderExcluirHavia entendido o que você quis dizer. Apenas interpretei o por quê das 28 libras/pol². É mesmo pouca pressão para os Corsas policiais.
Mauro,
ResponderExcluirDurabilidade dos pneus tem mesmo muito a ver com o uso.
Bob, existe a venda nos Extras de São Paulo pneus 175/70R13 por cem reais. Muito baratos.
ResponderExcluirMeu carro necessita de troca dos dianteiros, os traseiros ainda possuem 5 mm de sulco. Os originais são 165/70R13.
De subesterço pronunciado achas que irá ficar neutro com esta mudança ?
Grato !
Antonio Nunes,
ResponderExcluirNão se altera nunca o diâmetro dos pneus. O que manteria o diâmetro original seria o pneu 185/60-14, mas teria de mudar a roda. O resultado de passar de 165/70 para 175/70 é imprevisível, o carro perde potência de frenagem e o velocímetro vai marcar menos velocidade. Recomendo comprar outros 165/70-13.
Bob,li uma matéria sua na revista "Fusca e cia" e persistiu uma dúvida. Se em uma roda 15 o pneu ideal é o 155/15,qual seria o perfil de uma roda aro 14,casos do Bizorrão e do Brasília? 165/70 ou 175/70?
ResponderExcluirOutra dúvida: A BR-3 ficava na Rio-Santos? Pensava que era a Estrada União-Indústria.Sempre tive curiosidade sobre essa estrada,até por causa da música que fez tanto sucesso.
Daniel San
ResponderExcluirNo Bizorrão e no Brasília usava-se o 175-14, perfil 80, como o 155-15, no lugar do 5,90-14 diagonal. Você tem razão, a BR-3 era a Rio-Belo Horizonte. Já corrigi.
Só sei de uma coisa: Goodyear nunca mais. Até hoje há suspeitas que a minha capotagem foi devido a uma perda repentina de pressão dos Eagle NCT5. Depois disso comprei um jogo de Toyo Proxes Vimode, 185/60 aro 14, e o comportamento mudou completamente. Pena que tenho que usar 37lbs na frente e 35lbs atrás para tentar diminuir um pouco o desgaste das bordas, mesmo que isso faça que o GTS aumente a irritante tendência subesterçante tão marcante nos Quadrados. Na chuva baixo para 35 e 33lbs respectivamente, melhora bastante mas caso deixe assim no seco demora mais para desgarrar, porém sinto claramente os pneus dobrando, principalmente os dianteiros.
ResponderExcluirEsses Toyo estão com aproximadamente 15000km e os traseiros continuam praticamente novos, enquanto que os dianteiros já estão com menos da metade da profundidade dos sulcos. Não foi feito rodízio, não forço em arrancadas mas costumo abusar um pouco mais em curvas e frenagens. Se conseguisse encontrar uma forma de diminuir a tendência subesterçante dele, com certeza esse pneus durariam bem mais e seria bem mais divertido guiá-lo.
A exemplo do Vamodoido, troquei os pneus Pirelli de um ex-Corsa B por um jogo de Barum Bravuris na medida 185/60 R 14 (a medida usada em qualquer Corsa B com roda aro 14). Esses pneus, que no meu caso eram unidades feitas na Romênia, garantiram que os últimos quilômetros que rodei com aquele carrinho antes de vendê-lo fossem os melhores em relação aos oito anos que o tive. Eram pneus com banda em V acentuadíssima, que garantiam uma boa dirigibilidade em chuva (ainda mais pensando que Corsas B são um tanto propensos a aquaplanagem), extremamente silenciosos ao rodar (mesmo que fosse em asfalto mais velho) e também seguravam bem as pancadas do solo.
ResponderExcluirÉ uma marca que recomendo. Outra que recomendo é a Goodyear. Os GPS3 de meu carro atual não me decepcionam.
Marcos
ResponderExcluirChegou a descobrir o porquê da perda repentina de pressão?
Anônimo 23/1 11:43
ResponderExcluirPneu tem muito de experiência pessoal. Boa dica, a marca com que você se deu tão bem.
Bob, não descobri o motivo da perda, mas tenho a foto da borda de uma das rodas cheia de asfalto e provavelmente o corte que deixei na pista esteja lá até hoje.
ResponderExcluirAntes disso, já havia estourado a lateral de dois Eagle NCT5 em pancadas, enquanto que os Toyo, que achei que sofreriam muito com o asfalto daqui (quem acha que Brasília é um tapete precisa fazer uma visita), até hoje não apresentaram uma bolha sequer nem sinais de deformação. Ótimos pneus, fariam muito mais pelo carro se este subesterço fosse resolvido (já pensei desde arrancar a barra estabilizadora dianteira até instalar o eixo traseiro do GTI 16V).
Em compensação, meu pai, com seus queridos Michelin, já viu que mesmo que o comportamento dos franceses seja muito bom, os mesmo sofrem em nossas pistas, formando bolhas e deformando a banda de rodagem.
Anónimo das 11:43: eu usei Bravuris também, só que na errada medida 195/50 15. Um local que senti a maior diferença do Yokohama foi na alça de acesso a Anchieta pela Av. Lion(Corredor ABD), onde os YOkohama além de cantar, espalhava barbaridade. Os Bravuris tinham protetor de borda, acredito que seja um fator determinante. Hoje uso GPS3 também, mas na medida original 175/65 14. Ganhei em maciez e o carro fica mais street fighter pra encarar essa buraqueira, valetas, crateras da cidade.
ResponderExcluirDiz aí, com o 185/60 14 qual a diferença pro original? Manteve o conforto de marcha com ganho em dinâmica?
Abraços
Marcos
ResponderExcluirPena, seria importante saber para seu próprio conhecimento. Para tentar reduzir o subesterço, experimente ajustar a convergência dianteira com 2 mm total divergente.
Bob, para você ter idéia isso ocorreu em 2008 e ainda acabei levando um hidrante junto, sendo que pela perícia da PM eu já estava conformado que teria que pagar por ele. Até hoje não chegou nenhuma conta em casa e nem tive ânimo para ir atrás do laudo. Acho que qualquer coisa que me lembre aquele dia acaba me provocando essa reação.
ResponderExcluirQuanto a suspensão, ao mesmo tempo que a frente desobediente é um problema em curvas de baixa e média, nas de alta tenho medo da traseira resolver ir embora de uma vez devido o entre-eixos curto dos BX. De qualquer forma vou tentar com esses 2mm de divergência total e depois digo os resultados.
Ao Vamodoido, 185/60 R 14 é a medida original de fábrica para os Corsas com roda aro 14. Ao menos era assim em 1997, ano de produção e modelo do que eu tinha. Não saberei se com o passar dos anos essa medida mudou, mas à época era essa.
ResponderExcluirO que sentia muito nessa medida era que não protegia direito as rodas contra pancadas, a ponto de uma ter trincado. Quando vejo carros modernos com pneus 50 ou mesmo 40, mais essas tais rodas gigantescas, fico extremamente preocupado, não só pela massa não-suspensa que é adicionada como também pela pouca proteção que pneus de perfil ultrabaixo oferecem. Se pneus de perfil baixo (como o do meu ex-Corsa) já sofriam, imagine os tais ultrabaixos.
Sobre os Bravuris, também gostava desse detalhe de a banda subir ligeirissimamente pela lateral do pneu. Parecia que já davam conta daquilo que o pneu sofre em curvas e aproveitaram para proteger ao máximo a estrutura.
E são pneus que, ao menos no 2006 que os comprei, tinham preço excelente: cada um saía por R$ 199.
Realmente, eu confundi seu Corsa B com novo, o C. O meu é do novo.
ResponderExcluirNo meu Corolla manda por 30 lb em todos. Estranhei isso, mas realmente fica muito bom o carro em qualquer situação.
ResponderExcluirBob, seria bom falar também sobre o estepe. Tem gente com carro de 5, 10 anos e na hora de vender bate no peito "meu estepe nem saiu do porta-malas". Tem que achar é ruim, pois é um pneu novo que não serve pra rodar mais...
Ao Marcos,
ResponderExcluirQualquer pneu japones acaba rápido, os Toyo enttão...
Duas curiosidades:
Comprei um Volvo C30 há uma semana e estou encantado com o carro...no manual, diz que se pode usar 30 nos 4 ou senão 36 libras como "eco driving"...não me lembro de ter visto em nenhum outro carro...
E meu Fusca 64, qundo ando em Interlagos, de diagonais dá para virar "no cacete" 3:17.
Coloco os radiaia na traseira da Classe A, 175/65 15 e viro 3:05....é uma mudança muito forte.Vale a pena ressaltar que é um 1200 todo original...
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNo último Fusca que tive, um 76, contiuei calçando-o com pneus radiais, pensando em mantê-lo o mais original possível, e passei alguns sustos ao descer para o acostamento e retomar a pista em velocidade, como bem citou o Thiago.
ResponderExcluirVou repensar isso no próximo que comprar, espero em breve. Mais um excelente post. Como já falaram, tem coisas que só tomamos conhecimento aqui no AE.
Galera já usei quase de tudo, gostaria apenas de questionar a qualidade dos pneus vendidos aqui no Brasil.
ResponderExcluirEm principio, na minha opiniao, quando se fala de qualidade (aderencia+conforto ao rodar+estabilidade+capacidade de cortar a agua em dias de chuva) a escala fica assim:
Yokohama > Toyo > Michelin = Firestone >> (muito maior) Goodyear >= Pirelli.
Curiosamente, se procurar em sites de revistas especialidas no exterior, especificamente uma revista inglesa que realizou muitos testes com os pneus vendidos na Europa, Pirelli e Goodyear se estacam muito bem. Mais curioso ainda é o pneu Toyo (considerado muito bom por aqui) ser um pneu razoavel no conceito do Europeu, quando comparado a Pirelli, Goodyear e Michelin. Tem algo errado com o que é vendido aos Brasileiros. Acredito que Toyo e Yoko são iguais aqui e na Europa, uma vez que os Yoko vem das Filipinas e se nao estou muito enganado o Toyo, vem do Japao. Porem, sabemos que Pirelli, Goodyear e Michelin, tem fabricas no Brasil. Em resumo, o Pirelli P-6 ou P-7 vendido aqui não é necessariamente o mesmo vendido na Europa.... Assim como o Peugeot 206 vendido aqui não tem os mesmo componentes de seguranca do Peugeot 206 vendido na Europa vide nCap aqui e e lá.
PS: Eu gosto do assunto PNEUS....
911 Turbo
ResponderExcluirParabéns pelo C30, um belo carro. Eu não sabia dessas duas pressões, normais e Eco driving. Genial! E graças ao pneu radial usar a pressão mais econômica não vai acabar com o centro da banda de rodagem.
Aun
ResponderExcluirSe houve deformação é porque havia um defeito na carcaça. E foi só em um pneu traseiro, certo? De qualquer maneira, você deve ter obtido menor consumo.
Aun
ResponderExcluirLembre-se que todo fabricante de veículos recomenda adicionar 2 a 3 lb/pol² ritmo de viagem, para o pneu se flexionar e aquecer menos, mas deve ser coisa antiga também, já que o pneu radial tem incomparavelmente menos atrito inter-lonas devido à própria disposição radial delas. Mas o conselho continua valendo, agora sob a ótica de reduzir consumo e o ângulo de deriva (slip angle) do pneu, o que signfica mais força lateral nas curvas. Mas experimentar pressões mais altas é perfeitamente válido.
Tenho um Renault Sandero e no manual não há distinção entre carga e pressão. Só acho estranho estar indicando pressão maior no pneu traseiro, mesmo sendo esta parte mais leve que a da frente.
ResponderExcluirAnonimo 31/1 18:05
ResponderExcluirAcho muito estranho pressão única independente da carga a bordo. Naturalmente esse pressão é para carga máxima (passageiros mais bagagem), o que explica a maior pressão nos pneus traseiros, o enorme porta-malas cheio.Com carro até três passageiros essa pressão é excessiva com toda certeza. Vou investigar esse assunto e depois repasso a explicação.
Sou o dr. Pirelli, especialista em pneus e achei muito bacana esse post sobre os pneus radiais.
ResponderExcluirCompleto em conteúdo, acrescenta ao leitor informações sobre um modelo de pneu não muito conhecido.
Caso vocês queriam tirar alguma dúvida sobre o universo de pneus, podem contar comigo!
Tenho a fanpage no Facebook
www.facebook.com/drpirelli
e o twitter @drpirelli
Valeu!
Gostaria de saber que tipo de pneu é melhor pra roda aro 15 de aço da saveiro trooper, quero colocar este tipo de pneu mas não sei se ira dar certo: PNEU 195/50 R15 82V KU15 KUMHO (TRED WEAR 220 Alta Aderência?
ResponderExcluirSe possível alguém pode me ajudar?